sábado, 21 de setembro de 2019

Witzel e o massacre como política

Por Jandira Feghali, no site Vermelho:

O Rio de Janeiro assiste, entre estupefato e impotente, ao verdadeiro caos que tomou o lugar de uma política de segurança que há muito é esperada pela sociedade fluminense. O aumento da atuação de milícias, o despreparo da polícia e um governo que tem na bala a solução para o combate ao crime fazem de nosso estado uma bomba relógio prestes a explodir.

A isso se soma um perigoso discurso de que todos os que moram em favelas, comunidades e em habitações inseguras o fazem conscientes dos riscos e, por isso, suas vidas não importam. Ora, deste discurso equivocado – sustentado pelo racismo estrutural – para as ações em curso no Rio de Janeiro é um pulo.

Bolsonaro, a destruição ambiental e o caos

Charge: Rodrigo de Matos/Cartoon Movement
Por Nilto Tatto, na revista Teoria e Debate:

Estou próximo de completar 40 anos ininterruptos acompanhando de perto, seja como assessor político de entidades, atuando em organizações não governamentais e agora no segundo mandato de deputado federal pelo estado de São Paulo, o arcabouço ambiental no país, os avanços nas políticas públicas de defesa do meio ambiente, limites e debates acalorados apontando contradições entre projetos de desenvolvimento nacional e a necessária preservação ambiental e social, tanto da natureza quanto das comunidades que vivem no entorno de empreendimentos de qualquer tipo. Nesse período, nunca presenciei nada parecido com a sanha destrutiva do governo Bolsonaro em relação ao meio ambiente, o pouco caso com as leis e o salvo-conduto estatal a criminosos ambientais, personificado na figura de seu ministro Ricardo Salles, filiado ao Partido Novo, que de novidade trouxe apenas a aceleração da destruição da Amazônia em índices alarmantes.

Globo será engolida por grupos internacionais

O autoritarismo de quem fala mais alto

Por Jason de Lima e Silva, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Já não há como ficar em cima do muro. O insuportável tem nome e sobrenome. Teve urna também. E a utopia da farda, autoritarismo, o reino de Salomão, nada disso salvou o país de coisa alguma, apenas deixou mais claro as suas contradições.

O que nos ensina muita coisa sobre essa terra tão bela e extensa, que já tem, como dizia Villa-Lobos em 1951, “a forma geográfica de um coração”.

Primeiro, há um esquecimento estratégico de sua história. Negar ter havido ditadura, por exemplo, é repetir a obrigação profissional do protagonista de 1984: incinerar os documentos e toda a verdade que pudesse desmoronar o poder estabelecido.


O dia em que entrevistei Lula na prisão

Foto: Ricardo Stuckert
Por Renato Rovai, em seu blog:

Hoje foi um dia bem diferente dos demais do ponto de vista profissional. Eu não passei a noite ansioso, não acordei nervoso, não deu dor de barriga na hora de preparar as perguntas. Nada disso. Mas eu estava meio embaralhado, meio angustiado e até mais triste do que feliz.

Eu acordei umas 6h da manhã para ir à entrevista do presidente Lula. Não é exatamente uma novidade para mim entrevistá-lo. Nunca contei as vezes que o fiz, mas certamente já devem estar perto de 10. Se for contar as pequenas entrevistas, talvez mais de 20 ou 30.

Bacurau: um manifesto revolucionário

Imagem do Facebook: Bacurau
Por Mariana Bicalho e Rafael Leal, no site Carta Maior:

Bacurau é uma distopia cinematográfica extremamente realista. Com pequenas exceções, o recado em Bacurau é direto, sem rodeios ou surrealismos exageradamente metafóricos. Por mais que Kleber Mendonça diga que não quer passar mensagem alguma com seu novo filme, em parceria com Juliano Dorneles, as imagens e o roteiro que saltam aos nossos olhos, com fotografia, edição, trilha sonora e atuações impecáveis, não deixam dúvidas: Bacurau é um manifesto de amor pelo Nordeste, pelo Brasil e, sobretudo, pela libertação nacional.

Bolsonaro vai a ONU contradizer o mundo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Por todo o mundo, hoje, multidões se mobilizam contra as mudanças climáticas provocadas pela ação humana.

Até na CNN noticia-se que a questão ganhou tanto peso que "trabalhadores e investidores estão forçando as empresas a agir” sobre a questão, como se viu ontem quando fundos de investimento cobram providências do Brasil sobre as queimadas na Amazônia.

Na terça-feira, Jair Bolsonaro vai à ONU, entrar na contramão disso.

Vai aproveitar uma “belíssima” chance de tornar nosso país mais discriminado perante a comunidade internacional.

Lula não pode ser solto

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“O mais encoberto
tornou-se o mais manifesto,
todos os velhos
paradoxos do devir reaparecerão
numa nova juventude –
transmutação.”
Deleuze


As formas e o discurso da opressão mudam em cada ciclo da História, mas tem na transmutação a sua permanência essencial. O Promotor que pediu a condenação de Antonio Gramsci disse ao Tribunal Fascista que o julgava, algo como: “façam este cérebro parar de pensar por 20 anos!” O acusador de Nelson Mandela, no Tribunal do “apartheid” pediu ao Juiz – branco e fascista – mais ou menos isso:
“matem esse homem!” Os Promotores da República de Curitiba e o Juiz Moro acertaram na surdina, talvez o seguinte: “vamos tirar Lula da corrida, para que seja Presidente qualquer um, menos ele.” Dizem que “Che” falou ao seu carrasco: “aponta bem, vais matar um Homem!” Cada vítima com seu algoz, cada algoz preparando sua infinita pequenez perante a História, ao deparar-se com indivíduos bem maiores do que ele.

Internet: liberdade é controle

Por Rafael Evangelista, no site Outras Palavras:

Duas palavras vêm permeando o debate sobre o futuro – em grande medida, o presente – da democracia frente ao domínio das grandes plataformas: desordem e desinformação. Grandes conglomerados como Google/Alphabet [1] e Facebook já extrapolaram, faz muito tempo, seu papel como simples empresas de tecnologia – ainda que isso nada tenha de simples. Tornaram-se gigantescos grupos de mídia, de informação e comunicação, responsáveis maiores pelo acesso filtrado do globo ao sistema de notícias e de conhecimento, ao contato que temos com a realidade do mundo para além de nossas experiências pessoais.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Wilson Witzel, facínora e plagiador

Juristas pedem afastamento de Dallagnol

O golpe está nu

A omissão diante da necropolítica de Witzel

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Somando-se a outras ações anteriores desta natureza macabra, nesta quarta-feira, 18 de setembro, a polícia aérea de Witzel atacou a tiros a favela do Complexo do Alemão. Na véspera, o alvo foram os moradores do Jacarezinho.

É isso mesmo, então?

O governador genocida do Rio manda sua política atirar na cabeça do povo pobre das favelas e permanece no cargo como se nada estivesse acontecendo?

Até quando pessoas ditas de bem seguirão naturalizando o extermínio dos mais humildes?

O que sobrará do meio ambiente?

Bolsonaro na ONU: fujam para o porão!

Entrevista exclusiva de Lula à revista Fórum

Bitcoin e os golpes financeiros

O atraso no debate macroeconômico

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

Volto a invocar Aristóteles. A virtude está no meio, dizia ele – preceito que eu, quando mais jovem, considerava um tédio total. E ainda considero. Devo reconhecer, entretanto, que o preceito pode ter alguma utilidade prática.

Considere, leitor, o debate sobre política fiscal e contas públicas, que se tornou novamente muito agudo no Brasil. Os economistas de esquerda ou centro-esquerda, também chamados de “heterodoxos”, têm uma certa tendência a subestimar a importância da restrição fiscal.

Bolsonaro vai à ONU obrigado e com medo

Bolsonaro é um fantoche entreguista!