segunda-feira, 30 de julho de 2018

Cartas a um amigo, prisioneiro político

Foto: Ricardo Stuckert
Por Leonardo Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Na cabeceira da mesa, uma foto impressa em tecido enfeita o ambiente e simula a companhia, agora ausente, do destinatário. “Essa foto foi um dos presentes da União Brasileira de Mulheres de Arcoverde. Ela veio junto com uma carta que foi entregue na vigília em Curitiba. Daí colocamos aqui para que nos sirva de inspiração”, conta Calinka Lacort, uma das funcionárias do Instituto Lula responsável por receber e catalogar as milhares de cartas que são enviadas ao ex-presidente Lula, desde sua prisão no dia 7 de abril.

Guerra híbrida agora é para eleger Alckmin

Por Igor Grabois, no blog Viomundo:

O mundo passa por uma nova revolução tecnológica.

Crescentemente, serviços são realizados online, a produção se torna mais flexível em sua cadeia de suprimentos e de apoio, as comunicações em tempo real são a norma.

Novas formas de produzir e obter informações habitam o nosso cotidiano.

Esse processo, comumente chamado de indústria 4.0, impacta as relações internacionais e a política.

E traz novas formas de atuação diplomática e militar.

O conceito de guerra híbrida foi formulado em 2010 por estrategistas estadunidenses.

A desindustrialização dos EUA

Por Reginaldo Corrêa de Moraes, no site da Fundação Maurício Grabois:

Se em vez de temer aliens, comunistas e árabes, a classe média americana estivesse atenta ao capitalismo de rapina entranhado em suas pequenas e agradáveis cidades, com a ajuda do Partido Democrata, não estaria sendo governada por um alien autofágico que invade suas entranhas para implodir. Os EUA viraram um perigoso filme B de pouca bilheteria.

Máquinas paradas, almas vencidas

Globo perde de novo o bonde da história

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Já havia mais de 50 mil pessoas na maior empolgação na praça em frente aos Arcos da Lapa, no Rio, quando o Jornal Nacional resolveu dar um breve registro do maior fato político das últimas semanas, em defesa da libertação de Lula.

Foi apenas uma “nota coberta” de 40 segundos, que é como, no jargão da televisão, os profissionais se referem às matérias que precisam ser exibidas, mas sem destaque.

Globo ignora o Festival Lula Livre

Da Rede Brasil Atual:

Apesar de ignorado pela Rede Globo e por veículos da mídia tradicional, o Festival Lula Livre terminou o sábado (28) em primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Twitter no Brasil – e, em alguns momentos, em terceiro no mundo – e foi tema de reportagens de agências internacionais de notícias, reproduzidas por jornais de todo o mundo.

Com o título de "Celebridades brasileiras realizam show 'Lula Livre' no Rio", a Associated Press afirma que, apesar de preso, Lula segue sendo o mais popular político brasileiro e lidera com folga as pesquisas eleitorais do país. A reportagem foi reproduzida em jornais como The New York Times, Washington Post, Herald & Tribune e outros.

Centrão, a "bactéria" que o PSDB abraça

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em julho de 2016, o deputado Rodrigo Maia, do DEM, era eleito presidente da Câmara, cargo vago havia dois meses, devido ao afastamento judicial de Eduardo Cunha, do MDB. O então líder tucano na Casa, Antonio Imbassahy, pregava a necessidade de se aproveitar o embalo para cassar Cunha – quanta ingratidão com o parceiro de impeachment... – e desconfigurar uma certa força política existente por ali. “O Centrão é visto como uma bactéria dentro da Câmara”, dizia.

domingo, 29 de julho de 2018

Lula agradece artistas do Festival Lula Livre

Foto: Mídia Ninja
Da revista Fórum:

Festival nos realizado nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, reuniu artistas, poetas e músicos. Com 80 mil participantes, o evento pediu a libertação do ex-presidente e que seja respeitado o direito de Lula de ser candidato.

Confira a carta enviada por Lula aos artistas e lida pelos apresentadores do Festival:

***

Queridos artistas, estudantes, trabalhadores, meus queridos amigos reunidos nesse sábado. Eu só posso agradecer a solidariedade de vocês. Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?

Chico e Gil definem país da Lava-Jato

Foto: Mídia Ninja
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Abençoado país onde a música expressa o melhor de nossa cultura, no qual dois gigantes com a estatura de Chico Buarque e Gilberto Gil se uniram nos arcos da Lapa carioca para cantar os rumos e as dores do momento atual.

Numa nação de 207 milhões, com um aparato de comunicação ocupado em amortecer a resistência e distrair consciências, poucos homens e mulheres tem a capacidade de mostrar o que está no centro de nossas urgências mais sérias e graves. Poucos tem tanta credibilidade, merecem tanto respeito. Há mais de meio século são vistos como expressão da consciência do Brasil e da maioria dos brasileiros

MBL questiona "livre iniciativa" do Facebook

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Há dois anos, Marcello Reis, líder do Revoltados Online, apareceu revoltado em vídeo após ver a página do seu grupo removida pelo Facebook. Chorando copiosamente, dizia ser vítima de uma “ditadura” - logo ele, que já defendeu uma intervenção militar e hoje é garoto-propaganda de Bolsonaro. Segundo o Facebook, a página foi banida por violar as regras do site, que proíbem conteúdos como discurso de ódio e homofobia. Os Revoltados Online também foram responsáveis por divulgar para milhões de seguidores a informação de que o filho de Lula seria dono da Friboi e que Paulo Pimenta (PT-RS) seria sócio da boate Kiss, palco da tragédia em Santa Maria (RS).

Os destruidores do Brasil

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A aproximação crescente da data das eleições parece provocar um aumento na taxa de desespero dos setores ligados ao financismo e às elites mais reacionárias e conservadoras de nosso País. Afinal, quando se aventuraram pela estratégia desestabilizadora do “golpeachment”, não poderiam jamais imaginar que o cenário às vésperas do pleito de 2018 fosse o que vivemos atualmente.

A economia e o país da opinião pronta

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Todo modelo econômico está sujeito a exageros. Mas o que diferencia as nações desenvolvidas daquelas institucionalmente mais frágeis é o descolamento da realidade, que marca a implementação dessas políticas.

A economia não é uma ciência exata, com regras imutáveis no tempo e no espaço. Há regras de ouro, a serem seguidas por qualquer nação. Mas as decisões devem se subordinar às circunstâncias de cada momento.

Boff: "Está confuso, mas eu sonho"

Por Leonardo Boff, em seu blog:

“Faz escuro mas eu canto porque a manhã vai chegar”,proclamou o poeta Thiago de Mello na época sombria da ditadura civil-militar de 1964.

”Está confuso mas eu sonho” digo eu, nestes tempos não menos sombrios. O sonho ninguém pode prender. Ele antecipa o futuro e anuncia o amanhã.

Ninguém pode dizer o que vai ser deste país após o golpe parlamentar-jurídico-mediático de 2016. Faz escuro e tudo está confuso mas eu sonho. Este sonho está rodando em minha cabeça há muitos dias e resolvi expressá-lo para alimentar a nossa inarredável esperança.

Aumenta a precarização do trabalho

Editorial do site Vermelho:

Há mais de 13 milhões de desempregados no pais. Em outubro de 2017 a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) divulgada pelo IBGE referente ao trimestre anterior revelou uma taxa de desemprego de 12,4%, discretamente inferior aos 13% do trimestre anterior. Número comemorado como o início da queda no desemprego.

Mas não foi. O governo e a mídia hegemônica que o apóia festejaram aquela diminuição – discretíssima – no número de brasileiros desempregados, sem confessar que, reflexo da reacionária contra-reforma trabalhista, aquele resultado representava o aumento da precarização do trabalho que ameaça os brasileiros. Os dados do IBGE revelam que, dos escassos novos empregos criados, a imensa maioria foi sem carteira assinada, restringindo direitos dos trabalhadores e favorecendo apenas a ganância do capital.

Cresce o apoio internacional a Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O apoio internacional à candidatura e à liberdade de Lula passou por ex-presidentes das Américas, da Europa, do Oriente, da África, congrega vários prêmios Nobel, chefes de Estado, como o primeiro-ministro da Espanha, e culmina, agora, com a adesão à campanha pró Lula de quase 10% do Congresso norte-americano.

Na última quinta-feira, o eurodeputado italiano Roberto Gualtieri, do partido Democrático da Itália e presidente da Comissão de Economia do Parlamento Europeu, visitou Lula na prisão. Foi representar o Bloco Social Democrata no Parlamento Europeu e o Partido Socialista Europeu. Entregou a Lula mensagens de apoio de parlamentares e ex-presidentes italianos.

O jogo feito para a disputa eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O ato em que o Centrão oficializou seu apoio ao candidato Geraldo Alckmin forçava a comparação com a posse de Michel Temer no Planalto, após o afastamento de Dilma.

Na mesa de 12 cadeiras sentaram-se apenas homens, e todos brancos.

Faltaram os do MDB, mas acabarão todos juntos.

Havia também de comum, entre a maioria daqueles homens, o fato de serem investigados pela Lava Jato ou de responderem a outros inquéritos.

Mas o clima era de euforia e congraçamento pela grande aliança selada. Agora é ver se, unidos, partidos e máquinas da centro-direita darão ao tucano os votos de que precisa para chegar ao segundo turno.

A "guerra" do MBL contra o Facebook

Globonews aciona a farsa eleitoral de 2018

Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, 28/7/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ontem, enquanto o povo fervia nos Arcos da Lapa, pedindo a liberdade de Lula, a Globonews anunciava um novo programa: a Central das Eleições.

O apresentador bem que tentava dar um tom de importância ao anúncio:

“Você vai ver debates, entrevistas, pesquisas de intenção de voto, muita análise dos nossos comentaristas.”

Só que, apesar do empenho, não conseguia impedir o telespectador mais atento de ver que o programa nasce como a farsa.

Cantanhêde joga a toalha diante de Lula

Milhares lotam os Arcos da Lapa pela liberdade de Lula
Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A inefável Eliane Cantanhêde, no Estadão de hoje, joga a toalha e admite que a eleição “embicou para três candidatos principais: o sr. X do PT, a ser definido, mas já com a força eleitoral do ex-presidente Lula, contra Jair Bolsonaro, do PSL, ou Geraldo Alckmin, do PSDB”.

E afirma que “isso projeta um segundo turno entre esquerda e direita e uma guerra entre Bolsonaro e Alckmin para ver quem chega lá contra o PT”.

Isso, claro, porque a ex-colunista da “massa cheirosa” conta como certa a ausência do nome de Lula na urna eletrônica, pois aí nem segundo turno haveria.

Isolado, Bolsonaro enfrenta crise

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

Após a convenção do PSL, que ocorreu no último domingo, dia 22 de julho, Bolsonaro ainda não definiu seu vice. A expectativa era que Janaína Paschoal, advogada responsável pelo impeachment que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016, fosse anunciada como sua vice durante a convenção. No entanto, Janaína fez um discurso que desagradou à base de Bolsonaro, colocando-se contrária a posições defendidas pelo pré-candidato como a redução da maioridade penal e as cotas raciais.

SUS: Hora de resistir e reinventar

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Como é pobre e enviesada a velha mídia brasileira. Há anos, Saúde aparece, nas pesquisas de opinião, como o tema que mais preocupa a população. Exemplo raro de sistema público que propõe cuidado universal e gratuito, o SUS completa em 2018 seus trinta anos, em meio a conquistas notáveis e enormes problemas. Nesse momento preciso, começa um congresso de Saúde Coletiva que se propõe a enxergar, em seus múltiplos aspectos, os impasses do sistema – e a buscar alternativas. O encontro é solenemente ignorado pelos jornais, rádios e TVs hegemônicos.