domingo, 11 de julho de 2021

Bolsonaro e chefes militares apostam no caos

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Os comandantes das Forças Armadas se viram obrigados a sair das sombras.

No momento em que o governo militar é flanqueado por escabrosas denúncias de corrupção e é responsabilizado pelo morticínio e pela catástrofe econômica nacional, os militares “saem da toca” e partem para a ofensiva política. Fazem isso acirrando e incendiando o clima político.

Se a impunidade do general transgressor Eduardo Pazuello removeu o véu que recobria a imagem de falso-moralismo, falso-legalismo e falso-profissionalismo das Forças Armadas, a nota infame de ataque ao Senado [8/7] evidenciou o total desvirtuamento desta instituição de Estado, convertida em facção político-partidária de extrema-direita.

A elite e o uso perverso do falso moralismo

Por Jair de Souza


Recentemente, fomos surpreendidos pela notícia de que Eduardo Leite, um político até então associado ao bolsonarismo, declarou publicamente sua condição homossexual. Tal feito ganhou enorme repercussão na mídia corporativa, que tratou de redesenhar a imagem de Eduardo Leite de modo a que seus vínculos anteriores com Jair Bolsonaro (o campeão da homofobia e da intolerância sexual no Brasil) se vissem atenuados.

sábado, 10 de julho de 2021

A reação ditatorial do Ministério da Defesa

"Vai uma vacina aí, chefia"

A reação das instituições contra Bolsonaro

Advogado dos Bolsonaro ameaça jornalista

Bolsonaro prepara baderneiros armados

Inflação e a previdência dos militares

A imprensa e a ascensão do neofascismo

A luta dos trabalhadores, ontem e hoje

Empresas tecnológicas e o trabalho infantil

"Militares como guarda-costas de Bolsonaro"

Há hegemonia no campo político?

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Bolsonaro é um gângster, afirma Spike Lee


Por Altamiro Borges


A fama do "cagão" Jair Bolsonaro se espalha rapidamente pelo mundo. Na abertura da 74ª edição do Festival de Cannes, na terça-feira (6), o premiado cineasta estadunidense Spike Lee, que preside o júri, chamou o presidente brasileiro e outros dois líderes políticos (Donald Trump e Vladimir Putin) de "gângsteres", que "não têm moral ou escrúpulos".

“O mundo está sendo comandado por gângsteres. Há o Agente Laranja [o ex-presidente dos EUA, Donald Trump], o cara do Brasil [Jair Bolsonaro] e o Putin [presidente russo]. São bandidos e vão fazer o que desejarem. Eles não têm moral ou escrúpulos, precisamos falar alto sobre gente assim”, afirmou.

McDonald’s é investigada por racismo e assédio

Por Altamiro Borges


No final de junho, a procuradora do trabalho Elisa Maria Brant de Carvalho Malta decidiu abrir um inquérito para apurar denúncias sobre as práticas de racismo, assédio sexual e assédio moral praticadas pela rede McDonald’s no Brasil. Alguns casos já vinham sendo apurados desde 2020 em um procedimento preparatório. Agora, o processo deve se acelerar.

Reportagem da Folha publicada na terça-feira (6) cita alguns episódios revoltantes e afirma que eles “integram o corpo de denúncias recebidas pela ‘Sem direitos não é legal’, uma campanha global que atende os trabalhadores do McDonald’s no país, e que estão em representação feita pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) ao Ministério Público do Trabalho”.

Nota infame dos militares encobre gangues

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A nota assinada pelo general-ministro da Defesa e comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica é despropositada e intolerável:

1. é totalmente absurdo e impróprio, à luz da Constituição e da Lei Complementar 97/1999, que comandantes das Forças Armadas se manifestem politicamente e assinem libelo político de ataque a outro Poder da República;

2. reforça que as Forças Armadas atuam como facção político-partidária do governo militar, não como instituição permanente de Estado;

3. aprofunda a participação ilegal e inconstitucional das Forças Armadas, em especial do Exército, no jogo político;

Afronta de militares deve ser repelida

Editorial do site Vermelho:

Com provas testemunhais e documentais, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, em curso no Senado Federal, vem demonstrando a conduta negligente e danosa do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus. A resultante dessa política genocida é trágica. Até esta quarta-feira (7), 528.611 brasileiros morreram em consequência da doença.

Segundo o epidemiologista Pedro Hallal, o governo poderia ter evitado cerca de 400 mil dessas mortes se tivesse adotado com maior rigor as medidas preventivas recomendadas pela ciência. Bolsonaro, ao contrário, não cumpriu seu dever constitucional de assegurar aos brasileiros o direito à vida e à saúde.

Nota dos militares é um acinte à democracia

Por Gilberto Maringoni

A nota produzida pelo ministro da Defesa e pelos comandantes das três Armas no início da noite desta quarta (7) é absolutamente inaceitável num regime democrático. Em quatro parágrafos, os altos oficiais buscam intimidar o presidente da CPI do Covid, senador Omar Aziz, e, por tabela, todo o meritório trabalho da Comissão.

Não é à toa. Na tarde de hoje, os senadores começaram a deslindar a ação de duas possíveis quadrilhas incrustradas no ministério da Saúde. Elas disputariam o butim do sobrepreço das vacinas. De um lado estaria a ala comandada pelo deputado Ricardo Barros, e de outro, uma turma que teria o coronel Elcio Franco à testa.

Hagiografia em chamas

Por Manuel Domingos Neto

Desde a última ditadura, a representação política viveu intimidada pelos militares.

Em 1979, acatou uma anistia que preservou praticantes do terrorismo de Estado que atentaram contra a humanidade. Na Constituinte de 1988, através do Artigo 142, reconheceu os superpoderes das corporações armadas. O Ministério da Defesa, organismo essencialmente político, foi entregue ao desígnio do militar. Os negócios da Defesa foram simploriamente assimilados como assuntos militares. Com uma tuitada um general condicionou as últimas eleições presidenciais. Com o país em profunda crise multidimensional, a representação política admitiu que Bolsonaro concedesse privilégios a perder de vista à “família militar”.

A CPI está do lado certo da História

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Ninguém está acima da lei.

Este é um princípio democrático e civilizatório que se aplica tanto a civis quanto a militares.

A CPI da Pandemia do Senado Federal descobriu fortíssimos indícios de que há, dentro e fora do Ministério da Saúde, verdadeiras máfias que operam para obter propinas em compras de vacinas e outros insumos necessários para o enfrentamento à maior tragédia humanitária da história do Brasil.

São criminosos da pior espécie, grupos que seriam compostos tanto por civis quanto por militares.

Essas máfias, somadas à estratégia criminosa de impingir a imunidade natural de rebanho tanto a civis quanto a militares, são, ao menos, parcialmente responsáveis pelas cerca de 530 mil mortes de brasileiros, civis e militares.