quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Marcos Valério: "Chame o ladrão"

Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Em meados dos anos 1990, eu era repórter da sucursal de Brasília de O Globo, então chefiada pelo jornalista Franklin Martins. Por intermédio de um amigo de um amigo, eu havia conseguido uma entrevista exclusiva com José Carlos Alves dos Santos, ex-assessor da Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Estopim do chamado “Escândalo dos Anões do Orçamento”, José Carlos estava preso num quartel da PM, em Brasília, acusado de ter matado a própria mulher, Ana Elizabeth Lofrano, a golpes de picareta. Pelo crime, além de ter participado do esquema de corrupção no orçamento, ele pegou 20 anos de xadrez.

Energia: a oposição mostra sua cara

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Mais uma vez fica bem claro qual o lado da oposição de direita no Brasil diante do projeto de redução das tarifas de energia anunciado pela presidenta Dilma Rousseff (Medida Provisória 579). Do ponto de vista político, a presidenta conseguiu impor mais um marco no crescente isolamento da oposição - capitaneada pelo PSDB -  ao unir trabalhadores e empresários em torno da defesa da produção e da competitividade de nossa indústria.

O parto de um novo ciclo político

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Assim como as vantagens comparativas na economia, a relação de forças na sociedade não é um dado da natureza, mas uma construção histórica. E precisa ser exercida politicamente; não é uma fatalidade sociológica. A emergência de novos atores nas entranhas da economia não cria automaticamente novos sujeitos históricos.Quem faz isso é a ação política.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cerco se fecha contra Lula. E agora?

Por Altamiro Borges

Reportagem do Estadão de hoje confirma, até para os mais ingênuos, que a direita midiática e partidária não vai recuar um milímetro na sua ofensiva para desconstruir a imagem de Lula – e para, logo na sequência, bombardear a presidenta Dilma. Ela teve como base um depoimento prestado por Marcos Valério, em 24 de setembro último, à Procuradoria-Geral da República, que “vazou” no jornal da famiglia Mesquita. Nela o publicitário afirma que pagou “despesas pessoais” do ex-presidente Lula e que sofreu “ameaças de morte”.

A Folha e o helicóptero de Alckmin

Por Altamiro Borges

A jornalista Julia Duailibi, do Estadão, revelou ontem que “o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou um helicóptero do governo do Estado para buscar o filho, nora e os dois netos no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, na sexta-feira. O tucano não tinha compromisso oficial no local naquele dia”. Segundo a reportagem, o helicóptero Sikorsky, modelo S-76 A, matrícula PP-EPF, partiu do Palácio dos Bandeirantes e teve autorização para pousar no pátio 6, o pátio vip de Guarulhos.

Hugo Chávez e o câncer da mídia

Por Altamiro Borges

No sábado passado, em cadeia nacional de rádio e tevê, Hugo Chávez causou forte impacto na sociedade venezuelana ao informar que seu câncer ressurgira e que precisará realizar uma quarta cirurgia em menos de 18 meses. A partir de domingo, milhares de pessoas visitaram o Palácio Miraflores, em Caracas, para prestar solidariedade e rezar pela saúde do líder bolivariano. Já a mídia golpista, da Venezuela e também do Brasil, voltou à carga contra o presidente, reeleito em outubro com folgada vantagem.

Opus Dei reforça cruzada contra Lula

Por Altamiro Borges

Em artigo publicado ontem no Estadão, o jornalista Carlos Alberto Di Franco, um dos fundadores e chefões da seita fascista Opus Dei no Brasil, reforçou a recente cruzada contra o ex-presidente Lula. Neste esforço, ele não vacilou em usar argumentos morais, como é típico dos falsos moralistas. Para ele, que somente neste caso defende o fim da privacidade dos homens públicos, não dá mais para esconder que Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, era “amante de Lula”.

TCU e o “erro” das contas de luz

Por Altamiro Borges

As empresas de energia elétrica – e os rentistas que lucram com os seus negócios – estão com a bola toda. Ontem (10), o Tribunal de Contas da União julgou improcedente, por cinco voto a dois, a tese de que houve “erro” de R$ 7 bilhões na cobrança da conta de luz dos consumidores entre 2002 e 2009. A própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já havia reconhecido o roubo, mas o TCU preferiu inocentar as empresas. A alegação dos ministros é que o ressarcimento “romperia os contratos” e “prejudicaria os negócios”.

O desrespeito dos planos de saúde

Por Altamiro Borges

Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) revela que oito das nove maiores operadoras "privadas" de planos de saúde em São Paulo não respeitam a resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de dezembro passado, que fixou prazos máximos para a marcação de consultas médicas, exames e cirurgias. O estudo, realizado entre outubro e novembro passado, avaliou a atuação das centrais de agendamento das empresas. “O serviço é geralmente falho e, em alguns casos, inexistente”, aponta a advogada do Idec, Joana Cruz.

Câmara debate financiamento da mídia

Do sítio Vermelho:

A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara realiza, nesta quarta-feira (12), audiência pública para debater as formas de financiamento de mídias alternativas. De acordo com a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), que solicitou a realização da audiência, é premente a necessidade de se criar mecanismos que possam democratizar o acesso, a produção e a divulgação da informação.

Leveson: Alguma lição para o Brasil?

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

“The Leveson Inquiry” de 2012 – e não só seu relatório final – talvez venha a se tornar, para a imprensa nas democracias liberais, uma referência equivalente àquela da Hutchins Commission (1942-1947) na década de 1940.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Os ambiciosos do STF

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Dia 06 de dezembro de 2012, plenária do Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa, sorrindo, rebate Lewandowski, revisor da ação penal 470, que acabara de concluir seu voto.

“Nos Estados Unidos, esta situação jamais aconteceria, porque o parlamentar teria renunciado antes, tal a força da opinião pública e dos meios de comunicação”, diz Barbosa, de pé, as mãos apoiadas na poltrona bége, espaçosa, de costuras quadriculadas.

As platitudes de Ayres Britto

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que o mundo todo discute os limites da mídia.

A discussão mais rica se dá no Reino Unido. O juiz Brian Leveson fez recomendações depois de ficar mais de um ano ouvindo pessoas de alguma forma envolvidas com a mídia. Políticos, jornalistas, donos de empresas de jornalismo, celebridades cuja privacidade desapareceu, cidadãos comuns cuja vida a imprensa transformou num inferno – Leveson teve material para publicar um relatório de 2 000 páginas, divulgado esta semana.

O STF e a crise institucional

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Deve inquietar a cada cidadão que esteja se produzindo no Brasil uma crise institucional envolvendo os Poderes Legislativo e Judiciário. Enquanto este texto se escreve, o Plenário do Supremo Tribunal Federal ainda não concluiu deliberação sobre perda de mandatos eletivos por réus do julgamento da Ação Penal 470, vulgo julgamento do mensalão.Todavia, o resultado, seja qual for, não irá alterar uma situação que amargura o país.

Clarín é flagelo contra a democracia

Por Vanessa Silva e Leonardo Wexell Severo, de Buenos Aires, no blog ComunicaSul:

“O papel do Clarín é o de uma base militar, de ofensiva contra o governo para desestabilizar, triturar Cristina Kirchner”, denunciou o filósofo Fernando Buen Abad Domínguez, defendendo a Ley de Medios como uma vanguarda no continente e que abre aos demais países a possibilidade de “refletir sobre o combate contra o flagelo que representam os monopólios midiáticos”.

As marchadeiras do retrocesso

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Em 1964, havia as marchadeiras do golpe militar. Eram aquelas senhoras que, de terço da mão, foram às ruas para denunciar a corrupção e a subversão, acreditando que iriam salvar a democracia.

Só ajudaram a instalar uma ditadura militar que o país até hoje não esqueceu.

Cristina avança. E Dilma, cadê?

Por Vito Giannotti, no jornal Brasil de Fato:

Duzentos anos antes de Cristo havia um senador de Roma que terminava todos os seus discursos com a seguinte frase: “Temos que destruir Carthago”. Fosse assunto que fosse, ele sempre repetia que, se quisesse sobreviver, Roma teria que destruir a cidade africana, sua arqui-inimiga. Eu quero morrer, bem mais pra frente, repetindo: “Temos que criar nossa própria mídia”, e parar de chorar.

Niemeyer, a Veja e o "rola-bosta"

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Leonardo Boff, no sítio da Adital:

Com a morte de Oscar Niemeyer aos 104 anos de idade ouviram-se vozes do mundo inteiro cheias de admiração, respeito e reverência face à sua obra genial, absolutamente inovadora e inspiradora de novas formas de leveza, simplicidade e elegância na arquitetura. Oscar Niemeyer foi e é uma pessoa que o Brasil e a humanidade podem se orgulhar.

2013 vai ser um ano difícil

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Um espectro ronda a política brasileira. O fantasma da próxima eleição presidencial. Este ano já foi marcado por ele. Ou alguém acredita que é genuína a inspiração ética por trás da recente onda moralista, que são sinceras as manchetes a saudar “o julgamento do século”? Que essas coisas são mais que capítulos da luta política cujo desfecho ocorrerá em outubro de 2014?

O veto à propaganda de cerveja e vinho

Por Altamiro Borges

Uma decisão da Justiça Federal, que ampliou as restrições à publicidade de bebidas alcoólicas, deve causar muita confusão nas próximas semanas - sem maior alarde na mídia comercial. Num atitude corajosa, o juiz Marcelo Borges, de Santa Catarina, determinou que os vetos já existentes aos produtos de teor alcoólico acima de 13 graus Gay-Lussac (13º GL) passam a valer para todas as bebidas com graduação superior a 0,5º GL - o que inclui as cervejas e vinhos. Caso a decisão entre em vigor, os anúncios publicitários destes produtos só poderão ser veiculados pelas emissores de rádio e tevê das 21 às 6 horas da manhã.