domingo, 13 de março de 2022

A histeria assassina do Facebook

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não é só de coisas bizarras, tão idiotas quanto inofensivas, que vive a histeria russofóbica nestes dias, como a do restaurante paulista que “proibiu” o pobre estrogonofe de figurar no cardápio, por ser de origem russa e, quem sabe, o champignon fosse defensor de Vladimir Putin.

Há coisas criminosas, como o que foi exposto pela agência Reuters, contidas em e-mail interno da Meta – novo nome da empresa de Mark Zuckerberg que controla Facebook, Instagram e WhatsApp – liberando para países do Leste Europeu e da Ásia “campanhas de ódio” e de assassinato (deste que não contivessem local, data e meio da morte – contra qualquer militar russo e, ainda, permitindo elogios ao Batalhão Azov, um grupo neonazista incorporado ao Exército da Ucrânia, desde que dirigidos para sua atuação na guerra.

Azov: A milícia neonazista da Ucrânia

Batalhão Azov. Foto: Sergei Supinsky/AFP
Por Jair de Souza

Com o acirramento do conflito armado na Ucrânia, a população civil de vários lugares da região leste do país está sofrendo as agruras da guerra sem encontrar meios para evadir.

Parece que as forças russas que ingressaram no território ucraniano não estão dispostas a se retirar sem antes exterminar aqueles que elas consideram os principais responsáveis pela perseguição atroz desfechada contra as comunidades de etnia majoritariamente russa daquela região.

Nomeadamente, está mais do que evidente que os russos não pretendem recuar ou entrar em um cessar-fogo sem que as tropas do conhecido Batalhão Azov tenham sido completamente aniquiladas.

Um vento de esperança no Chile

Gabriel Boric
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Gabriel Boric (se pronuncia “Borich”) tornou-se muito mais que o mais jovem presidente (36 anos) a assumir a presidência do Chile: tornou-se um imenso lago andino de esperança.

Ele certamente sabe a dimensão do peso que foi posto sobre seus ombros nesta sexta-feira.

Sabe que os olhos de boa parte do mundo, especialmente da América Latina, estão atentos a cada gesto seu a partir deste momento.

Sabe também que concentra as atenções não apenas de seus eleitores, mas de tudo aquilo que significa poder – poder político, econômico, de apoio ou de oposição, e até mesmo o poder de impor obstáculos.

Impossível, embora injusto, não traçar um paralelo entre Boric e Salvador Allende, que morreu durante o golpe sangrento do sanguinário general Pinochet em 11 de setembro de 1973. Aquele foi outro vendaval de esperança, mas que teve um final trágico.

A guerra e o fim da hegemonia anglo-saxã

Charge: Menekşe Çam
Por Roberto Amaral, em seu blog:

"Ninguém cede poder por boa vontade. Olhando para a história, mudança na ordem mundial é um processo multifacetário, alongado, com lances imprevisíveis e necessariamente sangrento. A mudança não será pacífica. Hegemonia internacional rima com hecatombe. O sangue correrá em proporções inimagináveis". Doze Perguntas - Manuel Domingos Neto (05.03.2022)

A guerra da Ucrânia ainda não é o armagedom do Ocidente, mas pode chegar até lá, porque a batalha real, que se trava em todos os quadrantes do planeta, diz respeito à disputa da nova ordem mundial, anunciada pelo encontro da emergência da China com a decadência dos EUA. Essa guerra, global, estratégica, permanente, já se opera em todos os níveis, no plano econômico tanto quanto no plano político, no plano diplomático tanto quanto nas esferas ideológica e comunicacional. (A propósito, a cobertura oferecida pela Rede Globo revela seu extremo engajamento, ou seja, uma extremada parcialidade. Não se trata, porém, de fato isolado. Ela segue o padrão dominante da mídia internacional, que copia a linha editorial do The New York Times). A novidade nessa guerra, é o ensaio bélico levado a cabo na Ucrânia, que cobrará imprevisível rol de vidas humanas perdidas. Pode ser o preludio do choque inevitável que os deuses do Olimpo intentam adiar, enquanto os guerreiros aqui na Terra afiam suas adagas.

sábado, 12 de março de 2022

Artistas contra destruição do meio ambiente

Caminhoneiros fecham estradas na Bahia

O ataque criminoso aos povos indígenas

Ciência, tecnologia e a soberania nacional

Sanção ao petróleo russo afeta o Brasil

Crise dos combustíveis desnorteia Bolsonaro

O golpismo e a nova lei do impeachment

Amazônia tem desmatamento recorde

Preços da Petrobras e geopolítica do petróleo

Gasolina cara: tem solução?

sexta-feira, 11 de março de 2022

O cancelamento da cultura russa e a guerra

Mega-aumento de combustíveis e a inflação

Crescimento de Bolsonaro não ameaça Lula

As repercussões do conflito na Ucrânia

Civilizado, desculpe incomodar

Charge: Latuff
Por Manuel Domingos Neto

“Sou contra a guerra; detesto derramamento de sangue; o diálogo é a única alternativa; guerra é barbárie...”. Escuto essas frases com frequência.

Mas, além dos psicopatas, quem é favor de matanças, deus do céu?

Depois de um amigo expor longamente seu elevado pacifismo, perguntei-lhe se deixara de cantar o hino nacional, uma canção guerreira. Não fiquei para testemunhar seu embaraço.

O fato é que o despreparo e a hipocrisia dominam quando os confrontos armados entram em pauta.

Choque do Petróleo e o papel da Petrobras

Foto: Dani Dacorso/FUP
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:


Em 1973 os países membros da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP) mediram forças com os Estados Unidos em retaliação por conceder apoio a Israel na Guerra no Yom Kippur.

Nessa ocasião o preço do barril no mercado internacional quadruplicou, sendo o start para aprofundar uma crise que já vinha se processando, prioritariamente, nos países de capitalismo central que teve como consequência econômica o desenvolvimento de longo período de estagflação.

No Brasil, os impactos da elevação do preço barril foram fundamentais para que o governo brasileiro operasse uma “marcha forçada” que, entre outros aspectos, capitalizou a Petrobras e planejou as condições para a sua marcha ruma a águas profundas, aprofundando o movimento de descoberta de óleo nas profundezas do mar, fator essencial para a elevação da extração e produção de petróleo e a menor vulnerabilidade da economia nacional a precificação de um ativo tão importante para o desenvolvimento nacional.