sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Empresa que elegeu Trump chega ao Brasil

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

Uma empresa de inteligência artificial, que garante ser capaz de ler a cabeça de milhões de pessoas em tempo real, está protagonizando uma verdadeira revolução conservadora no mundo. Este poderia ser o roteiro de um capítulo da série de ficção científica Black Mirror ou parte de um futuro distópico imaginado por George Orwell, mas é exatamente o que tem ocorrido com a empresa de big data Cambridge Analytica. A empresa, que trabalhou nas campanhas vencedoras do Brexit e de Donald Trump, instalou uma operação no Brasil visando as eleições de 2018. E já parece ter o candidato ideal por aqui.

Prefake lança "Ração Doria Premium"

Gilmar Mendes não é um escravo

Por Andrew Fishman, no site The Intercept-Brasil:

Ministros do Supremo Tribunal Federal são escolhidos por serem – teoricamente – os mais eruditos e sapientes magistrados do país. Um dos escolhidos para debater e avaliar os casos mais complexos à luz da Constituição, o Excelentíssimo Ministro Gilmar Mendes fez, nesta quinta (19), o julgamento mais difícil de sua carreira quando avaliou em entrevista coletiva que ele mesmo não faz um trabalho escravo.

“Nós mesmo já tivemos, no Supremo Tribunal Federal, debates a propósito disso, em que se diz que alguém se submete a trabalho estressante, exaustivo. Nós aqui… eu, por exemplo, acho que eu me submeto a um trabalho exaustivo. Mas com prazer. Eu não acho que eu faço um trabalho escravo.”

Só falta revogar a Lei Áurea

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Manifesto meu total apoio ao movimento dos profissionais da área de fiscalização do Ministério do Trabalho que estão entrando em greve em todo o o país para protestar contra a portaria do governo Temer que tornou o Brasil tolerante e leniente com a exploração do trabalho análogo à escravidão.

A portaria assinada pelo governo Temer é indigna, desumana e envergonha o Brasil perante o mundo civilizado.

Para obter votos no Congresso que salvem sua pele das acusações de corrupção, o presidente golpista se rende ao que há de pior e mais retrógrado, subordinando-se a empresários atrasados, egoistas e responsáveis por práticas de trabalho escravagistas.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Mídia dificulta compreensão da realidade

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Se o mundo parecia acabar e o Brasil caminhava para o abismo em certos momentos históricos, agora, mesmo sem dados efetivos, o noticiário dá conta de uma "recuperação" em curso. A diferença estava no governo da vez. "O contrário do terrorismo econômico é a euforia econômica indevida", diz a economista Leda Paulani, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), durante debate sobre a cobertura jornalística promovido pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, ontem (18) à noite, na região central de São Paulo.

Gilmar e o trabalho escravo: cinismo togado

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Gilmar Mendes não é nenhum tolinho.

Sabe que, ao abrir a boca, fala um ministro do Supremo Tribunal Federal.

E que, portanto, não tem o direito de pronunciar frases estúpidas.

Dizer que trabalha muito, exaustivamente, mas que não considera isso “trabalho escravo” é debochar da inteligência que ninguém lhe nega, conquanto nem todos o mesmo de seu caráter – vide Joaquim Barbosa.

MBL pode perder a marca na Justiça

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

O III Congresso Nacional do MBL ocorrerá nos dias 11 e 12 de novembro em São Paulo. Contará com a presença de João Doria, Nelson Marchezan Jr, Marco Feliciano, Luiz Felipe Pondé e outros desconhecidos para discutir ‘as importantes conquistas que tivemos no país nos últimos anos’, conforme descrito na apresentação do evento, com painéis como ‘A falácia do discurso de igualdade’. Ingressos a 100 reais.

Mas é MBL ou MRL? Porque MBL é uma marca que, segundo o advogado Vinícius Carvalho Aquino, pertence a ele.

A luta contra o fim da Lei do Audiovisual

Verdades sobre o agronegócio

Temer, Aécio e a degradação do Brasil

Por Wadih Damous, no blog Viomundo:

Não causa nenhuma surpresa a informação de que Temer atuou freneticamente nos bastidores do Senado para livrar um de seus sócios mais proeminentes no empreendimento golpista, Aécio Neves, da guilhotina.

Fazendo o uso mais execrável possível do axioma popular “uma mão lava a outra”, Temer liberou algo em torno de 200 milhões de reais em emendas individuais pendentes de senadores, para seduzi-los a votar contra as medidas cautelares impostas pelo Supremo.

Logo chegou a vez de Aécio retribuir, instando a bancada tucana, primeiro na CCJ, e depois certamente no plenário da Câmara, a rejeitar a segunda denúncia da PGR contra o usurpador, desta feita por organização criminosa e obstrução da justiça.

Mídia: Do terrorismo econômico à torcida

Foto: Cidoli
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Como podem os grandes meios de comunicação passarem do terrorismo na economia antes do impeachment para um inabalável otimismo após Michel Temer assumir a cadeira presidencial? Os economistas Márcio Pochmann e Leda Paulani discutiram o tema na noite desta quarta-feira (18), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.


A salvação de Temer e o trabalho escravo

Editorial do site Vermelho:

O desprezo pelo povo e pelos trabalhadores, marca do governo golpista de Michel Temer, foi exposto mais uma vez quando na portaria nº 1.129/2017, que anula os avanços que o Brasil havia conquistado no combate ao trabalho escravo.

A portaria faz parte do esforço para obter o apoio da bancada ruralista na votação do pedido de impeachment de Temer que tramita na Câmara dos Deputados. Atende reivindicações antigas de fazendeiros inescrupulosos contra a legislação que reprime a prática daquele sistema iníquo de exploração da força de trabalho. Cria dificuldades enormes para a fiscalização e denúncia pelos fiscais do trabalho, submete à aprovação do ministro do Trabalho a divulgação da lista suja de patrões que usam o trabalho escravo, e reclassifica o conceito de trabalho escravo.

Destituição de Aécio não redime o PSDB

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Ninguém bateu panelas mas o desgaste do PSDB com a salvação do mandato de Aécio Neves bateu fundo no partido, que saudou o retornante com a defesa de sua renúncia definitiva à presidência da sigla. Tasso Jereissati, interino desde maio, não falou sozinho. Foi porta-voz de uma confabulação interna entre os tucanos, no sentido de que teriam fazer alguma coisa para mitigar o estrago e afastar a ideia de que o partido juntou-se com Temer numa operação casada para salvar Aécio e depois ajudar a enterrar a segunda denúncia na Câmara.

A crise econômica que a mídia oculta

A certidão de casamento do PMDB e o PSDB

Por Jeferson Miola

Michel Temer [PMDB], o chefe da cleptocracia, desempenhou um papel decisivo no senado para safar Aécio Neves [PSDB] da cassação.

A imagem é uma marca vergonhosa; inapagável da história do Brasil.

Em troca disso, Temer receberá o apoio do PSDB na câmara. Apoio esse que vai safar Temer da cassação e que, ao mesmo tempo, conseguirá livrar Padilha e Moreira – o primo e o angorá, na planilha de propinas da Odebrecht – do julgamento, no STF, pelos crimes de obstrução da justiça e organização criminosa.

A face arcaica do governo Temer

Por Manoel Dias

Elevado a Presidência da República, por meio das mais baixas conspirações das elites brasileiras, o governo de Michel Temer revela a sua face mais primitiva, revela sua cruzada de desmonte do Estado nacional associados às suas medidas que beiram a barbárie civilizatória e assombram o mundo.

Sua mais nova investida reacionária a Portaria 1.129/2017 que altera o conceito sobre o trabalho escravo. Remontando-nos à quase abolição da Lei Áurea de 1888, absurdamente assistimos esse governo ainda com o conceito ultrapassado de que o trabalhador seja mero objeto de exploração, desprovido de direitos e garantias.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Lista dos deputados que salvaram Temer

Da revista CartaCapital:

Mais uma vez a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiu barrar o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Os deputados aprovaram nesta quarta-feira 18 o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que defende a rejeição da segunda denúncia contra o presidente, e desta vez incluía também os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Foram 39votos a favor do relatório - e contra o prosseguimento da denúncia - e 26 contra.

O dia em que o Senado virou Supremo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

É um exercício curioso acompanhar as justificativas dos votos dos Senadores que votaram pelo “não” no caso Aécio Neves. Isto é, por não dar autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) investigá-lo.

Alguns foram mais sinceros e alegaram que, se o próprio STF passou a batata quente para o Senado, agora o Senado devolveria a batata quente ao Supremo.

Muito se falou nas prerrogativas do Senado, nas suas atribuições de fazer as leis e, exagerando, de ser o verdadeiro guardião da Constituição, de ser compostos por pessoas eleitas pelo voto popular. Falou-se do risco da ditadura do Judiciário, dos diversos casos em que a Procuradoria Geral da República se precipitou, com as trapalhadas de Rodrigo Janot, e depois o próprio Supremo corrigiu.

Cultura inútil: Moralismo e moralistas

Por Mouzar Benedito, no Blog da Boitempo:

Estamos num tempo em que se fecham exposições “imorais”, se proíbe peças de teatro “ofensivas”… E os moralistas que promovem isso fecham os olhos para um governo imoral, veem seus líderes políticos cometendo imoralidades imensas (ferraram outros por muito menos) e ficam de bico calado, fazem parte dos 3% da população que aprovam um governo que acaba com direitos sociais, entregam o país à sanha negocista, promovem a entrega de reservas ambientais e indígenas aos sanguessugas do agronegócio…

E daí?

A ficha corrida de João Doria (em 22 itens)

Por Eduardo Hegenberg, no site Jornalistas Livres:

João Doria não esconde de ninguém que irá deixar no ano que vem o posto de garoto-propaganda da prefeitura (já que o cargo de prefeito jamais assumiu) para disputar a presidência da república. Ambição à qual devemos expressar o nosso mais sincero respeito. Afinal, é preciso admitir, João Doria atende com distinção os requisitos para a posição: seu currículo é de causar inveja aos mais gabaritados sanguessugas do Planalto. Um natural sucessor ao presidente Michel Temer, sem nada a dever em matéria de sobreposição do público com o privado, associação com os piores estratos da elite empresarial e arsenal infalível de manobras para abafar as ilegalidades.