domingo, 27 de fevereiro de 2022

Cabeça fria para enfrentar o ano eleitoral

Charge: Erasmo
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quando passar mais um estranho carnaval que não é carnaval, desembocaremos em março. Aí faltarão sete meses para a eleição de outubro. Dia desses por curiosidade dei uma pesquisada para saber como estava a situação de Lula no Datafolha em fevereiro de 2002 e fevereiro de 2006, anos em que Lula saiu vitorioso das eleições.

Em 2002, Lula aparecia numericamente acima de Roseana Sarney, mas em situação de empate técnico: 28% a 26%. Quatro anos depois, os tucanos ainda mantinham acesa a disputa entre Alckmin e Serra pela vaga de candidato do PSDB à presidência. No cenário com Serra, empate: 34% Serra, 33% Lula. Na simulação contra Alckmin, que acabaria vencendo a queda de braço interna e se lançando candidato, Lula liderava com certa folga por 36% a 20%.

A guerra da Ucrânia e a mídia

Foto: BBC
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Um dos grandes desafios jornalísticos é a cobertura sistemática de temas não usuais. Explode determinado tema, foge do padrão normal de cobertura e de conhecimento do jornalista. O que fazer?

Esse fenômeno ocorreu na CPI dos Precatórios, no final dos anos 90 (abordo em meu livro “O jornalismo dos anos 90”). E acontece agora, na cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

As coberturas convencionais têm o roteiro pronto, muitas vezes aceito passivamente pelo jornalista. Vai falar sobre economia? Entreviste os economistas A, B ou C, pergunte da lei do teto, peça uma crítica ao gasto público, e se dê por satisfeito.

Em cima dessa receita simples, comentaristas como Boris Casoy, na CNN, ou alguns comentaristas político-econômicos da Globonews fazem sua lição de casa diária, de um jornalismo pouco exigente.

Conflito não é só de Bolsonaro e Mourão

Por Moisés Mendes, em seu blog:


A grande imprensa brasileira se acovardou diante do mais importante fato político e militar acionado no país pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

O título das reportagens do dia seguinte sobre o embate de posições entre Bolsonaro e Mourão seria o mais óbvio:

Guerra divide Bolsonaro e Mourão e provoca racha no governo e no pensamento militar.

Mas os jornais se encolheram e trataram mal inclusive o constrangimento na área diplomática, como se fosse uma questão pontual. É uma questão de fundo, grave, que envolve a diplomacia e o que os generais pensam de uma guerra.

A russofobia da mídia hegemônica na Ucrânia

Foto: Sputnik
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Na guerra, a primeira vítima é a verdade” - autoria desconhecida

A cobertura que a mídia hegemônica faz da crise na Ucrânia é alarmantemente viciada, além de claramente racista e preconceituosa.

Os meios de comunicação em todo mundo são meros repetidores dos mantras russofóbicos fabricados em Washington para instrumentalizar a guerrilha geopolítica e ideológica das “forças do bem”, a civilização ocidental, contra a “força do mal” – os russos, caucasianos e eurasiáticos.

Em geral, a mídia não só é subserviente ao “release único” escrito em Washington, como também é indigente e desonesta. Além de omitir aspectos étnicos, históricos e culturais dos povos eslavos, também mente, estigmatiza Putin e falsifica a história.

Mídia pró-EUA protege nazistas da Ucrânia

Manifestação neonazista na Ucrânia
Por Leonardo Wexell Severo

“O que está havendo na Ucrânia é uma campanha feroz de desinformação, uma guerra suja da mídia pró-Estados Unidos contra a Rússia em favor das forças nazifascistas, com vídeos falsos e fake news”, afirmou em entrevista exclusiva a jornalista argentina Stella Calloni. Correspondente de guerra, especialista em Política Internacional, ganhadora de inúmeros prêmios, como o Latino-americano de Jornalismo de 1987, Stella denunciou as “perseguições e crimes de lesa-humanidade praticados durante anos pelo governo ucraniano” e alertou que “parcela expressiva da população de todos os nossos países está sendo intoxicada pelas mentiras que vêm consumindo, o que vai contra os seus próprios interesses”. “O fato é que a informação está sendo usada como arma de guerra do Pentágono”, sublinhou.

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Motociata rende ação contra 13 bolsonaristas

Guerra na Ucrânia tem implicações globais

Os evangélicos progressistas nas eleições

Assédio moral de Luciano Hang a jornalistas

Brasil perde a guerra sem ir à guerra

Governo Bolsonaro não acredita na cultura

O conflito Ucrânia x Rússia

Carnaval, cultura popular e Bakhtin

Bolsonaro e Mourão entram em conflito

Anitta e Ricardo Salles: tudo de novo!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Cidadania italiana de Bolsonaro será anulada?

Mourão, o valentão, quer enfrentar os russos

Charge: Duke
Por Fernando Brito, em seu blog:

É difícil superar a estupidez diplomática de Jair Bolsonaro , amplamente demonstrada em chamar para si o que seria “a pacificação” da crise entre russos e ucranianos e disparar aquele inconveniente “somos solidários à Rússia”, um compromisso absolutamente inadequado àquela altura.

Mas o vice, Hamilton Mourão, conseguiu a proeza.

No momento em que todos deveriam estar exigindo um cessar-fogo imediato, com o fim do confronto armado como ponto de partida para o reinício dos entendimentos (ou início, porque nunca foram sérios e sinceros) o nossa cavalariano vice-presidente dispara:

Ucrânia: a guerra e a necessidade de paz!

Charge: Latuff
Editorial do site Vermelho:


A Rússia deflagrou nesta quinta-feira (24) uma “operação militar especial” em Donbass, no leste da Ucrânia. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, o objetivo da missão é “desmilitarizar” a nação vizinha, que há oito anos – desde o golpe de 2014 que levou ao poder forças de extrema-direita e hostis à Rússia – tem imposto “abusos e genocídio” à população ucraniana. Em cadeia nacional de TV, Putin também deixou claro que não vai tolerar qualquer ingerência externa no conflito. “Ninguém deveria ter nenhuma dúvida de que um ataque direto ao nosso país levará à derrota e a consequências terríveis para qualquer agressor potencial.”

O sindicalismo no rumo certo

Ilustração: Maringoni/SEESP

Por João Guilherme Vargas Netto

Parece que as coisas estão tomando o rumo certo. Enquanto na base e no dia a dia os dirigentes estão cuidando dos problemas dos trabalhadores, organizando campanhas e negociando reajustes salariais, fiscalizando os locais de trabalho ou pressionando deputados e senadores, nas cúpulas das direções sindicais preocupa-se também com a realização da Conclat-2022.

E esta dupla tarefa é mesmo necessária.

Em meu último texto endossei inteiramente o que vem sendo determinado pela comissão organizadora da reunião do dia 7 de abril, aceitando como definitiva a forma de sua composição e sugerindo medidas capazes de aumentar sua representatividade e legitimidade.

Sergio Moro já não tem salvação

Charge: Bruno Aziz
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Sergio Moro não volta mais na segunda temporada. Já morreu fazendo vários personagens, como juiz, ministro de Bolsonaro, futuro ministro do Supremo e como consultor.

E agora vai morrendo aos poucos também como pré-candidato a presidente. Moro foi um quase isso e quase aquilo várias vezes nos últimos seis anos.

Quase foi o maior juiz brasileiro de todos os tempos, quase foi o homem de confiança de Bolsonaro, quase protegeu os filhos do sujeito, quase ganhou uma cadeira no STF, quase foi diretor de fato da Alvarez e Marsal e quase foi levado a sério como candidato a presidente.

Moro não entregou nada do que prometeu do jeito que foi prometido. Pode ter entregue a quebradeira das empreiteiras e o encarceramento de Lula, mas fez um serviço sujo e mal feito e acabou fracassando. Lula nunca esteve tão forte.