terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Oi, 15 bilhões de irresponsabilidades

Editorial do Instituto Telecom:

Até o final de 2017 a Oi tinha uma dívida de cerca de R$ 42 bilhões com os credores privados. Essa dívida foi quase toda transformada em controle acionário por seis grupos de credores/especuladores de fundos americanos. Dessa forma, no primeiro trimestre de 2018 a empresa tinha uma dívida líquida de cerca de R$ 7 bilhões.

E como a Oi chegou ao terceiro trimestre de 2019 com uma dívida de cerca de R$ 15 bilhões? Por irresponsabilidade e incompetência.

Como pode a maior empresa de telecomunicações do país mais que dobrar a sua dívida em pouco mais de 1 ano?

Passe livre para o desempregado

Por João Guilherme Vargas Netto

Na sexta-feira, dia 17, o Globo e o Valor publicaram matérias (Pedro Capetti, Leo Branco e Bruno Villas Bôas) sobre o estudo do IPEA “Desigualdades de Acesso a Oportunidades nas Cidades Brasileiras” que revela São Paulo como a cidade mais desigual no acesso a emprego.

A desigualdade paulistana decorre da distribuição pela cidade das ofertas de emprego, com os mais pobres concentrados em regiões distantes das principais zonas de emprego, tendo, portanto que se deslocar mais em sua procura. O IPEA concentra-se nos deslocamentos a pé, mas demonstra a dificuldade decorrente dos custos de transporte, públicos ou privados.

Cuidado, Regina Duarte... Cuidado, Brasil...

Por Eric Nepomuceno

Em primeiro lugar quero esclarecer que ao longo da vida tive pouquíssimos contatos com Regina Duarte, que foram sempre cordiais e agradáveis. Duvido, aliás, que ela se lembre de mim.

Portanto, o que digo aqui não tem nada de pessoal a favor ou contra.

Pois continuo convicto de que, para Jair Messias e seu projeto de país, muito mais, muitíssimo mais útil e conveniente do que Regina Duarte poderá tentar ser, era mesmo Roberto Rego Pinheiro, o que se diz “Alvim”.

Para Jair Messias e os militares empijamados que perambulam à sua volta, para Moro e Guedes e o resto da corja, uma perda inestimável.

Para fortalecer minha convicção, basta ver a maneira que Regina Duarte inventou para chegar ao governo: falou em “noivado”, uma leviandade sem graça quando o que temos pela frente é um funeral, e disse que quer “pacificar” a relação do governo com a classe artística e cultural.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O que vai sobrar da namoradinha do Brasil?

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Uma das mais populares atrizes da história da TV brasileira, Regina Duarte levou anos para deixar a condição de talento valorizado mas descartável de nossos folhetins eletrônicos. Em 1979/1980, rompendo com a condição de rosto bonito, ela fez o seriado Malu Mulher, encarnando a primeira personagem feminina da TV capaz de assumir abertamente sua liberdade sexual.

Num país onde a Globo era campeã da audiência, referência ideológica e de comportamento para milhões de brasileiros e brasileiras, Regina Duarte sinalizou uma travessia fundamental da emancipação feminina - o direito ao orgasmo, assumido de forma explícita ao longo do seriado.

A reunião nacional da campanha Lula Livre

PT 40 anos: Crise e derrota

Por Tarso Genro, no site A terra é redonda:

Na transição da globalização econômica do pós-guerra para uma economia de sentido liberal-rentista, aceleraram-se os efeitos tendentes a uma maior desigualdade social nos países fora do núcleo orgânico do sistema-mundo.

A quebra do contrato socialdemocrata teve efeitos particularmente perversos nos países com experiências tardias de combate à miséria e a desigualdade, como no Brasil. Tanto nos governos do Presidente Lula como nos governos da Presidente Dilma, a esquerda socialista e socialdemocrata desenvolvimentista não estava preparada para conduzir novas alternativas de gestão política e “técnica”, que bloqueassem essas inibições de forma duradoura.

Alvim, Bolsonaro e a lógica do capanguismo

Por Roberto Andrés, no site Outras Palavras:

O Bruno Torturra fez uma ótima análise do bolsonarismo a partir do capanguismo. O caso do Roberto Alvim expressa um aspecto particular disso: o comportamento de risco em bandos – de capangas, milicianos ou mafiosos.

Sim, estou falando do governo.

A lógica é a mesma em qualquer bando paramilitar. A hierarquia se dá pela lei do mais forte. Para os da base, subir na hierarquia demanda um tipo de comportamento que envolve risco. Se o cara não se arriscar, não sobe. Precisa ir pro front, atirar, matar, o que for.

Povos da floresta se unem contra Bolsonaro

Foto: Kamikia Kisedje/Cobertura Colaborativa
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

O cacique Raoni promoveu durante a última semana um encontro com mais de quinhentas lideranças indígenas de 45 etnias diferentes para ampliar a união dos povos indígenas e reafirmar seus compromissos em comum. O encontro ocorreu na aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto-Jarina, em Mato Grosso, e contou também com a filha do ambientalista Chico Mendes e presidenta do comitê que leva o nome de seu pai, Angela Mendes, com a coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) Sônia Guajajara, e com o presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Júlio Barbosa, entre outros.

Alvim e a essência nazista do bolsonarismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:             

No texto O que é o nazismo, o pensador e revolucionário russo Leon Trotsky escreveu:

“A controvérsia sobre a personalidade de Hitler agudizou-se quanto mais se procurou o segredo de seu triunfo nele mesmo. Ao mesmo tempo, seria difícil encontrar outra figura política que fosse, na mesma medida, ponto de convergência de forças históricas anônimas. Nem todo pequeno burguês exacerbado poderia ter se tornado Hitler, mas uma partícula de Hitler é hospedada em toda exacerbação pequeno-burguesa”.

Roberto Alvim é a aparência mais dantesca do nazi-fascismo que está na essência do bolsonarismo.

Trump sobrevive no Senado. Qual o dano?

Lava-Jato usa o site "O Antagonista"

Fascismo, o regime da estupidez

Por Celio Turino

Há que fazer uma distinção entre fascismo e ditaduras militares. Ambos regimes são autoritários e repressores, mas sob o fascismo há uma base social de massa, que sustenta e impulsiona o regime, exacerbando preconceitos, violência e ignorâncias. O fascismo é o regime da estupidez.

Diferente do que acontece com regimes impostos por golpes militares clássicos, o fascismo vai se consolidando pela normalização de horrores e absurdos, testando a capacidade de resistência e tolerância dos setores democráticos e populares. E a cada recuo ele vai avançado, transformando suas bestialidades em senso comum.

Alvim, Bolsonaro e a perversidade alegre

Por Manuel Domingos Neto

Assisti na íntegra a "live" de Bolsonaro transmitida na véspera da demissão do nazista da cultura.

Além de Alvim, aparecem os ministros da Pesca e da Educação.

Certos lances me afetaram particularmente.

O entusiasmo do presidente com as propostas de Alvim foi gritante. Tive a certeza de que a substituição do nazista performático não significará a interrupção de sua obra.

Ao longo da sessão, Bolsonaro atacou diretamente o PT. A "live" ocorreu na biblioteca do Planalto, mas Bolsonaro parecia estar num palanque em véspera de eleição. Pareceu-me um evidente descumprimento de normas eleitorais. Fiquei pensando... Se os agredidos obtivessem direito de resposta poderiam exercê-lo gravando na mesma biblioteca, patrimônio público?

Petardos: Dallagnol virou garoto-propaganda?

Por Altamiro Borges

Perguntar não ofende-1: Após ganhar muita grana com suas palestras sobre a Lava-Jato, Deltan Dallagnol agora divulga a "escola de política" RenovaBR, que é financiada por celebridades midiáticas, entre elas o candidato global Luciano Huck, e expoentes da cloaca burguesa. Virou garoto-propaganda?

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Na semana passada, o procurador Dallagnol postou em seu Twitter elogios à iniciativa empresarial. "O curso do RenovaBR hoje é referência na preparação de futuros candidatos", bajulou o jagunço do powerpoint. Em 2018, a Renova elegeu 17 deputados. Agora tem a ajudinha do chefão da Lava-Jato


Petardos: Frota e Joice detonam Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O deputado Alexandre Frota, o ex-bolsonarista que virou tucano, admitiu no sábado (18) pelo twitter que as artistas "tinham muita razão quando lançaram #EleNão. Um movimento autêntico e visionário que tentou nos alertar que estávamos fazendo a escolha errada. Estamos pagando pelo erro"

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No seu hilário arrependimento, Alexandre Frota ainda provocou os bolsonaristas hidrófobos e homofóbicos elogiando o gesto do ex-deputado Jean Wyllys em abril de 2016: "No fim estamos vendo que ele tinha razão quando cuspiu na cara do Bolsonaro"