sábado, 9 de dezembro de 2017

Quais os planos de Doria para 2018?

Por Sâmia Bomfim, no site Mídia Ninja:

O primeiro ano da “gestão eficiente” do prefeito-empresário João Doria termina com uma reprovação de 39%, contra os 13% no início do mandato, de acordo com o Datafolha, em pesquisa publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”.

É cada vez mais perceptível, para a população de São Paulo, a incapacidade dessa administração para resolver os problemas da cidade.
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​​Os entrevistados afirmam que o prefeito fez muito menos do que o esperado. Tal questionamento surge entre os mais pobres, mulheres, pessoas de 35 a 44 anos e com ensino médio completo. Não é por acaso a incidência desses perfis dentre aqueles descontentes com Doria.
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Como explodir o Oriente Médio

Ilustração: Josetxo Ezcurra/Rebelión
Por Phyllis Bennis, no site Outras Palavras:

O plano de Trump para reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e no futuro transferir embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém não vai prejudicar os esforços de paz – porque na verdade não há esforços de paz em andamento. Os protestos já começaram, e a raiva está aumentando não apenas entre os palestinos, mas em todo o mundo árabe e muçulmano, entre vários governos, incluindo aliados chave dos EUA, e entre pessoas em todo o mundo.

Para compreender o que representa este movimento é preciso enxergá-lo a partir de duas perspectivas diferentes.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Venezuela, Honduras e o jornalismo de guerra

Por Felipe Bianchi, de Caracas, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

As ruas de Honduras foram tomadas pelo povo, que exige o respeito às urnas e à democracia após mais um episódio de golpe no país. Enquanto isso, na Venezuela, a população se prepara para votar pela terceira vez em 133 dias. O silêncio dos grandes meios de comunicação latino-americanos em relação ao que ocorre no país centro-americano contrasta com a demonização permanente da Venezuela e de Nicolás Maduro, escancarando o jornalismo de guerra e o papel de partido das classes dominantes jogado pela mídia.

UFMG: escalada fascista precisa ser barrada

Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:

É da maior gravidade a ação truculenta que a Polícia Federal efetuou, a 6 de dezembro de 2017, na Universidade Federal de Minas Gerais, levando, por condução coercitiva, para prestar depoimentos, o reitor Jaime Arturo Ramirez, a vice-reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, mais duas ex-vice-reitoras e outros servidores.

Em nossa Constituição, a autonomia universitária é expressamente estabelecida, não só “didático-científica”, mas também “administrativa” e de “gestão financeira e patrimonial”, como está no artigo 207 da Carta Magna. A ação da Polícia Federal na UFMG é uma aberta afronta à Constituição

A resposta ao pior Congresso da História

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

No dia em que uma pesquisa Datafolha apontou a reprovação sem precedentes da população ao atual Congresso (60%), e o patamar mais baixo de aprovação (5%), partiu de um estranho ao ninho parlamentar, que ao se eleger não foi levado a sério, o deputado e ex-palhaço Tiritica, uma pungente despedida do mandato, dizendo-se envergonhado da classe política que não quer mais integrar. Por isso não concorrerá em 2018. Ao longo do dia, entretanto, foram poucos os deputados e senadores que deram o braço a torcer. Como avestruzes, preferiram enfiar a cabeça na areia a comentar a desaprovação revelada pela pesquisa ou a chicotada até branda de Tiririca, que prometeu não contar tudo o que viu em sete anos. Mas nós e eles sabemos o que fez o atual Congresso nos últimos três anos. Por isso nas eleições de 2018 esperamos que o eleitorado traduza sua decepção em uma grande renovação quantitativa e qualitativa das duas Casas.

"Deus-mercado" entrou em desespero

O assassinato do reitor e o estado de exceção

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Finalmente, a grande imprensa toma conhecimento da tragédia que encerra a perseguição, tortura e morte do professor Luiz Carlos Cancellier de Oliveira, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), passados já dois meses, quando já se temia que o silêncio imposto fosse o tapete pelo qual caminharia a impunidade, a seiva que alimenta a arbitrariedade.

O Estadão, em reportagem de Luiz Maklouf Carvalho publicada no domingo, 3, descreve a sucessão de arbitrariedades, violência institucional, policial e judiciária que se abateram sobre o reitor, pondo a descoberto, até onde pode chegar, na guerra aos direitos individuais, a aliança fática que reúne num só império, justamente aqueles que foram selecionados e são pagos e muito bem pagos para assegurar a incolumidade física e moral dos cidadãos: agentes do Poder Judiciário (dos juízos de piso aos ministros do STF) e setores da alta burocracia federal autonomizados, como os policiais federais e os procuradores do Ministério Público, auto imitidos no papel de salvadores da pátria, sagração que lhes teria outorgado todos os poderes necessários à missão de sanear a vida nacional.

Até quando a velha imprensa terá o controle?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Estamos no fim de 2017 e a velha imprensa continua determinando o que provoca a indignação da população brasileira, especialmente da classe média.

Com a honrosa exceção da greve geral do último abril, contra a reforma da previdência, Temer comete barbaridades em cima de barbaridades e a população parece observar de forma complacente, quase que anestesiada.

A cobertura da reforma da Previdência na mídia hegemônica é um escândalo.

Lava-Jato dá prejuízo de R$ 140 bilhões

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nesta quinta-feira (7), o Ministério Público Federal (MPF) fez um grande estardalhaço, com direito a fotos posadas do procurador Deltan Dallagnol para a mídia, sob o pretexto de “devolver à Petrobras” R$ 653,9 milhões desviados da estatal pelo esquema investigado na Operação Lava Jato.

Os valores devolvidos teriam sido obtidos através de 36 acordos de colaboração premiada e cinco de leniência firmados com empresas. Entre os acordos, Dallagnol citou as delações relativas à Odebrecht, Braskem, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Golpe de Honduras e o exemplo da Venezuela

Artista: Pavel Égüez
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Perguntada pelo 247, que colocou uma questão sobre o impasse instalado pelas fraudes eleitorais em Honduras, a vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Sandra Oblitas, fez um comentário a altura sobre o sistema em vigor seu país. Reconheceu que, como autoridade venezuelana, não lhe cabia fazer declarações sobre os métodos de apuração que envolvem outro país mas admitiu: “mais uma vez, podemos comprovar a fortaleza de nosso sistema. Tudo reside em nossa confiabilidade”.

Aldir Blanc: "Não podemos nos calar"

Por Aldir Blanc

Em busca de Justiça

Não sou historiador nem sociólogo. Não consultei nenhum livro para escrever o texto abaixo. Minha memória está se movendo como estilhaços do amado caleidoscópio que perdi, menino, em Vila Isabel.

Viva a Comissão da Verdade para que nunca mais coloquem uma grávida nua sobre um tijolo, atingida por jatos d’água, com ameaça: “Se cair vai ser pior”;

Para que senhoras que fazem seu honrado trabalho não sejam despedaçadas por cartas bombas;

Temer negligencia com saúde da família

Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:

A nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) aprovada pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB) começou a valer no final de novembro e é alvo de críticas por parte de profissionais da área da saúde.

O enfermeiro residente em saúde da família e comunidade Wagner Menezes conversou com o Brasil de Fato sobre as mudanças trazidas pela medida e explica o descontentamento da categoria.

Os ratos, a UFMG e a esperança equilibrista

Foto: Foca Lisboa/UFMG
Por Renato Rovai, em seu blog:

Quando os ratos começam a deixar o porão do navio o sinal é de que as coisas vão mal. Os ratos são o prenúncio da tragédia.

A ação de hoje na UFMG tem dentes de rato, patas de rato, fez o barulho que os ratos fazem quando agem em bando. Se não for ação de ratos, coisa boa também não parece ser.

O suicídio de Cancellier não parece ter sido suficiente pra acalmar a turba que quer criminalizar as universidades públicas.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O falso moralismo do juiz pança-cheia

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

O país se vê assaltado, neste fim de ano, de recomendações políticas inapropriadas daquele que deveria evitar a política partidária e se concentrar na interpretação equidistante, imparcial e equilibrada das leis. Sérgio Moro, o juiz de sempre.

Viaja a nossas custas para cima e para baixo, mexe e se remexe, para proselitar contra os legítimos interesses da maioria da população. Ganha, para isso, fartas diárias, prêmios, sem contar que deixa de jurisdicionar e ganha subsídios muito acima do razoável para uma massa de brasileiras e brasileiros cada vez mais desprovida de meios e de direitos.

UFMG teme a perseguição política

Por Marianna Dias

É um ultraje. A Polícia Federal extrapolou da provocação para a indignidade ao nomear a operação que conduziu coercitivamente os reitores da UFMG nesta quarta-feira (06/12) de “Esperança Equilibrista” nome da música de João Bosco & Aldir Blanc, hino do Brasil na época da ditadura e da anistia. Pior do que utilizar uma letra simbólica em uma operação que ameaça uma obra que homenageia os perseguidos políticos é fazer referência aos cartazes que defenderam o ex-reitor da UFSC, professor Luiz Carlos Cancelier que depois de ser levado ao escárnio público, não conseguiu lidar com a situação de injustiça e acabou se suicidando em Outubro.

A mídia e o voo de galinha da economia

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

A mídia e o governo tentam disfarçar, mas o resultado pífio do terceiro trimestre de 2017 desapontou todo o mundo.

O crescimento foi de apenas 0,1% sobre o trimestre anterior, quando a prévia do Banco Central era de 0,58%.

Na prática, isso significa economia estagnada. Mais que “pibinho”, é PIB microscópico, um “nanopib”.

O “nanopib” do Golpe foi aferido após o IBGE revisar a sua série e dessazonalizá-la.

UFMG e UFSC: Por que te calas, Raquel?

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os dois principais órgãos de repressão do país, Polícia Federal e Ministério Público Federal, têm novos chefes: o delegado-geral Fernando Segóvia e a Procuradoria Geral da República Raquel Dodge.

Delegados e procuradores recorrem abusivamente a uma prática inconstitucional: a condução coercitiva.

Houve um episódio trágico com o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancelier. Era o momento de uma afirmação de respeito às leis e de fim desses abusos. Era o momento de se posicionarem sobre o tema e mostrarem a que vieram.

Parceria de Doria é questionada no TCM

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A vereadora paulistana Juliana Cardoso (PT) protocolou nesta terça-feira (5) representação no Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM). A parlamentar, que integra a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal, solicita ao órgão o detalhamento dos gastos do contrato de gestão 05/2014 com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), cujo aditivo aprovado pela gestão de João Doria (PSDB) não discrimina as despesas.

Caos social à vista e retomada distante

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

À vontade com a nova lei trabalhista sancionada por Michel Temer, o grupo universitário privado Estácio de Sá demitiu no início da semana 1.200 professores em um cenário nacional que soma 12,74 milhões de desempregados.

Em entrevista ao Portal Vermelho, Clemente Ganz, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) afirmou que o momento confirma a previsão do órgão de que a reforma trabalhista geraria caos social, com o trabalhador refém do empregador e também pode se confirmar um tiro no pé de qualquer retomada do crescimento.

O combate à contrarreforma da Previdência

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Trava-se uma intensa disputa política no país em torno da reforma da Previdência Social. De um lado, estão o Executivo e sua base parlamentar no Congresso, os agentes do mercado, capitaneados pelos investidores financeiros, e a grande mídia. De outro lado, estão a maioria dos eleitores, principalmente os trabalhadores do setor privado, os servidores públicos, os atuais aposentados e os pobres que recebem benefícios da seguridade social.