terça-feira, 5 de julho de 2016

Por que gritamos golpe?

Do site da Boitempo Editorial:

A Boitempo lança no início de julho a coletânea Por que gritamos Golpe? – Para entender o impeachment e a crise política no Brasil, na coleção Tinta Vermelha.

Somando-se ao debate público sobre a crise política no Brasil, a obra proporciona ao leitor diversas análises sobre a dinâmica do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, dentro de uma perspectiva multidisciplinar e de esquerda. Os textos que compõem a coletânea são inéditos e buscam desenhar uma genealogia da crise política, entender as ameaças que se colocam à democracia e aos direitos conquistados pela Constituição de 1988 e apontar caminhos de superação de nossos impasses políticos. São trinta autores (a lista completa segue abaixo), entre pesquisadores, professores, ativistas, representantes de movimentos sociais, jornalistas e figuras políticas.

Golpe veio para tirar pobres do Orçamento

Por Marcelo Zero

Os governos do PT colocaram os pobres no orçamento. Na esteira do que a Constituição de 88 timidamente apontava, esses governos resolveram investir a sério nos cidadãos mais necessitados, nos excluídos históricos que não entravam nos orçamentos, nas universidades, nos hospitais, nos empregos com carteira, nos aeroportos e nos shoppings.

O resultado foi que 36 milhões de cidadãos deixaram a miséria e outros 40 milhões entraram na classe média, ou na nova classe trabalhadora. O resultado foi que o índice de Gini (indicador que mede a desigualdade) do Brasil caiu de 0,610 pra 0,490. O resultado foi o filho do pedreiro que virou doutor. O resultado foi a filha da Senzala que virou médica. O resultado foi mais democracia, mais soberania e maior dinamização da economia real.

A agenda do usurpador Michel Temer

Por Jeferson Miola

A agenda do presidente usurpador Michel Temer desta terça-feira, 5 de julho, é um retrato fidedigno do esquema que tenta tomar o Poder de assalto através do processo fraudulento de impeachment.

À primeira vista, salta aos olhos a curta jornada de trabalho do usurpador, cujos compromissos somente começam na metade da manhã, são interrompidos por um intervalo confortável de almoço, e terminam antes do sol se pôr. Afinal, uma rotina muito diferente da maioria do povo brasileiro, que madruga todos os dias para só regressar ao lar na noite já feita.

O STF e os privilégios da toga

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Sopra um vento forte de desentendimento entre os 11 componentes do Supremo Tribunal Federal (STF). A origem da ventania surgiu da proposta de uma nova Lei Orgânica da Magistratura (Loman) apresentada, em recente reunião administrativa, pelo ministro-presidente Ricardo Lewandowski. A reunião foi tensa. O texto recebeu críticas duras.

Prevaleceu entre os pares o ditado popular: cada cabeça uma sentença. Só houve união em torno da condenação das regalias propostas no texto apresentado por Lewandowski.

O treinamento de Moro nos EUA

Do Jornal GGN:

Revelado pelo Wikileaks, documento interno do governo dos EUA mostra como o país treinou agentes judiciais brasileiros, incluindo o juiz federal Sérgio Moro. Datado de 2009, o informe pede um treinamento aprofundado em Curitiba, vara do juiz que comanda a Operação Lava Jato.

Chamado de "Projeto Pontes", o seminário pretendia consolidar a aplicação bilateral de leis e habilidades rpáticas de contraterrorismo, e contou com a participação de juízes federais e promotores dos 26 estados brasileiros, além de 50 policiais federais. Também estavam presentes representantes do México, Costa Rica, Panamá, Argentina, Uruguai e Paraguai.

A desigualdade no Brasil

Por Clemente Ganz Lúcio, na revista Caros Amigos:

Tempos difíceis no mundo e no Brasil. Crise econômica profunda, desemprego, arrocho salarial, precarização dos direitos, violência crescente, migrantes em fuga, xenofobia, descontentamento com as instituições e insatisfação com a política compõem uma lista e tanto, mas são apenas parte dos problemas. Em busca de solução, há o desafio de entender o que está acontecendo, identificar causas e consequências. E há um desafio maior ainda que é transformar, pelo conhecimento, os problemas em questões que mobilizem a sociedade para atuar e intervir.

Temer promete 'medidas impopulares'. Quais?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Em um evento, nesta segunda (4), em São Paulo, o presidente interino Michel Temer agradeceu o apoio que recebeu de representantes do agronegócio e avisou: “a partir de certo momento, começaremos com medidas, digamos assim, mais impopulares''.

Como assim “mais impopulares''? Mais impopulares do que ele já está fazendo? Isso significa que ele nem começou?!

Seu governo indicou que vai propor a limitação dos investimentos públicos em educação e saúde e que vai apoiar mudanças legislativas que podem tornar uma parte grande da CLT letra morta (como a autorização da terceirização de todas as atividades de uma empresa e da negociação com patrões ficar acima da lei, mesmo em prejuízo ao trabalhador). Além disso, já informou que vai fazer uma reforma da Previdência Social, provavelmente fixando uma idade mínima de 65 a 70 anos – quando muito trabalhador pobre nem chega a viver até isso.

Por que Moro não prende o Lula?

Por Antônio Barbosa Filho, em seu blog:

O sonho da direita brasileira e de seus mentores da extrema-direita norte-americana é eliminar a possibilidade de Lula ser candidato a presidente da República em 2018. Aliás, de ser candidato a qualquer cargo - como tudo ainda está indefinido ele pode muito bem decidir candidatar-se a governador de São Paulo, para derrubar o continuísmo tucano no Palácio dos Bandeirantes, que já dura mais de vinte anos.

O grande ataque aos serviços públicos

Por Grazielle David, no site Outras Palavras:

O artigo 3º da Constituição Federal esclarece quais são os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Para isso, o artigo 6º elenca os direitos sociais: educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.

Jean Wyllys fala sobre golpe e preconceito

segunda-feira, 4 de julho de 2016

"Fora Temer" chega à Arena Corinthians

Por José Luiz Teixeira, no site Vermelho:

Mais conhecido como "O Clássico das Multidões", o jogo entre os clubes mais populares do Brasil, Corinthians versus Flamengo, entrou para a história de lutas pela retorno da democracia, gravemente atingida por um golpe parlamentar.

Faixa erguida no setor Leste Inferior da Arena Corinthians exige: "Fora Temer"

Faixas pela "Volta da Democracia" e "Fora Temer" foram erguidas nas arquibancadas em Itaquera. Também houve manifestação contra a Globo golpista e repúdio à cultura do estupro e machismo.

Resistência democrática contra o retrocesso

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Segundo ironia de um economista que já teve trânsito no governo, tipo Delfim Netto, o kaiser do regime ditatorial militar, “o mal da Presidenta foi acreditar que o Datafolha era a voz de Deus”. Nos dois episódios em que Dilma interveio, forçando a queda dos juros e a queda da tarifa de energia, “ela se deixou levar pela visão de curto prazo da sociedade e adotou medidas populistas”. Ora, “populismo” é como a visão esnobe enxerga tudo que beneficia o povo – não aos empresários…

No corte de juros, na desoneração fiscal da folha de pagamentos e na redução do custo da energia, a parte do setor produtivo não beneficiado diretamente, no lugar de aplaudir, criticou. Para uma parcela dos empresários-golpistas, “Dilma e sua equipe avançaram o sinal sobre regras básicas do capitalismo, dando um tom mais estatizante à condução da economia”. Porém, o salvamento anticíclico foi por eles mesmos solicitado…

PT, MP e o peixe morre pela boca

Por Breno Altman, na revista Fórum:

O PT nasceu sob vários influxos. Um deles foi a crítica contra o socialismo real, a experiência forjada pela revolução de outubro e liderada pela URSS.

O centro desta crítica era a questão democrática. Muitos dos formuladores dessa crítica não escondiam reverência a ideias liberais, prestando homenagem ao suposto caráter universal dos princípios de Montesquieu, sobre a separação de poderes.

Alem desta influência cultural, o pensamento democrático hegemônico no PT também foi construído a partir do espírito da luta contra a ditadura e da vivência corporativo-sindical.

Atentado à democracia na Folha

Por Jorge Luiz Souto Maior, no site Carta Maior:

O jornal Folha de S. Paulo dedicou dois de seus editoriais, publicados em menos de um mês [1], para criticar a greve na USP. A insistência no tema é, no entanto, reveladora do quanto a ausência de conhecimento faz mal, principalmente para quem se arvora na tarefa de informar e de formar opinião. Com seus editorais a Folha apenas provou que o desprezo pela educação de qualidade gera grave dano às pessoas, às instituições e à sociedade.

Com desmonte, MEC adia Fies

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Ministério da Educação anunciou hoje o adiamento, para o dia 15 de julho, da conclusão das inscrições dos estudantes pré-selecionados para ter acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), cujo prazo começaria nesta sexta-feira, primeiro de julho. A medida, que conturbará a vida de milhares de estudantes, é consequência do desmonte das estruturas do MEC e da demissão de funcionários e técnicos familiarizados com a gestão dos programas. A justificativa do governo foi a de que serão necessários ajustes no sistema por conta da elevação do teto de renda familiar, de 2,5 para 3 salários mínimos, o que não explica tamanho atraso. Se com o Fies está acontecendo isso, imagine com o Enem, um programa mais complexo, que envolve número muito maior de estudantes e a aplicação de provas em todo o pais, dizem funcionários do MEC, que esta semana fizeram um “trancaço” na porta do ministério em protesto contra o desmonte.

'Fenômeno' Bolsonaro só existe no Facebook

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não fosse por uma refrega na altura da Igreja da Consolação, em que a tropa de choque da PM jogou algumas bombas contra meia dúzia de garotos, o ato em defesa de Jair Bolsonaro em São Paulo não teria sido notado.

Pelo menos 3 mil pessoas confirmaram presença na página do Facebook que convocava para a manifestação em defesa do deputado.

Havia, no auge, 300 malas sem alça, por volta das 14h de domingo, dia 3. O figurino e o repertório eram os clássicos da direita indigente: bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo, jovens criados a leite com pera vestindo camisetas com a foto do “mito”, cartazes defendendo intervenção militar e a inocência do heroi.

Por que o Congresso brasileiro é tão ruim?

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Os Congressos brasileiros nunca tiveram boa fama com o povo. A própria mídia, responsável pela eleição de Congressos ruins, se encarrega de desmoralizá-los, assim como a politica, o Estado e os governos. Quanto mais fracos, mais força terá o mercado e a própria mídia, como tutores dos governos.

As estruturas politicas tradicionais no Brasil sempre se apoiaram nos parlamentares eleitos nos seus estados por meio de ações despolitizadas, de distribuição de benesses, de formação de associações fajutas, de cooptação de lideranças locais, de organização de redes de apoio baseadas nas vantagens materiais. Suas lideranças são locais, a partir das quais se elegem para os parlamentos estaduais ou nacionais, onde se perpetuam, em partidos sem identidade ou naqueles que vivem de negociar seu apoio aos governos, de que o PMDB é o exemplo clássico.

A vergonhosa banalização da deduragem

Por Bepe Damasco, em seu blog:    

Matéria de capa da revista CartaCapital desta semana mostra "la dolce vita" levada pelos criminosos que deduraram gente ligada ao PT e ao governo na Lava Jato, pois, decididamente, o juiz de 1ª instância Sérgio Moro e a força-tarefa da República de Curitiba não se interessam quando o dedo acusador dos corruptos mira tucanos de alta plumagem.

Um delator chegou a ouvir ao citar Aécio a resposta cortante :"isso interessa, mas não agora." E quem ousou inocentar o presidente Lula da acusação ridícula sobre as obras no apartamento do Guarujá e o sítio em Atibaia se deu deu mal. É o caso de Léo Pinheiro, executivo da empreiteira OAS, que teve a delação premiada anulada e não escapou da volta para a cadeia.

O STF e o império da lei

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Na última semana, juízes e procuradores de São Paulo declararam-se “perplexos” e manifestaram-se contra a decisão da Suprema Corte, por meio do Ministro Dias Toffoli, de mandar soltar Paulo Bernardo, detido em Brasília, diante de seus filhos, em um apartamento pertencente ao Senado Federal, em espetaculosa ação da Polícia Federal que contou com a participação de numerosos homens e até mesmo de um helicóptero, como se o ex-ministro fosse um perigoso traficante de drogas, uma espécie de Pablo Escobar, entrincheirado em uma inexpugnável fortaleza no deserto, na fronteira sul dos EUA.

Há um cheiro de dedo (duro) no ar?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Do temeríssimo Jorge Bastos Moreno – o homem que recebeu a carta do então vice “decorativo” – na sua coluna:

Não foi para ver as emas do quintal do Palácio que Cunha foi ao Jaburu no domingo à noite. 

Tampouco para comer jamelão, que não dá no mês de junho, pelo menos em Brasília.
Ele foi lá no mato tentar emplacar um candidato para sua própria sucessão, em troca da preservação do mandato.

Mas encontrou um presidente refém do tabuleiro político do Congresso.
Neste momento, se mexer numa pedra desse tabuleiro, Temer corre o risco de não conseguir manter nem o seu próprio mandato.

Viúva de Paulo Freire cobra Temer

Do blog Viomundo:

Exmo. Sr. Presidente Interino do Brasil

Prof. Dr. Michel Temer

Assunto: Paulo Freire: Wikipedia e Serpro

Na qualidade de viúva, estudiosa e sucessora legal da obra do Educador PAULO FREIRE, quero, através dessa carta, estabelecer um diálogo cordial e franco com V.Exa., mesmo estando nós dois, em termos ideológicos, em posições diferentes, no sentido de esclarecer assunto que vem sendo divulgado pela imprensa nacional, de que partiu de dentro do governo através da rede do SERPRO, uma entidade pública, portanto sob a responsabilidade do Estado Brasileiro, a alteração no conteúdo da biografia de meu marido na enciclopédia livre Wikipedia (veja no PS do Viomundo, as alterações), colocando-o como envolvido com um projeto de educação atrasado e fraco de caráter doutrinário marxista e manipulador.

A decisiva resistência de Lula

Lula e Conceição Tavares. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A visão convencional sobre a transferência das investigações sobre Lula para o juiz Sérgio Moro costuma ser apresentada numa lógica de aparência imbatível. A ideia é simples: depois que o Senado decidiu afastar Dilma provisoriamente de seu posto, encerrando a possibilidade de Lula assumir a Casa Civil, não faria o menor sentido manter o caso sob os cuidados do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, respeitando uma prerrogativa de foro que só deve ser assegurada a quem ocupa a cadeira de ministro de Estado. A realidade é um pouco diferente, porém.

domingo, 3 de julho de 2016

Por que defender a Constituição de 1988

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

À Constituição de 1988 são devidos 26 anos de estabilidade democrática, o mais extenso período desde 1946.

É preciso festejá-los, pois é nos momentos de segurança democrática que mais avança o processo político, e com ele se fortalecem as organizações sindicais e populares.

Temos todos os motivos (e comungamos de todos os deveres) para defender a legalidade democrática, pois, sempre que ela é rompida são os movimentos populares, os trabalhadores, os camponeses e os pobres que pagam o alto preço da fatura, seja por força das restrições impostas ao exercício da política em geral e do sindicalismo de forma específica, seja pela prática de restrições (também chamadas de ‘flexibilização’) aos direitos trabalhistas, no que, aliás já se empenha o presidente interino porque esta é, entre nós, a história recorrente dos governantes de direita.

Internet para todos, um direito social

Por Margarida Salomão, na revista Teoria e Debate:

A discussão acerca da franquia de dados para a internet fixa não está passando pela população, por mais que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) reafirme a necessidade de um amplo debate com a sociedade e com todas as partes envolvidas. Isso é conveniente para as operadoras interessadas na limitação de dados e para a própria Anatel, que chegou a ser acusada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, de atuar como instrumento das operadoras em prejuízo dos consumidores.

Paulo Freire e a pedagogia da ignorância

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Apenas um mês atrás, um levantamento feito com base na ferramenta de busca Google Scholar apontou a Pedagogia do Oprimido, do educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), em terceiro lugar entre os livros mais citados por pesquisadores em Ciências Sociais de todo o mundo. O pernambucano Freire é reconhecidamente uma sumidade internacional na área da educação e deveria ser motivo de orgulho para qualquer um de nós - menos para os reaças que nunca o leram e que não sabem patavinas do que falam, mas se dedicam a atacá-lo.

A comunicação no governo Haddad

Foto: Elineudo Meira/PT-SP
Do site do PT:

O Seminário “Mídias alternativas e a comunicação na cidade de São Paulo” aconteceu neste sábado (2) na Universidade Mackenzie e destacou a importância das redes sociais e canais diversificados para a comunicação. O seminário, dividido em duas mesas de debate, faz parte da atividade de colaboração para construção do programa de governo na área de comunicação para a gestão do prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

A conexão das redes com as ruas como meio de fortalecer a relação com a população foi um dos destaques das falas dos integrantes da primeira mesa de debate realizada no período da manhã, coordenada pelo secretário municipal de comunicação do Diretório do PT da capital,João Bravin.

Facebook pode nos deixar mais burros

Do Jornal GGN:

Recentemente o Facebook anunciou uma nova mudança no seu algoritmo que permitirá que o usuário aumente sua interação na linha do tempo com seus amigos mais próximos.

Na prática, isso quer dizer que os feeds que serão reproduzidos na timeline de cada usuário serão de pessoas mais próximas e não tanto notícias, reportagens ou de pessoas que matem pouca interação. Isso significa que a rede social aproximará cada vez mais pessoas que pensam igual e, portanto, afastará o contato do usuário com pessoas que pensam diferente dele. No artigo a seguir, assinado por Federico Nejrotti, a análise é que o novo modelo de filtro organizado pelo Facebook deixará o usuário mais burro vivendo em sua "bolha".

PSDB prepara o golpe dos golpes?

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

Se Dilma não apontar uma perspectiva de mudança que agregue votos no Senado agora em agosto, será colocada definitivamente para fora do cargo. O Brasil ficará nas mãos do PMDB, que por sua vez está refém de Sérgio Machado e Eduardo Cunha, dois homens-bomba, que podem ser usados a qualquer momento para implodir essa "nova" formação da República.

Me parece que nem Machado quer ir para cadeia e nem Cunha quer ver sua mulher atrás das grades. Então se preparem, porque cabeças vão rolar.

Historiadores incomodam a velha mídia

O grande Marc Bloch transformou a historiografia e lutou
na resistência francesa. O frágil “Estadão” é capaz de citá-lo
e defender a velha noção de “ciência neutra”
Por Jocelito Zalla, no site Outras Palavras:

Um capítulo triste para a história da mídia impressa brasileira foi recentemente escrito por O Estado de S.Paulo. No dia 14 de junho, o jornal publicou editorial, intitulado “O lugar de Dilma na História”, que condena a participação de historiadores no movimento em defesa da democracia. Não nesses termos, evidentemente. A histórica relação do periódico com grupos políticos conservadores, e o poder econômico que eles representam, não é nenhum segredo. Seus malabarismos verbais para esconder a realidade também não são novos. No dia 2 de abril de 1964, por exemplo, o jornal noticiava o golpe militar que iniciou a última ditadura brasileira com a seguinte manchete: “Vitorioso o movimento democrático”. Mas talvez seja inédito um ataque tão explícito a profissionais que estudam o passado.

A lógica do governo golpista

Por Frei Betto, no site da Adital:

Na feliz expressão de Renato Meirelles, presidente do instituto de pesquisa Data Popular, "perder dói mais do que deixar de ganhar.”

De fato, ninguém se queixa de viajar de ônibus de São Paulo a Belo Horizonte, até o dia em que se vê em condições de cobrir o percurso em avião. Logo vê-se impossibilitado de voar e obrigado a viajar de novo por terra. Isso dói.

Essa dor da perda faz milhões de brasileiros se decepcionarem com o governo golpista de Temer. De cara, ele passou o rodo nos ministérios e secretarias especiais que, em 13 anos de governo do PT, trouxeram avanços significativos em suas respectivas áreas: Cultura, Direitos Humanos, Mulheres, Juventude e Igualdade Racial.

O trabalho infantil nos Estados Unidos

Trabalho infantil em indústria de tabaco nos EUA
Do site Vermelho:

Em 12 de junho de 2013, Dia Internacional contra o Trabalho Infantil, o secretário de estado, John Kerry, apelou à comunidade internacional de Washington com um chamado urgente a "resgatar" aos mais de 220 milhões de crianças que são explorados no mundo todo perante o olhar indiferente de seus governos. 

"Queremos que nossos aliados se unam ao compromisso que contraímos com esses milhões de meninos para serem adotadas políticas que eliminem o trabalho infantil", disse o chefe da diplomacia americana.

sábado, 2 de julho de 2016

Investidas contra Cristina Kirchner e Lula

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Já tratamos disso neste blog. No entanto é preciso voltar ao assunto. Os jornais estampam em manchetes gritantes: “Polícia revista imóveis de Cristina e Justiça fecha cerco a ex-presidenta”. O libreto é o mesmo. Lá e cá. Ali, Cristina e Axel, aqui, Lula e Dilma. Lá, Clarin, cá, Globo. O “Partido Judicial” junto à Polícia Federal e os meios de comunicação hegemônicos intensificam a campanha de perseguição e difamação. O objetivo central – e já não escondem – é impugnar a volta de Cristina e Lula. E desde já distrair a população do ajuste certamente contra o interesse dos trabalhadores e da debacle econômica que logo mais se agudizará.

“O indígena, aquele que deve morrer”

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A questão indígena é um problema que nunca foi equacionado nas políticas públicas brasileiras. Grande parte foi exterminada, desde o tempo da colonização e hoje compõem apenas 0,4% da população o que equivale a 817 mil pessoas constituindo 300 povos. Vivem muito concentrados em apenas 200 municípios entre os mais de cinco mil existentes no Brasil.

Praticamente eles não contam. Só a partir de 1991 que começaram a entrar no censo populacional efetivado pelo IBGE.

Querem calar a nossa voz

Do site Carta Maior:

Uma das primeiras medidas do governo interino – e ilegítimo – de Michel Temer, iniciado em 12 de maio de 2016, foi o cerceamento da mídia alternativa no Brasil. Copiando o governo Maurício Macri, na Argentina, em apenas sete dias, o Planalto determinava a suspensão, em cima da hora, do patrocínio pela Caixa Econômica Federal (CEF) do 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, em Belo Horizonte.

Conclusão do Ibope: Temer tem que sair já!

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Calamidade é uma boa palavra para definir o desempenho de Temer na pesquisa CNI-Ibope que acaba de sair.

Uma taxa de aprovação de 13% em tão pouco tempo de governo, e sob o apoio maciço da mídia, é o retrato de um governo morto ainda no berço.

Outro número devastador: dois terços dos brasileiros não confiam em Temer.

Haddad veta 'Dia do Combate à Cristofobia'

Da Rede Brasil Atual:

“A proposta revela-se oposta ao interesse público e aos princípios constitucionais basilares, vale dizer, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a redução das desigualdades sociais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, e a prevalência dos direitos humanos”. Assim, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), justificou o veto ao Projeto de Lei 306, de 2015, que propunha a criação do Dia de Combate à Cristofobia na cidade, a ser comemorado em 25 de dezembro.

"Governo Temer": Lumpesinato no poder

Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:

“Ouvi aqui: ‘O Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar.’ Conversa! Fui secretário de Segurança Pública duas vezes em São Paulo e tratava com bandidos. Sei o que fazer no governo e saberei como conduzir”, declarou o presidente interino Michel Temer, em 24 de maio, ao cumprir os primeiros 12 dias de governo, logo após a renúncia de Romero Jucá da pasta do Planejamento.

Dando ênfase às suas palavras, Temer dá um murro na mesa, para mostrar que ele sabe, mesmo, governar. Estabelece, portanto, uma equiparação, um sinal de igualdade, uma identidade entre “governar” e “tratar com bandidos”. Nada e ninguém poderia definir de modo mais preciso e exato o que significa a entrada de Temer no Planalto.

A rejeição de Temer e o Bolsa Família

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ministro Eliseu Padilha, segundo o jornal Valor, disse agora à noite que a popularidade “não é o mais importante”, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre o resultado da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta manhã.

Embora Padilha fique naquela posição da raposa que disse que as uvas estavam verdes, é popularidade o maior desejo do Senhor Michel Temer para legitimar a sua ilegítima presença na Presidência.

Temer manobra para abafar Lava Jato

Do blog Viomundo:

Michel Temer tem 13% de ótimo e bom na pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira, 1.

É pouco mais que Dilma Rousseff (10%) em março.

53% desaprovam a maneira do interino de governar.

66% não confiam nele.

23% consideram Temer melhor que Dilma, 25% pior.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Conexões tucanas na Operação Saqueador

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma das prisões realizadas hoje pela operação O Saqueador, da Polícia Federal, deve estar preocupando alguns tucanos. É a do empresário Adir Assad, condenado pela Lava Jato que cumpria prisão domiciliar desde dezembro. Ele tem uma conhecida conexão com Paulo Vieira de Sousa , o Paulo Preto, tido como operador financeiro do PSDB paulista. A Operação prendeu também o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mira também o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, que está fora do país.

Fraude do impeachment e corrupção de Temer

Por Glenn Greenwald, no blog The Intercept:

Desde o começo da campanha para impedir a presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff, a principal justificativa era de que ela havia se utilizado do artifício conhecido como “pedaladas” (“peddling”: atraso ilegal de pagamentos aos bancos estatais) para mascarar a dívida pública. Mas nesta semana, enquanto o Senado conduz o julgamento do impeachment, esta acusação foi suprimida: o relatório de peritos do Senado concluiu que “não há indício de ação direta ou indireta de Dilma” em nenhuma destas manobras orçamentárias

Como colocou a Associated Press: “Auditores independentes contratados pelo Senado brasileiro disseram em relatório divulgado na terça-feira que a presidente suspensa Dilma Rousseff não agiu na modificação da contabilidade de que foi acusada no julgamento de seu impeachment”. Em outras palavras, os próprios técnicos do Senado esvaziaram o primeiro argumento na defesa de que o impeachment era outra coisa que não um golpe.

O jatinho de Eduardo Campos e a quadrilha

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

Quase dois anos após a queda do avião, em Santos, que levou à morte Eduardo Campos, candidato à Presidência em 2014, novas investigações apontam que a aeronave integrava um esquema de empresas de fachada suspeitas de lavar cerca de 600 milhões de reais. Na terça-feira 21, foram presos quatro suspeitos, entre eles Eduardo Freire Bezerra e João Carlos Lira.

A apuração começou após a Polícia Federal tentar identificar o verdadeiro dono da aeronave na qual Campos viajava em companhia de outros seis passageiros, todos mortos no acidente. Ao realizar a quebra de sigilo dos donos do avião modelo Cessna Citation, os investigadores descobriram empresas que só existiam no papel para a realização de operações de fachada.

A trincheira de combate da CPI da Merenda

Por Henrique Domingues, no site da UJS:

O combate a corrupção no Brasil virou uma espécie de norte estratégico para o povo. O recente acirramento político impulsionado pela atuação da mídia teve em seu epicentro os recentes casos de corrupção, com foco no governo federal e na esquerda brasileira. Setores conservadores e reacionários se valeram do sentimento de indignação popular com o desrespeito aos bens comuns e aplicaram um duro golpe à constituição cidadã de 1988 e ao Estado Democrático de Direito: impediram uma presidenta democraticamente eleita e sem crimes de responsabilidade de concluir o mandato.

Cultura do estupro: romper o silêncio!

Por Érika Kokay, na revista Teoria e Debate:

A cada dois minutos uma mulher é vítima de estupro no Brasil, segundo dado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O chocante dado foi praticamente ignorado até recentemente, quando dois casos de estupros coletivos, um no Piauí e outro no Rio de Janeiro, mereceram atenção e repúdio de brasileiros e estrangeiros. Casos extremos, que romperam o tradicional silêncio sobre a violação de mulheres em nosso território, em grande medida devido ao fato de um dos crimes ter sido filmado e divulgado em redes sociais pelos próprios autores, que se vangloriavam da barbárie cometida por trinta homens contra uma menina de 16 anos, desacordada, em uma favela carioca.

Igualdade, desenvolvimento e luta sindical

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

A luta sindical tem o objetivo de transformar o mundo e criar as possibilidades para que haja justiça social e todos tenham melhores condições de vida. Com muito custo, houve avanços, mas, facilmente, haverá retrocessos. A distância é longa para ver esse sonho, essa utopia se tornar realidade. A caminhada é árdua e é preciso reunir forças com aliados dispostos a fazer as mesmas apostas.

Construir convergência é um desafio que requer agentes institucionais capazes de criar um referencial comum. Na América Latina, a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), vem atuando de maneira exemplar.

Temer e a nova agenda conservadora

Por Leonardo Avritzer, no Jornal GGN:

A crise que conduziu a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma crise dos três poderes, mas é fundamentalmente uma crise do poder executivo e da forma como ele produziu a governabilidade no período 1994-2015. Essa forma, produziu uma governabilidade cujos custos não foram medidos e acabaram levando a uma disputa muito mais ampla sobre o projeto de estado que irá vigir no Brasil nos próximos anos. Os primeiros 45 dias do presidente interino, Michel Temer mostram os principais elementos deste projeto na concepção dos atores conservadores: um controle absoluto do Congresso, em especial da Câmara dos Deputados sobre a pauta da presidência que levou a incorporação de uma agenda anti-direitos pelo executivo. O segundo é um controle corporativo e patrimonialista sobre a agenda de governo expressa no tipo de reformas do estado que o governo propõe e que buscam fortalecer carreiras corporativas no estado e cortar políticas sociais. Permitam-me elaborar de forma mais ampla os dois elementos do projeto conservador.

Lei Rouanet: Como ir além do Fla-Flu

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Publico artigo escrito, para este blog, por João Brant, secretário executivo do Ministério da Cultura na gestão Juca Ferreira (2015-2016), tendo como ponto de partida a operação “Boca Livre'', da Polícia Federal – que revelou fraudes e desvios relacionados a projetos e empresas beneficiados pela Lei Rouanet. Ele trata dessas questões e de outras, como a discussão sobre como deve ser a destinação dos recursos de renúncia fiscal para o fomento à cultura, hoje concentrado nas mãos das empresas.

As greves invisibilizadas pela mídia

Ato em 16/5/16. Foto: Adunesp
Do jornal Brasil de Fato:

Mobilizações de setores universitários e servidores públicos reivindicando pautas salariais, política de cotas raciais e contrários à precarização das condições de trabalho no país, não têm ganhado atenção da grande mídia no país. As paralisações e greves nas instituições públicas tiveram início entre os meses de maio e junho e outras devem se iniciar nos próximos meses.

No Rio de Janeiro, servidores do Rio Previdência decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (29), após uma assembleia realizada na tarde de terça-feira. Com salários atrasados, é a primeira vez na história da autarquia, criada em 1999, que os trabalhadores decidem entrar em greve. A categoria demanda a regularização do pagamento dos salários, para que sejam efetuados em dia e de forma integral.

Como governo e mídia tentam destruir a EBC

Por Carolina Ribeiro e Leandro Melito, no site Outras Palavras:

Nas últimas semanas, circularam pela imprensa muitas informações desencontradas sobre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pintando cenários que vão desde o fechamento total da empresa até a extinção de parte dela por meio de uma Medida Provisória.

Nesta sexta-feira (24), o relator especial interamericano para a Liberdade de Expressão da ONU, Edison Lanza, manifestou sua preocupação com os posicionamentos de algumas autoridades brasileiras que sugeriram o fechamento da empresa.

Cadê a indignação com a gastança de Temer?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    

Dez entre dez golpistas traziam na ponta da língua o discurso de que era preciso enfrentar o desarranjo das contas públicas. O chamado "mercado" e seus representantes no mundo da política e da mídia não se cansavam de acusar a presidenta Dilma e o governo do PT de pouco rigor fiscal.

Não importava se, diante da crise internacional que chegou forte ao Brasil, a opção de Dilma tenha sido a de priorizar minimamente a manutenção de empregos e salários em detrimento de alguns fundamentos caros ao neoliberalismo.