quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Crise na relação com a China é grave

STF bota focinheira em pitbull bolsonarista

O fascista Daniel Silveira sairá impune?

Por Altamiro Borges


O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um típico miliciano que ganhou fama ao destruir a placa da vereadora assassinada Marielle Franco, foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite desta terça-feira (16) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O bolsonarista havia postado mais um dos seus vídeos asquerosos contra a democracia brasileira, xingando magistrados, pedindo o fechamento do STF e a volta do AI-5 – o Ato Institucional mais fascista da ditadura militar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

‘Damares da Goiabeira’ ataca direitos humanos

Por Altamiro Borges

A fundamentalista Damares Alves nunca escondeu o seu desejo de destruir o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), lançado pelo governo Lula em 2009. Com esse intento obsessivo, a ministra – também apelidada de "Damares da Goiabeira" – baixou na quarta-feira passada (10) a portaria número 457/21 para "revisar" o plano sem a participação da sociedade civil.

A medida do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – que deveria ser chamado de Ministério do Preconceito e do Ódio – impõe uma comissão composta apenas por membros do executivo para alterar o PNDH. Ela afronta a Constituição Federal e todos os tratados internacionais de direitos humanos que afirmam a necessidade da participação e controle social.

“Beato Araújo” está na mira no Itamaraty

A colônia de férias das Forças Armadas

João Doria é uma figura banal da política

Por Luis Felipe Miguel

João Doria é uma figura banal da política. Aquele que foi pinçado da obscuridade por um padrinho político que viu nele alguém que se encaixaria na estratégia de marketing do momento - e viu também uma qualidade principal, a ausência de luz própria, que impediria que depois ele se convertesse num rival.

O problema é que não carece luz própria. Basta a luz que o cargo dá. E, como costuma acontecer nesses casos, o projeto de fantoche virou, sim, rival.

Mas Doria - e isso também faz parte do script - acreditou que chegou aonde chegou por seus méritos próprios, sua esperteza, tirocínio político e carisma avassalador. E começou a tentar dar passos maiores que as pernas.

A falência do jornalismo investigativo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em plena efervescência da Lava Jato, o grande Audálio Dantas organizou um evento em Tiradentes (MG) para discutir a cobertura da operação. Foram convidados – e compareceram – os maiores defensores da Lava Jato na grande imprensa, incluindo Miriam Leitão. Fui convidado na condição de crítico da operação.

Na minha apresentação – para minha surpresa – uma experiente repórter, já aposentada, das melhores que a mídia produziu, e, ali, representando a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), me questionou:

– Você está criticando tanto. O que teria feito de diferente?

Confesso minha total surpresa. Um jornalista experiente jamais qualificaria aquela cobertura, meros repassadores de releases, como atividade jornalística. Até fiz blague com ela: A primeira coisa que faria seria te contratar para fazer reportagem de verdade.

Por que só temos duas vacinas até agora?

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Os Estados Unidos vão se afastando a passos largos da condição de epicentro global da pandemia, enquanto o Brasil, com sua vacinação desastrada, vai se credenciando a substitui-lo.

Se aqui o governo Bolsonaro não demonstra a menor pressa em acelerar a vacinação, lá o que vem fazendo a diferença é o empenho do novo governo: o presidente Joe Biden poderá em breve cumprir a promessa de vacinar 100 milhões de americanos nos primeiros cem dias de governo, se for mantida a média diária de vacinação de 1,6 milhão de pessoas por dia.

Com o avanço da vacinação, as médias móveis de mortes e de contaminações nos Estados Unidos já caíram a um terço de 20 de janeiro para cá.

Na vala de Moro, volver!

Por Fernando Brito, em seu blog:

Durante muito tempo “analista militar ” da Folha de S. Paulo, Igor Gielow é dos repórteres do jornal paulista que mais acessos e fontes tem nas Forças Armadas.

A sua narrativa, hoje, sobre os bastidores da conspiração militar do então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas – a expressão não é apenas minha, mas também da insuspeita Miriam Leitão, hoje, em sua coluna “Três generais e uma desonra” – é parte da conclusão aterradora de que tivemos – e será que ainda temos? – um “Partido dos Generais”, disposto a reuniões secretas de seu “Comitê Central” para decidir apenas entre eles quais são os rumos que o país pode tomar.

"Folha" se move para as eleições de 2022

Por Lidiane Vieira, André Madruga e João Feres Jr. no site Manchetômetro:

Após a consolidação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, no dia 14 de novembro, a Folha de S. Paulo publicou editorial intitulado “Os centros se movem”. O texto veio a público depois de cobertura feita pelo jornalista Fábio Zanini acerca de encontros e possíveis alianças entre João Doria, Luciano Huck e Sérgio Moro. Do título ao desfecho, no qual o jornal expressa afobação em garantir a derrota de Bolsonaro e da esquerda em 2022, o texto revela um segredo que leitores mais atentos já conhecem, a imprensa tem lado e por isso se move.

Democracia brasileira exala cheiro de morte

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A democracia brasileira foi golpeada à morte; é um cadáver que exala cheiro de morte. A retórica hipócrita das “instituições funcionando normalmente” não passa de simulacro para simular que ainda existe vida democrática e ordem constitucional.

O simulacro serve apenas para distrair a atenção acerca da escalada metódica e incremental do poder militar: estamos no trânsito vertiginoso da mudança de regime, de civil para militar.

Diferente dos atentados perpetrados pelos militares no século 20 contra o poder civil e a democracia, neste golpe os métodos estratégicos e as armas sub-reptícias substituíram canhões, coturnadas, tiros de fuzil e assassinatos em massa.

O império Globo e o seu Coliseu, o BBB

Por Douglas Belchior, no Portal Geledés:

O participante de um BBB é um gladiador moderno. O gladiador era um escravo lutador na Roma Antiga. Numa época em que a maioria dos romanos viviam na miséria, essa era uma atividade de recreação muito atrativa para o grande público. Combatentes se enfrentavam na arena e a luta só terminava quando um deles ficava desarmado, gravemente ferido ou morto. O responsável pela luta determinava se o derrotado deveria morrer ou não. O povo influenciava muito na decisão. Da plateia, manifestavam se queriam ou não a morte do derrotado – como quem vota pela internet hoje em dia.

A manipulação da informação nas redes sociais

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

Dando sequência ao tema sobre a propriedade dos dados pessoais e o respeito à privacidade das pessoas na internet, publicamos esta entrevista com a jornalista Renata Mielli, secretária-geral do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, integrante da Coalizão Direitos da Rede e estudante do programa de pós-graduação em Ciências da Comunicação, da Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo. A primeira reportagem foi publicada nesta segunda-feira (15).

Renata explicita as questões políticas envolvendo o debate sobre o armazenamento, o tratamento e a utilização dos dados pessoais e aponta para a amplitude das leis sobre a necessária regulação da internet mesmo sob a ótica do mundo capitalista.

Marx, Engels e a "Nova Gazeta Renana"

Do site da Editora Expressão Popular:


Esta edição completa inédita de Karl Marx e Friedrich Engels, organizada e traduzida do alemão pela consagrada cientista social marxiana Lívia Cotrim (1958-2019), reúne os artigos publicados no diário da Liga dos Comunistas, Nova Gazeta Renana, no período da Revolução Alemã e da contrarrevolução na Europa (1º de junho de 1848 – 19 de maio de 1849), em dois volumes: o primeiro com os artigos de Marx e o segundo com os artigos de Engels.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Fantástico desmascara deputado bolsonarista

Por Altamiro Borges

Nunca confie em politiqueiro que se autoproclama "homem do bem" e posa de paladino da ética. Geralmente, ele é um corrupto canalha. Esconde suas sujeiras com o falso moralismo. Neste domingo (14), o programa Fantástico da TV Globo revelou alguns podres do deputado estadual bolsonarista Ruy Irigaray (PSL-RS).

Segundo a longa reportagem, o parlamentar gaúcho usou funcionários do seu gabinete para trabalhos não relacionados à função de assessor – como reformar a casa da sogra e cuidar de suas filhas. O caso é investigado pelo Ministério Público (MP-RS) e pode até resultar na cassação do mandato do oportunista.

STF autoriza ações da PF contra Pazuello


Por Altamiro Borges

O cerco contra o general Eduardo Pazuello, o "craque da logística" do laranjal bolsonariano, vai se fechando por todos os lados. Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da União (TCU) e até o Alto Comando (?) do Exército já estão no encalço do incompetente ministro da Saúde.

Nesta segunda-feira (15), o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a Polícia Federal faça diligências no inquérito que apura se houve omissão criminosa de Eduardo Pazuello na gravíssima crise sanitária que dizima o Amazonas.

Atraso na vacinação é culpa de Bolsonaro

Arte: Gladson Targa
Por Altamiro Borges

O atraso e até a suspensão da vacinação em alguns estados e municípios têm um culpado maior: o genocida Jair Messias Bolsonaro. Há várias provas desse crime. A mais recente foi publicada na Folha e mostra que o governo federal só gastou 9% da verba emergencial liberada para vacinas contra a Covid-19.

Segundo a matéria, três medidas provisórias (MPs) assinadas pelo presidente em agosto, setembro e dezembro abriram créditos extraordinários que somaram R$24,5 bilhões. Mas "o país chegou à metade de fevereiro com apenas R$ 2,2 bilhões efetivamente gastos" – segundo dados totalizados do próprio Ministério da Saúde até 10 de fevereiro.

O general Villas Bôas e a cobiça do Centrão

Solitária, pobre, sórdida, brutal e curta

Por Marcelo Zero

A grande façanha de Bolsonaro foi ter devolvido o Brasil ao que Hobbes chamava de “estado da natureza”.

Uma condição, sem regras, sem leis e sem Estado, na qual a vida humana é invariavelmente “solitária, pobre, sórdida, brutal e curta” (solitary, poor, nasty, brutish, and short). Uma guerra constante de todos contra todos (bellum omnium contra omnes).

De fato, sem auxílio emergencial, sem empregos e salários decentes, sem direitos, sem alimentos, sem perspectivas, sem vacina e até sem oxigênio a vida dos brasileiros se aproxima cada vez mais do pesadelo descrito por Hobbes.

No Brasil, o Estado parece ter sumido, principalmente quando se trata de defender a vida dos mais frágeis e pobres.