domingo, 6 de dezembro de 2020

“Bolsarney” e a velha “nova política”

Por Fernando Brito, em seu blog:

Nos jornais de hoje [4], explode a fossa que se tornou a eleição para o comando do Legislativo até 2022 (e é por 2022 que ele se tornou uma fossa).

Os votos de Gilmar Mendes e Dias Tóffoli para permitir a reeleição da presidência da Câmara e do Senado na mesma legislatura, permitindo a continuidade de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, em matéria de “jeitinho” anticonstitucional conseguiram ser superados pelo “jeitão” encontrado por Nunes Marques – o novo ministro, indicado por Bolsonaro – que diz que vale a reeleição para Alcolumbre, mas não para Maia (inimigo figadal do “Mito”), sob o argumento de que Maia já está “reeleito”, mesmo que no parlamento se considerem cada mandato e legislatura estanque em relação ao próximo.

Contratação de Moro é grave no plano ético

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A contratação de Sergio Moro – ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro – pela empresa norte-americana de consultoria Alvarez & Marsal (A&M) “é algo grave no plano ético”, na opinião do jurista Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

“Ele não poderia trabalhar numa empresa que presta esse tipo de serviço a empresas que julgou em casos tão relevantes.”

Ex-condutor da operação Lava Jato em Curitiba, Sergio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão em 2017.

Reitores impedidos de tomar posse protestam


Por Victor Ohana, na revista CartaCapital:

Reitores eleitos e impedidos de tomar posse em universidades e institutos federais publicaram uma carta de protesto nesta sexta-feira, 4, em que acusam o governo do presidente Jair Bolsonaro de promover “procedimentos danosos de intervenção” no ensino público superior.

São signatários do texto 14 reitores eleitos nas seguintes universidades federais: da Fronteira Sul (UFFS), do Piauí (UFPI), da Grande Dourados (UFGD), do Espírito Santo (UFES), do Triângulo Mineiro (UFTM), do Recôncavo da Bahia (UFRB), dos Vales do Jequitinhonha e Muriqui (UFVJM), do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Rural do Semi-Árido (UNIFERSA), do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Vale do São Francisco (UNIVASF), da Paraíba (UFPB) e do Ceará (UFC).

sábado, 5 de dezembro de 2020

Genocida Bolsonaro é o maior aliado da Covid

Não se deixe enganar: 2020 será de recessão

Bonner e Renata, do JN, são intimados a depor

O xadrez do jogo político para 2022

Doria & Bolsonaro: a breve parceria

O que está em jogo nas eleições da Venezuela

Novas ideias para governar Belém

Eleições de 2020 e a frente de esquerda

A mensagem do Xamã

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Uma frente ampla pela vida

Por Alexandre Padilha, no site Carta Maior:
 

Vitória e a derrota eleitoral não podem ser vistas apenas por uma perspectiva, em qualquer uma das duas possibilidades existem fatores positivos e negativos que devem ser observados, analisados e enfrentados seja por vencedores ou perdedores.

Os resultados eleitorais que findaram no domingo (29), trouxeram um sabor amargo para todos aqueles que esperavam renovação, garra e conquistas do projeto político popular. Contudo, este mesmo resultado trouxe esperança de que a esquerda tenha a cada dia um projeto menos analógico e mais digital e novas lideranças emergem com o respaldo popular, como Guilherme Boulos, Marília Arraes e Manuela D’ávila (está já uma grande liderança política nacional).

Sergio Moro é sinônimo de traição nacional

Por Carol Proner, no Diário do Centro do Mundo

Ainda sob impacto das eleições municipais, quando o país busca decifrar o mapa das forças políticas pós segundo turno, um personagem surpreender uma vez mais pela capacidade de se reinventar e escapar dos crimes que cometeu contra país. Não falo do filho do Presidente ou mesmo dele próprio, mas do ex-juiz, do ex-ministro, agora advogado e consultor jurídico da própria empresa que ajudou a destruir. Sérgio Moro escandaliza novamente ao aparecer como consultor da Alvarez & Marsal, consultoria americana especializada em gestão de empresa e que atuará na recuperação judicial da Odebrecht.

Guerra pela Câmara é pré-disputa por 2022

Por Fernando Brito, em seu blog:

Nos velhos tempos, havia as “raposas do Congresso”: animais políticos matreiros, espertos, de pelo macio e movimentos suaves.

Em matéria de canídeos, hoje, além das grotescas hienas que se vê, a toda hora, o que parece dominar a fauna parlamentar são mesmo lobos, em lugar dos refinados felpudos do passado.

Rodrigo Maia e David Alcolumbre, com muito pouco acanhamento senão o verbal têm os poderes de presidentes da Câmara e do Senado e mostram que não irão largá-los, ainda que à custa de um atropelo constitucional que só mesmo o desqualificado STF que tem este país poderia considerar.

Números do PIB mostram Brasil no buraco

Editorial do site Vermelho:

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 7,7% no 3º trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, sinaliza a dimensão da crise econômica no país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expansão da economia, apesar de recorde no período, não é suficiente para recuperar as perdas que vêm de antes da pandemia de coronavírus. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado é uma queda de 3,9%. No acumulado do ano, a retração é de 5%.

Porque a certidão de óbito da esquerda é falsa

Por José Luis Fevereiro, no site do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Ibep):


Estas eleições de 2020 continuam sendo disputadas. Agora em pleno 3º turno confrontam-se as narrativas. Para a Rede Globo a esquerda perdeu as eleições. Aliás já tinha perdido em 15 de novembro porque perdeu a prefeitura de Piraporinha do Brejo e não reelegeu 2 vereadores em Nossa Sra do Rio Abaixo. A decorrência desta narrativa na versão Globo é que estamos para 2022 entre a direita (apelidada de centro) e o bolsonarismo.

Cargo de Moro é prêmio por saqueio do Brasil

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O cargo de sócio-diretor da empresa estadunidense Alvarez & Marsal dado a Sérgio Moro é prêmio e recompensa pela atuação dele na guerra de ocupação e saqueio do Brasil promovida pelo governo dos EUA e capitais estadunidenses através da farsa da Lava Jato.

Sintomaticamente, logo após as primeiras revelações da Vaza Jato pelo site The Intercept Brasil, Moro fez uma viagem de urgência aos EUA. Tudo indica que para buscar instruções e montar a estratégia de reação.

Acuado pelas revelações do Intercept, ele improvisou a viagem entre os dias 22 e 26 de junho de 2019, onde manteve agendas secretas em Washington – no Departamento de Estado e no FBI – e em El Paso, fronteira com o México, no Centro de Inteligência do governo dos EUA.

Esquerdas devem retomar disputa ideológica

Por Ronaldo Pagotto, no jornal Brasil de Fato:

O balanço eleitoral deve combinar os aspectos gerais da luta de classes com os elementos da luta no campo eleitoral em específico. E deve observar de partida que se trata de um processo absolutamente atípico em meio à maior e mais agressiva pandemia vivida pelo povo brasileiro.

Ainda em termos de contexto a eleição ocorreu em meio a uma grave crise nacional: econômica, política, ambiental, ideológica e social. Isso é um diferencial do processo nos últimos 30 anos – desde os anos de 1989/1994.

Para esse processo duas mudanças específicas do processo eleitoral merecem destaque: o fim do financiamento privado de empresas (já desde 2018) e as novas regras para coligações.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Cade investigará publicidade na Globo


Por Altamiro Borges


Com sua negação da política e sua demonização das forças de esquerda, a Rede Globo ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no país. Hoje, ela é vítima do próprio monstro. Jair Bolsonaro deseja destruir o império global – principalmente por asfixia econômica. Uma nova ação oficial confirma que o cerco está se fechando.

Nesta quarta-feira (2), a superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou um suspeitíssimo inquérito para apurar indícios de condutas anticompetitivas do Grupo Globo em contratos firmados com agências de publicidade. É a segunda ação contra a emissora em menos de três meses.