sábado, 4 de junho de 2016

A saúde em risco no governo interino

Por Ana Luíza Matos e Oliveira, no site Brasil Debate:

Recentes declarações do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), de que o Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ser revisto por ser oneroso, mostram a quais interesses serve dentro do Ministério. Barros chegou a propor uma redução do papel do SUS para dar espaço aos planos de saúde, mas se viu obrigado a votar atrás após as repercussões negativas de suas declarações.

Diga-se de passagem, as propostas que têm sido apresentadas para a área social nos poucos dias de governo interino vêm encontrando grande rechaço por parte da população, por serem o contrário dos programas vitoriosos nas eleições presidenciais nos últimos anos.

Um filme chamado Brasil

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Instale uma lente grande angular na sua angústia com o Brasil.

Abstraia contradições óbvias demais.

Essa, por exemplo: um projeto econômico neoliberal que só se viabiliza com um golpe de Estado articulado por instituições que encarnariam o liberalismo - o congresso ‘representativo’, o judiciário ‘independente’, ‘a mídia ecumênica e isenta’...

Não restou um tijolo desse edifício no Brasil pós 11 de maio.

Temer prepara decreto para esvaziar EBC

Por Renato Rovai, em seu blog:

O ministro Dias Toffoli concedeu liminar ao presidente da EBC, Ricardo Mello, e devolveu-lhe a presidência da empresa para a qual ele foi nomeado por quatro anos.

Essa foi a primeira grande derrota legal do governo Temer nesses seus primeiros dias.

Mas Temer já prepara um novo golpe contra essa decisão.

Michel Temer atola

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Lá se foram os 31 dias de maio, 19 deles sob a vigência do governo provisório de Michel Temer, iniciado no dia 12 deste mesmo mês. Nesse período, curtíssimo período, a administração do vice-presidente ganhou marcas notórias. A mais visível delas é o ressurgimento de um reacionarismo exasperado imposto pela base do Congresso. Mais precisamente, pelo emergente e poderoso “baixo clero”.

Essa é a linha divisória traçada entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice Michel Temer.

Quando nem o FMI avaliza Michel Temer

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

O artigo de três dos principais economistas do FMI publicado na última quinta-feira (26), a começar pelo título – Neoliberalism: oversold? – , tem tido grande repercussão. A palavra “neoliberalismo” até aqui era considerada um palavrão típico de maluco de palestra, desses que não devem entender nada de economia e de capitalismo. Afinal, seus benefícios estão desenhados em qualquer manual. Só os mais ideológicos ou ignorantes insistiriam em desafiar a Lógica.

PSDB na origem da corrupção na Petrobras

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

O caso da empresa ligada a Paulo Henrique Cardoso, o filho de FHC, no ano de 1999 com o esquema de corrupção da Petrobras, para a compra de turbinas para a usina térmica TermoRio, teve um capítulo ignorado pelos grandes jornais que publicaram a notícia. Esse capítulo não só revela indícios diretos da prática criminosa sob a influência da presidência tucana, como as diversas relações de personagens e corporações e as camadas de corrupção que conectavam não apenas os interesses das empresas com a estatal brasileira, como também multinacionais de bom trânsito em esquemas tucanos: a Alstom.

Contra golpe, a chance de Lewandowski

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os desafios e impasses desta difícil etapa de nossa história política colocaram nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski uma decisão verdadeiramente crucial para o destino da democracia brasileira.

Encarregado, pela Constituição, de assumir a presidência do julgamento de Dilma Rousseff pelo Senado Federal, caberá a Lewandowski assegurar o respeito ao pleno direito de defesa, princípio fundamental que serve de linha divisória entre o Estado Democrático de Direito e as lamentáveis versões de Estado de Exceção construídas ao longo da história humana, numa sequência deprimente de excrescências político-jurídicas que nem vale a pena mencionar aqui.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Temer, a sua mesquinhez é burra!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Escrevi mais cedo que Michel Temer é um homem muito pequeno, e não era só de estatura física.

Hoje, as ordens que deu para limitar as viagens de Dilma Rousseff são apenas mais uma prova desta pequenez.

Como todo bom idiota, conta com os frutos óbvios dos babacas que vão dizer: é isso mesmo, é com dinheiro público e ela não está no exercício da Presidência, etc. Bom, o senhor, quando era “vice-decorativo” também não estava e ninguém cerceou suas viagens, não é? Deixa pra lá, não é este o ponto.

O governo usurpador de Michel Temer

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Estamos à mercê de profunda crise política que se agrava a cada dia na medida em que o governo interino de Michel Temer, ilegítimo em sua gênese, prossegue na inglória faina de completar a desconstrução do país, iniciada por Collor e FHC, e revertida por Lula e Dilma.

Há pressa em atingir seus objetivos, todos reacionários e antipopulares e antinacionais, dos quais destaco entregar o Pré-Sal e nossas imensas reservas à sanha das grandes multinacionais do petróleo (exatamente quando o preço do barril começa a revalorizar-se…), reorientar a política externa, alinhando-a aos interesses dos EUA (e para tal ninguém mais habilitado do que o chanceler José Serra), tornar irrelevante a CLT, reformar a Previdência para dificultar o acesso à aposentadoria.

Falta transparência nas contas dos golpistas

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

Ao longo de todo o processo de mobilização das pessoas indignadas com a crise política, que desembocou nessa crise econômica que estamos vivendo, o Movimento Brasil Livre (MBL) bateu no peito para dizer que era apartidário, ou seja, não estava vinculado a nenhum partido. Segundo o movimento, aqueles carros de sons, viagens, passeios e andanças eram bancados pelas doações que recebiam de seus apoiadores.

O impeachment e a delação da Odebrecht

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há dois movimentos caminhando juntos neste momento, em velocidades diferentes: a delação dos dirigentes da Odebrecht e o esforço do bloco de Temer para acelerar o ato final do impeachment da presidente Dilma, de modo que ele ocorra antes das revelações da empreiteira. Se elas tiverem a força e o alcance esperados, revelando todos os participantes do esquema “ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país”, como disse a empresa na nota de março, ao anunciar que faria uma “colaboração definitiva”, as condições para a condenação de Dilma podem ser definitivamente comprometidas. Elas já se deterioraram muito por conta das bizarrices do próprio governo interino, ameaçando a consecução dos 54 votos necessários.

Dilma vai à Justiça contra Merval Pereira

Da revista Fórum:

Em nota publicada no Facebook, nesta sexta-feira (3), a assessoria de Dilma Rousseff anunciou que a presidenta irá à Justiça contra as acusações de Merval Pereira, do jornal O Globo.

Ele afirmou que despesas pessoais de Dilma foram pagas por esquemas provenientes de corrupção e chegou a dizer que desvios na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, teriam servido para custear os serviços do cabeleireiro da presidenta, Celso Kamura.

Um país governado pelos editoriais da Globo?

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

Chamam muita atenção dois recentes editoriais do jornal “O Globo” (sim, aquele jornal que apoiou a ditadura) em que parecem ditar os rumos do governo ilegítimo de Temer.

No dia 23 de maio, o jornal carioca encerra assim seu editorial: “Até para não dar razão aos lulopetistas que denunciam uma trama contra a Lava-Jato por trás do impeachment de Dilma, o presidente não pode demorar para afastar o auxiliar”. O auxiliar no caso seria Romero Jucá (PMDB-RR), ministro do Planejamento, que teve suas conversas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, gravadas e divulgadas por outro grupo historicamente apoiador de golpes, a Folha de S.P..

Maior captador da Rouanet é amigo de Aécio

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando Michel Temer matou o MinC para ressuscitá-lo dias mais tarde, os artistas se mobilizaram e causaram barulho suficiente para o interino, como de costume, voltar atrás.

Na campanha de difamação da classe, coxinhas tiraram do bolso uma velha arma para xingar cantores, atores e quejandos de vagabundos: a Lei Rouanet.

Segundo o raciocínio primário da turma, todos eles, sem exceção, eram sustentados pelo estado. Todos petralhas comunistas marxistas vendidos.

Merval faz o “trabalho sujo” de O Globo


Por Mario Marona, no blog Viomundo:

O Globo precisava de alguém que se dispusesse a escrever a notícia que sustentaria a manchete de hoje, segundo a qual o “esquema da Petrobras pagou despesas pessoais de Dilma”, mas como não tinha esta informação para publicar em seu noticiário factual, teve de fazer uso de Merval Pereira.

Ele publica, então, em nove linhas, de um único parágrafo, no meio da coluna, que haveria “indicações” de que “trocas de e-mails não rastreáveis” entre envolvidos na compra da refinaria de Pasadena revelariam que o Conselho de administração da Petrobras, que era presidido por Dilma Rousseff na época, teria arcado com algumas despesas pessoais dela [PS do Viomundo: acréscimo do trecho da coluna de Merval feito por nós].

Projeto Temer vai acabar com o SUS

Por Isaías Dalle, no site da CUT:

O Sistema Único de Saúde vai acabar “de imediato” caso o conjunto de medidas de Temer for adiante. A análise é de Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde do governo Lula e atual secretário municipal da pasta na cidade de São Paulo.

O governo Temer – que Padilha chama de “golpista” – aprovou o aumento da Desvinculações das Receitas da União (DRU) de 20% para 30%. E estendeu a medida até 2023. A PEC aprovada também permite, pela primeira vez, que estados e municípios também adotem a DRU.

Russomanno, o vigarista, será impugnado?

Por Altamiro Borges

A disputa pela prefeitura da capital paulista está ficando cada vez mais imprevisível. No mês passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a se manifestar pela condenação por peculato (desvio de dinheiro público) do deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), que também apresenta um programa de “defesa do consumidor” na Record. O pedido se deu com base nos autos do processo contra o parlamentar que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). “Se a Corte acatar as considerações do procurador-geral até agosto, prazo para o registro das candidaturas, Russomanno não poderá disputar a prefeitura nas eleições de 2016”, registra a jornalista Julia Duailibi, na Revista Piauí.

O colapso de credibilidade de Michel Temer

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept:

Desde o começo, ficou evidente que o processo de impeachment da presidente eleita, Dilma Rousseff, tinha como objetivo principal o fortalecimento dos verdadeiros ladrões de Brasília, permitindo assim que impeçam, obstruam e ponham fim às investigações da Operação Lava Jato (além de imporem uma agenda neoliberal de privatizações e austeridade extrema). Apenas 20 dias após assumir o poder, provas irrefutáveis do envolvimento do Presidente interino Michel Temer em escândalos de corrupção vieram à tona. Dois ministros interinos de seu gabinete composto apenas de homens brancos, incluindo o Ministro da Transparência, foram forçados a abandonar seus cargos depois do aparecimento de gravações secretas em que conspiram visando obstruir as investigações nas quais se encontram envolvidos, assim como 1/3 dos ministros do gabinete interino.

A volta de Ricardo Melo para a EBC

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

A recondução do jornalista Ricardo Melo à presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) derrubou mais uma indicação do presidente provisório Michel Temer em áreas chaves do governo golpista. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu nesta quinta-feira (2), liminar a Melo, ilegalmente exonerado por Temer. A liminar junta Laerte Rimoli, que assumiu em lugar de Melo, aos ex-ministros Romero Jucá e Fabiano Silveira, afastados em menos de um mês do governo interino.

“É a primeira derrota jurídica do governo golpista provisório, que vem sofrendo derrotas políticas porque está tentando impor ao país uma agenda que não foi vencedora nas urnas. As medidas de Temer não tem eco na sociedade”, avaliou a jornalista Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Lava-Jato, a mídia e o futuro do golpe

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Não há dúvida de que o único objetivo da “Operação Lava Jato” é inviabilizar a continuidade do ciclo progressista iniciado com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 2002. O diz-que-diz que se estabeleceu sobre o futuro das operações do grupo pilotado por Sérgio Moro após a aceitação do impeachment fraudulento no Senado Federal contra a presidenta Dilma Rousseff é apenas mais um capítulo dessa novela - gravações de peemedebistas com tramoias para impor limites às investigações mostram bem a sua essência. A mídia, na sua missão de baluarte do golpismo, ao mesmo tempo em que pressiona por uma limpa no governo interino, trata com dedos figurões que podem ser esteios do pós-impeachment, caso ele se consume. É o rito da “Lava Jato”.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Não dá para confiar no Senado. Só nas ruas!

Por Altamiro Borges

Parece que bateu o desespero nos golpistas, o que só confirma o novo apelido de presidente interino: “Michel Treme”. Nesta quinta-feira (2), a tal “comissão especial do impeachment” do Senado decidiu reduzir em 20 dias o prazo para a tramitação do processo contra Dilma Rousseff. Com esta manobra, a votação final do estupro à democracia poderá ocorrer em meados de julho. A defesa da presidenta democraticamente eleita pelos brasileiros já anunciou que recorrerá da decisão, ilegal e arbitrária, no Supremo Tribunal Federal. Este golpe dentro do golpe revela que Michel Treme se borra de medo da onda crescente de protestos na sociedade e da possibilidade de vários senadores alterarem seu voto na discussão do mérito, afastando o golpista e garantindo o retorno de Dilma Rousseff.

Propina na reeleição de FHC não dá manchete

Por Altamiro Borges

Qualquer denúncia vazia, sem qualquer prova, contra o ex-presidente Lula logo vira manchete dos jornalões, capa das revistonas e motivo de ácidos comentários na rádio e tevê. Já a reafirmação, pela “enésima vez”, de que o ex-presidente FHC comprou a sua reeleição, em 1997, não causa maiores escândalos na imprensa tucana. Nesta semana, o ex-deputado federal Pedro Corrêa confirmou em sua “delação premiada” que o grão-tucano “comprou mais de cinquenta parlamentares” para garantir a aprovação da emenda que rasgou a Constituição Federal e lhe permitiu mais quatro anos de mandato. A denúncia, que já fora fartamente comprovada no indispensável livro “O príncipe da privataria”, do jornalista Palmério Dória, apareceu em tímidas reportagens e logo sumiu do noticiário.

Dilma passa de impopular à líder de massas

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Nos dez últimos dias, tive duas oportunidades de estar frente a frente com a presidenta afastada, Dilma Rousseff. Duas oportunidades históricas de ver como ela é recebida nas ruas, de saber o que tem a dizer após o afastamento forçado e, em um dos casos, até de lhe fazer uma pergunta meio ácida, olhos nos olhos. A primeira foi no último dia 20, em Belo Horizonte (MG), durante o V Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, quando ela fez sua primeira aparição pública após o afastamento da presidência. A última ocorreu nesta segunda (30), na Universidade de Brasília (UnB), onde ela participou do lançamento do livro “A resistência ao golpe de 2016”.

Lula, a Justiça e o justiciamento…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Faz quase 1 ano que advogados de empreiteiros falam em off pra quem quiser ouvir que muitos dos seus clientes vinham sendo pressionados a envolver Lula em delações premiadas.

No início, a pressão era mais discreta. Perguntava-se se o ex-presidente havia participado de negociações, se em algum momento teria realizado algum telefonema, se insinuara que sabia do caso ou alguma coisa assim mais indireta.

França: a luta social pega fogo

Foto: L´Humanité
Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Paris está em chamas, enquanto o presidente François Hollande trapaceia. Esta é síntese dos protestos por toda a França contra a proposta da “reforma” trabalhista, enquanto o presidente posa no G-7, no Japão, como se fosse um dos Senhores do Universo.

A França está semiparalisada – dos trabalhadores nas docas do porto Le Havre (um hub-chave de comércio) a operários das refinarias, depósitos de petróleo, estações de energia nuclear (que respondem por 75% do fornecimento nacional de energia), aeroportos, e o sistema de transportes sobre trilhos metropolitano de Paris. Isso converteu-se em pânico numa miríade de postos de gasolina – com a paralisação de grande parte do sistema de transportes francês.

Complô contra Dilma envolveu políticos e STF

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Romero Jucá e Sérgio Machado são velhos amigos. Senadores pelo PSDB no governo Fernando Henrique, aderiram via PMDB à gestão Lula e hoje estão enrolados na Operação Lava Jato. Foi em nome dos bons tempos que Jucá abriu a porta de casa quando Machado chegou de surpresa logo cedo em meados de março.

Conversaram longamente sobre a situação política e econômica do País. E também a policial. Especialmente a policial. Com a Lava Jato no encalço de Machado, Jucá comentou estar na política a salvação do amigo e dos figurões em geral.

O xadrez de Michel Temer, o breve

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Movimento 1 – Michel, o interino, torna-se Michel, o breve

A cada dia que passa, a sucessão infindável de erros deixa nítida a incapacidade do presidente interino de tocar o país. Não tem noção de como se portar em um presidencialismo de coalizão. Deixou o barco solto, loteou o Ministério de uma forma irresponsável que nem o próprio José Sarney ousou, soltou as rédeas liberando o ataque bárbaro às instituições, cada grupo tratando de saquear o território conquistado.

Golpistas têm medo da derrota no Senado

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Até agora, todos previam a duração do processo de impeachment até setembro.

Quando Anastasia tentou antecipar, foi para agosto, o que já era discutível.

Agora, por ordem direta de Michel Temer, o PMDB quer apertar mais o prazo: julho.

Deu um golpe de mão para isso, hoje, na comissão do impeachment no Senado.

Resistência e justiça na EBC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É bom lembrar que a liminar do ministro Dias Toffoli que desfez a nomeação do jornalista Laerte Rimoli e determinou o retorno de Ricardo Melo ao posto de diretor-presidente da EBC não tem caráter definitivo. Pelos aspectos políticos envolvidos, pode-se imaginar que nos próximos dias os advogados do governo interino de Michel Temer apresentarão recurso para tentar levar a decisão a plenário, esperando colocar a discussão para ser resolvida em caráter definitivo pelo colegiado do STF.

Sem-teto pressionam e Temer recua do recuo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Após militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparem o saguão do prédio do escritório da Presidência da República, nesta quarta (1), na avenida Paulista, em São Paulo, o Ministério das Cidades anunciou que voltará a contratar unidades habitacionais pelo Programa Minha Casa, Minha Vida Entidades.

O governo do presidente interino revoga dessa forma, a decisão que ele próprio havia revogado anteriormente ao desautorizar a contratação de 11.250 residências.

Se popularidade de Temer cair, Dilma volta

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os sinais estão todos aí, só não vê quem não quer. A reportagem que você vai ler a seguir mostra que o governo Michel Temer está se enforcando sozinho e explica porque o jogo político começa a experimentar uma reviravolta surpreendente no Brasil.

Confira:

“O ministro de combate à corrupção do presidente interino do Brasil, Michel Temer, renunciou segunda-feira depois de uma gravação secreta mostrar que ele tentou frustrar arrebatadora investigação de corrupção que gira em torno Petrobras, a empresa nacional de petróleo.

Até o FMI descarta a agenda neoliberal

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Pânico no Instituto Millenium! Tucanos, fujam para as montanhas! Alguém dê um rivotril pro Rodrigo Constantino! Um estudo publicado esta semana por economistas do Fundo Monetário Internacional defende que os “benefícios que são parte importante da agenda neoliberal foram exagerados”. Se eles agora pensam assim, imaginem o que acha quem nunca enxergou nenhum benefício na agenda que privatizou todas as riquezas nacionais em países como a Argentina? É este modelo falido, ultrapassado, que o governo ilegítimo de Michel Temer e seus parceiros do PSDB pretendem reinstalar no Brasil.

O bicho vai pegar nas Olimpíadas

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    
Formou-se um consenso entre os veículos de comunicação espalhados pelo planeta: o impedimento da presidenta Dilma foi um golpe de estado de natureza judicial-parlamentar-midiática. Sem baionetas nem canhões, mas golpe de estado.

Também os primeiros dias do desastroso governo golpista não foram poupados pela mídia internacional, que enfatizou o brutal retrocesso social, trabalhista, previdenciário e civilizatório contido nas medidas anunciadas pelo "governo de gangsters" que assaltou o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios.

Cadê as pesquisas do Datafolha e do Ibope?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Onde foram parar as pesquisas?

Na campanha movida contra Dilma pela imprensa, elas foram um elemento vital. Datafolha e Ibope produziam pesquisas em larga quantidade, e elas iam imediatamente dar nas manchetes de jornais, telejornais e o que mais for. Colunistas das grandes empresas jornalísticas - os chamados fâmulos dos patrões - se regozijavam em repercuti-las.

O público mais influenciado por Globo, Folha e congêneres - os analfabetos políticos ou midiotas - babava agarrado aos números.

Inquisidor da UNE, Feliciano é caloteiro

Por Conceição Lemes, com Garganta Profunda [*], no blog Viomundo:

O deputado federal Marco Feliciano foi autor do projeto que deu origem à CPI da União Nacional dos Estudantes, a UNE.

O requerimento foi aprovado no apagar das luzes do mandato de Eduardo Cunha como presidente da Câmara.

Feliciano pretende saber mais sobre as finanças da UNE.

Ele quer investigar os R$ 44,6 milhões recebidos pela entidade a título de indenização por danos que sofreu durante a ditadura militar, bem como detalhes da associação da UNE com a empresa de negócios imobiliários CBRE, que ergueu prédio de 12 andares no terreno da UNE na praia do Flamengo e aluga salas do empreendimento.

O início de um “Junho Vermelho”?

Foto: Bruno Miranda/Jornalistas Livres
Por Thiago Cassis, no site da UJS:

Grandes atos aconteceram nessa quarta (01) contra o machismo, a misoginia e a cultura do estupro em diversas cidades como, por exemplo, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Campinas e Porto Alegre.

O maior deles ocorreu em São Paulo, onde a manifestação contra a cultura do estupro, aconteceu ao mesmo tempo que um ato puxado pela Frente Povo Sem Medo na Avenida Paulista.

No ato denominado “#PorTodasElas”, que estava marcado para o vão do Masp, aproximadamente 15 mil pessoas participaram da manifestação que seguiu pela Avenida Paulista em direção à Rua da Consolação. Em um determinado momento um jogral relembrou do caso da adolescente estuprada por 33 homens e o grito de “mexeu com uma, mexeu com todas” ecoou pelas ruas de São Paulo.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Fiesp descarta fascistas mirins da Paulista

Por Altamiro Borges

O site da revista Veja, o pasquim de estimação dos 'midiotas', postou uma curiosa notinha nesta terça-feira (31): 

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Os manifestantes pró-impeachment não arredaram pé do acampamento na Avenida Paulista. O número de barracas, no entanto, caiu de trinta para onze. Ficam por lá hoje 25 pessoas, menos de um terço do que havia no início do protesto, em março. Eles dizem que só vão sair depois que o Senado confirmar a queda de Dilma Rousseff. No auge da popularidade, a turma chegou a ser recebida por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, para um almoço com filé-mignon. Agora, a diretoria da entidade pediu que eles deixassem a sua porta e barrou o acesso aos banheiros do prédio. Com isso, os “sem-teto” se mudaram para as proximidades da esquina com a Rua Pamplona.

Michel Treme: Cai o segundo “sinistro”!

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer - já apelidado de "Michel Treme" - não está conseguindo convencer sequer os patrocinadores do seu "golpe dos corruptos". Setores da mídia e do empresariado, que participaram ativamente da conspiração, já dão sinais de desânimo com o "governo interino". Na posse dos novos capatazes do Banco do Brasil, Caixa, BNDES e Petrobras, na manhã desta quarta-feira (1), o golpista pediu paciência aos seus críticos e fez questão de realçar que a sua gestão será marcada pelo combate à corrupção. Pelo jeito, poucos acreditaram na bravata empolada do deprimente "poeta".

CPI da UNE visa atacar movimentos sociais

Por Theo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

Será instalada hoje na Câmara dos Deputados a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a União Nacional dos Estudantes (UNE). Proposta pelo Pastor Marco Feliciano (PSC), a CPI tem como objeto a indenização que a UNE recebeu em 2010 da Comissão da Anistia.

A indenização foi possível graças a aprovação da Lei 12.260/10 que reconheceu a responsabilidade do Estado na destruição da sede da UNE na Praia do Flamengo, 132, no Rio de Janeiro. Vale lembrar que o primeiro ato da ditadura civil-militar em 1º. de abril de 1964 foi justamente incendiar o prédio da UNE.

Lula acusa TV Globo de tirar Dilma do ar

O esfarelamento do governo ilegítimo

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O governo interino e ilegítimo de Michel Temer é uma ilustração, revisada, daquilo que foi descrito por Antônio Vieira no Sermão do Bom Ladrão, pronunciado por ele na Igreja da Misericórdia de Lisboa, em 1655.

Os acontecimentos dos últimos dias confirmam as denúncias feitas por analistas sérios desde os primeiros rumores de um golpe jurídico-midiático-parlamentar em andamento – seu objetivo era entregar o controle do governo federal, e dos recursos financeiros controlados por ele, à especulação financeira e rentista, e estancar a “sangria” (como disse Romero Jucá) da operação Lava Jato que atinge os políticos golpistas da direita e da oposição ao projeto representado por Luís Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e os partidos ligados ao povo e aos trabalhadores.

MBL: um engodo partidário

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Caiu por terra, na última semana, a farsa do apartidarismo do Movimento Brasil Livre (MBL). Áudios divulgados na última sexta-feira (27.05), pelo portal UOL, expuseram o uso, pelo Movimento, da máquina partidária do PMDB, Solidariedade (SD), PSDB e DEM, além da negociação de recursos para impressão de folhetos, compra de lanches e uso de carros de som (UOL, 27.05.2016).

A frustrada devassa ordenada por Temer

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em mais um dos seus espasmos revanchistas desde que chegou à presidência de forma indireta e biônica, Michel Temer ordenou ao ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), um levantamento dos cargos ocupados por filiados do PT no funcionalismo federal, incluindo Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas deve ter ficado surpreso com a quantidade de servidores indicados por partidos que se alinharam ao golpe contra o governo Dilma.

Macri foge dos protestos na Argentina


Passou batido na mídia brasileira a cena: com a Plaza de Mayo cercada, o presidente se viu obrigado a refugiar-se na residência oficial de Olivos depois do Te Deum na Catedral. Eis um retrato da atual situação na Argentina, menos de seis meses de mandato de Macri. Foi um 25 de maio sem parada, sem banda, sem bandeiras, sem flores, sem povo …

Não é mais possível ocultar a evidência: o governo de Mauricio Macri teme os protestos populares, que vão num crescendo, e optou por cercar de barreiras a emblemática Plaza de Mayo.

A recessão chega a um novo patamar

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Quebradeira generalizada, redução das operações de crédito, queda da arrecadação, volatilidade do dólar, regressão do consumo e previsões de declínios cada vez maiores do PIB são alguns elementos do quadro econômico desafiador para o governo, as empresas e as famílias.

Entre janeiro e abril de 2015 e o mesmo período deste ano, os pedidos de recuperação judicial quase duplicaram, de 289 para 571, segundo a Serasa Experian. As solicitações feitas por médias e pequenas empresas passou de 172 para 327, na mesma comparação, e aquelas de grandes estabelecimentos aumentou de 49 para 95. Nos dois casos, a variação ficou um pouco abaixo do dobro, de um ano para o outro. Entre as firmas de porte médio, entretanto, o uso daquele recurso mais que duplicou, de 68 para 149.

A irresponsabilidade fiscal de Michel Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O desenho que emerge dos primeiros dias de presidente interino é um autêntico mapa do inferno.

Perdeu-se qualquer veleidade de apresentar um projeto minimamente legitimador ao país, do interino colocar-se como mediador visando recuperar a economia com o mínimo de danos às políticas centrais, conduzir o país para o porto seguro das eleições de 2018, preservando avanços e coibindo abusos.

O que é a cultura do estupro?

Temer já não tem votos para impeachment?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sou muito menos otimista, porque o arsenal golpista ainda tem muita munição para queimar e a artilharia de alto calibre de uma mídia e de um Judiciário metidos nesta aventura. Mas é fato que a permanente mobilização antigolpista e, sobretudo, as trapalhadas que estão revelando as entranhas reacionárias do golpe pioram, dia a dia, a situação de “já ganhou” que os usurpadores tinham há 20 dias.

O golpe é mais do que um golpe

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

O golpe de maio de 2016 não surgiu de repente e do nada. Está sendo preparado e alimentado há quase dois anos, por uma campanha de sabotagem dos vários agentes da oposição, que não se resumem aos partidos políticos.

Mas o golpe não foi apenas a deposição da presidenta. E, nesse sentido, ele vem de ainda mais longe e de mais fundo. Ele é um capítulo importante, revelador, de um movimento persistente, às vezes subterrâneo, às vezes escancarado. É o movimento pela mudança do regime político brasileiro – a democracia representativa presidencialista que se consolidou com a Constituição de 1988.

Presidiário tucano vai delatar Aécio?



Por Altamiro Borges

A prisão de Nárcio Rodrigues nesta segunda-feira (30) está agitando Minas Gerais. Homem da inteira confiança de Aécio Neves no passado (como fica evidente na declaração de amor do vídeo acima), o atual presidiário parece que andou se estranhando com os aspones do cambaleante chefão do PSDB. Há rumores de que ele poderia abrir o longo bico e delatar alguns tucanos - e uma famosa tucana -, revelando os podres das gestões de Aécio Neves e Antonio Anastasia. Caso não seja beneficiado pela conhecida generosidade da Justiça e permaneça muito tempo na cadeia - sua detenção preventiva é de cinco dias -, ele até pode decifrar um enigma que angustia a nação: quem "comeu" Aécio Neves?