sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Os intocáveis estão dando um tiro no pé

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nestes últimos meses em que praticamente todos os setores da vida pública ficaram moralmente rotos e esfarrapados, os condutores da Lava Jato movimentaram-se sob um halo de pureza e respeito pela cruzada contra a corrupção, que se projetou também sobre o conjunto do Judiciário e do Ministério Público. Esta luz de Curitiba agora começa a esmaecer, com os procuradores e juízes adentrando também na bruma dos que defendem privilégios, quando buscam a prerrogativa de não se submeterem à Constituição.

Temer e a Justiça ao sabor de canalhas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Foi preciso aparecer a prova documental da farsa.

O cheque do PMDB, com o nome de Michel Temer.

Aí, claro, o “delator” mudou a versão.

O dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez, agora, não é mais de corrupção, é limpinho e é cheiroso.

Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira, diante do cheque, mudou de versão.

O golpe na renda e nas pessoas

Por Vitor Nuzzi e Juliana Afonso, na Revista do Brasil:

Os trabalhadores no setor canavieiro da zona da mata, em Pernambuco, fecharam em outubro acordo que incluiu aumento de 9,39%, pouco acima do INPC acumulado (9,15%). O salário mensal passou a R$ 944. Eles garantiram ainda cesta básica no valor de R$ 40. Um bom acordo, avaliam, apontando o momento favorável para os preços do açúcar e do álcool. Outra cláusula considerada importante pela categoria – aproximadamente 70 mil pessoas – é a do chamado piso de garantia, de R$ 16 acima do valor do salário mínimo a ser fixado para janeiro de 2017. O mínimo é referência nos acordos do setor, observa o presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (Fetaepe) e diretor de Política Salarial da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetape), Gilvan José Antunis.

Movimento negro vai às ruas contra Temer

Enviado por Dennis de Oliveira

Entidades do movimento negro brasileiro realizam no próximo dia 20 de novembro, domingo, a Marcha da Consciência Negra. Esta marcha é tradicional no movimento negro pois celebra o dia da consciência negra, em memória de Zumbi dos Palmares.

Este ano o tema da marcha é "Fora, Temer! Nenhum direito a menos!". Isto porque o movimento negro se posiciona contra o golpe parlamentar-midiático contra a presidenta eleita Dilma Roussef. E mais ainda, contra a política recessiva do governo golpista de Michel Temer que quer retirar direitos da população pobre, onde se situa a esmagadora maioria das mulheres negras e homens negros no Brasil. Uma das medidas mais criticadas pelo movimento negro é a PEC 51 que está no Senado que congela os investimentos públicos por 20 anos que afetará profundamente as políticas públicas.

Chico Buarque e o vexame do 'Roda Morta'

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Por Altamiro Borges

A vergonhosa "entrevista" – se é que dá para chamar aquela bajulação chapa-branca de entrevista – de Michel Temer no "Roda Viva" da TV Cultura, na última segunda-feira (14), segue gerando polêmica. Nesta quinta-feira, o jornalista Paulo Pacheco, do UOL, informou que o cantor e compositor Chico Buarque estuda pedir a retirada da sua música da abertura do programa jornalístico – se é que dá para chamar aquele servilismo de jornalismo. Já um grupo de artistas lançou um manifesto em que pede a mudança do próprio nome do programa - que até poderia ser rebatizado de "Roda Morta".

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Aroldo Cedraz, o “ladraz” golpista do TCU?

Por Altamiro Borges

Durante o processo golpista do impeachment de Dilma, inúmeros falsos moralistas ganharam alguns minutos de fama diante dos holofotes da mídia. Um deles foi o presidente do Tribunal de Contas da União, o “sinistro” Aroldo Cedraz, que fez acusações levianas sobre as irregularidades na campanha eleitoral da petista e sobre as tais “pedaladas fiscais”. Agora, porém, ele é quem está na berlinda. A Polícia Federal acaba de pedir a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal por suspeita de corrupção. O jornalista Palmério Dória, o mais irreverente ativista do Twitter, postou de imediato: “A PF quebrou o sigilo do presidente do TCU, Aroldo Ladraz, digo, Cedraz, um dos algozes de Dilma. Demorô”.


As medidas amargas de Michel Temer

Por Altamiro Borges

Em mais um banquete no Palácio da Alvorada, na noite desta quarta-feira (16), o usurpador Michel Temer voltou a falar que adotará “medidas amargas” para enfrentar a atual crise econômica – que só piorou após o “golpe dos corruptos”. Diante dos senadores da base aliada, sempre tão famintos, o Judas disse que não se combate a recessão com “medidas doces” e informou que apresentará em breve a sua temida proposta de reforma da Previdência, que elevará a idade mínima para a aposentadoria, aumentará os valores das contribuições e cobrará dos que já estão aposentados – entre outras maldades. Ele reconheceu que não será fácil enfrentar o debate na sociedade e no próprio Congresso Nacional, mas disse que a “medida amarga” é “indispensável”.

Dilma corrige GloboNews: Cabral apoiou Aécio

Por Altamiro Borges

A partidarização está destruindo de vez a já pouca credibilidade que ainda resta à TV Globo - seja na tevê aberta ou por assinatura. Na sua longa, enfadonha e espalhafatosa programação sobre a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (17), a GloboNews tratou Sergio Cabral como "aliado" de Dilma Rousseff. A informação falsa não é gratuita. Ela visa jogar a população, revoltada com o quadro caótico no Estado, contra a presidenta que foi afastada pelo "golpe dos corruptos". Ao mesmo tempo, a emissora a cabo evitou realçar que o Sergio Cabral pertence ao mesmo partido do Judas Michel Temer, o PMDB. A Globo também nada falou sobre os contratos milionários e sem qualquer transparência que sempre manteve com as gestões peemedebistas do Rio de Janeiro.

A absurda agressão a Caco Barcellos

Montagem: Daniel Pearl Bezerra
Por Altamiro Borges

A TV Globo é detestada pelo movimento sindical brasileiro. E não é para menos. Afinal, ela é contra os direitos trabalhistas e sempre tentou satanizar as lutas dos trabalhadores. Ela também foi a principal protagonista do “golpe dos corruptos”, que levou o Judas Michel Temer ao poder – abrindo a temporada da violenta regressão social, com a PEC da Morte, as reformas trabalhista e previdenciária e outras maldades em curso. Tudo isto – e muito mais – é verdade, mas não justifica a absurda agressão sofrida pelo jornalista Caco Barcellos nesta quarta-feira (16), durante o protesto dos servidores públicos do Rio de Janeiro.

Cláudia Cruz joga Cunha aos leões!

Por Altamiro Borges

Depois de noves meses, quase a fórceps, finalmente a jornalista Cláudia Cruz – ex-âncora da TV Globo – prestou depoimento ao seletivo juiz Sergio Moro, o chefão da midiática Lava-Jato, nesta quarta-feira (16). Na maior caradura, a esposa do correntista suíço Eduardo Cunha, que está preso no Paraná, afirmou que “não fazia a menor ideia” de onde vinha a fortuna que bancava as suas milionárias despesas no exterior. Questionada sobre a sua estranha inocência, ela respondeu: “Em casa, eu não era jornalista. Eu era a Cláudia, e ele, meu marido... Ali não tinha ninguém fazendo entrevista ou perguntando nada. Eu era apenas esposa e mãe”.

Cabral e Garotinho são presos. E os tucanos?

Por Altamiro Borges

Em menos de 24 horas, dois ex-governadores do Rio de Janeiro – Anthony Garotinho e Sergio Cabral – foram presos pela Polícia Federal sob a acusação de corrupção. A situação do Estado, que já é caótica, tende a se agravar e pode descambar para total perda de controle. O governo carioca, que baixou um pacote de medidas genocidas para “ajustar suas contas”, está sitiado. Os protestos dos servidores públicos, as maiores vítimas do “ajuste”, são cada vez mais radicalizados. A mídia falsamente moralista, que adora a escandalização da política, faz a festa. A TV Globo, que até agora não engoliu a derrota para sua “rival” na prefeitura da capital, promove um autêntico show midiático.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Invasores fascistas da Câmara serão punidos?

Por Altamiro Borges

O fato ocorrido nesta quarta-feira (16) em Brasília é gravíssimo. Um grupo de 50 fascistas, gritando o nome do seu herói, o "juiz" Sergio Moro, e rosnando pela volta da ditadura militar e contra o "comunismo no Brasil", invadiu o plenário da Câmara Federal. Transtornados, eles agrediram parlamentares, quebraram uma das portas de vidro da casa legislativa e esbanjaram truculência. Se medidas duras não forem tomadas – para identificar os fanáticos, rastrear seus vínculos e puni-los exemplarmente –, as instituições do país correrão sérios riscos. O ovo da serpente, chocado pela mídia e pelos golpistas que tomaram de assalto o governo, assanhará os fascistas e poderá causar danos ainda maiores para a já combalida democracia brasileira.

Estado de exceção e os movimentos sociais

Moro e os fascistas que invadiram a Câmara

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A bola estava cantada há muito tempo.

O plenário da Câmara dos Deputados foi invadido por manifestantes de extrema direita.

Os deputados discursavam à espera de quórum para o início da Ordem do Dia da sessão extraordinária. Waldir Maranhão suspendeu os trabalhos e pediu à polícia legislativa que ajudasse na “remoção” das pessoas.

A maioria delas estava uniformizada como o típico fascista-lorota que vimos nas avenidas paulistas do Brasil: bandeira nacional nas costas, cheios de ódio e revolta.

Grupo fascista invade a Câmara Federal

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Da revista CartaCapital:

Gritando palavras de ordem a favor do projeto Escola Sem Partido e de uma intervenção militar, um grupo de cerca de 50 manifestantes invadiu o plenário da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira, 16. Membros do grupo também gritavam que é preciso "fechar o Brasil", "viva Sérgio Moro", em alusão ao juiz da Operação Lava Jato, e "a nossa bandeira jamais será vermelha". 

Os integrantes do grupo - que afirmaram não pertencer a nenhuma organização - saíram da Comissão de Educação, dirigiram-se ao Salão Verde da Câmara e adentraram no plenário Ulysses Guimarães.

Dallagnol não está acima do bem e do mal

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Conhecido pela ferocidade permanente exibida nos interrogatórios televisivos das CPIs do Congresso, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) exibia mansidão de cordeiro ao final de um encontro com lideranças do Ministério Público Federal, segunda-feira passada. Relator na Câmara do projeto de 10 medidas contra corrupção apresentadas pelo Ministério Público em ambiente de salvação da lavoura ética, Lorenzoni chegou a receber merecidos aplausos quando anunciou a decisão de incluir no mesmo pacote medidas que punem crimes de responsabilidade de juízes, procuradores e promotores, uma velha ferida da Justiça brasileira, motivo de duas Propostas de Emenda Constitucional em debate em Brasília. A iniciativa durou pouco. Na segunda-feira, após conversa na presença de lideranças do MP, inclusive de Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa que investiga a Lava Jato, o deputado anunciou que desistia dos artigos que punem crimes das autoridades que deveriam combatê-los.

Estrelas da mídia encontram seu presidente

Por Glenn Greenwald e Thiago Dezan, no site The Intercept-Brasil:

Seis jornalistas entrevistaram o presidente Michel Temer ontem à noite no programa Roda Viva da TV Cultura. Cinco deles eram estrelas da mídia dominante que incitaram incansavelmente o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e, portanto, foram responsáveis pela ascensão de Temer ao poder: O Globo, Folha, Estadão (um representante do jornal e outro do conglomerado do qual o jornal faz parte) e Veja (cujo representante é também âncora do Roda Viva). O sexto jornalista faz parte da própria TV Cultura, rede de televisão pública que já foi vítima de pressões de políticos de importância como José Serra, o chanceler do governo Temer, e cuja verba de publicidade foi reduzida pelo governo.

Desafios do novo ciclo político conservador

Editorial do site Vermelho:

Transcorridas as eleições municipais, consolida-se no Brasil um novo ciclo político marcado por uma ordem conservadora decorrente do golpe parlamentar de 31 de agosto. Nesta nova conjuntura nacional, a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional encontram-se sob forte ameaça, o que coloca enormes desafios para as forças democráticas, progressistas e patrióticas.

Trata-se de um cenário complexo e adverso. Não é um fenômeno isolado e possui correlatos em outras partes do mundo, sendo, em última instância, decorrência da grave crise do capitalismo.

"Roda Viva", Temer e a morte do jornalismo

Por Igor Silva, no site dos Jornalistas Livres:

Muito interessante o “Brasil do Temer” que foi apresentado no Roda Viva, na TV Cultura, desta segunda-feira (14). Lembrando que são seis meses e um dia a frente do executivo – o ministério foi nomeado dia 13 de maio de 2016, há 6 meses.

Há seis meses, o dólar estava 3,52, hoje está 3,40.

Há seis meses, o desemprego estava batendo 11%, hoje está em 12%. A bolsa pouco mudou também.

São seis meses e nenhum indicador mudou de forma considerável. A única coisa que de fato mudou é que não se lê mais a palavra “crise” nas capas da mídia tradicional. A famosa crise deixou de aparecer, ficou tímida e não faz mais atuação, nem mesmo uma pontinha.

O desmonte deliberado do SUS

Por Letícia Bona Travagin, no site Brasil Debate:

Em tempos de austeridade fiscal e recessão democrática no Brasil, tem sido recorrente destacar os problemas que toda esta crise política, econômica e moral delegam às políticas sociais brasileiras. Esta reflexão é necessária e legítima. No entanto, insisto em lembrar que a erosão das políticas sociais e especialmente da saúde pública, tema ao qual me dedico, não é nova, passageira ou resultado imediato de “descontrole fiscal”. O desmonte do Sistema Único de Saúde é um projeto privatista deliberado, que ocorre persistentemente desde 1990, com o respaldo do Estado brasileiro.

O estudo da economia política do Welfare State e do neoliberalismo esclarece que o processo de desmonte da saúde pública brasileira está inserido no processo global de ataques à Seguridade Social, promovido pela retórica neoliberal hegemônica desde 1980.