sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Queiroz e a bajulação no SBT

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A entrevista que o laranja de Bolsonaro deu ao SBT foi uma disputa entre entrevistado e entrevistador de quem daria mais vergonha alheia. O que chama atenção é que, segundo o próprio Queiroz, ele faltou não uma nem duas vezes a intimações para depor no Ministério Público: faltou QUATRO vezes. Ah, se fosse o Lula… Seria condução coercitiva na primeira.

Entrando na Era do Novo Normal

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Para dizer a verdade – e já brigando com o título da coluna - ingressamos na Era do Novo Normal faz algum tempo. Primeiro com o dedão do pé como quem, na praia, experimenta para ver se a água não está muito fria. Estava glacial e mesmo assim enfiamos o resto do pé. E assim ficamos, imitando uma dessas aves pernaltas.

Agora, oficialmente a partir deste 1º de janeiro que chega com a faca nos dentes e exalando hálito de urubu, vamos meter o pé que falta. Ou os quatro pés como insinuam The New York Times, Le Monde, El País, Le Figaro, Libération, Deutsche Welle e o restante daquela imprensa a soldo de Moscou, Havana, quem sabe Pyongyang.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A tentativa de sequestro do governo do RN

Por Renato Rovai, em seu blog:

Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, foi a única governadora eleita pelo PT em 2018. Todos os outros vitoriosos da sigla foram reeleitos, Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piaui). Para atingir este objetivo, a futura governadora teve de superar uma campanha duríssima em que derrotou todas as oligarquias locais (Maia, Alves, Ciarlini e Faria – do atual governador Robison Faria) que se juntaram contra ela.

No segundo turno, seu adversário foi Carlos Eduardo Alves, o Cadoca, que renunciou a prefeitura de Natal para enfrentá-la. Sobrinho do ex-governador e ex-ministro Aluísio Alves e primo do ex-governador Garibaldi Alves, que se candidatou ao Senado e teve apenas 13% dos votos.

Salve-se quem puder

Por Marcelo Zero

Confesso que tenho tido dificuldades em escrever sobre a armada Bolsoleone que tomou de assalto o Brasil.

Não por falta de assunto, mas pelo oposto.

O festival generoso de estultice, ignorância, amadorismo, desorganização, fanatismo e caos da armada do capitão dificulta a escolha de um só tema.

A sensação é de um inevitável naufrágio, de um apocalipse não apenas econômico, social e político, mas sobretudo civilizatório.

A farsa do Queiroz continua

Por Jeferson Miola, em seu blog:   

Queiroz continua sumido, para decepção nacional.

Ele apenas saiu momentaneamente de algum esconderijo onde está sendo guardado a 7 chaves para conceder 1 entrevista arranjada, sob medida, para a emissora SBT que, tudo indica, habilita-se a forte candidata a voz oficial do regime nazi-bolsonarista [ver aqui].

É descabido, tecnicamente falando, chamar de entrevista a performance ensaiada do Queiroz no SBT com exclusividade, sem submeter-se ao escrutínio de toda a imprensa.

Jurisprudência para Lula: preso ou preso

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao negar autorização para Lula comparecer ao velório e sepultamento do amigo Sigmaringa Seixas, o juiz plantonista Vicente de Paula Ataíde confirmou que está se formando uma estranha jurisprudência em torno da liberdade do ex-presidente.

Quando uma sentença determina a permanência de Lula na prisão, deve ser cumprida sem debate nem maiores questionamentos. Quando a decisão ordena que seja colocado em liberdade, quem sabe por poucos dias, ou mesmo por algumas horas, dá-se um jeito de impedir que saia do papel, ainda que tenha origem em instâncias mais elevadas do Judiciário.

As duas últimas tacadas de Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Na última semana de governo, o grupo de Temer emplaca duas jogadas tentadas há anos por lobbies poderosos.

A primeira, a de permitir até 100% de capital externo na aviação comercial. A medida foi criticada pelo proprietário de Azul que informou que em qualquer país o processo de abertura é gradativo e sujeito a reciprocidades.

Na delação de Lúcio Funaro ficava claro que, desde os tempos de Temer vice-presidente e organizador da caixinha do PMDB, já estava na mesa um lance de R$ 20 milhões pela aprovação da medida.

Bolsonaro, Trump e os falsos idiotas

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

Há muito tempo, leitor, não trato de um tema que me era caro outrora: a ascensão fulminante e irresistível do idiota. E, no entanto, hoje mais do que nunca vivemos as consequências desse fenômeno arrasador – não só no Brasil, mas em grande parte do mundo.

Tudo começou no século XX. O primeiro a diagnosticar o fenômeno foi, salvo engano, o filósofo espanhol Ortega y Gasset. A sua obra A Rebelião das Massas marcou época. Décadas depois, Nelson Rodrigues retomou o tema com mais verve e mais graça. Os idiotas sempre existiram - e em grande número.

A água e o complexo de vira-lata

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Mal encerramos o período festivo do final de dezembro e o capitão nos brinda com mais uma de suas trapalhadas. Bem ao seu estilo de se apresentar com propostas supostamente inovadoras na forma e no estilo, ele vem a público falar de algo que não conhece ou a respeito do qual está sendo muito mal assessorado. Como aconteceu em uma série de oportunidades anteriores, mais uma vez ele poderia ter ficado bem caladinho. O País agradeceria, emocionado.

A venda da Abril e o domínio dos bancos

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Quase tudo que se consome de informação nesse país, algo como 70%, pertence a seis famílias: Marinho (Organizações Globo), Frias (Folha de S. Paulo, UOL), Mesquita (O Estado de S. Paulo), Saad (Bandeirantes), Abravanel (SBT) e Civita (Abril).

Os Civitas, porém, foram engolidos por uma dívida de R$ 1,6 bilhão, e a Abril entrou com pedido de recuperação judicial em agosto. Quase toda essa dívida, mais de R$ 1 bilhão, era com, voilá!, os bancos.

Quem deve R$ 1 bilhão aos bancos, já pertence de corpo e alma a eles. Nesta quinta, porém, fomos informados que a família Civita vendeu 100% da empresa para o investidor Fábio Carvalho.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Venda da Embraer e a soberania nacional

Por Renata Belzunces, no site Mídia Ninja:

Não é exagero afirmar que a compra de parte da Embraer pela americana Boeing, caso volte a ser liberada pela Justiça, ameaça à soberania nacional e pode resultar no fim da história da fabricação de aeronaves no país. O acerto comercial, que envolve bilhões e deixa a produção de aviões comerciais nas mãos de uma nova empresa a ser criada, torna difícil a sobrevivência do que restaria da Embraer. É real o risco de uma empresa tão estratégica para o país se transformar, em alguns anos, em uma mera fornecedora de peças para os Estados Unidos.

Lula, Sigmaringa e um Judiciário insensível

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Pela letra fria da lei, Lula não teria direito de se despedir do amigo Luiz Carlos Sigmaringa Seixas - que será sepultado hoje -,com quem mantinha relações que iam além da amizade.

Eram irmãos de luta, uma luta que começou a ser travada nos tempos sombrios da ditadura militar.

Mas a Lei de Execuções Penais diz, em seu artigo 120, que os presos poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave do cônjuge, pai, mãe, filhos ou irmãos.

A perversa cordialidade e o caos destrutivo

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Dizem notáveis cosmólogos que tudo começou com um imenso caos, o big bang. Matéria e antimatéria se chocaram. Sobrou ínfima porção de matéria que deu origem ao atual universo. O caos foi generativo. Este ano conhecemos também grande caos em todas as instâncias. Irrompeu o lado perverso da cordialidade brasileira. Segundo Sergio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil, 5.capitulo), “a inimizade bem pode ser tão cordial como a amizade, visto que uma e outra nascem do coração” (p.107).

As contradições do futuro governo

Por Luiz Alberto Gómez de Souza, no site Carta Maior:

Em texto anterior sobre o México eu assinalava que, tanto ali como aqui, os vencedores brandiam aparentemente as mesmas propostas: contra a corrupção e pela segurança. Elas correspondem a uma demanda real da sociedade e assumi-las tem uma forte resposta eleitoral. López Obrador soube captá-las e isso o levou à vitória. Aqui também a candidatura Bolsonaro partiu delas e isso o fez, em parte, crescer nas semanas que antecederam o primeiro turno. Por outro lado, a esquerda e o centro, do PT ao PSDB, não souberam avaliar sua importância, presos a uma posição negativa de defender-se da pecha de corruptos ou o primeiro a esgotar suas energias na liberdade de Lula. Ora, isso os colocou em desvantagem, frente a uma posição positiva e agressiva.

Jornalistas temem a posse de Bolsonaro

Por Viviane Ávila, no site Jornalistas Livres:

Conforme publicamos no Jornalistas Livres no último 18 de dezembro sobre a posse “presidencial” de Jair Bolsonaro, o medo venceu a esperança. A cinco dias do evento em Brasília, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJP-DF) recebeu inúmeras reclamações de trabalhadores do Jornalismo do Brasil todo, que irão cobrir a posse, sobre restrições das entradas deles nas áreas das cerimônias e desfile com equipamentos de trabalho indispensáveis para a produção e edição de conteúdos. E emitiu nota exigindo garantias à liberdade de imprensa e segurança dos jornalistas durante toda a cobertura do evento, no dia 1 de janeiro.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Justiça garante negociata Embraer-Boeing

Por Altamiro Borges

Em plena madrugada de sábado (22), em mais uma prova de descaso do Judiciário com a soberania nacional e de servilismo diante da cloaca empresarial, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região derrubou a liminar que suspendia a negociata da venda da Embraer à multinacional ianque Boeing. Esta foi a segunda vez no mês que um tribunal rejeitou as decisões de um juiz de São Paulo, Victorio Giuzio Neto, que pretendia bloquear temporariamente o lesivo acordo. A desembargadora Therezinha Cazerta, presidente do TRF-3, atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) do entreguista Michel Temer, que alegou que a manutenção da liminar “agride o princípio constitucional da livre iniciativa”. Haja subserviência ao capital!

O companheiro de pescarias de Bolsonaro

Do blog Viomundo:

Vera Magalhães é colunista do diário conservador paulistano Estadão.

Ela contribui com a rádio Jovem Pan.

Josias de Souza é colunista do diário conservador Folha de S. Paulo, que emprestou um jornal para espalhar as mentiras da ditadura militar, a Folha da Tarde - e nunca pediu desculpas por isso.

Nenhum deles é esquerdista.

Porém, tanto Vera quanto Josias notaram o sumiço de Fabrício Queiroz, o motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta bancária durante um ano.

Votos de Natal

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

É Natal e a esperança está em alta, diz a pesquisa Datafolha publicada no sábado.

Por que é Natal, desejamos o bom e o melhor para os mais próximos, os distantes e mesmo àqueles de quem queremos distância, por pensarem e sentirem de forma oposta à nossa.

Porque é Natal, valem também os votos coletivos, para o Brasil e seu povo que têm pela frente um tempo de mudanças.

A maioria está esperançosa mas uma parte está apreensiva com tantas interrogações, mas os votos políticos de Natal que seguem estão além da lógica e das probabilidades da política. São votos e não análise.

Carta de Natal de Lula

Do site Lula:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta segunda (24) uma carta de Natal à Vigília Lula Livre. No texto, Lula agradece as centenas de apoiadores que deixaram suas casas para passarem a noite de Natal em frente à Superintendência da Polícia Federal. Leia:

“Meus amigos e minhas amigas,

O Natal é a época do ano em que lembramos com mais força da vinda de Jesus, dos ideais de solidariedade e bondade cristãos. Nos aproximamos da família e dos amigos, celebramos juntos, nos abraçamos e reunimos força para o ano seguinte.

Ministério não reflete diversidade do país

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), chegou a declarar que seu ministério seria formado por no máximo 15 pastas. Em rede social, ainda antes do primeiro turno, em outubro, ele afirmou que seria um ministério enxuto, "que possa representar os interesses da população, não de partidos". Prestes a tomar posse, seu governo terá 22, na verdade, quase 50% a mais do que o prometido. Um número que pode ser enganoso, já que algumas áreas foram anexadas. Além disso, a composição pouco reflete a diversidade do país, na medida em que mostra concentração geográfica e até étnica.