domingo, 14 de março de 2021

A histeria do mercado com o gasto público

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Um dos não muitos programas de Jornalismo com jota maiúsculo na televisão brasileira, o Profissão Repórter, comandado por Caco Barcellos, iniciou a temporada 2021 e, no segundo episódio, trouxe imagens e depoimentos tristes e desesperadores sobre a miséria e a fome, que se acentuaram no Brasil.

Uma pena, porém, o ingrato horário de exibição: uma hora da madrugada de uma quarta-feira (3 de março), praticamente.

Porque aquelas cenas e histórias precisam de ser mostradas em horário nobre. Quem sabe, com audiência massiva, haja uma sensibilização e mobilização maior para o enfrentamento do problema.

Em horário nobre, e com repercussão, com cobrança de autoridades políticas e representantes do poder econômico, talvez o auxílio emergencial, irrisório, mas única fonte de renda neste momento para dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras, já tivesse sua continuidade aprovada e em vigência.

"Mercado" reage à elegibilidade do Lula

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Recentemente meu irmão, Lucas, comentou que não entendia como a “economia ia bem” mesmo vendo tanto comércio fechar e gente desempregada. Aí fiquei reflexiva e perguntei: mas vai bem como? A resposta foi categórica: a bolsa sobe.

Frente aos últimos acontecimentos em torno do alvoroço do mercado em relação a elegibilidade de Lula, depois que o Ministro Fachin suspendeu as condenações proferidas por Sergio Moro, resolvi tentar explicar porque isso acontece e o que essas expectativas que envolvem valorização do dólar e baixa na Bolsa dizem sobre a economia real.

PEC Emergencial acelera desmonte do Estado

Editorial do site Vermelho:

Os argumentos do governo Bolsonaro para defender a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, aprovada pela Câmara dos Deputados 1º turno, traduzem uma questão de fundo, uma dicotomia entre o “ajuste fiscal” e as urgências do povo. O argumento é de que a chamada PEC Emergencial permite o pagamento do auxílio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.

A reeleição de Bolsonaro

Por Frei Betto, em seu site:

Sei que o título parece um pesadelo, mas há que encarar a possibilidade com realismo. A direita, incluindo os barões do mercado financeiro, sabe quão difícil é ter um candidato capaz de chegar ao segundo turno. O que interessa a ela é engordar os seus cofres. Pouco se importa com as diatribes de Bolsonaro, as milícias, o genocídio pandêmico, a explosão do desemprego e da miséria. Interessam apenas os índices da Bolsa e do câmbio.

A operação Ciro-Mandetta

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O retorno de Lula ao centro do palco reafirmou algumas certezas: ele é o único estadista em atividade no Brasil, e um dos mais importantes do Mundo; para a esquerda e o bloco democrático, faz toda a diferença serem comandados por um líder dessa grandeza, no duro embate para remover o bolsonarismo do poder.

Mas a volta triunfal de Lula, com um dos mais consistentes discursos de sua longa carreira, no último dia 10 de março no ABC, trouxe também dúvidas:

- por que o JN e as Organizações Globo (Globo News, G1, CBN) deram tanto espaço para Lula no ABC?

- por que, nos dois dias anteriores, a Globo abriu espaço também para a humilhante derrocada de Moro no STF, preparando assim a volta de Lula na figura de líder injustiçado?

Roberto Marinho tinha frase célebre: “o importante não é o que eu mostro nos noticiários, mas o que eu deixo de mostrar”.

sábado, 13 de março de 2021

Golpista da Bolívia é presa por terrorismo

Por Altamiro Borges

A golpista, racista e assassina Jeanine Áñez, que usurpou a presidência da Bolívia após a derrubada ilegal de Evo Morales em novembro de 2019, foi detida neste sábado (13) e transferida a um presídio em La Paz. Ela é acusada de “conspiração, sedição e terrorismo”. Será que um dia o Brasil fará o mesmo com seus golpistas?

No momento da prisão, a covarde ex-ditadora – que autorizou várias atrocidades contra seus opositores – escondeu-se em uma cama box. Segundo a Agência Boliviana de Informação, quando soube que os policiais estavam em sua casa, ela se abrigou dentro da cama. Os agentes chegaram a pensar que ela teria fugido para o Brasil, mas conseguiram achar a fujona.

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Unidade e bandeiras para enfrentar a crise

Por João Paulo Rodrigues


Com a chegada à presidência da República de Jair Bolsonaro, expressão de uma corrente neofascista que se insurge contra a democracia e os direitos conquistados na Constituição de 1988, abriu o debate no campo progressista em relação à tática mais adequada para enfrentar os retrocessos em curso no país.

A eleição de uma figura que faz apologia ao golpe de 1964 e defende o regime militar que vigorou até 1985 acendeu na memória de muitos a campanha pelas Diretas Já, especialmente depois que a pandemia de coronavírus chegou ao Brasil e foram realizados atos autoritários contra as instituições.

A unidade de um conjunto de organizações políticas, do movimento sindical, estudantil e popular, das igrejas progressistas, entidades da sociedade civil e formadores de opinião, como artistas, jornalistas e intelectuais, pela democracia nos anos 80 se transformou num paradigma.

As Américas falam do retorno de Lula

Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Por César Locatelli, no site Carta Maior:


As Américas todas noticiaram e muitos, pode-se dizer, comemoraram a anulação dos processos de Moro contra Lula e sua histórica coletiva: um forte sopro de esperança para o sonho latino-americano de integração, a Pátria Grande.

Lula relembrou o incentivo ao Mercosul, a formação da Unasul e, ainda mais importante, deixou claro que não cabe na América Latina um país rico rodeado de pobreza: “nós construímos e fortalecemos o Mercosul. Nós construímos a Unasul, porque a gente queria criar um grande bloco econômico latino americano, um bloco de 400 milhões de habitantes, de um PIB razoavelmente grande, para negociar em condições de igualdade com a Europa”.