segunda-feira, 28 de maio de 2018

O combate ao 'jornalismo de guerra'

Foto: Tuane Fernandes
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Raivoso, sem espaço para divergência e sem diversidade de opiniões e ideias. Esse é o jornalismo de guerra praticado pela mídia monopolista, na avaliação de Jean Wyllys. O deputado federal (PSOL-RJ) participou, neste sábado (26), do 6º Encontro Nacional de Blogueir@s eAtivistas Digitais, em São Paulo.

O evento, que reúne comunicadores e midiativistas, discute o papel estratégico da disputa de ideias na defesa da democracia e na resistência contra os retrocessos em curso no país. “A esquerda, por muito tempo, negligenciou o campo da comunicação como campo de produção de sentido e de imaginário”, opina Wyllys. “Os governos progressistas não deram a devida importância para a pauta da democratização da comunicação, promovendo diversidade regional e fortalecendo meios alternativos, comunitários e populares”.

Preço da gasolina e as 'fake news' da mídia

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Observação importante: este artigo é inteiramente baseado nas notas oficiais da própria Petrobras.

Em outubro de 2016, o presidente da Petrobras do governo golpista, o tucano Pedro Parente, anunciou que a estatal iria mudar a política de preços mantida durante os 13 anos em que o PT esteve no governo. A partir de então, os preços seriam paritários aos praticados no mercado internacional. Nos governos Lula e Dilma, a Petrobras mantinha os preços baixos para controlar a inflação e para não afetar os consumidores mais pobres com um aumento abusivo do gás de cozinha.

Bolsonaro e a privatização da Petrobras

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro, presidenciável da extrema-direita, faz sucesso entre caminhoneiros em greve. Um destes, Claudinei Habacuque, dono de uma pequena frota em Barueri (SP), comentou em um grupo de Whatsapp, em meio à paralisação: “Sabe que todo caminhoneiro vota no Bolsonaro, né?”. Um relato feito no site da revista Piaui.

Se os caminhoneiros estão furiosos com o preço dos combustíveis e querem Bolsonaro presidente, a decepção poderá ser grande, em caso de vitória do deputado do PSL. O economista escolhido por ele como “ministro da Fazenda” e ajudante na elaboração de seu programa de governo é a favor de vender a Petrobras. E, no Brasil, tarifa pública costuma subir pós-privatizações.

Temer ignora política de preço da Petrobras

Do jornal Brasil de Fato:

Após um dia de reuniões com ministros e representantes dos caminhoneiros, neste domingo (27), o presidente golpista Michel Temer anunciou pacote de medidas visando encerrar a greve da categoria, que completou uma semana e afetou o abastecimento de combustíveis e alimentos pelo país.

Entre as medidas, está a redução do preço do diesel em R$ 0,46 por 60 dias, que se obterá por meio do corte das cobranças do PIS-Cofins e da Contribuição no Domínio Econômico (Cide). A Cide já estava prevista em outra proposta feita pelo governo aos caminhoneiros na última quinta-feira (24), mas foi considerada insuficiente por parte das representações da categoria. Após o período de 60 dias, o dobro do proposto inicialmente, os reajustes serão mensais.

A capitulação e a humilhação de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vamos ao fatos: o governo não conseguiu restabelecer minimamente o fluxo de combustíveis e o de cargas no país e o ultimato dos caminhoneiros não será o último que enfrentará.

Esta foi a razão da “generosidade” de anunciar uma redução de 46 centavos, por litro, no preço do óleo diesel: o medo de uma situação caótica no início da semana útil, amanhã e depois.

Não conseguiu, em dois dias, uma ação mais expressiva das Forças Armadas, as ameaças de multas ao motoristas e proprietários de caminhões não foram, ao que parece, levadas a sério, não efetivou o confisco de caminhões, fez acordos que se desmancharam no ar.

Demissão de Parente seria solução para caos

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A greve liderada pelas empresas de transporte de cargas iniciada segunda-feira, 21/5, instalou o caos que toda sabotagem de empresários do setor de transportes pode produzir num país.

Sem transporte de bens, produtos, remédios, alimentos, combustíveis e mercadorias de um lugar a outro do país, a consequência é o desabastecimento generalizado.

Em outubro de 1972, os empresários de transportes do Chile, financiados e orientados pela CIA e pelo governo dos EUA, instalaram o caos econômico, político e social que ambientou o clima golpista que finalmente derrubou o governo popular de Salvador Allende em 11 de setembro de 1973.

Bancos são próximo alvo dos estrangeiros

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no blog Tutaméia:

O Brasil é um país ocupado, cujo governo faz tudo que o estrangeiro quer. É um governo estrangeiro no Brasil. O capital externo está forte em todos os setores, exceto no dos bancos. Agora, o último ataque – que já está em curso – é contra os bancos, que são, na maioria, brasileiros. A análise é do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto em entrevista ao Tutaméia. Na visão dele, Henrique Meirelles é o candidato de Wall Street nas eleições. Já Pedro Parente, presidente da Petrobras, é o representante dos interesses do Estado norte-americano no Brasil – daí seu empenho em destruir a Petrobras.

domingo, 27 de maio de 2018

Bolsonaro é o grande beneficiário do caos

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O maior beneficiário do caos instalado pela greve dos caminhoneiros é Jair Bolsonaro.

Bolsonaro é o candidato da lei e da ordem, clássica plataforma fascista. O sujeito que vai acabar com a corrupção, abaixar os preços dos combustíveis e dar um jeito nessa bagunça que virou o Brasil.

Seu assessor, o advogado Gustavo Bebianno, esteve num bloqueio no Rio de Janeiro.

Do capô de um carro, saudou os homens. “Parabéns pela força do caminhão brasileiro”, falou.

“Não sou político, mas acompanho o maior político da atualidade: Jair Bolsonaro”.

Brasil vive dias de anomia social

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A anomia social ocorre quando os indivíduos se sentem incitados a violar as normas para poder alcançar as metas (Dicionário Infopédia).
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Acabou a fantasia. Não falta mais nada. Com o governo Temer estatelado no chão e pedindo água, os militares já voltaram ao poder.

Agora é cada um por si, salve-se quem puder.

Vivemos estes últimos dias na mais completa anomia social, com a falência das instituições e a falta de autoridade do poder constituído.

Uma bomba de combustíveis prestes a explodir

Por William Nozaki, no site da Fundação Perseu Abramo:

A alta no preço dos combustíveis, que levou à greve dos caminhoneiros, coloca o país em sinal de alerta: há risco de desabastecimento de diesel, querosene, gasolina e gás. As consequências: interrupção de serviços de transporte e aviação, criação de gargalos logísticos e de infraestrutura, interrupção da produção de bens industriais e da distribuição de alimentos, além da pressão inflacionária sobre os preços de insumos básicos.

Crise sobre rodas era anunciada

Por Jamile de Campos Coleti, no site Brasil Debate:

A crise no sistema de transporte brasileiro já vem sendo prevista há muito tempo pela maior parte dos especialistas. Um sistema nacional que confia mais de 60% do transporte de cargas a um único modal, com tantas fragilidades, mais cedo ou mais tarde iria falhar.

Ao longo dos anos 1980-90, uma série de decisões políticas levou o nosso país a priorizar os investimentos nas rodovias, em um movimento contrário ao de décadas anteriores, quando foram feitos massivos investimentos na malha ferroviária – um modal mais adequado para longas distâncias, em um país continental como o Brasil.

Parente e os tubarões que rapinam Petrobras

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

"Mexer com o preço do óleo diesel é muito diferente de mexer com o preço de um picolé de sorvete", afirma o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos principais economistas do país, com uma obra fundamental sobre as idas e voltas da economia brasileira nas últimas décadas.

Explicando a diferença: enquanto uma alta no preço do picolé tem um impacto limitado ao bolso dos consumidores e produtores envolvidos na fabricação e compra de uma ótima sobremesa de verão, o preço do diesel envolve a economia de um país inteiro, como os 210 milhões de brasileiros puderam experimentar nesses dias.

A Petrobras é a raiz do golpe

Por André Araújo, no Jornal GGN:

Não há nenhuma grande petrolífera estatal à venda no mundo e elas são 13 das 20 maiores empresas globais de petróleo. Especialmente não há nenhuma estatal petroleira à venda com grandes reservas de petróleo. É muito menos há estatais à venda com reservas de petróleo no Hemisfério Ocidental.

Nesse sentido a Petrobras é única. Não só tem as reservas como tem os meios de extrai-la já prontos, ganha-se três anos que levaria para explorar um campo virgem. Nesse quadro a Petrobras é o objetivo estratégico numero 1 na área de petróleo, especialmente com a elevação do nível de conflitos no Oriente Médio. Nada melhor que um governo frágil para permitir a execução desse projeto de privatização que já começou com a venda de ativos estratégicos da empresa, como oleodutos e a BR Distribuidora, já se anuncia a venda de refinarias, uma empresa em liquidação, a venda final será do pré-sal.

Blogueiros discutem o cenário político


“É muito importante que estejamos realizando esse evento numa conjuntura como a atual. Não tivemos nenhum apoio institucional, mas este debate não poderia deixar de ser feito”. Dessa forma, Altamiro Borges, presidente do centro de estudos da mídia alternativa Barão de Itararé, abriu o 6o Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais, realizado na capital São Paulo nesta sexta (25) e sábado (26).

Greve dos caminhoneiros requer diálogo

Editorial do site Vermelho:

O governo do desgastado e impopular Michel Temer só existe para os muito ricos beneficiados pela política econômica imposta ao país desde o golpe de 2016.

A demonstração prática mais visível, nesta semana, da incúria desse governo que não cuida dos interesses do povo e do país, é a greve dos caminhoneiros que, desde a segunda feira (21), afeta a todos os setores da vida nacional, as grandes cidades, os aeroportos e a vida dos brasileiros de maneira geral.

Temer sem forças no Congresso e nas ruas

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

A continuação da paralisação dos caminhoneiros não deixou apenas o governo perdido em relação a seu poder de articulação feito como mostrou também que Michel Temer possui uma base aliada no Congresso Nacional completamente rachada e sem condições de brigar pela votação de matérias de interesse do Executivo, conforme avaliação de parlamentares e cientistas políticos.

O personagem que exemplifica essa situação é o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deu sinais de uma nova postura diante do Palácio do Planalto na crise dos caminhoneiros.

O princípio Lula: democracia e eleições

Por Marcia Tiburi, na revista Cult:

Falar de democracia no Brasil hoje significa, mais do que nunca, falar de um espectro.

Desde o final dos anos 80, com a chamada Abertura, vivemos dentro de uma espécie de bolha democrática que foi furada pelo Golpe. A partir de então, a fragilidade da redemocratização formal que vivíamos veio à tona e, como aquela energia elétrica que falta, a urgência e a importância de democracia apareceu mais radicalmente. Se de um lado ela é frágil e precária, de outro a democracia é uma forma aberta que requer reinvenção. Como cidadãos, seguimos nessa linha.

Os estertores do governo Temer

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O que o Brasil viveu nestes cinco dias não será esquecido. Os custos ainda são inestimáveis mas nenhuma outra greve foi tão onerosa, afetou tão largamente a população e tantos setores da economia. Imagens como as de hectolitros de leite derramado ou de frangos se devorando calaram fundo. Greve ou locaute, agora o governo foi a nocaute. No rescaldo político, vem aí o fogo alto do Congresso contra Temer, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e sua política de preços. Como atravessar os sete meses que restam? Esta é a questão.

Petroleiros vão à greve para baixar preços

Do site da FUP:

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados convocam a categoria petroleira para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Os trabalhadores do Sistema Petrobrás iniciarão o movimento a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio, para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da empresa e pela saída imediata do presidente Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedentes.

sábado, 26 de maio de 2018

BlogProg discute como "barrar o golpe”

Foto: Tuane Fernandes
Por Anderson Bahia, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em sua 6° edição, o Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais voltou às origens. Mais especificamente, ao auditório do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, localizado no centro da capital paulista, onde foi realizado o primeiro evento. Oito anos depois, aproximadamente 135 pessoas compareceram ao local para conferir, nessa sexta (25), a abertura da atividade, que contou com a presença da líder indígena Sônia Guajajara, de Marcio Pochmann (Fundação Perseu Abramo) e de André Tokarski (PCdoB).