quinta-feira, 4 de junho de 2015

Os juros sobem. O desemprego também!

Por Altamiro Borges

Pela sexta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5% – de 13,25% para 13,75% ao ano. A decisão ortodoxa, que terá forte impacto na geração de emprego e renda, foi tomada por unanimidade nesta quarta-feira (3). Com esta nova alta, os juros são os maiores desde dezembro de 2008. Os banqueiros e rentistas, como já era de se esperar, comemoraram a decisão, afirmando que ela é vital para derrotar o “fantasma da inflação”. Já as centrais sindicais e as entidades da indústria criticaram a sexta elevação da Selic, argumentando que a inflação não dá sinais de descontrole e que a elevação dos juros retrai o consumo e o crédito, reduz a produção e, como efeito inevitável, gera mais demissões.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Fortuna da Zara e trabalho escravo

Por Altamiro Borges

O empresário espanhol Amancio Ortega, dono das redes varejistas Zara e Pull&Bear, já é o segundo homem mais rico do planeta, com uma fortuna calculada de US$ 71,5 bilhões. Segundo o ranking da agência "Bloomberg", divulgado nesta semana, ele passou o rentista ianque Warren Buffet e só está atrás de Bill Gates, criador da Microsoft  – que manteve a liderança mundial dos ricaços com uma fortuna avaliada em US$ 85,5 bilhões. Ao divulgar o "Índice de Bilionários da Bloomberg", a mídia privada foi só elogios ao dono da Zara – uma "generosa" anunciante publicitária –, escondendo totalmente as várias denúncias sobre uso de trabalho escravo nas empresas terceirizadas da Zara.

A revista “Veja” também será vendida?

Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (2), a Editora Abril, que publica a asquerosa revista “Veja”, deu outro sinal da sua acelerada decadência. Ela anunciou a venda de mais sete revistas e a demissão de 120 profissionais. Até os jornalistas que ainda chamam patrão de companheiro – como sempre ironiza Mino Carta – estão assustados com a agonia do ex-império midiático da famiglia Civita. “Placar”, “Anamaria”, “Arquitetura&Construção”, “Contigo”, “Tititi”, “Você RH” e "Você S/A" foram vendidas à Editora Caras. Numa nota lacônica, o grupo empresarial justificou o desmonte argumentando que pretende se concentrar na produção “de conteúdo editorial e de marketing”, desfazendo-se do modelo tradicional de editora. Ninguém entendeu exatamente o que isto quer dizer – a não ser mais demissão!

Dê um perfume do Boticário ao Malafaia!



Por Altamiro Borges

O anúncio publicitário da marca de cosméticos “O Boticário”, que mostra casais gays trocando presentes no Dia dos Namorados, gerou acirrada polêmica nas redes sociais. Num primeiro momento, homofóbicos de várias seitas – grupos religiosos, núcleos fascistóides e hidrófobos conservadores – saíram do armário para demonstrar todo o seu ódio e preconceito. Alguns mais excitados chegaram a propor o boicote aos produtos da marca; outros até justificaram os atos de violência e barbárie contra os homossexuais, que já causaram tantas mortes e feridos. Na sequência, nesta quarta-feira (3), uma generosa onda de rejeição ao conservadorismo tacanho tomou conta da internet e a hashtag #famílianãoésóhomememulher ficou no topo do Twitter por várias horas.

Mídia estimula o pessimismo no Brasil

Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:

Para quem acompanha o noticiário sobre inflação e desemprego na grande mídia, o país está à beira do caos. "A mídia tem um comportamento em relação aos governos Lula e Dilma constante e regular de apresentar de uma maneira seletiva os dados eventualmente negativos", afirma Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP.

As adversidades enfrentadas por Bachelet

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

O governo chileno começou o ano enfrentando uma série de obstáculos políticos que prejudicaram enormemente a popularidade da presidenta Michele Bachelet. O índice de desaprovação de seu governo alcançou 63%, no início do mês de maio, embora algumas semanas depois tenha recuado para 56%. Já o índice de aprovação, que chegou a apenas 28%, agora atinge 33%.

Escândalos na Fifa-CBF: Cadê a Globo?

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Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Joseph Blatter caiu. Não foi para preservar a Fifa ou o futebol, obviamente. Foi porque o braço direito dele, Jérôme Valcke — aquele que pretendia dar um pontapé no traseiro dos brasileiros — se viu enredado na investigação do FBI, como suposto remetente de uma propina de U$ 10 milhões disfarçada de projeto benemerente.

A maioridade penal de Eduardo Cunha

Por Mariana Serafini, no site da UJS:

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) publicou uma série de ataques ao PT e à esquerda em sua conta oficinal no Twitter na noite deste domingo (31). Ameaçou ainda a votação sobre a redução da maioridade penal à qualquer custo até o final deste mês de junho. “E esses mesmos [ deputados do PT] ainda sofrerão outras derrotas”, disse em tom de afronta, como se definir o futuro dos jovens do país fosse uma questão de bem contra o mal.

A grande mídia joga contra o país

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Duas pesquisas divulgadas na semana passada por Ibope e Vox Populi sobre como os brasileiros se sentem em relação ao futuro mostram como a grande mídia joga contra o país para desgastar o governo, ao privilegiar e exagerar no noticiário negativo.

Para 41% dos brasileiros, segundo o Ibope, a imprensa mostra a situação econômica do país mais negativa do que na realidade o cidadão percebe. "Isso revela que os níveis de contradição entre a realidade e o que a mídia publica chegaram a graus altíssimos", constata Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, em entrevista a Helder Lima, da Rede Brasil Atual.

A delação premiada de Ricardo Teixeira

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sem Blatter, que enfim se rendeu à realidade e renunciou, a Fifa pode enfim passar por um processo de desintoxicação.

E a CBF?

O equivalente a Blatter, no futebol brasileiro, é a Globo.

A crise, a mídia e suas interpretações

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Quanto mal uma mídia partidarizada pode causar a um País? Que prejuízos a irresponsabilidade dos veículos de comunicação traz à sociedade?

No Brasil, essas não são perguntas acadêmicas. Ao contrário. Em nossa história, sobram exemplos de períodos em que a “grande imprensa”, movida por suas opções políticas, jogou contra os interesses da maioria da população. Apoiou ditaduras, avalizou políticas antipopulares, fingiu não ver os desmandos de aliados.

O medo invade o Jardim Botânico

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Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Em janeiro deste ano Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, foi indiciado por supostamente ter cometido quatro crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público. A polícia federal suspeita da movimentação de R$ 464 milhões entre 2009 e 2012. Duas gritantes diferenças chamam a atenção quando comparamos esta operação da PF com outras em andamento, despertando alguns questionamentos que apontam para certo endereço no Jardim Botânico.

terça-feira, 2 de junho de 2015

O 'clamor' alimentado pela imprensa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Muito frequentemente, leitores de jornais questionam este observador sobre as razões pelas quais a mídia tradicional do Brasil perdeu diversidade e adotou nos últimos anos um viés tão radicalmente conservador e tão homogêneo que chega a se caracterizar como um verdadeiro partido político. A resposta nunca é simples, mas a própria imprensa oferece exemplos que ajudam a entender como se deu esse processo de perda de qualidade e degeneração da atividade jornalística.

Ação da PF contra Pimentel foi política

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A investigação da Polícia Federal que levou a uma operação de busca e apreensão na residência de Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel, de Minas Gerais, é uma história exemplar de interferências externas, de caráter político, sobre o trabalho policial.

Em 7 de outubro de 2014, logo após a vitória espetacular de Fernando Pimentel - em primeiro turno - na disputa pelo governo de Minas Gerais, quando derrotou o longo reinado do PSDB de Aécio Neves, duas denúncias anônimas chegaram à Polícia Federal em Brasília. Uma através do Ministério Público. A outra, através da própria polícia.

"New York Times" é pura propaganda

Por Noam Chomsky, no site Carta Maior:

Uma reportagem de primeira página é dedicada às falhas jornalísticas expostas pela principal revista acadêmica de crítica da mídia em uma matéria publicada na revista Rolling Stone sobre um estupro em um campus americano. A derrapagem jornalística é tão grave que também é o tema da principal reportagem na editoria de negócios, com uma página interna inteira dedicado à continuação das duas matérias. Em tom de choque, ambas fazem referência a vários crimes já cometidos pela imprensa: alguns casos de invenção, logo desmascarados, e casos de plágio ("numerosos demais para citar"). O crime específico da Rolling Stone foi "falta de ceticismo", que é, "em muitos aspectos, o mais insidioso" entre as três categorias.

Sergio Moro foi patrocinado pela CBF

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Essa vai para a série: ironias da vida.

Sabe aquele novo justiceiro da Globo e da coxinhada? Aquele que manda prender sem provas. Condena sem provas. E persegue até cunhada inocente.

Pois bem, foi patrocinado pela CBF corrupta de Ricardo Teixeira.

O PIG legislativo de Eduardo Cunha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Pelos corredores, os funcionários, que morrem de medo de se pronunciar publicamente, já apelidaram a TV Câmara de “TV Cunha”. Desde que o deputado federal Eduardo Cunha assumiu a presidência da Casa, em fevereiro, a programação da TV é outra. O que mais chama a atenção é o destaque dado ao presidente todos os dias em todos os programas, sobretudo às sextas-feiras, quando acontece o chamado Câmara Itinerante. Ao assumir, o próprio Cunha anunciou no twitter que a TV passaria por “profundas mudanças”. E que mudanças.

A pesquisa fajuta contra Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

As eleições de 2014 ficaram marcadas por uma torrente de pesquisas eleitorais fajutas que o tempo tratou de mostrar que foram feitas sob encomenda para enganar a sociedade e influir no processo eleitoral. Nesse aspecto, três institutos sobressaíram: Veritá, Sensus e Paraná.

O instituto Veritá, por exemplo, a 5 dias da eleição presidencial em segundo turno, publicou uma pesquisa absolutamente maluca em que Aécio Neves aparecia com sólida vantagem sobre Dilma Rousseff – fora da margem de erro.

A quem interessa desmoralizar o SUS?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, o advogado gaúcho Marcelo Santos, no Facebook, fez um post emocionado sobre seu pai:

Esse remédio abaixo (Valcyte -cloridrato de valganciclovir) é comercializado pela bagatela de R$ 12.000,00 (doze mil reais), são 60 comprimidos, que custam R$ 200,00 cada um.

Meu pai precisou tomar esse medicamento porque adquiriu uma bactéria e teve que tomar um comprimido por dia, por 14 dias. Hoje estamos devolvendo o medicamento que poderá servir a outro paciente.

STF dá uma mãozinha para Marta Suplicy

Por Altamiro Borges

Na terça-feira passada (26), a direção estadual do PT de São Paulo ingressou na Justiça Eleitoral com o pedido do mandato da senadora Marta Suplicy. Alegou que, por razões oportunistas e eleitoreiras, ela traiu os seus eleitores e que a cadeira pertence aos partidos políticos, conforme determina a legislação em vigor. Curiosamente, numa agilidade nunca vista no sempre lerdo Poder Judiciário, um dia depois o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a perda de mandato em razão da troca de legenda não se aplica aos cargos majoritários (presidente, governadores, prefeitos e senadores) – mas apenas aos mandatos proporcionais (deputados e vereadores). Marco Aurélio Mello nem escondeu a quem a sentença intempestiva beneficiaria. “Marta Suplicy deve estar de alma lavada, para dizer o mínimo”, brincou o ministro do Supremo.