sábado, 23 de fevereiro de 2019

A cruel demolição da previdência social

Por Guilherme Santos Mello, no site Brasil Debate:

A proposta do governo Bolsonaro para a previdência (e assistência social) não pode ser chamada de “reforma”. Seu objetivo não é melhorar o regime atualmente existente, como aconteceria em uma reforma, mas demolir as bases do atual sistema de seguridade social, substituindo-o por um sistema de capitalização privado. Na prática, isso significa a mudança do princípio da solidariedade social pela lógica individual, substituindo-se a ideia de “um por todos e todos por um” pelo lema “cada um por si e Deus (acima) por todos”.

Matar os jovens, deixar morrer os velhos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Em poucos dias o governo de Jair Bolsonaro proferiu duas sentenças anunciadas de genocídio contra o povo brasileiro. A primeira, com o pacote anticrime de Sérgio Moro, cujo projeto se fundamenta no aumento da violência penal, na desconsideração das causas da criminalidade e na licença para matar dada a polícia, sustentada em critérios subjetivos. A segunda é resultado da extinção da Previdência Social, proposta por Paulo Guedes, retirando nada menos de 40% da renda dos idosos em condição de insegurança social, além de dificultar a aposentadoria rural e diminuir drasticamente as pensões para órfãos e viúvas.

Venezuela e o servilismo do Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:             

A atuação do governo Bolsonaro como cônsul do presidente estadunidense Donald Trump nas manobras da guerra insana contra a Venezuela é inconstitucional.

A Constituição Federal, no Artigo 4º, estabelece com clareza os princípios que regem as relações internacionais do Brasil.

O primeiro princípio é o da independência nacional [inciso i], violentado pela postura de capacho e de vergonhoso servilismo do governo brasileiro em relação aos caprichos do lunático beligerante que preside o império norte-americano.

Outros princípios são o respeito à autodeterminação dos povos [inciso iii], a não-intervenção [inciso iv] e a defesa da paz [inciso vi].

Democracia de fachada. Que país é esse?

Charge: André Dahmer
Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Você anda pelas ruas, apesar dos milhares de sem teto, e a sensação é a de que vivemos na mais pura e genuína democracia. Parece que o país não sofreu nenhum ataque ao estado democrático de direito, vale dizer, não houve golpe. É como se nossa economia surfasse em ondas de crescimento, com pleno emprego, confirmados por amplas pesquisas e total vigência de direitos sociais e trabalhistas.

Os tambores de guerra soam na Venezuela

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Bolsonaro rosna que Globo é inimiga. Será?

Por Altamiro Borges

Logo após Gustavo Bebianno ser despachado do laranjal de Jair Bolsonaro, a revista Veja vazou os áudios das conversas entre o “capetão” desleal e o defecado que revelaram várias histórias picantes e até hilárias.

Entre elas, a de que o presidente tuiteiro – a exemplo do seu ídolo e capataz Donald Trump – é um grande mentiroso, que adora fake news. Ele havia jurado que não tinha conversado com o seu ex-amigão, o que os áudios desmentem. Em outro contexto, a mentira poderia resultar até em abertura de pedido de impeachment.

Venezuela, a maior ajuda é construir a paz

Editorial do site Vermelho:

A divulgação, quase em tempo real, dos preparativos para uma intervenção comandada pelos Estados Unidos contra o estado soberano da Venezuela ameaça a paz em todo o continente sul-americano. A ação intervencionista anuncia-se travestida de ajuda humanitária, supostamente para amenizar as dificuldades vividas pelo povo venezuelano.

As cargas de trigo e remédios, na verdade, são invólucros de mais uma guerra por petróleo capitaneada por Donald Trump. Tanto é assim que os Estados Unidos deslocaram à região navios de guerra e soldados.

Paulo Preto operava 'conta ônibus' do PSDB

Da Rede Brasil Atual:

A prisão de Paulo Vieira de Souza, suposto operador de propinas do PSDB conhecido como Paulo Preto, ameaça políticos do PSDB. Suspeito de operar propinas da empreiteira Odebrecht, ele foi preso preventivamente na última terça-feira (19). Segundo o Ministério Público Federal (MPF), teria movimentado ao menos R$ 130 milhões, entre 2007 e 2017, em contas na Suíça.

Em delação premiada, o doleiro Adir Assad, que operava o dinheiro ilegal movimentado pela empreiteira, acusa Paulo Preto de manter outros R$ 100 milhões em uma casa e em um apartamento em São Paulo.

Heraldo Pereira mente sobre a Venezuela

Por Afrânio Silva Jardim, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tudo isto é muito triste. Todos sabemos que os jornalistas têm consciência da realidade; bem sabem que estamos diante de sórdidas estratégias e manobras para derrubar um governo eleito na Venezuela.

Eles sabem que estão mentindo quando dizem que houve fraude nas eleições do Nicolás Maduro. O que houve foi um equivocado boicote da oposição. Alguns seguimentos da oposição se negaram a concorrer, a participar do pleito eleitoral.

Dizer que a eleição de Maduro não é legítima significa não dizer nada, ou dizer que não gostou dela...

Previdência: direito ou mercadoria?

Por Paulo Kliass, no site da Fundação Maurício Grabois:

Com o transcorrer dos primeiros dias do governo do capitão e dos seus generais, as diferentes opiniões e projetos de sua equipe começam a apresentar seus conflitos de forma explícita perante a sociedade. Pouco a pouco começa a ficar mais claro que a eleição de outubro passado deveu-se muito mais a uma confluência de interesses e descontentamentos do que à concordância afirmativa quanto a um programa de governo.

As maldades da "reforma" da Previdência

Lava-Jato avança no PSDB após saída de Moro

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A seletividade e o partidarismo do ex-juiz Sergio Moro fica cada dia mais evidente à medida em que avançam as investigações da Lava Jato sobre o PSDB.

Não por coincidência: o muro de proteção dos tucanões de estimação está caindo depois que Moro deixou a República de Curitiba para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Beto Richa, ex-governador tucano do Paraná, está preso, acusado de vários crimes de corrupção.

Paulo Preto, o célebre operador dos tucanos graúdos de São Paulo, também está preso.

Aloyzio Nunes Ferreira, ex-chanceler tucano, foi alvo de buscas e apreensão em seus domicílios, e também está sendo investigado.

“Guerra ao Terror” e Império em desarranjo

Por Stephanie Savell, no site Outras Palavras:

Quando eu comecei a mapear todos os lugares no mundo onde os EUA ainda estão lutando contra o terrorismo, tantos anos depois, não achei que seria tão difícil assim fazê-lo. Isso foi antes do incidente em 2017 no Níger, no qual quatro soldados dos EUA foram mortos em uma missão de contra- terrorismo e os norte-americanos puderam suspeitar do quão longe esta “guerra” pode realmente chegar. Imaginei um mapa que iria destacar o Afeganistão, Iraque, Paquistão e Síria – os lugares que muitos norte-americanos automaticamente pensam estar associados com a guerra ao terror – bem como talvez uma dúzia de países menos notáveis, como Filipinas e Somália. Eu não tinha ideia de que estava embarcando em uma odisseia de pesquisa que iria, em sua segunda atualização anual, mapear as missões de contra-terrorismo dos EUA em 80 países em 2017 e 2018, ou 40% das nações neste planeta (um mapa primeiramente publicado na revista Smithsonian).

Jandira Feghali desmonta Joice Hasselman

O Globo manipula, na política e no esporte

Por Wevergton Brito Lima, no site Pega na Geral:

Um dos métodos mais antigos e eficazes que o jornal O Globo usa para manipular informações tem como base a constatação de que grande parte dos leitores só lê a manchete de uma matéria, ou o seu primeiro parágrafo, chamado, no jargão jornalístico, de “lead” ou lide.

Na edição desta sexta-feira (22), em uma leitura rápida, já encontramos dois exemplos deste método. A proposta da reforma da previdência, enviada pelo Governo ao Congresso, pode ser resumida da seguinte forma: iremos nos aposentar muito perto de morrer, ganhando um salário miserável, o que, aliás, apressará nossa morte. Um plano morbidamente bem bolado. Parece até feito por milicianos.

Oposição denuncia o golpe da Previdência

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O modus operandi do governo Bolsonaro

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Saber o que pensa, como está estruturado e o modus operandi de qualquer governo são condições fundamentais para se relacionar com ele, tanto de modo propositivo quanto de maneira reativa. Com o governo Bolsonaro não será diferente. Se a sociedade civil e os cidadãos não entenderem essas dimensões, as chances de êxito em eventuais disputas com o governo serão praticamente nulas.

Sobre o pensamento do governo Bolsonaro, parece não haver dúvida de que se trata de um governo:

A melhor Previdência para o povo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois que Bolsonaro foi ao Congresso entregar um projeto de reforma da Previdência, iniciando aquela que será a grande luta política deste período, é bom não esquecer o ponto fundamental: o repúdio da maioria dos brasileiros e brasileiras aos projetos de enfraquecimento e mudança de sistema público de aposentadorias. 

Todos sabem que a Previdência precisa ser aperfeiçoada - mas funciona, é sustentável e deve ser defendida.

A incrível omissão do governo no caso da Ford

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É inacreditável a inércia do governo brasileiro no caso do anunciado fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo.

Para entender a importância disso basta imaginar o inverso: a festa que os governantes estariam fazendo se a montadora, em lugar de fechar, estivesse abrindo uma fábrica.

Mas não temos Ministro do Trabalho para defender os 3 mil trabalhadores que, de boa-fé, fizeram um acordo em maio do ano passado para ter, entre outras vantagens, estabilidade no emprego.

Também não temos ministro da Indústria e Comércio, que pressione a empresa pelos benefícios tributários que recebeu a fim de funcionar e crescer.

Brasil, um país em busca de inimigos

Por Marcelo Zero

Até pouco tempo, o Brasil era um país sem inimigos. Mantínhamos boas relações com todos os países, independentemente das ideologias políticas de seus governos circunstanciais, como são todos os governos.

Lula se relacionava bem com Chávez e Evo Morales, mas também tinha excelentes relações com Bush, Sarkozy e com Juan Manuel Santos, o conservador colombiano.

Nosso soft power era respeitado no mundo inteiro.

O Brasil era visto como um país moderador, negociador, pacificador, que contribuía de forma muito positiva para a conformação de uma ordem mundial multipolar, menos assimétrica e mais justa.