quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Impeachment não morreu, mas agoniza

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Foi um ano duríssimo e um fim de ano muito melhor que o esperado. O desabafo é de Jacques Wagner, Ministro-Chefe da Casa Civil.

Estava pensando no esvaziamento do impeachment.

De fato, como esperado, ontem o PSDB de Aécio jogou Michel Temer ao mar. Ao mesmo tempo, a ala fluminense do PMDB procurou Temer pretendendo apaziguar a luta e dar tranquilidade para enfrentar uma crise brava. Só com a volta do recesso haverá mais clareza sobre a nova composição de forças. Mas Wagner garante que a posição majoritária do PMDB é contra a proposta de impeachment.

Lewandowski, Cunha e o trato com bandidos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A atitude do Ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, de conversar com Eduardo Cunha apenas diante dos jornalistas era a única que um juiz correto poderia tomar.

Primeiro, a de não conversar com bandidos exceto em situações públicas.

Segundo, idem com gente de comportamento psicótico.

Macri, Venezuela e a mídia tendenciosa

http://www.pagina12.com.ar/
Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Uma coisa é ter opinião, manifestar posição política e ideológica, travar a disputa de ideias.

Mas não dá para espancar a realidade. Principalmente no jornalismo em que postulados como objetividade e imparcialidade são imperativos de seu bom exercício.

Não acredito em imparcialidade de órgãos de comunicação. Sua linha editorial expressa a opinião de seus proprietários ou de sua direção.

Porém um mínimo de equilíbrio e respeito aos fatos é exigência, em especial nas reportagens.

O filho do usineiro que xingou Chico Buarque



Do blog Viomundo:

“Eu queria ouvir da tua boca: você é um merda!”, disse um jovem a Chico Buarque numa esquina do Leblon, no Rio de Janeiro, quando o compositor deixava um restaurante com um grupo de amigos em busca de um táxi. O rapaz estava com outro herdeiro, Alvarinho, filho do banqueiro Alvaro Garnero e mais duas pessoas.

De Chico Buarque para os fascistas

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quando disse para os coxinhas fascistas e desocupados que o cercaram na saída de um restaurante no Leblon que "ninguém pode se achar informado lendo a Veja", Chico Buarque, o genial artista brasileiro pôs o dedo na ferida. A serpente que choca os ovos da intolerância, do ódio e do fascismo no Brasil é o monopólio da mídia.

Os especialistas em vagabundagem que ousaram abordar um intelectual do porte de Chico são produto de um massacre midiático diário, que tem como pilares o antipetismo mais tosco, o antiesquerdismo mais visceral e a criminalização da atividade política.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Frase do ano: "Acho que o PSDB é bandido"

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Chico é autor de muitas das mais lindas e pungentes frases em língua portuguesa.

Algumas:

A felicidade morava tão vizinha que de tolo até pensei que fosse minha.

Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego.


Mas foi longe de sua atividade de compositor que ele produziu sua melhor frase em muitos anos.

Eu acho que o PSDB é bandido.

A bela homenagem aos estudantes de SP

O tal "rapper" que insultou Chico Buarque

Por Jean Wyllys, em sua página no Facebook:

Sobre o episódio da ofensa e patrulha ideológica perpetradas por playboys herdeiros das capitanias hereditárias e antipetistas contra Chico Buarque no Leblon, ainda duas considerações:

1. A primeira é que, como sugerido, fui ao Google procurar saber quem é o tal "rapper" Túlio Dek (um dos ofensores de Chico Buarque) e o que encontrei, entre platitudes sobre sua vida amorosa passada em sites que se ocupam de subcelebridades, foi a informação de que ele é neto de Jairo Andrade. E, de acordo com esta matéria de 2007 do site A Nova democracia (http://www.anovademocracia.com.br/…/79-a-luta-camponesa-faz… ), o avô de Túlio Dek não era flor que se cheirasse!

O racismo em voo da TAM



Bancos lucram e demitem 8.200 bancários


De janeiro a novembro, os bancos cortaram 8.247 postos de trabalho em todo o país, mostra pesquisa feita em parceria com o Dieese e divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Apenas no penúltimo mês do ano, foram fechadas 1.928 vagas, no segundo pior resultado de 2015. Ao longo do ano, o setor contratou 28.745 funcionários e demitiu 36.992.

"Apesar de passarem longe da crise, como o setor da economia que mais tem lucrado no Brasil, o sistema financeiro continua demitindo", diz a Contraf-CUT. "Nada justifica o comportamento das instituições financeiras, que acumulam R$ 54,8 bilhões de lucro no terceiro trimestre deste ano."

A urgência da prisão de Eduardo Cunha

Por Wálter Maierovitch, na revista CartaCapital:

Pouca gente sabe, mas existe uma Escola de Cidadania na esquecida e populosa zona leste da capital de São Paulo: 3,3 milhões de indivíduos. Está instalada no bairro de Ermelino Matarazzo, funciona na Igreja de São Francisco e depende do trabalho do seu fundador, Antonio Luiz Marchione, o popular Padre Ticão.

Neste mês de dezembro participei, com o arquiteto Ruy Ohtake e a deputada Luíza Erundina, de dois colóquios de fim de ano. Os formandos e a comunidade ouviram considerações sobre a atuação e o comportamento ético de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e o impeachment.

Cunha e golpistas apostam no impasse

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há uma clara aposta dos setores pró-impeachment da Câmara num impasse político que envolverá os três poderes, flertando com uma crise institucional. O primeiro passo foi a decisão de apresentar embargos de declaração à decisão do STF que anulou a eleição da comissão especial do impeachment por chapa avulsa e voto secreto. Eles decidiram avisar o Supremo de que nenhuma comissão permanente da Câmara será instalada, no início do ano legislativo, em fevereiro, enquanto tais embargos não forem julgados. Isso significa dizer ao STF: “Os senhores fizeram uma ingerência que impede a Câmara de funcionar normalmente”. Cunha e aliados continuavam ontem buscando uma agenda com o presidente da corte, ministro Ricardo Lewandowski.

Manual de sobrevivência no Natal

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A essa altura, você deve estar suando frio ao imaginar os horrores que viverá nos próximos dias – principalmente se for paulista. Progressista, esquerdista ou como queira se definir, já sabe que, mesmo que seja crítico ao PT - certamente de forma civilizada -, para aquele seu cunhado, primo, sogro ou mesmo irmão, pai ou mãe, você será sempre “petista”.

Estará em uma festa, o que já lhe tira a opção de mandar aqueles parentes chatos para aquele lugar; você terá que suportá-los, porque se tiver uma reação que seria natural ante uma afronta, acabará estragando a festa de gente que você curte – possivelmente, sua esposa ou esposo, filhos etc.

Racismo e direita, tudo a ver

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

Combater o racismo implica necessariamente ser de esquerda no Brasil. Isto porque ser contra o racismo é ser contra o sistema de opressão vigente que possibilita que o capital se concentre e se reproduza em padrões altíssimos as custas da superexploração da mulher negra e do homem negro. Isto não significa que todo mundo de esquerda é antirracista. Mas o inverso é verdadeiro. 

Dilma se realinha com sentimento popular

Editorial do site Vermelho:

O sistema financeiro detestou, em especial a banca internacional com sede em Wall Street, mas os brasileiros têm muito o que comemorar – este talvez seja o principal sentimento que ajuda a explicar a troca de comando no Ministério da Fazenda. Saiu o fiscalista, monetarista, “mãos-de-tesoura” (seja lá o apelido preferido para designá-lo) Joaquim Levy, e entra o desenvolvimentista Nelson Barbosa.

Os serviçais brasileiros do imperialismo também não gostaram da troca de ministros. O título do editorial do jornal O Globo, neste sábado (19) foi explícito: “Dilma assume a Fazenda e nomeia Barbosa”. É como se esperasse um governo cindido – a presidenta cuidaria dos assuntos da administração, mas a direção da economia caberia ao “homem do mercado”, o ministro da Fazenda Joaquim Levy. É uma posição absurda e esconde a defesa de uma ilegalidade: o responsável pelas ações e políticas de governo é a presidenta Dilma Rousseff. Foi ela que recebeu os votos de 54,5 milhões de brasileiros para cumprir essa tarefa!

Linguagem da mídia controla pensamentos

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:



A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator, reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.

Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.

PSDB, Alstom e o acordo de R$ 60 milhões

Do jornal Brasil de Fato:

Acusada de pagar propina para garantir um contrato junto à gestão de Mário Covas (PSDB) no governo paulista, a empresa Alstom fechou um acordo com a Justiça e pagará R$ 60 milhões para se livrar do processo, instaurado em 2008. O caso era referente a contratos de fornecimento em duas subestações de energia da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), em 1998.

A multinacional francesa também está envolvida no esquema de cartel na licitação de compra de trens do Metrô e da CPTM, porém, o acordo para se livrar de processo não envolve esses casos. Todas as investigações mencionadas são de que a Alstom tenha pagado suborno a membros do PSDB para conquistar benefícios em licitações e contratos.

Mulher de Cunha vai para a cadeia?

Por Altamiro Borges

O correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, continua posando de valente diante dos holofotes da mídia. Afirma que não vai renunciar e que ainda será o principal responsável pela queda da presidenta Dilma Rousseff. Nos bastidores, porém, parece que o lobista está se pelando de medo. Ele teme pelo seu futuro político e, principalmente, pela prisão de sua esposa, Cláudia Cruz, ex-apresentadora da TV Globo, e de sua filha. Segundo as apurações em curso, parte da grana obtida com propinas e outras negociatas foi depositada em sua conta bancária. Uma notinha publicada na semana passada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha, dá bem a dimensão do seu pânico:


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Alckmin, Doria e o racha do PSDB

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira passada (14), num glamoroso jantar na casa de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, o governador Geraldo Alckmin declarou o seu apoio à pré-candidatura do "cansado" João Doria Jr. à prefeitura da capital paulista pelo PSDB. Para uma plateia composta pela fina flor da elite nativa – Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, Rubens Ometto, da Cosan, Lírio Parisotto, da Usiminas, e Roberto Klabin, entre outros ricaços –, ele fez altos elogios ao trambiqueiro, que também é apresentador de um programa tedioso na Band. Afirmou que João Doria, o Júnior, tem “juventude, saúde e disposição” para “trabalhar por São Paulo”. A declaração de amor, porém, gerou ciumeira e traiçoeiras bicadas no ninho tucano, segundo reportagem da Folha deste domingo (20).


Chico Buarque retruca "leitores da Veja"

Por Altamiro Borges

Os fascistas mirins, filhinhos de ricaços corruptos que se travestem de éticos, estão cada vez mais agressivos. Na noite desta segunda-feira (21), um grupo de playboys tentou intimidar o compositor, cantor e escritor Chico Buarque quando ele deixava um restaurante no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro. "Petista, vá morar em Paris", gritaram os direitistas mimados. Apesar das provocações, o renomado artista se manteve calmo e até polemizou com os fanáticos. "Vocês são leitores da Veja?", indagou Chico Buarque, com sua fina ironia.