segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Por que perseguem Lula?

Sabatina de Moraes: jogo de cartas marcadas

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Conhece aquele jogo em que todo mundo já sabe quem vai ganhar antes mesmo do juiz apitar o início da partida? São favas contadas e cartas marcadas. Não tem erro.

É este o clima que cerca a sabatina de Alexandre de Moraes no Senado nesta-terça feira, principal fato político da semana.

Desde que seu nome foi indicado por Michel Temer para a vaga de Teori Zawascki, Moraes desfila pelo Senado, sempre acompanhado de uma comitiva de assessores e seguranças, como se estivesse passando a tropa em revista.

"O golpe não terminou", afirma Dilma

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

Quase seis meses depois da votação da última etapa do impeachment no Senado Federal, Dilma Rousseff olha para esse período não como uma página virada na sua história de vida ou na história política do país, mas sim como um processo em andamento. “O golpe não acabou”, afirma, advertindo para os riscos que a democracia brasileira corre com o desenrolar do processo golpista. Em entrevista ao Sul21, concedida em seu apartamento em Porto Alegre, Dilma Rousseff fala sobre as raízes profundas e aparentes do golpe, denuncia o desmonte de políticas sociais e de setores estratégicos para o país, como as indústrias naval e petrolífera, e aponta as tarefas que ela considera prioritárias para a esquerda e para todas as forças progressistas do país:

O ‘golpe dos corruptos’ e o neoliberalismo

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Cumpre-se lembrar que brasileiros foram aqueles que aqui se estabeleceram com o objetivo de ordenar a exportação do pau-brasil. Havia ferreiros, marceneiros, açougueiros, assim como brasileiros, aos quais cabia o fornecimento da valiosa madeira. Eram então poucos, mas, a eles, progressivamente, se incorporaram índios Tupi-Guarani, que enxergaram nos portugueses poderosos aliados contra adversários de etnias diversas, conhecidas como Jê.

Portanto, na origem do Brasil se encontra a inserção como elemento subordinado na hierarquia poder-dinheiro internacional. Aos dominadores externos importou, ao longo de toda a formação histórica, que as elites aliadas locais promovessem a ordem social para boa organização da produção.

Se a Globo quiser, Doria trairá Alckmin

Por Renato Rovai, em seu blog:

Hoje, São Paulo amanheceu completamente imunda exatamente porque a gestão de João Doria Jr, o mister Dorian Gray, varre menos as ruas do que a de Haddad, segundo a insuspeita (neste caso) Folha de S. Paulo.

Mas isso não quer dizer nada para o prefeito marqueteiro. Ele pegou sua vassoura e saiu atrás de um bloco fazendo graça e brincando de trabalhar. E foi parar na Globo, como sempre.

Todos os dias ele aproveita a Globo e outros veículos de mídia para se dedicar à sua campanha. Isso mesmo, campanha. O atual prefeito não saiu do palanque por um dia sequer. E isso tem um único motivo. Ele é candidato em 2018.

Perguntas de Cunha não interessam à mídia?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É impressionante como, por conveniente seletividade, a grande imprensa simplesmente ignora tudo o que pode ser a mais explosiva revelação dos escândalos políticos em que o Brasil mergulho: as conexões entre Eduardo Cunha, o agente do impeachment, e Michel Temer, seu beneficiário, mesmo depois de o primeiro ter fornecido, publicamente, os temas e o roteiro – o que, no jornalismo, chamamos pauta – para que tudo seja investigado.

Perguntas que brotam das perguntas que Eduardo Cunha dirige a Temer para que – se o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Criminal Federal de Brasília não fizer como Sérgio Moro, vetando aquilo que possa ser (palavras dele) ameaça ao atual presidente.

Brotam, mas ninguém se aventura a fazê-las.

A economia oscila entre o fato e a versão

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A discussão a respeito da situação econômica atual no Brasil tem sido no mínimo excêntrica, pois parece resultar de certa confusão que se generaliza, muitas vezes, da inadequada interpelação do fato (a realidade econômica) por versões (narrativas) produzidas nas distintas análises sobre a realidade. Sobre a recessão econômica (o fato), por exemplo, não tem havido, em geral, maiores discordâncias entre analistas.

Entretanto, quando se trata de narrativas sobre a recessão, bem como sua possível superação, tende a predominar intensa controvérsia. De certa forma, a manifestação ideológica de um discurso que tende a expressar diferenças significativas entre análises de personagens distintos, como no caso do político e do técnico, conforme ensinou Max Weber. Enquanto o primeiro estaria mais comprometido com o convencimento de outros (independente de sua versão ser a verdadeira), o segundo preocupar-se-ia mais com a verdade (independente do convencimento de outros).

Quem são os donos da bola?

Por Thiago Cassis, no site Vermelho:

No começo eram só homens correndo atrás da bola. Depois dividiram em onze pra cada lado e passaram a usar uniformes pra distinguir seus jogadores. E então vieram federações para organizar o jogo com regras e campeonatos. A torcida, fiéis seguidores dos chutadores de bola, não parava de aumentar e logo, com o passar do tempo, o rádio se tornou um importante difusor das emoções que aconteciam dentro das 4 linhas. E assim o futebol se tornou o esporte mais popular do mundo.

Lula terá de lutar por sua candidatura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A espetacular aprovação de Lula nas pesquisas eleitorais expressa o reconhecimento da população pelo seu desempenho como presidente - mas não só.

Também mostra que, para uma grande parcela de brasileiros, Lula é o personagem decisivo para o país retornar ao Estado Democrático de Direito, o que pode ocorrer pelo respeito ao calendário eleitoral, que prevê eleições livres e diretas para presidente em 2018.

Este é o básico e, como é frequente em tempos turbulentos, também é o incerto.

A naturalidade com que a maioria das pessoas se refere à próxima eleição presidencial mostra um ponto fundamental da situação política. Confirma que os brasileiros não admitem em hipótese alguma qualquer esforço capaz de ameaçar um direito conquistado com suor, lágrimas - e sangue também - após 21 anos de ditadura militar.

Engenharia reage à destruição da economia

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do Clube de Engenharia, no site Carta Maior:

O Clube de Engenharia, ao longo dos seus 136 anos, contribuiu permanentemente para o desenvolvimento do município do Rio de Janeiro, do Estado e do País. No Império, no Distrito Federal, como capital da Guanabara e capital do Estado do Rio, a ação do Clube de Engenharia foi, é, e será a de formulador de propostas de desenvolvimento econômico, político e social.

Com Pereira Passos tivemos importante contribuição na modernização do Centro do Rio. Participamos das discussões do Plano Agache, em 1928; discutimos o código de água nos anos 30 e a proposta de eletrificação, de aproveitamentos hidroelétricos do Vale do Paraíba que deram origem ao Complexo de Ribeirão das Lajes. Participamos da defesa do minério de ferro brasileiro; da constituição da Companhia Vale do Rio Doce e, no momento seguinte, da constituição da Petrobras. Atuamos ativamente na discussão do Plano Doxiadis, no governo Carlos Lacerda, e da discussão do Metrô, tanto na década de 60 como na década de 70.

Brasil está parado na recessão

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

2017 será um pouco pior ou um pouco melhor que 2016. Com certeza, o futuro próximo não será muito melhor que o presente ou que o passado recente. Uma economia não sai de um estado recessivo simplesmente porque cansou de emagrecer. Uma economia não sai de um estado recessivo porque mudou o calendário: porque o ano novo chegou ou porque o segundo semestre chegará.

A saída de situações graves requer mais do que a fé ou fantasias, tais como: os empresários vão investir porque o PT não é mais governo – ou vão investir porque o governo vai privatizar empresas estatais – ou vão investir porque o governo aprovou um arranjo fiscal que congela os seus gastos reais por 20 anos. O Brasil está paralisado dentro de uma recessão.

O gesto contra a ditadura da Globo no futebol

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Pode não ser muito. Pode ser pouco. Mas também pode ser um acontecimento extraordinário: saberemos com o correr dos dias.

É possível que este domingo tenha sido o marco zero do fim do domínio imperial, tirânico da Globo sobre o futebol brasileiro.

Atlético Paranaense e Coritiba decidiram enfrentar a Globo - e a federação local.

Os times recusaram o dinheiro que a Globo pagaria pela transmissão do jogo entre os dois, o clássico Atletiba.

Era uma “esmola”, segundo o diretor de um dos clubes.

A desfaçatez como método de governo

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Desfaçatez é a qualidade de um desfaçado, daquele que não sente nem constrangimento e nem vergonha pelos seus atos condenáveis, publicamente assumidos. Trata-se daquele que, no senso comum, é conhecido como um cara de pau. Pois bem: Temer e, de certa forma, boa parte das autoridades que ocupam cargos superiores nos altos escalões dessa República destroçada, assumiram a desfaçatez como método de conduta e de governo.


domingo, 19 de fevereiro de 2017

Doria, o falso gari, reduz varrição de ruas

Por Altamiro Borges

João Doria – o Júnior – é um farsante. O ricaço, que nunca pegou em uma vassoura na vida, andou posando de “gari” para ser fotografado e filmado pela imprensa chapa-branca. Ganhou os holofotes midiáticos e alguns pontos na estranha pesquisa do Datafolha – também apelidado de “Datafalha”. Agora, porém, a própria Folha – que é dona do instituto – revela que o novo prefeito de São Paulo reduziu a varrição das ruas em São Paulo. E ainda tem gente que acredita nas bravatas demagógicas e marqueteiras de “João Dólar”. Vale conferir a reportagem publicada neste domingo (19):

Joice revelará podres de Reinaldo Azevedo?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Está divertidíssimo acompanhar a polêmica – ou melhor, o barraco – entre Reinaldo Azevedo e Joice Hasselmann, duas figuras projetadas pela asquerosa revista ‘Veja’ e que fazem a cabeça de tantos “midiotas”. Na semana passada, a “jornalista” criticou o velho amigo de redação, afirmando que ele estaria sabotando os atos convocados pelo sinistro Movimento Brasil Livre (MBL) em defesa da midiática Operação Lava-Jato. De imediato, o “rottweiller amoroso” postou um vídeo detonando a ex-amiga de forma brutal. Reinaldo Azevedo chamou Joice Hasselmann de “loira do banheiro”, “xucra”, “plagiadora” e disse que “sempre tive vergonha de ficar do seu lado”. Em resposta, ela postou no Twitter que revelará, em breve, os podres do seu novo inimigo.

Globo sabota transmissão do Atletiba

Por Altamiro Borges

A transmissão do futebol é uma das principais fontes de lucro da Rede Globo. Em 2015, último ano com dados disponíveis, o império global arrecadou R$ 1,350 bilhão com publicidade nos jogos dos principais campeonatos do país – mais do que as 106 emissoras da TV Record faturaram durante todo o ano. Uma ínfima parte desta grana é repassada aos clubes, às federações estaduais e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com o monopólio das transmissões, a TV Globo manda e desmanda nesta paixão nacional, impondo os horários das partidas e outras restrições. Este absurdo – que não ocorre em outros países – sofreu um baque na tarde deste domingo (19) no clássico entre o Atlético Paranaense e o Coritiba, o famoso Atletiba.

Cresce a repulsa a Alexandre de Moraes

Por Altamiro Borges

No circo montado pelo Senado Federal para sabatinar Alexandre de Moraes é quase certo que o seu nome será aprovado para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki – falecido em janeiro em condições até agora suspeitas. Afinal, o “plagiador” foi indicado por Michel Temer exatamente para servir de “guarda-costas” dos golpistas que tomaram de assalto o poder. O seu papel é o de “estancar a sangria” das investigações sobre corrupção no país. Entre os 81 senadores que irão sabatiná-lo, mais da metade está metida em alguma roubalheira. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do covil no Congresso, por exemplo, é alvo de inquérito na midiática Lava-Jato. Já o líder do Judas no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), é suspeito de envolvimento com crimes eleitorais e é alvo de outro inquérito mantido sob sigilo no próprio STF.

Após pesquisas, mídia rosna contra Lula

Por Altamiro Borges

Já era mais do que previsível. As recentes pesquisas de opinião, que apontaram o brutal desgaste de Michel Temer e a folgada vantagem de Lula para a disputa presidencial de 2018, deixaram a direita nativa enfurecida, babando de ódio. Afinal, ela bancou o “golpe dos corruptos”, que depôs Dilma Rousseff, e corre o risco de assistir o retorno do chamado “lulopetismo” ao Palácio do Planalto. Ou seja: o trabalho sujo e criminoso ficou incompleto. Diante deste perigo, a mídia golpista – o verdadeiro partido da direita nativa – já voltou a campo. Ela rosna hidrófoba contra Lula, deixando explícito que a guerra será sangrenta. Não haverá paz e nem civilidade – por mais que alguns ingênuos ainda acreditem no fim da luta de classes.

Temer deu pixulecos ao MBL e Vem Pra Rua?

Por Altamiro Borges

Os grupos golpistas que organizaram as marchas pelo “Fora Dilma” andavam meio sumidos. Quase ninguém ouvia mais falar sobre o Movimento Brasil Livre (MBL), o ‘Vem Pra Rua’ e outras seitas menos famosas. É compreensível. No ano passado, seus líderes estiveram metidos no balcão de negócios para a montagem do covil de Michel Temer. Negociaram alguns carguinhos e foram convidados para dar “consultoria” ao usurpador – não se sabe a que preço. Os golpistas mirins também tiveram que se dedicar à campanha para eleger prefeitos e vereadores pelos idôneos DEM e PSDB. Houve ainda brigas entre os grupelhos – com graves acusações de todos os lados. Foi um período de muita trabalheira. Não dava para convocar as famosas “marchas contra a corrupção”, tão paparicadas pela mídia mercenária.

França: eleição dramática e imprevisível

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Há um ano, as eleições presidenciais francesas de 2017 pareciam muito seguras. Havia três partidos importantes: Les Républicains (LR), de centro-direita, o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda e a Frente Nacional (FN), de ultra-direita. Como na França há normalmente dois turnos, com apenas dois candidatos no segundo, a questão central sempre é qual dos três será eliminado no primeiro turno.

Parecia certo que a FN estaria no segundo turno, encarnando o sentimento anti-Establishment. Parecia igualmente certo que o presidente François Hollande, caso tentasse a reeleição, perderia feio. Isso significa que o candidato dos LR estaria no segundo turno. Seria ainda mais provável se os LR escolhessem Alain Juppé, em vez do ex-presidente Nicolas Sarkozy. A maior parte das pessoas considerava que Juppé tinha muito maiores possibilidades de atrair os votos dos socialistas e do centro; e de ganhar a presidência.