domingo, 20 de dezembro de 2020

O triste fim da gestão Crivella

Por Bruno Sobral, Bruno Cabral e Maria Clara Paiva, no site Brasil Debate:


Marcelo Crivella foi o prefeito do Município do Rio de Janeiro, capital do estado e principal economia, no período 2017/2020. Sua derrota na tentativa de reeleição é possível ser explicada em parte por erros na gestão de suas áreas de planejamento e fazenda. Importante ressaltar, erros que se agravaram no último ano de gestão (considerando dados até 01/12/2020 e atualizados pelo IPCA). Por exemplo, 2020 foi o único ano em que a despesa atualizada (início do exercício) é revista para um valor maior que a despesa prevista (valor fixado em LOA no final do exercício anterior), respectivamente R$ 32,8 bilhões e R$ 33,1 bilhões.

Brasil, austericídio e IDH

Por Paulo Kliass, no site da Fundação Maurício Grabois:

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) acaba de divulgar seu relatório global, com as informações relativas ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O documento apresenta as estatísticas para um total de 189 países, com dados coletados para o ano de 2019.

Uma das maiores dificuldades existentes no campo da teoria econômica tradicional se refere a mecanismos e metodologias para avaliar, de forma abrangente e multidisciplinar, as capacidades de um determinado país. A informação que foi utilizada durante décadas resumia-se àquilo que era extraído da contabilidade nacional: o Produto Interno Bruto, o famoso PIB. Ocorre que tal número, tomado de forma isolada e a frio, pouco contribui para expressar e analisar a complexidade da realidade social, cultural, política e mesmo econômica de um país.

O calvário da Globo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:


As Organizações Globo continuam em uma corrida insana, na qual os cortes de despesas não têm sido suficiente para compensar a queda de receitas.

São muitas as razões.

Em seu período de quase monopólio da mídia, montou uma operação bastante onerosa, própria de estrutura monopolistas.

Mantinha casts permanentes de artistas, embora só utilizasse parte deles em cada temporada.

A ideia era simples. Aparecer na telinha da Globo conferia prestígio, transformava a pessoa em personalidade pública, graças à extraordinária audiência que detinha no período áureo.

Mídia mente ao comparar Bolsonaro a Lula

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:


Tudo começou na eleição de 2018, quando o Estadão teve a pachorra de, em editorial, igualar um professor, Fernando Haddad, a um energúmeno defensor da ditadura, Jair Bolsonaro, defendendo a tese surreal de que, para o eleitor, seria uma “escolha muito difícil” optar entre os dois.

Recentemente, uma revista semanal que ninguém nunca levou a sério porque muda de inclinação política de acordo com a ocasião, publicou uma capa onde equipara Bolsonaro a Lula como “inimigos da nação”, um representando a “extrema direita” e outro a “extrema esquerda”.

Colunistas da direita liberal na imprensa comercial também não se cansam de estabelecer falsas simetrias entre o petista e o atual presidente que ela própria, a mídia, ajudou a eleger.

General da saúde desmoraliza o Exército

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O general da ativa Eduardo Pazuello envergonha ainda mais o já desmoralizado e entreguista Exército brasileiro, que está inexoravelmente associado – e é o principal responsável – pela maior catástrofe humanitária, sanitária e econômica jamais vivida antes pelo país.

O anti-ministro bolsonarista da saúde é uma das faces mais evidentes da incompetência, irresponsabilidade e desastre técnico-administrativo causado pelos quase 7 mil militares que se aboletam e se locupletam em cargos que deveriam ser desempenhados exclusivamente por técnicos e dirigentes públicos civis.

O irônico é que este general da ativa, que conseguiu a proeza de tornar caótico aquele que já foi um dos mais consagrados sistemas de vacinação do mundo, é apresentado como um “especialista em Logística” do Exército [sic].

O elogio da morte

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Não é comum – eu, pelo menos, não recordo nenhum antecedente – que um presidente da República participe da formatura de uma turma de policiais militares.

Mas como nada, absolutamente nada, no governo de Jair Messias é comum, lá estava ele, todo pimpão, na manhã da sexta-feira dia 18, na formatura de uma nova turma da PM do Rio de Janeiro.

Aliás, todo pimpão e completamente descontrolado, à beira de um ataque agudo de histeria.

Claro que ninguém, em sã consciência, poderia esperar do Aprendiz de Genocida palavras sensatas e equilibradas, recomendando aos novos policiais militares regras básicas de respeito às leis e aos direitos dos cidadãos enquanto estiverem patrulhando as ruas.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Mortes crescem e STF impõe vacinação

Vacina Já! Como reforçar essa campanha?

A comunicação e a estratégia eleitoral

O combate à violência contra as mulheres

Vacina, IDH em queda e Chico Mendes

As dez piores frases de Bolsonaro em 2020

Os direitos humanos sob ataque

STF decide sobre obrigatoriedade da vacinação

A vitória da educação na votação do Fundeb

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Covid-19 e o capitalismo sem maquiagem

Editorial do site Vermelho:

Em momentos de grandes crises, o capitalismo se desnuda por inteiro, aparece, sem maquiagem, sua essência de exploração, de desigualdades, de total incapacidade de fazer partilhar as conquistas da ciência com o conjunto da humanidade. A dimensão da solidariedade é esmagada pelo exclusivismo que assegura a poucos o direito à vida, que deve ser de todos e todas.

2020: marcas e cicatrizes

Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:

Que imagens ficarão nas nossas retinas tão fatigadas como marcas e cicatrizes deste 2020 tão pandêmico quanto pandemônico?

Vamos recorrer a certas – ou incertas – modalidades literárias para arriscar alguns palpites.

No palco trágico ficarão as fotos das covas rasas, improvisadas aos milhares em diferentes pontos do Planeta, devido à mortandade que a Covid-19 provocou, algumas vezes ajudada pela incúria genocida de governantes como Trump, Bolsonaro e inicialmente Boris Johnson.

Se nos movermos para o plano dramático, encontraremos aquilo que talvez venha a ser o símbolo dos paradoxos deste ano terrível: a máscara, incensada por muitos como o ícone do salvamento de vidas, condenada pelos negacionistas de todas as estirpes e pontos cardeais como a tenaz do autoritarismo estatal a cercear o campo das “liberdades individuais”, qual seja, neste caso o campo onde se manifesta o desprezo pela própria vida e sobretudo pela vida dos outros.

A cordialidade de Bolsonaro

Por Manuel Domingos Neto

Para os que acham Bolsonaro grosseiro e ingrato com alguns de seus apoiadores de primeira hora, como generais e atrizes de TV, ofereço trechos de um livro que estou lendo por sugestão de Eliézer Rizzo:

“Os nazistas haviam recrutado as SA na condição de braços armados, cuja razão de ser era derrubar obstáculos no caminho do poder. Agora que a linha de chegada fora cruzada (Hitler tornara-se primeiro ministro e já era aclamado como Führer), a força encontrava-se sem função e líderes partidários faziam planos de enxugá-la. Em vez de aquiescer com essa medida, Ernst Röhm (o organizador das SA), se rebelou. Argumentando haver muitos outros alvos tentadores a atacar, entre eles corporações, latifúndios e qualquer propriedade que as SA pudessem pilhar. Na visão de Röhm, um movimento revolucionário precisava de um exército revolucionário e este teria de devorar tudo em seu caminho. Hitler tentou chamar o velho amigo à razão, mas Röhm era intransigente e chegou a aumentar o poder de fogo de unidades lotadas na capital – um gesto de ameaça.

Eles já viraram jacarés

Por Fernando Brito, em seu blog:

Ele ia dizer “chimpanzé” (provavelmente pronunciaria errado, “chipanzé), mas se deteve para não evidenciar a conotação racista.

Mas, afinal, saiu “jacaré”.

“Lá no contrato da Pfizer está claro [que ela não se responsabiliza] por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema seu. Se nascer barba em mulher ou algum homem começar a falar fino, eles nada têm a ver com isso”.

Bom, claro, evitou o racismo, mas não o sexismo.

Trabalho infantil e o racismo no Brasil

Por Altamiro Borges


E ainda tem gente que acha que não há racismo no Brasil  e esse negacionismo não parte apenas do "capetão" Bolsonaro e do general Mourão. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta quinta-feira (17) uma pesquisa que mostra que quase 70% das vítimas de trabalho infantil no país são pretas ou pardas.

Em 2018, segundo o IBGE, 64,8% das vítimas de trabalho infantil eram pretas ou pardas. Em 2019, esse índice alarmante cresceu ainda mais, atingindo 66,1%. Esses percentuais são superiores ao total de pretos e pardos com idade entre 5 e 17 anos na população brasileira (60,8%).