sexta-feira, 31 de julho de 2020

Florestan Fernandes, um intelectual do povo

Arte: Centro Acadêmico Florestan Fernandes - CAFF
Por José Carlos Ruy, no site da Fundação Maurício Grabois:

Florestan Fernandes, cujo centenário se comemora em 22 de julho (ele nasceu em (22/07/1920), foi um intelectual raro - de origem muito humilde, chegou aos mais altos postos na universidade, e foi reconhecido como cientista social renovador no Brasil e no exterior.

Certa vez ele escreveu que "nunca teria sido o sociólogo em que me converti sem o meu passado", sem "as duras lições da vida". Ele tem razão, sobretudo quando disse que seu aprendizado "sociológico" começou aos seis anos de idade, "quando precisei ganhar a vida como se fosse um adulto". Ele tinha razão - filho de uma empregada doméstica, mãe solteira, logo cedo foi forçado a tomar contato com as dificuldades da vida. Uma experiência que o marcou para sempre e, certamente, foi decisiva nas escolhas intelectuais que fez quando adulto - sempre tentando compreender as complexidades da vida do povo. Foi professor que, armado com sua ciência, nunca abandonou o esforço de entender o Brasil, suas complexidades e as condições da existência da democracia em nosso país.

Punhos fechados e mãos dadas

Foto: Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba
Por João Guilherme Vargas Netto

Há quase 40 anos o grande dirigente sindical Hugo Perez poetizava assim a necessidade da luta, da unidade e da solidariedade para os trabalhadores.

Os metalúrgicos da Renault, em greve, juntamente com os companheiros do Brasil Metalúrgico e de milhares de outros trabalhadores corporificam hoje a poesia do dirigente.

À valente greve efetivada com o apoio do sindicato vão se somando os gestos de solidariedade efetiva que demonstram a unidade de ação.

Tivemos ontem, dia 30, uma jornada nacional com manifestações nas concessionárias da Renault em apoio aos grevistas que conseguiu chamar a atenção até mesmo da mídia grande para a justa luta travada em São José dos Pinhais.

Conluios da Volks, do nazismo a Bolsonaro

Por Murilo Leal e Gabriel Dayoub, no site Outras Palavras:

Há cinco anos, a Volkswagen enfrenta um Inquérito Civil Público que a investiga por graves violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura civil-militar brasileira. É o primeiro caso do tipo no Brasil, em que uma empresa é formalmente acusada por crimes em conjunto com o regime autoritário. Após anos de uma difícil negociação, a montadora segue criando novas dificuldades, impedindo a chegada num acordo e sabotando o pilar central da reparação por seus crimes: a constituição de um espaço de memória dos trabalhadores.

Mania de fracasso só ajuda Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

A noção de que vivemos num país condenado a jamais resolver seus principais problemas econômicos e sociais é bastante antiga.

Incapaz de enxergar as próprias responsabilidades pelo atraso de uma nação onde uma monarquia que nasceu fora de época convivia com uma escravidão que envergonhava a humanidade, a elite da Primeira República atribuía o atraso social e econômico do país à teoria das três raças tristes -- índio, negro e português.

Assim, com base num pensamento racista de pretensões científicas que iria alimentar as grandes tragédias do século XX, justificava-se nossas dificuldades para construir uma democracia de verdade.

Lula continua sendo um prisioneiro político

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O julgamento da suspeição de Sérgio Moro e a reabilitação dos direitos políticos do Lula são as duas faces de uma única moeda. Se o STF julgar como suspeita a conduta do Moro na farsa da Lava Jato para condenar Lula, a consequência lógica será a anulação das sentenças condenatórias do ex-presidente.

Se isso acontecesse, Lula se livraria das condenações ilegais e seus processos retornariam à fase de instrução na 1ª instância judicial. Ele então recuperaria os direitos políticos cassados pela justiça que foi corrompida pela Lava Jato e tutelada pelo general Villas Bôas para viabilizar a eleição do Bolsonaro em 2018.

Intelectuais apoiam "Carta ao Povo de Deus"

Enviado por Eleonora de Lucena:

O Projeto Brasil Nação divulga hoje mensagem de apoio à carta de bispos brasileiros que aponta as ações do governo Bolsonaro contra a Nação, num momento em que o país se aproxima dos 100 mil mortos pela Covid 19. O texto é assinado por ex-ministros, professores universitários, jornalistas, artistas e dirigentes de movimentos populares.

Veja a seguir a íntegra da nota e a lista de signatários.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Missão do bolsonarismo é destruir a cultura

Desemprego bate recorde com Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O desemprego que já era alto no país – fruto da política econômica destrutiva da dupla Bolsonaro-Guedes – piorou ainda mais com a pandemia do coronavírus. Dados do Ministério da Economia apontam que o Brasil perdeu 1.198.363 de postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre deste ano.

O mundo do trabalho foi tragicamente afetado pela pandemia, que já matou quase 100 mil brasileiros e também provocou o fechamento de diversas atividades econômicas no país. O saldo negativo neste primeiro semestre está na diferença entre as 6.718.276 contratações e as 7.916.639 demissões.


Pandemia acelera crise na América Latina

O Brasil caiu nas mãos do seu torturador

Por Marcia Tiburi, na revista CartaCapital:

Em 17 de abril de 2016, na votação do farsesco impeachment contra Dilma Rousseff, Bolsonaro se tornou o Ubu rei nacional. Ubu Rei é o personagem de uma peça homônima de Alfred Jarry que data do final do século 19. Nela, o personagem principal é um sujeito que quer ser rei para comer muito, matar, enriquecer ilicitamente e fazer todo tipo de maldade e grosseria que estiver ao seu alcance.

O Ubu Rei é um personagem fundamental que nos ajuda a perceber como e por que as figuras mais grotescas fazem muito sucesso na política. Quando a política não se realiza como tragédia, ela se realiza como farsa e a farsa, no sentido do teatro do grotesco que produz efeitos de poder justamente por ser desqualificado e violento, é o que vivemos há um bom tempo no Brasil. Pelo menos desde o golpe de 2016.

A quem interessa a liberação das armas?

Por Clara Assunção, na Rede Brasil Atual:

O aumento na circulação de armas e munições no país – e suas consequências – está diretamente relacionado à liberação por decretos e portarias assinados pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início de seu mandato. É o que afirmam especialistas diante do registro de quase 140 mil novas armas de fogo apenas nos primeiros meses de 2020.

Os dados, divulgados em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, a partir de informações da Polícia Federal e do Exército, apontam para um crescimento no número de armas nas mãos dos brasileiros desde 2016. Mas que nesses primeiros meses do ano já ultrapassou o total de 2018, quando pouco mais de 138 mil armamentos foram registrados.

A pandemia e os efeitos sobre o SUS

Por Bruno Moretti e Ana Paula Sóter, no site Brasil Debate:

Muito se tem falado sobre a retomada do papel do Estado. Laura Carvalho [1] se refere à “volta do Estado” para designar a explicitação das funções estatais durante a pandemia. Em que condições o pós-pandemia poderia marcar esta retomada? A maior presença do Estado é atestada pelo orçamento da pandemia, de R$ 500 bilhões. Metade do valor se refere ao auxílio emergencial. Segundo a Pnad Covid-19, referente a maio de 2020, os domicílios mais pobres receberam 49% de sua renda habitual do trabalho, mas, com o auxílio emergencial, alcançaram 99% de sua renda usualmente recebida [2].

Huawei e a bofetada do império

Por Fernando Brito, em seu blog:

É uma bofetada na soberania de nosso país a entrevista do embaixador norte-americano Todd Chapman a O Globo, dizendo que “haverá consequências” se o Brasil permitir a entrada da tecnologia da chinesa Huawei no estabelecimento da telefonia 5G e que empresas norte-americanas deixariam, neste caso, de atuar aqui.

Um pacto em defesa do emprego e da vida

Editorial do site Vermelho:

O debate das causas do desemprego sempre oferece oportunidade para uma compreensão mais abrangente sobre os problemas sociais, especialmente em um país com tantas desigualdades sociais e econômicas como o Brasil. Na busca de meios para enfrentar seus efeitos é possível identificar a natureza de classe do problema.

Foi o que ocorreu com a proposta do governador do estado Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de um Pacto Nacional pelo Emprego feita ao presidente Jair Bolsonaro, respondida com ironia e desdém. A atitude de Bolsonaro serve bem para demonstrar sua irresponsabilidade e seu desprezo diante dos problemas enfrentados pelo povo com as crises econômica e sanitária.

Augusto Aras e a desmoralização da Lava-Jato

Bolsonaro agora é denunciado em Haia

A sabujice de Bolsonaro diante dos EUA

A economia política da internet