sábado, 28 de novembro de 2015

A foto de Lula na capa da 'Folha'

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Folha reinventou o conceito de jornalismo em sua primeira página de hoje.

Sobre a manchete que tratava da prisão de Delcídio, o jornal publicou uma enorme foto de Lula, de autoria de Jorge Araújo.

Não um Lula qualquer, naturalmente. Um Lula abatido, sombrio, com ar de derrotado. Dando, diria um poeta parnasiano, adeus às ilusões.

Cunha amarra impeachment à sua cassação

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, declarou ontem, quinta-feira, 26, que pode decidir na segunda-feira sobre todos os sete pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff ainda pendentes de decisão. O jogo com o tempo é claro: na terça-feira o Conselho de Ética decidirá pelo prosseguimento ou não do processo de sua cassação e, para escapar, Cunha depende do voto dos três deputados do PT que integram o Conselho.

“Quem sabe segunda-feira. Não estou ainda inadimplente. Vocês podem cobrar a partir de segunda. É possível... pois todos nesta altura já têm parecer da área técnica”, disse Cunha ontem.

Na mídia, eleitor de Aécio é "amigo de Lula"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Brasil foi subjugado por uma ditadura de idiotas amnésicos. Qualquer cidadão que tenha nascido e crescido neste país sabe muito bem o que todo mundo sempre soube: empreiteiros e banqueiros fazem negociatas, corrompem políticos. E quando é que passaram a ser incomodados pela lei? Só após o PT chegar ao poder. Ponto.

A lição da juventude paulista

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

Paulo Freire já dizia: o mestre é aquele que, de repente, aprende. E é esse homem lindo que me vem à mente ao acompanhar as notícias das escolas ocupadas em São Paulo. Quando a máquina de ideologia – que são os meios de comunicação – transmitem, à exaustão, informações sobre o colapso da educação, sobre a violência nas escolas, alardeando que os jovens não querem nada com nada, vem essa gurizada a mostrar que isso não é verdade.

O mito interesseiro da "autorregulação"

Por George Monbiot, no site Outras Palavras:

O que os governos aprenderam com a crise financeira? Eu poderia escrever uma coluna falando sobre isso. Ou poderia explicar com uma única palavra: nada.

Na verdade, nada é muito generoso. As lições aprendidas são contra-lições, anticonhecimento, novas políticas que dificilmente poderiam ser melhor concebidas para assegurar a recorrência da crise, dessa vez com acréscimo de impulso e menos remédios. E a crise financeira é apenas uma das múltiplas crises – de arrecadação, gasto público, saúde pública e, acima de todas, ecológica – que as mesmas contra-lições fazem acelerar.

Enfim, um tucano preso no Brasil

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Mal a imprensa anunciara, na quarta (25), a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, na 20ª fase da Operação Lava Jato, a piada pronta já se espalhava pelas redes sociais:

- Hoje é um dia histórico para o país... finalmente um tucano foi preso!

- Verdade? Não acredito... o que ele fez?

- Um monte de coisas que não devia... mas, principalmente, se filiou ao PT!

Argentina: fim do ciclo progressista?

Por Mateus Fiorentini, no site da UJS:

A direita latino-americana está em festa. A vitória de Macri na Argentina deu folego à contraofensiva que os setores conservadores e aliados dos EUA buscam impor aos governos progressistas e as conquistas obtidas pelo povo nesses últimos anos. Não à toa a mídia monopolista já fala em fim do ciclo de governos de esquerda na região. Estão em êxtase!

Com a vitória na Argentina a direita obtém a sua primeira vitória eleitoral desde a eleição de Piñera, no Chile. E não foi qualquer vitória. Ela ocorre na segunda economia da América do Sul, um país de larga extensão territorial e forte peso político na região. Foi neste país onde, há 10 anos, decretamos o enterro da Alca (projeto integracionista dos EUA) na Cúpula das Américas, em Mar del Plata.

A dignidade ronda as escolas ocupadas

Por Milena Perdomo, no jornal Brasil de Fato:

Desde 9 de novembro, diversas escolas do estado de São Paulo vêm sendo ocupadas, e já são mais de 170 as que se encontram tomadas por crianças, jovens e professores. Em seus semblantes está o desejo de lutar por aquilo que lhes pertence, tal como diz o muro que recebe a eles e aos jornalistas estrangeiros, como nós, em sua barricada de dignidade: "defendemos o que é nosso". Assim, acompanhamos um grupo de alunos em uma das escolas ocupadas na zona leste da cidade.

O que faz odiarem Lula

Por Nilson Lage, no blog Tijolaço:

A propósito dessa fotografia (*) do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quero formular um comentário dirigido particularmente aos velhinhos do Clube Militar e congêneres, alguns dos quais, os mais antigos, podem ou devem ter sido meus colegas de Colégio Militar.

A perseguição que movem a esse homem, à sua esposa, a seus filhos e amigos não se deve ao fato e ele ser incompetente como político ou como gestor; se tal acontecera, o julgariam irrelevante. É porque importa que se importam com ele.

O legado da Aliança Nacional Libertadora


Do site da Fundação Maurício Grabois:

Em novembro de 1935 ocorriam os levantes da Aliança Nacional Libertadora, que compõem a lista de feitos heroicos do povo brasileiro na sua luta incansável pela liberdade e contra a opressão. Como ocorreu no passado mais remoto com movimentos liderados por Zumbi e Tiradentes, as classes dominantes procuram condenar e difamar tais levantes. Elas buscaram encobrir o fato de que a criação da ANL e aquelas sublevações foram respostas ao avanço do fascismo no Brasil e no mundo.

Violência contra mulher, não!

Por Jandira Feghali

Em um episódio lamentável vemos, na semana em que comemoramos o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, a impunidade prevalecer na Câmara dos Deputados. Foi proposto o arquivamento, sob a relatoria do deputado federal Washington Reis (PMDB/RJ), no Conselho de Ética da Câmara, o processo que investiga a agressão do deputado Alberto Fraga (DEM/DF) dirigida a mim e a todas as mulheres em Plenário. O parecer do relator banaliza a violência praticada contra a mulher e, particularmente, a atuação política delas. Essa decisão também coloca uma questão que só tomou relevo pela luta de mulheres corajosas, como uma coisa menor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A crise política não é só do PT

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

É inaceitável, sob qualquer justificativa, que um líder do governo no Senado Federal trame estratégias de fuga junto à família de um réu. E que se proponha a interferir nas ações do Supremo Tribunal Federal. É de uma arrogância e desfaçatez, a indicar o grau de deterioração da política no Brasil.

Quando um líder do governo ataca a Justiça e a República, estamos às portas de uma crise institucional.

O porrete e o vira-lata

Por Mauro Santayana, em seu blog:

No momento em que se levantam, novamente, as vozes do neoliberalismo tupiniquim, exigindo uma rápida abertura comercial do Brasil para o exterior, e o PMDB inclui, em seu documento Uma Ponte para o Futuro, a necessidade do Brasil estabelecer acordos comerciais com a Europa e os EUA, lembrando a iminência e a imposição “histórica” do Acordo Transpacífico, e em que mídia tradicional segue com sua insistência em defender como modelo a ridícula Aliança do Pacífico, a União Européia - depois de enrolar, durante anos, nas negociações com o Mercosul - parece que vai simplesmente “congelar” as negociações entre os dois blocos nesta sexta-feira.

Delação de Delcídio é questão de tempo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O senador Delcídio Amaral está longe de ser um dirigente ou um quadro partidário.

Sempre foi um outsider da política que se movia por interesses próprios. E agora, descobriu-se, também privados.

Uma pessoa com essa característica não tem compromisso com projetos e nem com coletivos, mas com sua pele.

A banalização da prisão preventiva

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A banalização da prisão preventiva e a insensibilidade em relação aos impactos das investigações sobre a economia estão levando o país a uma situação de risco.

Não tenho a menor razão para ter simpatia pelo banqueiro André Esteves, muito pelo contrário. E espero que as investigações sobre o CARF revelem seus métodos.

Mas a autorização para sua prisão pelo Ministro Teori Zavaski a pedido do Procurador Geral da República Rodrigo Janot por conta de um mera gravação de conversa de Delcídio do Amaral comprova a perda de rumo de duas pessoas centrais para manter o equilíbrio no aparato repressivo. Ainda mais em uma quadra de profundo vácuo de poder no Executivo.

Brasil já vive estado de exceção

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                      

É claro que o modelo de estado de exceção em vigor hoje no Brasil não tem nada a ver com o tradicional. Não é preciso intervenção militar, nem fechamento de Congresso Nacional nem censura prévia à imprensa. Tampouco é necessário se recorrer à tortura, ao sequestro e ao assassinato de adversários do regime. A desmoralização do estado democrático de direito versão 2015 não requer também cerceamentos formais do direito à livre manifestação e à ampla liberdade de organização partidária.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mídia esconde 'relações perigosas' de Bumlai

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em mais uma fase da Operação Lava Jato foi preso preventivamente o pecuarista José Carlos Bumlai, na manhã de ontem (24). O Ministério Público afirma que as delações premiadas justificam a prisão. A defesa de Bumlai afirma que o empresário tem como provar com documentos que os delatores mentiram no caso dele.

As manchetes da imprensa tradicional usaram e abusaram da expressão "amigo de Lula" para se referir ao empresário preso, numa tentativa de mais uma vez associar o ex-presidente a denúncias de corrupção. Se depender da leitura das manchetes o pecuarista está preso por ser "amigo de Lula", tamanha a ênfase dada. Apesar disso, os próprios procuradores da força-tarefa que prenderam o pecuarista afirmaram claramente, em entrevista coletiva, que não há nenhuma prova contra o ex-presidente.

Lava-Jato investigará o ex-sócio de Serra?

Da revista CartaCapital:

Um desdobramento das gravações que colocaram na cadeia o senador petista Delcídio do Amaral (MS) e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, pode abrir uma nova frente de ação para a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Na semana passada, foi tornado público depoimento do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, no qual ele cita a empresa Iberbras como receptora de parte da propina de 15 milhões de dólares que viabilizou a venda da refinaria de Pasadena, nos EUA, da belga Astra Oil para a Petrobras.

Como mostrou CartaCapital, a Iberbras leva ao nome de Gregório Marin Preciado, um espanhol radicado no Brasil e investigado na CPI do Banespa.

Argentina: no caminho do inferno

Por Guadi Calvo, no site Vermelho:

Por fim a dúvida que pairava sobre os argentinos se esclareceu: o próximo presidente do país será o ultraliberal Mauricio Macri. À luz dos resultados do último domingo (25), deixa-se claro uma coisa: nada, mas nada pode ser dado por certo.

A mínima diferença entre as duas forças – um com 51,40% e o outro com 48,60% – deixa bem claro que o famoso boato que anunciava que o kirchnerismo estava acabando não está certo, ele segue muito vivo e é muito difícil que comece a ruir, principalmente se o novo presidente insistir com suas políticas de arrasar com tudo que foi construído nos 12 anos.

#MinhaAmigaSecreta e os atos machistas

Ilustração extraída do site: Geledés
Por Lia Bianchini, no blog O Cafezinho:

Desde terça-feira (24), as redes sociais têm sido inundadas de textos e mensagens da campanha #MeuAmigoSecreto, uma onda criada por mulheres para denunciar atos machistas cotidianos que são cobertos com o véu da normalidade.

A campanha surgiu na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher e vem dando voz, principalmente, a um aspecto quase esquecido da realidade feminina: a violência psicológica. Grande parte dos depoimentos denunciam relacionamentos abusivos, gaslighting, silenciamento em espaços políticos, racismo e lesbofobia.