sábado, 15 de fevereiro de 2020

Entusiamo da mídia com economia sofre abalo

Ascensão fascista e autocrítica da esquerda

Moro é um capanga dos milicianos!

Guedes e empregadas domésticas na Disney

Bolsonaro, as vaquejadas e as milícias

Livro mostra as paranoias de Bolsonaro

Por que o gás de cozinha está tão caro?

Esgotos contra o jornalismo no Brasil

Como foi o encontro de Lula com Papa

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Petardos: As revistas e a morte do miliciano

Por Altamiro Borges

Capa da 'Veja', uma das revistonas que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no país: "O que ele sabia? Fotos do miliciano Adriano da Nóbrega mostram que os tiros contra o ex-capitão do Bope foram dados à curta distância, fortalecendo a suspeita de 'queima de arquivo'”.

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Capa da revista IstoÉ, também apelidada de QuantoÉ nos meios jornalísticos: "Queima de arquivo. A execução do miliciano Adriano da Nóbrega, cujas ligações com a família Bolsonaro se tornaram evidentes, abre um novo capítulo nas investigações".

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Capa da 'CartaCapital', a única revista semanal que nunca compactuou com a onda fascistizante no país: "Morto não fala. Abatido em circunstâncias estranhas, o ex-PM Adriano da Nóbrega era uma prova de que o Brasil tem um presidente miliciano".

Mudanças no governo ‘militarizam’ o Planalto

Da Rede Brasil Atual:

Com mudanças anunciadas no final da tarde desta quinta-feira (13), o governo Bolsonaro terá em seu núcleo, no Palácio do Planalto, apenas ministros militares. Entre os civis, hoje o presidente anunciou que Osmar Terra sai do Ministério da Cidadania, sendo substituído por Onyx Lorenzoni. Este deixa a Casa Civil, como já se especulava, para dar vez ao general Walter Souza Braga Netto, que atualmente é chefe do Estado-Maior do Exército e comandou a intervenção militar no Rio de Janeiro.

Ironicamente, nem no período mais agudo da ditadura, no governo Médici, a pasta da Casa Civil, então chamada Gabinete Civil, foi ocupada por um militar. Na época, o titular era o jurista Leitão de Abreu.

Soam alarmes antifascistas na Alemanha

Foto: Hermann Bredehorst/Polaris/laif
Por César Locatelli, no site Carta Maior:

“As democracias não morrem da noite para o dia. Elas não vicejam num dia e, no outro, são extirpadas por um golpe de estado. Elas decaem gradualmente, até que o terreno esteja fértil para o sequestro autoritário do poder”, escreveu Dirk Kurbjuweit, em editorial para Der Spiegel.

Eis que em uma votação, em 6 de fevereiro, no parlamento de um estado alemão, a direita conservadora se uniu a fascistas e conseguiu eleger o governador.

O palco foi o parlamento do estado de Turíngia, estado do centro-leste alemão com pouco mais de 2 milhões de habitantes. Lá, uniram-se os membros locais da União Democrática Cristã (CDU), partido de centro-direita de Angela Merkel, e do Partido Liberal Democrático (FDP), que luta em favor das empresas.

‘Prévia do PIB’, índice do BC embica pra baixo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não é o desempenho do PIB, ainda, mas como o mercado o considera uma prévia do índice de desempenho da economia, o IBC-BR negativo de dezembro (com a ajuda da revisão do número de novembro, que também caiu para o vermelho) é mais um dado a indicar que os sinais de retomada econômica, tão saudado pela mídia, eram mesmo um voo de galinha.

A grande mídia já começou, antes mesmo do Carnaval, a temporada de revisões para baixo das expectativas de crescimento. E isso com números “pré-coronavírus”.

Os preconceitos que sustentam o bolsonarismo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em sessão da CPMI das Fake News, o depoente Hans River Nascimento, convocado pelo petista Rui Falcão, que caiu feito patinho na arapuca articulada pelo bolsonarismo, ataca Patricia Campos Mello, jornalista da Folha de S.Paulo, dizendo que ela ofereceu sexo em troca de informação. Imediatamente, perfis governistas no twitter, entre eles o próprio filho do presidente, Eduardo, se unem no ataque machista à repórter.

Os antepassados de Bolsonaro

Por Bernardo Ricupero, no site A terra é redonda:

Em 2016 fomos surpreendidos quando multidões vestidas de verde e de amarelo ocuparam as ruas das cidades brasileiras para defenderem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Bradavam palavras de ordem, como: “nossa bandeira jamais será vermelha”; “o gigante acordou”; “quero meu país de volta”.

De onde teria emergido essa massa que, de maneira aparentemente inédita, não tinha vergonha de defender teses de direita? O choque talvez tenha sido particularmente forte para aqueles que cresceram durante a chamada transição, período em que a lembrança de nossa última ditadura ainda estava fresca e mesmo um político como Paulo Maluf sentia a necessidade de se definir como de centro-esquerda.

Moro tinha razão: miliciano foi executado

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Num ato falho durante audiência na Câmara dos Deputados, o ministro bolsonarista Sérgio Moro afirmou que Adriano da Nóbrega, o miliciano amigo dos Bolsonaro, “foi assassinado” [mais aqui a respeito].

As fotografias publicadas pela revista Veja do corpo autopsiado do miliciano mostram que Moro tinha razão: o miliciano foi mesmo assassinado.

As imagens e legendas mostram que Adriano foi executado com tiros disparados a curta distância, conforme anotado no laudo da autopsia [aqui, imagens fortes]:


A ideologia da violência e do ódio

Editorial do site Vermelho:

Por mais dissimulada que a pessoa seja, uma hora suas ideias se revelam, de uma forma ou de outra. No caso do governo Bolsonaro, há uma linha de pensamento perpassando e unindo o seu conjunto, que se manifesta em definições como as do ministro da Economia Paulo Guedes de que os funcionários públicos são parasitas e as empregadas domésticas abusam do dólar barato, viajando para a Disney.

Paulo Guedes, posto ou paiol?

Por Sergio Araujo, no site Sul-21:

Considerado um dos responsáveis pela vitória de Jair Bolsonaro na eleição presidencial e escalado para ser o superministro da gestão do ex-capitão, Paulo Guedes, por suas declarações polêmicas, tem marcado sua passagem pelo ministério da Economia mais como um paiol de declarações bombásticas do que como “posto Ipiranga”, aquele que tem resposta para todos os desafios da economia, como foi rotulado pelo presidente.

Dois caminhos para enfrentar a corrupção

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Quem seria capaz de imaginar a União Europeia destruindo a Airbus; os EUA privando-se de seu sistema financeiro; os suecos investindo contra a Ericsson, ou os franceses sem a Alston? No último dia 31, a primeira destas empresas, maior fabricante mundial de aviões, firmou acordos simultâneos com procuradores dos EUA, França e Inglaterra. Queria livrar-se dos processos que documentaram uma sequência de crimes: em especial, pagamento de propinas a executivos de empresas aéreas, para que comprassem seus produtos. Conseguiu. Por meio de um dispositivo legal conhecido como Deferred Prosecution Agreement (DPA, algo como Acordo para Interrupção de Processo), pagará aproximadamente 4 bilhões de dólares à Justiça dos três países. Em contrapartida, sairá incólume e manterá intactos seus negócios.

A desinformação influencia eleições no mundo

Por Gabriela Arruda e Daiane Tadeu, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O uso de desinformação como ferramenta política ganhou força na última década e influenciou significativamente grandes acontecimentos e eleições ao redor do mundo. No entanto, engana-se quem pensa que essa estratégia é recente.

Ao longo da história, as conspirações e farsas circularam entre todas as classes sociais, sendo parte indissociável dos governos de reis, imperadores, democratas e ditadores, navegando pelo globo desde os papiros e pergaminhos até o surgimento das redes sociais.

Segundo um levantamento feito pela organização International Center for Journalists no estudo “A Short Guide To History of Fake News” publicado em julho de 2018, o uso da desinformação como ferramenta para a manipulação da opinião pública tem seus primeiros registros datados do século IV a.C.