Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Uma das prisões realizadas hoje pela operação O Saqueador, da Polícia Federal, deve estar preocupando alguns tucanos. É a do empresário Adir Assad, condenado pela Lava Jato que cumpria prisão domiciliar desde dezembro. Ele tem uma conhecida conexão com Paulo Vieira de Sousa , o Paulo Preto, tido como operador financeiro do PSDB paulista. A Operação prendeu também o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mira também o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, que está fora do país.
Acusado de lavar propinas para a empresa Toyo Setal, Assad saiu de Curitiba sem delatar aliados políticos. Os procuradores tinham um documento, conforme noticiado pela revista Carta Capital no ano passado, com uma série de tabelas de pagamentos feitos por construtoras envolvidas em obras paulistas para cinco empresas de fachada criadas por Assa, com destaque para a Legend Engenheiros, que não tem um só empregado.
A contabilidade da empresa, registrou a Carta Capital, “exibe polpudos pagamentos de consórcios e empresas que realizaram obras bilionárias no governo de São Paulo durante os últimos 20 anos. O primeiro pagamento que salta aos olhos é um depósito de 37 milhões de reais pelo Consórcio Nova Tietê, liderado pela Construtora Delta”, de Cavendish. Segunda ainda Carta Capital, “o consórcio levou as principais obras de alargamento das pistas da principal via da capital paulista em 2009, durante o governo de José Serra. O valor inicial do contrato previa gastos de 1 bilhão de reais, mas subiu para 1,75 bilhão, ou seja, acréscimo de 75%. Um inquérito sobre a inflação de custos chegou a ser aberto pelo Ministério Público de São Paulo. Acabou, como de costume em casos que envolvem tucanos, arquivado.”
A obra foi contratada pela Dersa, empresa de economia mista na qual o principal acionista é o estado de São Paulo. Na assinatura do contrato entre o governo e o consórcio, o nome do representante da empresa estatal que aparece é o de Paulo Vieira de Souza, o famoso Paulo Preto, figura que ganhou relevo na campanha presidencial de 2010. “Acusado de falcatruas, Preto fez uma acusação velada a Serra e ao PSDB à época. “Não se abandona um líder ferido na estrada”, recordou a Carta Capital. Paulo Preto é acusado de ter feito desapropriações superfaturadas ou inexistentes para viabilizar o Rodoanel que também custaram milhões aos cofres paulistas.
O Consórcio Desenvolvimento Viário, liderado pela Egesa, outro que participou de obras nas marginais paulistanas, também fez depósitos para Assad. Durante a Operação Castelo de Areia, que investigou a suspeita de pagamento de propina a agentes públicos pela Camargo Corrêa, o nome de Paulo Preto apareceu em uma anotação, ao lado do valor R$ 416 mil reais mas nunca chegou a ser indiciado. Assad também apareceu mas a operação foi anulada pelo STF. Em Curitiba o nome dele apareceu como recebedor, através da Legend, de R$ 2,6 milhões depositados por empresas concessionárias do sistema Anhanguera-Bandeirantes. É longa a lista dos depositantes nas contas de Assad. Sergio Moro mandou bloqueá-las para recuperar os recursos desviados mas elas estavam vazias.
Carlinhos Cachoeira foi condenado a 39 anos de prisão, cumpriu um e foi premiado com o regime semi-aberto. Assad escapou quase ileso de Curitiba. Vamos ver se agora a Operação O Saqueador avançará sobre as conexões paulistas entre Cachoeira, Cavendish e Assad ou se também estará interessada apenas em conexões com o PT.
Uma das prisões realizadas hoje pela operação O Saqueador, da Polícia Federal, deve estar preocupando alguns tucanos. É a do empresário Adir Assad, condenado pela Lava Jato que cumpria prisão domiciliar desde dezembro. Ele tem uma conhecida conexão com Paulo Vieira de Sousa , o Paulo Preto, tido como operador financeiro do PSDB paulista. A Operação prendeu também o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mira também o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, que está fora do país.
Acusado de lavar propinas para a empresa Toyo Setal, Assad saiu de Curitiba sem delatar aliados políticos. Os procuradores tinham um documento, conforme noticiado pela revista Carta Capital no ano passado, com uma série de tabelas de pagamentos feitos por construtoras envolvidas em obras paulistas para cinco empresas de fachada criadas por Assa, com destaque para a Legend Engenheiros, que não tem um só empregado.
A contabilidade da empresa, registrou a Carta Capital, “exibe polpudos pagamentos de consórcios e empresas que realizaram obras bilionárias no governo de São Paulo durante os últimos 20 anos. O primeiro pagamento que salta aos olhos é um depósito de 37 milhões de reais pelo Consórcio Nova Tietê, liderado pela Construtora Delta”, de Cavendish. Segunda ainda Carta Capital, “o consórcio levou as principais obras de alargamento das pistas da principal via da capital paulista em 2009, durante o governo de José Serra. O valor inicial do contrato previa gastos de 1 bilhão de reais, mas subiu para 1,75 bilhão, ou seja, acréscimo de 75%. Um inquérito sobre a inflação de custos chegou a ser aberto pelo Ministério Público de São Paulo. Acabou, como de costume em casos que envolvem tucanos, arquivado.”
A obra foi contratada pela Dersa, empresa de economia mista na qual o principal acionista é o estado de São Paulo. Na assinatura do contrato entre o governo e o consórcio, o nome do representante da empresa estatal que aparece é o de Paulo Vieira de Souza, o famoso Paulo Preto, figura que ganhou relevo na campanha presidencial de 2010. “Acusado de falcatruas, Preto fez uma acusação velada a Serra e ao PSDB à época. “Não se abandona um líder ferido na estrada”, recordou a Carta Capital. Paulo Preto é acusado de ter feito desapropriações superfaturadas ou inexistentes para viabilizar o Rodoanel que também custaram milhões aos cofres paulistas.
O Consórcio Desenvolvimento Viário, liderado pela Egesa, outro que participou de obras nas marginais paulistanas, também fez depósitos para Assad. Durante a Operação Castelo de Areia, que investigou a suspeita de pagamento de propina a agentes públicos pela Camargo Corrêa, o nome de Paulo Preto apareceu em uma anotação, ao lado do valor R$ 416 mil reais mas nunca chegou a ser indiciado. Assad também apareceu mas a operação foi anulada pelo STF. Em Curitiba o nome dele apareceu como recebedor, através da Legend, de R$ 2,6 milhões depositados por empresas concessionárias do sistema Anhanguera-Bandeirantes. É longa a lista dos depositantes nas contas de Assad. Sergio Moro mandou bloqueá-las para recuperar os recursos desviados mas elas estavam vazias.
Carlinhos Cachoeira foi condenado a 39 anos de prisão, cumpriu um e foi premiado com o regime semi-aberto. Assad escapou quase ileso de Curitiba. Vamos ver se agora a Operação O Saqueador avançará sobre as conexões paulistas entre Cachoeira, Cavendish e Assad ou se também estará interessada apenas em conexões com o PT.
1 comentários:
Talvez antes. ou pouco depois de Tereza Cruvinel escrever essa crítica política, temos a notícia de que Carlinhos Cachoeira e Fernando Cavendish vão desfrutar do que amealharam com corrupção, de forma confortável, senão luxuosa , já que o desembargador Ivan Athiê concedeu a ambos o benefício de cumprir a 'prisão' em regime domiciliar. Enquanto isso assistimos a perseguição a José Dirceu, que pode receber a terceira condenação em breve, todas elas sentenciadas pelo nazifascista sérgio moro e todas elas SEM UMA MÍSERA PROVA.Depois querem que respeitemos essas instituições. Certo está Marcelo Rubens Paiva, que escreveu: "as instituições brasileiras, sobretudo o judiciário, são uma merda"
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