domingo, 2 de fevereiro de 2020

Juventude quer trabalho e direitos

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

De acordo com o Panorama Trabalhista da América Latina e Caribe, divulgado nesta terça-feira (28) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a estagnação econômica na América Latina leva a juventude ao maior índice de desemprego dos últimos 20 anos.

Pelo estudo da OIT, a taxa de desocupação juvenil atingiu 19,8% em 2019, três vezes mais que a média da população adulta, ou seja, 1 em cada 5 jovens, de até 24 anos, está fora do mercado de trabalho, sem contar que a maioria só consegue emprego em condições precárias.

“As políticas ultraliberais de retirada de direitos trabalhistas e redução do papel do Estado adotadas no Brasil e no mundo não poderiam ter outro resultado se não este do aumento do desemprego e da informalidade”, afirma Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

O povo despreza as instituições. Por quê?

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Há uma marcha batida da insensatez em curso, não é de hoje. Pesquisa da CNT/MDA divulgada na última quarta-feira (22) revela o declínio e a perda contínua de prestígio e de confiança nas instituições democráticas pela ampla maioria da população brasileira. A pesquisa traz muitos dados relevantes, mas analisarei apenas e tão somente aqueles relacionados ao enfraquecimento da tenra e frágil democracia brasileira. A pesquisa do instituto MDA, para a CNT (Confederação Nacional do Transporte), ouviu 2.002 pessoas entre os dias 15 e 18 de janeiro, em 137 municípios de 25 unidades da Federação.


sábado, 1 de fevereiro de 2020

Petardos: Globo abafa alta da informalidade

Por Altamiro Borges

Entusiasta da agenda ultraneoliberal de Bolsonaro, a mídia rentista dá destaque à tímida queda do desemprego. O Globo, sem qualquer senso crítico, estampa na manchete: ”Desemprego cai no último trimestre e fecha o ano em 11%”. O jornalão evita tratar da explosão da informalidade

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Segundo a pesquisa do IBGE (Pnad), a taxa de desemprego caiu para 11% no último trimestre de 2019  período marcado pelo Natal e pelas férias de verão. Já o trabalho informal atingiu seu maior contingente desde 2016, com 41,1% da população ocupada  38,4 milhões de pessoas

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Ainda segundo a Pnad, o número de trabalhadores com carteira assinada em dezembro foi de 33,7 milhões  um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior. Já o número de trabalhadores por conta própria ficou em 24,6 milhões, 782 mil pessoas (3,3%) a mais do que o fim de 2018

Trump, Brexit e o fracasso da globalização

Trump admite ter medo de Bernie Sanders

A disputa política do movimento evangélico

Um povo dominado pelo racismo

Saiba o que é o novo coronavírus

Banco Itaú e a falta de sensibilidade

Desigualdade social e reforma tributária

A quem interessa o desmonte do Enem?

Guedes e Moro são faces do mesmo Bolsonaro

Por Roberto Amaral, em seu blog: 

Trata-se de farsa ideológica e ética a grande imprensa brasileira tentar apresentar-se como isenta e independente face ao governo Bolsonaro, quando, de fato, o apoia, como apoiou o golpe de 1964 e a era Campos-Bulhões-Delfim, como apoia todo governo de força que promova o império do capital, efetivo condutor de seus movimentos.

E é este, exatamente, o regime de nossos dias, a aliança antipopular neoliberal e ao mesmo tempo autoritária que assegura a absoluta liberdade do mercado e impõe restrições aos direitos civis, às liberdades e aos interesses dos trabalhadores.

Quanto custa o silêncio da mídia?

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

No último dia 29 de janeiro, reconhecidos juristas associados à AJURD [Associação de Juristas pela Democracia] representaram no Ministério Público do Rio Grande do Sul contra o Prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior/PSDB, por crime de responsabilidade [resumo aqui].

A iniciativa tem embasamentos que são inteligíveis para qualquer leigo:

1- o Prefeito promoveu espalhafatosa campanha publicitária com recursos públicos nos jornais do sudeste do país, como Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo – além, naturalmente, de farta publicidade nos órgãos locais e regionais de comunicação. Foram empenhados R$ 34,9 milhões do orçamento da Prefeitura para este fim. Deste total, R$ 5,9 milhões foram desviados do orçamento do SUS, R$ 1,1 milhão da educação e R$ 1,5 milhão da área de habitação [aqui];

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Petardos: Os generais servis e o “capetão”

Por Altamiro Borges

Matéria do Estadão ajuda a entender a postura pusilânime e servil dos generais diante das maluquices do "capetão". Em seu primeiro ano de gestão, Bolsonaro ampliou gastos com milicos e cortou investimentos na educação, saúde e segurança. As distorções no orçamento são gritantes

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Segundo o Estadão, resultado final das contas do laranjal mostra um aumento real (acima da inflação) de 22,1% das despesas da Defesa em relação a 2018  incremento de R$ 4,2 bilhões. Na direção oposta, grana da Educação caiu 16%; Saúde teve queda de 4,3%; e Segurança minguou 4,1%

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O jornalão informa que, no final do ano, o governo já tinha dado prioridade ao aporte de R$ 7,6 bilhões à Emgepron, estatal da Marinha que fabrica corvetas. "A capitalização inflou os gastos com a Defesa, embora tenha ficado fora do teto de gastos, regra prevista na Constituição"

OEA e as violações à liberdade de expressão

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Após solicitação por parte de entidades da sociedade civil brasileira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), anunciou que promoverá, em março, audiência temática para discutir a escalada de violações à liberdade de expressão no Brasil. O documento produzido pelas entidades que assinaram a solicitação compilou diversas denúncias de violações, evidenciando o caráter sistemático das práticas e um processo de “institucionalização” dos ataques à liberdade de expressão.

Witzel e gringos miram a sua cabecinha!

Por Paula Bianchi, no site The Intercept-Brasil:

Carnaval passado a gente te avisou que era melhor sair de máscara – especialmente se você estivesse no Rio. E nesse carnaval não vai ser diferente.

O mesmo Wilson Witzel que aposta em “atirar na cabecinha” de criminosos e encerrou 2019 com mais de 1.800 mortos pela polícia nas costas, agora negocia com o governo inglês a instalação de um sistema de vigilância e reconhecimento facial no estado.

O Black Mirror carioca está cada vez mais perto de sair do papel.

Consegui com o pessoal do Unearthed, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace, a ata secreta da reunião entre Witzel e o ministro para o Comércio Exterior britânico, Conor Burns, em agosto. Na conversa, muitos afagos a suposta preocupação do governador de reduzir a violência no estado e um governo inglês ávido por “ajudar”.

Fora Weintraub!

Por Margarida Salomão, no site Mídia Ninja:


Respeito. Esse deve ser um dos nortes da gestão pública. Governantes devem ter o senso de responsabilidade e saber que sua atividade e suas decisões impactam profundamente a vida das pessoas.

Dou testemunho de meu período como reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Minha equipe e eu sempre compreendemos que a organização do vestibular deveria ser vista como uma operação de guerra. Compreensão que derivava não do fato de sabermos dos inúmeros processos envolvidos e do longo tempo de preparação necessário. Nossa certeza era a de que aquela seleção influenciaria a vida de milhares de jovens, de diversas partes de Minas Gerais, jovens que dedicaram anos de sua vida para alcançar aquele momento. Organizar um excelente vestibular era, portanto, uma questão de respeito.

A greve dos petroleiros é legítima

Por Tadeu Porto, na revista Fórum:

Conforme noticiou a Fórum, o secretário de governo e dono da Localiza, Salim Mattar, atacou gratuitamente uma das categorias mais relevantes para a industria brasileira: os trabalhadores e trabalhadoras do petróleo. Mattar argumenta que os petroleiros são “privilegiados” por trabalhar em uma estatal e agride, de maneira anti-republicana e desrespeitosa, um movimento popular histórico e regularização pela nossa constituição.

É importante destacar que essas falas não condizem com as condições reais que o movimento grevista foi construído. Dessa maneira, o multibilionário se posiciona como um cidadão comum e não um agente público.

Quem é Onyx? Alguém lembra?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Os jornais se espalham sobre o “enfraquecimento” do Ministro Onyx Lorenzoni e sua possível demissão da Casa Civil.

Assunto que não tem a menor relevância, porque Onyx já a perdeu faz tempo.

Há pouco mais de um ano, era ele quem dava declarações em nome do “governo de transição”.

Hoje, ninguém vai lhe perguntar nada e só se soube que ele estava de férias porque seu interino – indicação dos “garotos” do papai Bolsonaro – foi brincar de aviãozinho da FAB.

Ficou sob seu poder formal o Programa de Parceria de Investimentos que, todo mundo sabe, era de fato comandado pela Economia. Aliás, como só está na Casa Civil desde julho, nem mesmo poderia ter papel na modelagem dos leilões, demorada e cheia de detalhes técnicos e jurídicos.

O histórico pecuarista de Regina Duarte

Do site De olho nos ruralistas:

A nova secretária de Cultura do governo Bolsonaro se sente à vontade no campo. Há quase duas décadas, Regina Duarte cria gado da raça Brahman em uma fazenda em Barretos, interior de São Paulo. Convidada para falar da sua atividade na 45ª edição da Expoagro, evento apoiado pela Bunge que aconteceu em 2009 em Dourados (MS), a atriz disse “sentir medo” das portarias da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a criação de reservas indígenas no Mato Grosso do Sul.