quarta-feira, 25 de julho de 2018

O.J. Simpson, racismo e espetáculo judicial

Por Antonio Carlos Carvalho, no site da Fundação Perseu Abramo:

A série de Ryan Murphy apresenta um caso real cuja história mobilizou o mundo. A violência contra a mulher, racismo e a espetacularização do judiciário marcam a primeira temporada de American Crime Story, disponível na plataforma Netflix.

O caso do midiático ex-atleta de futebol americano, O.J. Simpson, parou os Estados Unidos na década de 90. Em linhas gerais, a história conta o assassinato da ex-esposa de O.J. e de um homem, com requintes de crueldade. Rapidamente, O.J. se tornou o principal suspeito do crime, que ganhou traços de filme de ação numa perseguição da polícia para capturar o ex-jogador, transmitida ao vivo em toda TV americana em 1994.

Lula, Rosa Luxemburgo e a resistência

Do blog Pataxó
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O esforço para garantir a liberdade de Lula e sua presença na campanha presidencial deu origem a um debate conhecido. Conforme vozes respeitáveis da luta política, "só um levante popular " ou "só uma greve geral" seriam capazes de garantir o respeito pelos direitos de Lula, a começar por sua liberdade e pela presença na campanha presidencial.

Para sustentar este argumento, diz-se que as "vias institucionais" se esgotaram e deixaram de abrir caminho para qualquer avanço. Pode-se deduzir assim - de forma um tanto mecânica, em minha opinião - que "nada mais resta" além de iniciativas de caráter radical e mesmo revolucionário.

A face cruel da austeridade fiscal

Por Laura Carvalho, no site Brasil Debate:

“A austeridade compromete o futuro das próximas gerações, aumenta a desigualdade social e destitui direitos dos cidadãos. Atuando de forma seletiva e sexista, transborda seus efeitos negativos para a saúde dos indivíduos e colabora para a degradação do meio ambiente. Em um país ainda tão desigual como o Brasil, tal opção política compromete o papel redistributivo da política fiscal, ao exigir reformas profundas e cortes drásticos nas despesas públicas. Com a atual estrutura de gastos públicos, o Brasil é o país que mais reduz a desigualdade na América Latina por meio de transferências e outros gastos sociais, compensando uma carga tributária perversa, que contribui para amplificar a desigualdade. Portanto, abrir mão desse instrumento redistributivo é optar por uma sociedade cada vez mais desigual e segregada, com uma população cada vez mais destituída de acesso a direitos sociais básicos”.

terça-feira, 24 de julho de 2018

26 de julho: Dia da Rebeldia Cubana

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O principal evento que antecedeu a Revolução Cubana de 1959 foi o assalto ao quartel Moncada, em Santiago de Cuba, em 26 de julho de 1953. A ação, liderada pelo então estudante Fidel Castro, tinha por objetivo conseguir armas para distribuir entre a população e iniciar uma ação para destituir o general Fulgência Batista.

Os revoltosos foram presos e exilados, porém a ação serviu para a criação do Movimento 26 de Julho, um dos principais grupos que atuaram na Revolução Cubana, um dos atos de maior rebeldia na história da América Latina. 65 anos depois, o Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba realiza um ato para comemorar o Dia Nacional da Rebeldia Cubana (como ficou conhecida a data em Cuba).

Saída da crise exige revogar teto de gastos

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

Reunidos nesta terça-feira (24) em evento promovido pela Ação Educativa na capital paulista, educadores, economistas e ativistas do terceiro setor debateram saídas para a atual crise. Para combater os seus efeitos, que vão desde o crescente desemprego e a precarização das relações de trabalho ao aumento da mortalidade infantil e da fome, é necessário revogar a Emenda Constitucional 95. O chamado teto de gastos, proposto pelo governo Temer e aprovado pelo Congresso Nacional, congela investimentos sociais em saúde e educação por 20 anos e se insere no discurso de austeridade, que impulsiona medidas de corte no Orçamento e de destituição de direitos básicos. Estes foram alguns dos apontamentos tirados do debate que inaugurou a Semana de Formação em Direitos Humanos e Educação Popular.

Entenda a origem e a trajetória do 'Centrão'

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

O alinhamento recente de partidos como o PP, o PRB, o PR e o DEM à pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, trouxe novamente à tona o conceito de "centrão", termo frequentemente utilizado na nossa trajetória política e que já denominou composições políticas bastante distintas.

Muitos argumentam que este bloco não tem nada de "centro", mas seria apenas um arranjo de partidos com viés de direita. Ao se julgar a trajetória deles nas últimas eleições presidenciais, o que os une é menos a roupagem ideológica e mais o fisiologismo, com exceção feita ao DEM, sigla alinhada ao projeto do PSDB desde a primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, quando ainda se chamava PFL.

"Austeridade" de Temer sucateia o SUS

Josué Gomes diz não a Alckmin

Da revista Fórum:

O empresário mineiro Josué Gomes (PR), filho do ex-vice de Lula, José Alencar, negou o pedido dos partidos que compõem a base do governo Temer e que formarão chapa com Geraldo Alckmin para ser vice do tucano na corrida presidencial. Josué se reuniu com o pré-candidato do PSDB nesta segunda-feira (23) em São Paulo e, na ocasião, teria dito que o tucano poderia ficar “à vontade” para escolher outro nome para vice. Nesta terça-feira (24), de acordo com o jornal Estadão, o filho de José Alencar confirmou sua recusa.

A meiguice no 'Roda Viva' com Alckmin

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Chamou-me a atenção no Roda Viva de segunda-feira a meiguice dos entrevistadores com o presidenciável tucano Geraldo Alckmin, em contraste com a crueldade mostrada quando esteve lá há poucas semanas a candidata Manuela D´Ávila, do PCdoB.

A começar pelo apresentador Ricardo Lessa, que não interrompeu nenhuma vez o tucano e só levantou a bola, parecia mais uma agradável happy-our entre amigos para discutir os rumos da campanha eleitoral.

Com uma bancada formada por representantes dos grandes veículos e uma especialista em educação, Alckmin fez da cadeira giratória no centro da arena um palanque.

A burguesia assume a barbárie

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Durante muito tempo parte da esquerda queria uma burguesia para chamar de sua. Que fosse nacionalista, desenvolvimentista, ligada ao progresso industrial. Mesmo que fosse para ser descartada depois, a burguesia nacional era uma etapa importante para a autonomia do país frente a interesses internacionais e uma fonte de modernidade para enfrentar o passado tacanho e conservador em termos econômicos e de valores.

Quem são os sem-teto de São Paulo?

A monstruosidade defendida pela direita

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Saí para almoçar no último domingo e deparei-me com uma pequena fila de espera no restaurante escolhido. Um camarada que tomava uma cerveja enquanto aguardava o seu prato ofereceu, generosamente, um lugar na sua mesa. Aceitei.

A conversa descambou, como não poderia deixar de ser, para a política. O camarada, que é diretor de cinema, tinha uma visão claramente de esquerda das coisas. Ele falou o óbvio ululante que os direitistas não percebem (ou não querem perceber):

Quem lucra com as consultorias de segurança?

Ilustração: João Brizzi
Por Breno Costa, Reinaldo Chaves e Hyury Potter, no site The Intercept-Brasil:

Mais simples e lucrativo do que abrir uma empresa de segurança, como mostrou a investigação do The Intercept Brasil, é montar uma consultoria na área. Não é necessário autorização da Polícia Federal ou de qualquer outro órgão de controle. Basta abrir uma empresa e começar a operar. Nesse caso, o que vale mais é o carteiraço. Quanto mais alto o cargo e o acesso, maior o valor que o cliente se dispõe a pagar para contar com a expertise de quem atuou durante anos no serviço público.

É o caso do ex-secretário de segurança pública do Rio de Janeiro e hoje consultor José Mariano Beltrame.

A farinata do Doria e o Bolsa Família

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Vocês lembram da farinata do Dória? Lembram não? Então, deixa eu refrescar a memória de vocês. É que vivemos tempos de eleição e o comportamento dos políticos profissionais não traduz apenas suas escolhas pessoais, mas também, e principalmente, as agendas públicas desses sujeitos, os projetos de nação que são defendidos pelos seus partidos políticos.

O tema veio ao debate público em outubro do ano passado, quando João Dória (PSDB), então prefeito de São Paulo, apresentou a proposta de distribuir uma farinha nutritiva às pessoas mais pobres. Dória chamou o projeto de “Alimento para Todos”. “Comida de astronauta pra combater a desnutrição”, nas palavras do próprio João Dória.

'Comandos': o poder militar secreto dos EUA

Por Nick Turse, no site Outras Palavras:

No início do mês passado, num minúsculo posto militar perto da cidade de Jamaame, na Somália, as armas ligeiras começaram a disparar quando os morteiros caíram. Ao final do ataque acabou, um soldado da Somália havia sido ferido – e se essa tivesse sido a única baixa, você nunca teria ouvido falar sobre o fato.

Contudo, integrantes dos comandos norte-americanos também operavam nesse posto avançado e quatro deles ficaram feridos. Três precisaram ser evacuados para receber cuidados médicos adicionais. Outro operador especial, o sargento Alexander Conrad, membro das Forças Especiais do Exército dos EUA (também conhecidas como Boinas Verdes) foi morto.

A rebelião integralista de 1938

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Este ano completaram-se 80 anos da chamada intentona integralista contra o governo Vargas. Algo pouco discutido na nossa historiografia, ao contrário do que acontece com o levante da Aliança Nacional Libertadora (ANL) ocorrido em 1935. Este último acontecimento sempre foi demonizado pelas classes dominantes como símbolo do espírito violento da esquerda comunista. O dia 25 de novembro era anualmente exorcizado nos quartéis em solenidades anticomunistas.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Alckmin, Centrão e os custos do benefício

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O novo faltou ao encontro, na eleição em que se decretou a morte da velha política.

Com o apoio dos partidos do Centrão e de outras siglas ligadas à corrupção e ao fisiologismo, o candidato tucano Geraldo Alckmin passa a ser seu mais genuíno representante.

O MDB ficará de fora, mas o apoio dos partidos que decidiram o impeachment e sustentaram o governo vincularão o tucano a Temer, com sua impopularidade e seu governo desastroso.

O segundo turno pode acabar sendo um formidável acerto de contas entre o PT que foi derrubado e a coligação que o derrubou.

Até Janaína ameaça chutar Bolsonaro

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Após desprezados os convites dirigidos a um farsante cristão e a um dito viril general de verde-oliva, o candidato Jair Bolsonaro ouviu poucas e boas da pomba gira Janaína Paschoal. Com todo o respeito, claro, às pombas giras, entidades de extrema representatividade da Umbanda e demais religiões de matrizes africanas.

Agora cotada a vice do ex-capitão, Jana falou em plena convenção do PSL que o convite ainda não está definitivamente aceito. Segundo ela, “pormenores” ainda precisam ser “aprofundados”.

Nardes, das pedaladas, caiu da bicicleta

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Dá a coluna de Lauro Jardim, em O Globo, que a ação de busca e apreensão realizada na casa de Augusto Nardes, ministro do TCU que acusou a ex-presidenta Dilma Rousseff pelas tais “pedaladas fiscais” – que, afinal, não eram coisa alguma – encontrou uma “escritura de gaveta” que trata da compra de uma fazenda próxima a Brasília por R$ 3,5 milhões de reais.

Unidade já, para vencer em outubro

Editorial do site Vermelho:

Uma urgência se impõe ao campo democrático, progressista e patriótico – trabalhar para construir, desde já, a unidade necessária para obter a indispensável vitória nas eleições de outubro próximo. Unidade para tirar o Brasil da crise e reverter o retrocesso promovido pelo governo golpista de Temer. Em pouco mais de dois anos o povo brasileiro viu sua vida piorar graças ao desmonte dos direitos sociais e das políticas públicas implementadas nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, avança a privatizações e entrega do patrimônio nacional, a retomada do crescimento econômico não passa de um discurso enganador, enquanto o desemprego se alastra e a precarização do trabalho aumenta de forma acintosa.