Por Altamiro Borges
O “pastor” Silas Malafaia, mentor e financiador dos dois últimos atos em defesa do fascista Jair Bolsonaro, acaba de sofrer mais uma derrota na Justiça. Segundo postagem de Rogério Gentile no site UOL nesta quinta-feira (2), o mercador da fé foi condenado em segunda instância por divulgar fake news contra a jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, da TV Cultura, e da rádio CBN. O líder evangélico, famoso por sua fortuna, terá de pagar uma indenização de R$ 15 mil, acrescido de juros e correção monetária.
Como relembra o colunista, “na campanha de 2022, o pastor disse nas redes sociais que a jornalista era bancada pelo então governador João Doria para atacar Bolsonaro. Segundo Malafaia, ela recebia R$ 500 mil para fazer um jornalismo ‘parcial, que tem lado’... No processo aberto contra o pastor, os advogados comprovaram que o salário recebido pela jornalista é muito inferior aos valores divulgados na fake news. Ao condenar Malafaia, o desembargador Viviani Nicolau disse que ele ‘extrapolou o limite do razoável, violando a honra e a reputação da jornalista’. Ele ainda pode apresentar novo recurso”.
"Pastor" é condecorado pelo Tribunal Militar
O difusor de fake news, porém, não teve somente más notícias nos últimos dias. Ele segue com prestígio entre os bolsonaristas – fardados e civis. Em 10 de abril passado, Silas Malafaia foi condecorado com a mais alta honraria dada pelo Superior Tribunal Militar (STM). Segundo relato do jornal Estadão, o chefão da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo recebeu a Ordem do Mérito Judiciário Militar.
“O grau recebido pelo pastor foi o ‘Distinção’ que, segundo regulamento da Justiça Militar sobre o prêmio, datado de 2020, é concedido a pessoas que prestam ‘reconhecidos serviços’ ou demonstram ‘excepcional apreço à Justiça Militar da União’. O Estadão procurou o STM para mais informações sobre a justificativa da honraria, mas não obteve retorno até a publicação deste texto”.
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