sexta-feira, 30 de abril de 2021

Evangélicos começam a abandonar Bolsonaro

Por Julinho Bittencourt, na revista Fórum:

Por conta da má gestão do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) durante a pandemia do coronavírus, alguns pastores evangélicos que votaram nele há dois anos já falam em terceira via para as eleições de 2022.

Outros ainda admitem que o apoio ao presidente persiste apenas para evitar a volta do PT ao poder.

Nem mesmo o fato de Bolsonaro ter lutado para manter templos abertos durante o isolamento social parece ter melhorado o humor de parte destes evangélicos.

No ano passado, 36 líderes evangélicos gravaram um vídeo em que atendiam “à proclamação santa feita pelo chefe supremo da nação” para um “dia do jejum”. Este ano, a cerimônia realizada no mesmo dia em que foi anunciada a troca de seis ministros, teve a presença de três lideranças.

Estados "bolsonaristas" lideram em mortes

Do jornal Brasil de Fato:


Um levantamento feito pelo portal Congresso em Foco mostrou que a lista dos estados brasileiros com mais óbitos por Covid é liderada por unidades federativas onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o candidato mais votado no primeiro turno das eleições de 2018.

O ranking é puxado pelos estados de Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, que registraram, respectivamente, 292.8, 245.8 e 231.9 mortes por 100 mil habitantes até o último dia 6, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde (MS).

Os três tiveram, seguindo a mesma ordem, percentuais de 41,14%, 58,94% e 55,81% de votos para Bolsonaro na primeira fase da disputa daquele ano, considerando os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Brasil: as peripécias da legalidade

Por Roberto Amaral, em seu blog:

"Lá vão as leis para onde querem os reis" - (Provérbio peninsular)

A leitura da história republicana recomenda cautela quando se trata de analisar o jogo político. A regra brasileira é a insegurança jurídica, porque o direito é o instrumento mediante o qual a classe dominante exerce seu império e faz prevalecer seus interesses; dita as regras que lhe são mais favoráveis, sustenta a democracia representativa quando pode disciplinar a soberania popular, e não hesita em fraturar a ordem legal por ela mesma ditada, quando vê seus interesses ameaçados. O direito não é, está sendo. Assim se explica, por exemplo, a gangorra republicana: presidencialismo, parlamentarismo, presidencialismo, democracia, ditadura, autoritarismo, momentos de franquias políticas, momentos de brutal repressão aos movimentos sociais. 

O filho do porteiro e o serviçal da elite

Por Fernando Brito, em seu blog:


Mais um “vazamento” do pensamento sincero do sr. Paulo Guedes mostra nas mãos de que tipo de gente estamos.

Mais um trecho de seu ‘momento botequim” do ministro na reunião quer teve com representantes dos planos de saúde.

Desta vez dizendo que “o filho do porteiro” teve direito ao Fies – fundo de financiamento ao ensino universitário – mesmo ‘tirando zero no vestibular”, que foi transmitida sem o seu conhecimento e da qual ele se defende como sendo “um momento infeliz”.

Não foi. Guedes é isso, um escravocrata, um remanescente do Brasil censitário, onde o direito das pessoas vem do berço ou da esperteza.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

CPI atiça a briga entre olavetes e milicos

Por Altamiro Borges

A CPI do Genocídio deve esgarçar ainda mais as relações já tensas no laranjal bolsonariano. Em notinha postada na quarta-feira (28), a revista Época revela que "o Palácio do Planalto teme que a guerra entre o enfraquecido núcleo ideológico, formado pelos apoiadores mais radicais de Jair Bolsonaro, e o núcleo militar, cause um bombardeio em cima de Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia".

"O receio é que os olavistas sejam convocados na CPI para apontar erros de Pazuello, tal qual o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten fez à revista Veja, e isso leve o ex-ministro da Saúde a fazer o mesmo em seu depoimento. Só que, ao detonar olavistas, Pazuello pode acabar entregando segredos que coloquem a cabeça de Jair Bolsonaro a prêmio".

Bolsonarista Daniel Silveira no banco de réus

Por Altamiro Borges

Abandonado pelo "capetão" Jair Bolsonaro e esquecido por seus seguidores infiéis, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) segue afundando. Nesta quarta-feira (28), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, colocar o brutamonte no banco dos réus por suas postagens fascistas e suas ameaças às instituições democráticas.

Entre outros crimes, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por divulgar um vídeo com apologia ao Ato Institucional número 5 (AI-5), o mais violento da ditadura militar, e pelos discursos de ódio contra ministros do STF. Ele foi enquadrado pela PGR por grave ameaça (crime tipificado no Código Penal) e por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas O Supremo também decidiu manter o troglodita em prisão domiciliar e com tornozeleira eletrônica.

Leda Nagle calunia e “mata” o jornalismo

As patentes e o acesso desigual à vacina

Pandemia, justiça e impeachment

O jornalismo comunitário e periférico

Bolsonarismo pratica contrainformação

Bolsonaro negou o negacionismo?

Escritos da Barrica: crônicas sobre a Covid

Por Sueli Scutti

Refugiar-se em um barril de vinho para evitar contágio pelo coronavírus e ao mesmo tempo aproveitar o isolamento da quarentena para converter em livro suas observações sobre os acontecimentos do cenário pandêmico. Essa foi a decisão do escritor António Paixão quando a epidemia chegou a estas plagas, em 2020. Dessa opção inusitada surgiram crônicas e contos que misturam ficção e realidade, recheados de humor cáustico e pitadas de ironia que permeiam os mais de 30 capítulos de “Annus Horribilis – 2020 – Escritos da Barrica”, lançado em 15 de abril pela editora Observador Legal.

Quanto pior, pior mesmo!

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:


Uma das inúmeras perguntas que seguem sem resposta no que diz respeito à avaliação do desastre perpetrado diariamente por Jair Bolsonaro e seu governo refere-se ao Auxílio Emergencial. A maneira como a sua equipe vem tratando do tema, desde abril do ano passado, reflete uma forma particular de encarar o fenômeno social em nosso país. Na verdade, trata-se da transformação dos preceitos do liberalismo assassino e irresponsável em políticas públicas que provocam o atual genocídio que vivemos em nosso cotidiano. Afinal, por que tamanha resistência em reconhecer a necessidade de tal benefício e a disposição de concedê-lo de forma adequada, para além das disputas de natureza ideológica?

A misoginia de Bolsonaro

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Na semana em que comemoramos o Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, Jair Bolsonaro volta a dar demonstrações do desprezo e do ódio que nutre pelas mulheres.

O primeiro ataque veio através das manifestações e ações que dizem respeito ao Projeto de Lei 130/2009, que trata da igualdade salarial entre homens e mulheres. O projeto é fundamental, pois garantiria, na prática, a proibição da diferenciação salarial entre homens e mulheres que cumprem uma mesma função.

Ocorre que o projeto foi devolvido à Câmera dos Deputados na última segunda-feira (26). Essa era a data limite para que Bolsonaro se posicionasse, sancionando ou vetando o referido projeto. Mas essa atitude nos mostra uma manobra claramente combinada entre o Presidente da República e o Presidente da Câmara de Deputados, o qual conta com o apoio da maioria de parlamentares machistas representantes dos interesses do mercado.

Povo também quer vacina, general

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247

Ao admitir que tomou vacina contra a Covid-19, o general Luiz Eduardo Ramos, chefe da Casa Civil da Presidência da República, um dos mais altos cargos na hierarquia do Estado brasileiro, criou um problema para Jair Bolsonaro.

Num país onde a ciência informa que 161 milhões precisam de vacina, mas a imunização só atingiu 30 milhões - menos que 1/5 do necessário - a confissão desmascara a hipocrisia que orienta a política sanitária em curso desde que ocorreram os primeiros casos de covid-19 no país.

No mesmo governo que fez o possível para sabotar todos os esforços para vacinar a população brasileira, chegando a definir a pandemia como "gripezinha", divulgando vídeos onde se dizia que a doença logo seria eliminada em poucos meses, permite-se que seus ministros de Estado tomem vacina. Nem todos o fazem às escondidas, como o próprio general admitiu ter feito.

Guerra aberta na CPI não terá trégua

Por Fernando Brito, em seu blog:

Se algum “estrategista” do governo Bolsonaro acredita mesmo no que a Folha dá, neste momento, como forma de “amenizar” a CPI – “Acuado pela CPI da Covid, Bolsonaro recorre a líder do centrão para tentar arrefecer ânimos de Renan” – precisa se atualizar. O voto do representante do “Centrão”, senador Ciro Nogueira (PP-PI) em Omar Aziz (PSD-AM) não é moderação de Bolsonaro: é o muro onde o “Centrão” vai subir para não embarcar no que pode ser a maior “canoa furada” do bolsonarismo.

CPI do Genocídio e a força das palavras

Por Bepe Damasco, em seu blog:


As palavras têm peso e simbolicamente possuem o condão de definir um fato histórico e seus desdobramentos.

Se nós da esquerda democrática, lutando contra inimigos poderosos, fomos capazes de atirar o lavajatismo na latrina da história, também podemos emplacar o nome adequado para a CPI aberta nesta terça-feira (17) no Senado.

Não se trata de mera questão de semântica, mas sim de solidariedade aos entes queridos dos que morreram e respeito às suas memórias. Tratá-la como CPI da Covid seria cometer um grave erro político que não devemos nos permitir. Então, não há dúvidas:

A perversidade neoliberal de Paulo Guedes

Editorial do site Vermelho:

As afirmações do ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, de que “o chinês inventou o vírus” e produziu vacinas de baixa eficácia, e que a longevidade é insustentável para os cofres públicos, traduzem uma ideologia que não tem razão de ser no século XXI. Para ele, como o Estado “quebrou” o setor público não terá capacidade de suprir a demanda crescente por atendimento na área da saúde. “Todo mundo vai procurar serviço público, e não há capacidade instalada no setor público para isso. Vai ser impossível”, afirmou.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Embaixador chinês vacina o infectado Guedes

Por Altamiro Borges

Sem citar o nome de Paulo Guedes, já infectado pelo vírus bolsonarista da imbecilidade, o embaixador chinês no Brasil respondeu às suas fake news preconceituosas. Um dia antes, o ministro da Economia havia dito que “o chinês inventou o vírus” e que a vacina asiática é ineficaz. Como dando um recado sobre os riscos do futuro, Yang Wanming retrucou:

“Até o momento, a China é o principal fornecedor das vacinas e dos insumos ao Brasil, que respondem por 95% do total recebido pelo Brasil e são suficientes para cobrir 60% dos grupos prioritários na fase emergencial. A Coronavac representa 84% das vacinas aplicadas no Brasil”, postou educadamente em sua conta no Twitter.