segunda-feira, 7 de julho de 2014

Até o DEM e o PPS abandonam Arruda




Por Altamiro Borges

Um dos casos mais grotescos no processo final do registro das candidaturas para as eleições de 2014 ocorreu em Brasília. O ex-governador José Roberto Arruda – o “exemplo” de gestor da revista Veja que foi flagrado embolsando maços de dinheiro no famoso escândalo do “mensalão do DEM” – disputará novamente o cargo no Distrito Federal. Ele registrou sua candidatura pelo PR e no primeiro dia oficial de campanha, neste domingo (5), já saiu atirando. Em seu site oficial, o cínico afirmou que sua cassação foi um “golpe do PT” – como se o vídeo acima fosse obra de ficção. Arruda tenta criar vacinas, já que o caso do “mensalão” será muito explorado durante a campanha. Até o DEM e o PPS, temendo o contágio, resolveram abandoná-lo.

domingo, 6 de julho de 2014

FHC acobertou a corrupção no Brasil

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

No comício de lançamento da candidatura da senadora Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, na semana passada, o ex-presidente Lula fez uma afirmação que irritou os tucanos que militam nas redes sociais. Com todas as letras, ele disse que FHC “desmantelou instrumentos de combate à corrupção” durante o seu triste reinado (1995/2002). Segundo relato do repórter César Felício, do jornal Valor, o líder petista ainda comparou a sua gestão à dos tucanos no que se refere à defesa da ética. “Eu queria que vocês estudassem todos os governos anteriores ao meu, e se fizeram 50% do que fiz em termos de criar instrumentos de combate à corrupção”, afirmou. Os tucaninhos detestam estas comparações.

Campanha bilionária e reforma política

Por Altamiro Borges

Encerrado o prazo para o registro das candidaturas, os partidos apresentaram suas estimativas de gastos na campanha presidencial de 2014. As cifras são assustadoras e comprovam que a democracia brasileira exige, com urgência, uma profunda reforma política. Do contrário, o poder do dinheiro vai desfigurá-la por completo. De acordo com os dados disponibilizados, os custos da disputa sucessória deste ano chegam a R$ 916,7 milhões. As campanhas mais caras são as de Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, e a de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB – a primeira estimada em R$ 298 milhões e a segunda, em R$ 290 milhões. Confira abaixo a previsão de gastos dos candidatos:

Sarkozy abatido. Neoliberais choram!

Ilustração: Dragan
Por Altamiro Borges

Durante muito tempo, a mídia colonizada tratou o ex-presidente Nicolas Sarkozy como um líder dinâmico e inovador, capaz de salvar a França da prolongada crise econômica que atinge o velho continente europeu. Mesmo seus rompantes racistas, de ódio aos imigrantes, eram relativizados por “calunistas” da imprensa nativa. Líderes da oposição demotucana também bajulavam o mandatário francês. Nesta semana, porém, mais um herói da direita foi abatido. A Justiça da França decretou a prisão de Nicolas Sarkozy, acusado de corrupção e tráfico de influência. O eleitorado francês já havia despachado o líder neoliberal no último pleito presidencial; agora, ele até passou algumas horas detido!

Bancos: altos lucros, baixa eficiência

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

Relatório divulgado na semana passada pelo BIS – o banco central dos bancos centrais do planeta – confirmou o que muitos já desconfiavam. Os bancos brasileiros são dos mais lucrativos do mundo, mas prestam serviços de péssima qualidade aos seus clientes. Eles despontam em terceiro lugar no ranking mundial de lucro bancário – abaixo apenas da Rússia e da China, onde imperam regras diferentes no sistema financeiro. Já no quesito eficiência, que inclui os serviços prestados e os custos das operações bancárias, eles estão na liderança mundial, à frente dos EUA, Rússia e Índia.

sábado, 5 de julho de 2014

Avanços trabalhistas no governo Dilma

Por Altamiro Borges

Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), é considerado um dos maiores especialistas em questões trabalhistas no Brasil. Em artigo recente, publicado no site da entidade, ele listou as mudanças na área promovidas por Lula e Dilma. Para surpresa de muitos, ele concluiu que houve mais avanços na gestão atual. Diferentemente do reinado neoliberal de FHC, marcado pela regressão do trabalho – com explosão do desemprego, queda de renda, informalidade e desmonte da CLT –, os governos Lula e Dilma estacaram o retrocesso e garantiram importantes conquistas, mas a presidenta coleciona mais vitórias legais concretas.

A burguesia rejeita Dilma?

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Um possível clima de ódio, nascido de decisões da presidenta, rejeitadas por parte do empresariado, é refletido na mídia.

Em longo e consistente artigo para a revista trimestral Inteligência, em circulação na próxima semana, o historiador João Bettencourt e o jornalista Luiz Cesar Faro tentam decifrar o que identificaram como “indiscreto ódio da burguesia” à presidenta Dilma Rousseff.

O que está em jogo na eleição de 2014?

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Os inimigos do povo brasileiro, as forças neoliberais e o imperialismo fazem uma movimentação política para restaurar a velha agenda já derrotada nas três últimas eleições presidenciais.

As forças neoliberais pretendem aplicar um programa antipopular e antinacional pautado basicamente no corte de gastos públicos nas áreas sociais, no aumento da taxa de juros para beneficiar os grandes bancos, na retomada do programa de privatizações e na criminalização das lutas populares. E, nesse momento, o representante dessa agenda é o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves.

Dilma derrota o "caos" anunciado

Por Chico Simões, no blog Viomundo:

Não foi a Copa que recuperou Dilma nas pesquisas. Não foi Dilma que “pegou carona na aprovação da Copa”. Dilma é a governante e a gestora que tem grande responsabilidade pelo sucesso da Copa das Copas.

É esse sucesso da Copa que derrotou o terrorismo da imprensa e do esquema PSDB/DEM contra Dilma.

O que muda com o Plano Diretor de SP

Do site Outras Palavras:

Quando a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou ontem, depois de nove meses, o novo Plano Diretor Estratégico da Cidade (PDE), centenas de sem-teto, que haviam acampado em frente ao Legislativo, soltaram fogos de artifício. O novo PDE, que vigorará por dezesseis anos, não converte a maior cidade do país num exemplo de igualdade; nem a reconciliará, a curto prazo, com a Mata Atlântica, sua vasta rede de rios, os vales e montanhas em meio aos quais se ergueu. Mas demonstra que a especulação imobiliária não é invencível. Ela pode ser revertida progressivamente, com políticas corajosas e, em especial, com mobilização da sociedade.

A Copa e a mídia perna-de-pau


Por Rosane Bertotti, no site do FNDC:

Bola podre ou quadrada, tanto faz, o significado é o mesmo. É a bola mal passada, saída de pés inábeis que conduzem quadris enrijecidos. É a antítese de um dos orgulhos nacionais.

A vida de um perna-de-pau não é simples. Ou se é dono de uma bola, ou sempre se fica por último, quase não tem lugar no time. Se criança, isso rende complexo de inferioridade. Nenhum perna-de-pau consegue ser popular na escola.

As vidas paralelas de Dirceu e Barbosa

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Dois homens que frequentaram nos últimos anos as primeiras páginas iniciaram, nesta semana, uma nova etapa em sua vida.

As fotos falam sozinhas.

Neymar e a falta de indignação

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O aspecto mais chocante da contusão que deixará Neymar fora da Copa é a falta de indignação.

A joelhada de Zuñiga aos 41 minutos do segundo tempo foi um ato desleal e deliberado. Atacando sua vítima por trás, Zuñiga empurrou a cabeça de Neymar com a mão direita, para que o tronco ficasse encurvado e a espinha dorsal, mais exposta.

Tragédia em BH e a politicagem mórbida

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Jornalismo não briga com fatos.

Mas também não noticia seletivamente fatos.

Há menos de um mês, caiu uma viga da obra do monotrilho da Linha 17 – Ouro do Metrô paulista, próxima ao Aeroporto de Congonhas, e matou uma pessoa.

Haddad: a democracia contra o caos

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Durante quase toda a sua história, São Paulo foi tratada como um piquete de engorda do lucro imobiliário.

A urbanização caótica que a define é a pura expressão daquilo que os mercados são capazes de produzir, deixados ao próprio arbítrio.

Copa resgata a cordialidade

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O Brasil sempre parou para assistir os jogos de sua seleção de futebol. Esse é um dos cordões que unem a diversidade do país. Os relatos sobre a Copa do Mundo de 1950 falavam em “comoção nacional” após o maracanazo – a derrota para o Uruguai na partida final do Maracanã. Era um desses lugares-comuns que pululavam no texto jornalístico antes que o Jornal do Brasil, sob o comando de Alberto Dines, inaugurasse a moderna imprensa brasileira.

Os jornalões e a tragédia em BH

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Qual é a diferença entre uma obra viária “carimbada” como “obra da Copa” e outra sem esse “carimbo”? Um viaduto é um viaduto. Concreto e aço. O motivo de sua construção não tem relação com a qualidade de execução da obra.

Na última quinta-feira, desabou um viaduto em Belo Horizonte. Até o momento, há uma morte confirmada e algumas dezenas de feridos.

Dilma colheu o que não semeou

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O artigo do professor Wanderley Guilherme, reproduzido abaixo, chega em boa hora.

Chega no momento em que os jornalões tentam remover à força, do texto final de programa de governo, qualquer menção à “democratização da mídia”.

Mídia não está à altura do país

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A Copa do Mundo desnudou um dos maiores e mais relevantes problemas do país: o déficit de informação.

Talvez tenha sido o maior desastre jornalístico da história, mais do que o episódio das Cartas de Bernardes, o Plano Cohen ou a manipulação inicial sobre o movimento da diretas. Isso porque revelou métodos anti-jornalísticos não apenas para o público mais politizado e bem informado, mas em cima de um tema nacional - o futebol. E no momento em que as redes sociais já haviam acabado com a exclusividade que a mídia detinha na disseminação de notícias.

Datafolha e as distorções da mídia