domingo, 17 de setembro de 2017

Também temos os nossos furacões

De: Alan Band/Keystone/Getty Images
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A recente passagem dos furacões Harvey e Irma pelo Caribe e parte dos EUA deixou, além do rastro de destruição, algumas verdades dolorosas. Além de um evento natural, o que se acompanhou foi uma narrativa fortemente ideológica, construída a partir de uma perspectiva centralizadora, marcada pelo discurso emocional. Além disso, em nenhum momento foi feita qualquer contextualização que apontasse a responsabilidade política dos países que renegam a importância da questão climática na proporção tomada pelas tempestades.

O Brasil sob a Doutrina de Choque

Por Jose Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

No início de setembro o ministério da Fazenda emitiu parecer sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Rio de Janeiro, propondo uma série de medidas adicionais em relação às existentes no citado regime: mais cortes de gastos, demissão de servidores ativos, extinção de vários benefícios dos servidores, obtidos ao longo de anos, e a criação de uma alíquota extra de contribuição para a Previdência Estadual. O Rio aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, assinado com o governo federal, para o enfrentamento da brutal crise fiscal, fruto de desmandos, má gestão, e assalto aos cofres públicos por parte de governos. O parecer do ministério da Fazenda é simplesmente destrutivo, e propõe medidas como:

sábado, 16 de setembro de 2017

"Folha" exige provas para acusar Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em um país em que as pessoas só leem manchetes sem sequer passar os olhos nas matérias a que essas manchetes remetem – e isso acontece tanto nos veículos impressos quanto no Facebook –, as primeiras páginas dos jornais se tornaram quase que veículos de comunicação à parte.

Então vamos falar de primeiras páginas. A da Folha de São Paulo deste sábado, 16 de setembro, por exemplo.

Artistas viraram pornografia para MBL

Por Ivana Bentes, no site Mídia Ninja:

O Santander Cultural de Porto Alegre cedeu ao obscurantismo e acaba de fechar, neste domingo, 10/09, uma exposição com cerca de 270 obras de arte em que as questões de gênero, diversidade, queer, temáticas LGBT são tratadas.

A pressão veio de movimentos como o MBL que postou no seu site e página do Facebook, matéria incitando o ódio, acusando o curador de perversão, ameaçando e agredindo verbalmente os visitantes e artistas (ver relato no FB) em nome da moral e dos bons costumes!



O suicídio político de Ciro Gomes

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                              

Um dos episódios importantes da semana política foi a movimentação de Ciro Gomes em direção ao eleitorado de centro-direita. Não que em algum momento sua retórica mais à esquerda tenha convencido os que acompanham sua trajetória errática. Mas, esperava-se que perto de completar 60 anos, ele fosse capaz de deixar para trás sua vocação para manobras políticas desastradas.

Antes de dar crédito às delações de um vil traidor como Palocci, Ciro batia duro no golpe, embora não poupasse Lula e o PT de críticas. Mas todas feitas com moderação, na expectativa de que, com o eventual impedimento de Lula, ele pudesse herdar pelo menos parte dos milhões de votos do ex-presidente.

Vai engavetar, querida Dodge?

Porto Alegre, pasto de nazistas

Por Flavio Aguiar, no blog RS-Urgente:

Soube que o espaço Santander Cultural antecipou o fim de sua exposição artística “Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira” porque os fanáticos do movimento MBL a atacaram, e atacaram seus frequentadores. Que estes herdeiros dos Freikorps futuramente hitleristas – base que foram dos SA e dos SS – tenham atacado a exposição e seus frequentadores não surpreende. O que surpreende é a inércia das autoridades diante deste ato de barbárie, porque pelo visto a coibição dele ficou entregue à iniciativa dos frequentadores e aos seguranças particulares.

Para além da austeridade: "heresias" da ONU

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“A economia global parece travada em seu caminho para a recuperação”, aponta novo estudo das Nações Unidas, Para além da austeridade, que contradiz grande parte do que advogam membros do governo do Temer e os economistas brasileiros conservadores que palpitam diariamente na mídia tradicional. A austeridade fiscal é apontada como o principal entrave à retomada mais vigorosa da economia mundial.

O estudo carrega pouco mais nas tintas e decreta que “a prosperidade para todos não pode ser proporcionada por políticos com fixação na austeridade, por empresas que buscam ganhos monopolistas (rent-seeking) e por banqueiros especuladores”. Em outro termos, o relatório afirma que as promessas, de sociedades mais justas e de menor desigualdade, entre as nações não foram cumpridas.

Capa facínora da IstoÉ esquece Aécio e Temer

Da revista Fórum:

A revista ‘Istoé’, que faz questão de atacar o PT em todas as suas edições, se supera. Desta vez, a publicação chegou ao ponto de ignorar os fatos apenas para criar uma narrativa negativa à Lula, Dilma e ao Partido dos Trabalhadores como um todo ao sair, na edição deste final de semana, com uma capa que coloca os petistas no mesmo barco de figuras como o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ex-deputado federal Eduardo Cunha ou ainda o ex-governador Anthony Garotinho – eles e outros são os “facínoras”, e a reportagem se propõe a responder a pergunta de como o Brasil “foi parar nas mãos dessa turma de delinquentes”.

A “caixinha” milionária do Temer

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

É curiosa a trajetória de Adhemar de Barros e a de Michel Temer, duas referências políticas de São Paulo de quem todo mundo ouviu falar, a partir do comportamento de ambos no trato com o dinheiro público, após alcançarem ou se aproximarem do poder.

Adhemar intrometeu-se pela prefeitura de São Paulo e o governo paulista. Disputou a Presidência da República, nos anos 1950, e perdeu. Temer, vice-presidente da República, costurou o golpe contra Dilma Rousseff e venceu.

Redes sociais estão idiotizando as pessoas

Do blog Socialista Morena:

Um dos criadores do twitter, Evan Williams, disse esta semana que a eleição de Donald Trump comprova como as redes sociais “têm o poder de idiotizar as pessoas no mundo inteiro”. A declaração foi feita ao canal 4 da BBC, em uma entrevista onde Williams foi instado a explicar se a rede que criou, na qual Trump é viciado, teve um papel importante em sua eleição, como o próprio marido de Melania afirma. Parece incrível, mas o presidente dos Estados Unidos passa o dia tuitando e há quem tema que suas frases polêmicas (para dizer o mínimo) possam ser capazes de causar a terceira guerra mundial.

A pergunta que não quer calar: e o Aécio?

Por George Marques, no site The Intercept-Brasil:

Delações, inquéritos, denúncias, sentenças. A cada dia não param de surgir nomes de políticos envolvidos em escândalos nos quatro cantos do país. Com a divulgação da delação da JBS há quatro meses, um nome dado como certo para cair de vez nas garras da Justiça era o do senador e candidato derrotado à presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG). Gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da empresa, ele chegou a ser afastado de suas funções parlamentares, mas retornou em julho. Agora, procura ser discreto, enquanto aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida por um pedido de prisão pendente, feito pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ao todo, Aécio responde a nove inquéritos na Corte, mas segue incólume.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Janaína Paschoal: último lugar na USP

Do blog Justificando:

Alçada pela mídia à condição de uma das maiores juristas do país por ser responsável pela acusação que culminou no impeachment de de Dilma Rousseff pelo “crime” de pedaladas fiscais, a Professora de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Janaína Paschoal ficou em último lugar dentre seus pares no concurso para a cadeira de Professor Titular.

Quem se beneficia com as privatizações?

Por Padre João, no site Vermelho:

O governo alega que privatizações de estatais brasileiras são necessárias para gerar receita, investimentos, emprego e renda, e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Ora, essa defesa não seria um atestado de incompetência do governo, que, diante da sua incapacidade de gerenciar com qualidade, ética e responsabilidade, transfere essa tarefa à iniciativa privada? A alegação do governo não se sustenta. Ao privatizar, um setor é beneficiado e é preciso analisar de forma crítica quem se beneficia com esse tipo de transação.

Porto Alegre é uma cidade arrependida

Por Jeferson Miola

Porto Alegre é uma cidade arrependida. Quem vai às ruas e conversa com as pessoas percebe o arrependimento da população porto-alegrense com a eleição de Nelson Marchezan Júnior [PSDB] para o cargo de prefeito da capital gaúcha.

Os funcionários públicos municipais, que durante os intervalos do trabalho distribuem materiais e esclarecem a comunidade sobre os desatinos do prefeito, testemunham este sentimento que se dissemina fortemente na população.

Palocci segue acusando sem provar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Espera-se que Antonio Palocci tenha algo mais que historinhas para negociar sua delação premiada.

O que diz na Veja – ter entregue algumas vezes maços entre R$ 30 e 50 mil a Lula e que o ex-presidente usava verbas do Instituto Lula para despesas pessoais – é do mesmo “pacote” do “pacto de sangue”: algo apenas retórico, destinado a causar impressão nos tolos.

A mobilização contra as privatizações

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

“Entendemos que é envolvendo o conjunto dos servidores, todas as categorias, que vamos conseguir fazer frente às políticas de destruição do Estado e das carreiras dos servidores”, afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, em ato unificado de diferentes centrais em defesa dos servidores públicos de São Paulo. O encontro ocorreu às 17h, na Praça da República, região central da capital.

Antes do ato, que contou com a participação da CUT, CTB, força Sindical, Nova Central, Intersindical, Pública, além de diferentes sindicatos, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realizou uma assembleia para definir o calendário de lutas da categoria, que decidiu aderir às mobilizações das demais centrais, além de marcar uma grande mobilização para o dia do professor, 15 de outubro, na Avenida Paulista.

Tríplice aliança com Trump contra Venezuela

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não é Temer que será prestigiado por Donald Trump com jantar na Casa Branca na segunda-feira, como tem aparecido na mídia, como se se tratasse de cortesia bilateral. O jantar é na verdade uma reunião entre os três países que farão uma operação militar conjunta com os Estados Unidos em outubro, na Amazônia brasileira, nos fundos do quintal da Venezuela, a título de cooperação, mas que se destinariam, teme a Venezuela, a preparar ações desestabilizadoras. Os convidados de Trump são Temer, o presidente da Colômbia, José Manuel Santos, e o do Peru, Pedro Paulo Kuczynski.

A chantagem da CPI da JBS

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Os abusos recentes da Lava Jato lançaram uma mancha não apenas sobre a operação, mas sobre o próprio Ministério Público Federal. Não adiantaram os alertas de figuras referenciais do MPF. A corporação caiu de cabeça no populismo insuflado pela mídia e que ganhou o apoio da parcela da sociedade com sangue na boca.

Houve abusos, sim, dos piores. E oportunismo dos maiores.

Eleição sem Lula é fraude!

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Entre os dias 17 de agosto e 05 de setembro o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva percorreu 4.900 km indo da Bahia ao Maranhão na Caravana Lula pelo Brasil. Foram 60 cidades. De acordo com o próprio Lula, a Caravana teve como principal objetivo vivenciar o grande desenvolvimento pelo qual a região passou durante os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT). E, principalmente, entender de que forma o Nordeste vem sofrendo com os desmontes sociais do governo de Michel Temer, exatamente um ano depois do golpe que tirou do poder a presidenta Dilma Rousseff e aprovou uma série de medidas que restringem o investimento em políticas públicas, flexibilizam os direitos dos trabalhadores - como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 e a reforma trabalhista.