terça-feira, 4 de agosto de 2020

Naturalização da pandemia, o pior dos mundos

Por Gilberto Maringoni e Artur Araujo, na revista CartaCapital:

Há um estranho paradoxo no país. Vivemos a maior tragédia sanitária de nossa História, com quase 100 mil vítimas e nos aproximamos de 3 milhões de infectados. Diariamente, cerca de 1.400 brasileiros perdem a vida, o que corresponde a um óbito por minuto! A doença significa hecatombe econômica, perda de empregos, quebradeira de empresas, desespero, fome e marginalidade. O paradoxo está na crescente naturalização da tragédia. Ela está sendo assimilada como parte da paisagem brasileira.

Uma plataforma para políticas de comunicação

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Estruturar políticas públicas para ancorar a gestão das cidades a partir da perspectiva da redução de desigualdades e ampliação de direitos é um dos principais desafios dos setores progressistas que se apresentam para a disputa das prefeituras e Câmaras Municipais. Por isso, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé apresenta a sua plataforma com propostas para a área, visando os processos eleitorais de 2020.

O esforço de incorporar propostas de políticas públicas democráticas para a área da Comunicação nas plataformas de candidatos e candidatas às prefeituras e Câmaras Municipais tem sido uma das prioridades das entidades que atuam na luta pelo direito à comunicação no Brasil.

Ultradireita cerceia informações da Covid

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

A falta de transparência e o cerceamento de informações unem os governos de ultra-direita que estão sendo as maiores vergonhas no combate à pandemia da Covid-19 no mundo.

Aqui no Brasil o governo Bolsonaro se nega a prestar informações.

Primeiro tentou tirar o painel de transparência do ar, agora está omitindo as informações sobre o desabastecimento de medicamentos eficazes na condução das internações em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e cometeu um crime de responsabilidade, por mim já denunciado à PGR, ao não prestar informações a partir de um requerimento formal de informação que fiz enquanto parlamentar, que, passados 30 dias constitucionais de tempo de resposta, o Ministério da Saúde não se pronunciou.

O conflito entre bolsonarismo e lavajatismo

Da Rede Brasil Atual:

Para o cientista político e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Wagner Romão, o conflito entre o lavajatismo e o bolsonarismo deve se intensificar, com vista às próximas eleições. Bolsonaro e o ex-ministro Sergio Moro, seu antigo aliado, devem disputar a hegemonia no campo da direita.

Os procuradores da Operação Lava Jato, que praticamente pavimentaram a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República, agora se dizem arrependidos do voto no atual presidente. É uma reação às declarações do procurador-geral da República, Augusto Aras, que afirmou que a chamada “República de Curitiba” detém “documentos encobertos” de cerca de 38 mil pessoas.

A pobreza como tragédia bolsonarista

Editorial do site Vermelho:

Entre 2011 a 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita no Brasil deve recuar 8,2%, ante uma alta de 28% na década anterior. O dado é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O cenário piorou consideravelmente, mas os indicadores negativos vêm de antes. É a maior queda do padrão de vida do país desde a década de 1940, quando começou a série histórica. Só neste ano, a redução deverá chegar a 6,7%.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Humor e coragem contra desmonte da cultura

Retorno às aulas provocará mais mortes

A lição de Trump para o Brasil

Quem paga o pato da Lava-Jato?

MST e MTSC se unem na solidariedade

Facebook suspende contas de bolsonaristas

Amazon e o capitalismo tardio

Lava-Jato se tornou o bode expiatório

Torturas e mortes durante a ditadura militar

Governo golpista adia eleições na Bolívia

domingo, 2 de agosto de 2020

DEM, MDB e as movimentações no Congresso

Por André Singer, no site A terra é redonda:

As bancadas do MDB e do DEM, somando 63 deputados, decidiram se afastar do grupo – conhecido como “blocão” – que tem apoiado sistematicamente o governo federal. O afastamento dessas bancadas não inviabiliza a atuação do governo na Câmara dos Deputados, pois ele continua contando com o apoio potencial de cerca de 200 deputados que permanecem na assim chamada “base governista”.

Ricos não pagam quase nada de impostos

Por Jair de Souza

Nenhuma sociedade pode existir dignamente sem a existência de impostos. Todos os serviços públicos dependem de impostos para funcionar. De nossas inúmeras necessidades, todos aspiramos a uma escola pública de qualidade, a um atendimento médico público eficiente, a um transporte público digno e a um sistema de segurança que realmente nos proteja. Mas, como ter acesso a isso sem recursos para bancar os custos? Os ricos só se preocupam com os serviços públicos de repressão policial e com o judiciário, porque são os que lhes servem melhor para conter a rebeldia popular e os protestos dos trabalhadores e dos pobres em geral. Porém, eles não dão a mínima para as necessidades básicas do povo trabalhador.

Pandemia, crise e periferias

Por Leonardo Fontes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

“No início da pandemia, aqui foi tudo meio incerto, porque em casa só eu estou trabalhando, em um estágio que paga muito pouco, mãe, padrasto e irmão desempregados, mesmo antes da pandemia. Assim que saiu a notícia de corte nos contratos, entrei em desespero porque até então era a única renda, anunciaram os auxílios e ainda assim foi a saga pra que minha mãe e padrasto conseguissem a liberação, meu padrasto conseguiu na semana passada inclusive. […] Minha avó está com muito medo de morrer sozinha, liga toda madrugada e chora.”

Camila, 22 anos, é moradora do bairro do Jardim Ângela e está no último semestre do curso de licenciatura em Artes em uma universidade particular de São Paulo, beneficiária de uma bolsa do ProUni. Sua fala resume alguns dos problemas que têm sido enfrentados por moradores das periferias de São Paulo e de outras cidades do país diante da pandemia de Covid-19 e da falta de ação por parte das diferentes esferas de governo.

Pandemia expõe a exclusão digital

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

O ensino à distância imposto pela pandemia de Covid-19 escancara a exclusão digital. Não é raro tomarmos conhecimento de professores e professoras pedalando ou caminhando por quilômetros, indo por conta própria, levar atividades a seus estudantes, já que uma boa parcela deles não dispõe de acesso à internet.

O gesto de solidariedade, de comprometimento com a função de educar, sensibiliza. É enaltecido, e assim deve ser. No entanto, a ternura com que observamos essas cenas deve vir acompanhada de indignação e cobrança por políticas públicas que efetivem o acesso à internet como um direito. Até porque foi isso que nos prometeram, mais de 20 anos atrás, com a privatização do Sistema Telebrás.

A volta às aulas é desrespeito à sociedade

Por Hermes Silva Leão, no jornal Brasil de Fato:

Na semana em que o número de mortos e contaminados pelo Covid-19 atinge marcas recordes no estado do Paraná o governo Ratinho Jr (PSD) anuncia a retomada das aulas presencias na rede estadual no próximo mês de setembro.

Na manhã de sábado, 1 de agosto, os números consolidados a partir de dados do próprio governo anunciam que 1.899 paranaenses perderam a vida pela pandemia. Nas últimas 24 horas, foram 59 mortes ocorridas em 25 municípios de todas as regiões do estado.

Portanto, o vírus circula em todo o território paranaense. Ainda neste último dia de julho Curitiba registrou 24 mortes, novo recorde diário de vidas perdidas na capital.