segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Cenário impõe mudança de estratégia

Por Valter Pomar, no jornal Brasil de Fato:

Dilma Rousseff foi eleita, mas a direita esteve perto de recuperar a Presidência. O complexo cenário pós-eleitoral é agravado pela correlação de forças no Congresso, pelos múltiplos efeitos da Operação Lava Jato e pela ofensiva permanente dos derrotados, que mantem intensa pressão política e midiática em favor da aplicação do programa derrotado nas urnas.

Judiciário, MP e PF são independentes?

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Por Bepe Damasco, em seu blog:

Na boca da presidenta da República ou do ministro da Justiça são até compreensíveis declarações louvando a independência e a autonomia do Judiciário, Ministério Público e da Polícia Federal. É mesmo importante confrontar a situação atual com os tempos do engavetador-geral da República da era tucana. No entanto, quem dera essas instituições levassem ao pé da letra o mantra "doa a quem doer." Boa parte dos procuradores do MP, juízes de todas as instâncias do Judiciário e delegados da PF são mais do que independentes e autônomos em relação ao governo federal. Agem, na realidade, como braços da direita e do antipetismo visceral no aparelho de Estado brasileiro. Por outro lado, estão longe de serem independentes dos interesses políticos, eleitorais e golpistas da oposição, bem como do monopólio midiático.

A escolinha do professor Sérgio Moro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É melhor rasgar logo a Lei Orgânica da Magistratura e a Constituição Federal.

Porque a partir do exemplo de Sérgio Moro, que elevou ao cubo o “animus escoiciandi” de Joaquim Barbosa, não existe mais.

O que está escrito no artigo 36 da lei, que ao Juiz é proibido ” manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem” não vale mais.

O governo e o escândalo do HSBC

Do blog de Zé Dirceu:

Continuamos a não encontrar razões legais ou políticas para a omissão – que beira a cumplicidade – das autoridades brasileiras com relação as contas de brasileiros no HSBC da Suíça, conforme denúncia do Consorcio Internacional de Jornalistas Investigativos ( ICIJ na sigla em ingles) no escândalo que ficou conhecido como o SwissLeaks – ou Suicilão, como também já vem sendo chamado.

Mentiras e intrigas. Lula é o alvo!

Por Altamiro Borges

Ao mesmo tempo em que tenta emparedar o governo Dilma, inclusive com a ameaça do impeachment, a direita nativa faz uma grande investida para desgastar a imagem do ex-presidente Lula. Todas as pesquisas confirmam que ele goza de enorme popularidade junto à população, sendo considerado o melhor presidente da história do Brasil. Daí a necessidade de bombardeá-lo diariamente com mentiras e intrigas para evitar que surja com força na disputa sucessória de 2018. Neste jogo combinado, a mídia monopolista cumpre o papel de principal “partido da oposição”.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Herdeiro do Estadão e o fim dos jornais

Por Altamiro Borges

Todo mundo sabe que a mídia impressa corre risco de extinção. Nos EUA, mais de 120 jornais fecharam nos últimos doze anos. No Europa, até diários centenários passam por sérias dificuldades. No Brasil, vários jornais também já sucumbiram. Todo mundo sabe, ainda, que o oligárquico “Estadão” está em crise. Ela é antiga e não deriva apenas da explosão da internet. Ela decorre da sua perda de credibilidade e da incompetência gerencial da famiglia Mesquita, como historiou o saudoso jornalista Mylton Severiano no livro “Nascidos para perder”. Até aí, todo mundo sabe! Mas agora é um dos herdeiros do Estadão, o empresário Rodrigo Mesquita, que confirma a tragédia. “Os meios tradicionais de massa, do jornal à TV, estão mortos. É uma questão de tempo”, postou em seu Twitter na sexta-feira (20).

Blogueira elitista e a "imagem da Globo"

Por Altamiro Borges

A “divertidíssima” jornalista Silvia Pilz, que utilizava seu blog para difundir preconceitos e esbanjar elitismo, não aguentou a saraivada de críticas e decidiu encerrar suas postagens no site do jornal O Globo. Não se sabe ao certo se ela “se suicidou” ou se foi “suicidada” pela direção global. No post intitulado “Me cago en la hostia”, ela se faz de vítima dos “politicamente corretos” e tenta explicar “o fim do blog Zona de Desconforto”, que estava hospedado no jornalão da famiglia Marinho. Garante, porém, que seguirá escrevendo as suas bobagens elitistas em sua própria página.

Cardozo processará a ‘Veja’? Duvido!

Por Altamiro Borges

O ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, sempre tão cordato e “republicano” diante da imprensa oposicionista, passou a ser alvo de ataques midiáticos nos últimos dias. De nada adiantou sua afável entrevista na semana passada à revista “Veja” – aquela que a própria presidenta Dilma chamou de “criminosa” durante a campanha eleitoral de outubro passado. Seus supostos “amigos” nas redações agora exigem sua cabeça – no que contam com o apoio do carrasco Joaquim Barbosa, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Diante do bombardeio, em especial da Veja, o ministro decidiu finalmente reagir. Ele até podia aproveitar a momentânea valentia para processar o pasquim da falida e decadente famiglia Civita!

Dilma cutuca FHC, que reage. Doeu!

Por Altamiro Borges

Bombardeada diariamente pela mídia tucana, a presidenta Dilma Rousseff resolveu quebrar o seu silêncio e partir para a polêmica – uma decisão fundamental para travar a prometida “batalha da comunicação”. Nesta sexta-feira (20), indagada pela imprensa sobre a corrupção na Petrobras, ela colocou o dedo na ferida. “Se em 1996 ou 1997 tivessem investigado e punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras [Pedro Barusco] que ficou durante quase 20 anos atuando no esquema de corrupção”. De imediato, o ex-presidente FHC reagiu, vestindo sua fantasia rasgada de vestal da ética. Os “calunistas” amestrados da mídia também ficaram irritados com a incisiva resposta da presidenta. Ou seja: doeu!

Entenda como funciona o "Merendão"

Por Diógenes Brandão, no blog As falas da pólis:.

Imagine que você tenha sido reeleita diretora de uma escola e depois de algum tempo, ao determinar a fiscalização e controle mais rígido dos recursos financeiros e de sua gestão, é informada de que alguns funcionários desviam merenda escolar do depósito, há mais de 20 anos e que os mesmos foram contratados por um ex-diretor, que mesmo sabendo, nada fez para impedir a corrupção na escola.

Kamel X Cafezinho: A disputa desigual

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Há uma injustiça básica numa batalha legal que envolva o diretor de telejornalismo da Globo e um blogueiro.

É o milhão contra o tostão.

Todas as circunstâncias estão a favor do grandalhão. É muito mais fácil um juiz decidir pelo homem da Globo, a despeito do mérito do caso.

O Globo faz ficção contra a Petrobras

Por Conceição Oliveira, no blog Maria Frô:

Michelle D. Vieira é funcionária da Petrobras. Em seu Facebook, escreveu um dos documentos mais representativos sobre o jornalismo ficcional praticado pela Globo. É um primor, vale cada linha.

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Carta aberta à Leticia Fernandes e ao jornal O Globo

A quem serve a reforma política de Cunha

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Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

Se existia alguma dúvida em relação ao poder de reação – leia-se reacionário, no sentido estrito do termo – do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ela caiu por terra com a manobra de colocar em pauta a Proposta de Emenda Constitucional de número 352. Se aprovada, a emenda vai consolidar um sistema político que está alicerçado no dinheiro de grupos econômico, distorce a vontade popular e aprofunda cada vez mais a distância entre a representação política do eleitor, com danos enormes para a democracia. A proposta amplifica os defeitos do sistema democrático brasileiro que são a base do descrédito em que estão sendo jogadas as instituições.

Lava-Jato e a dança dos bilhões

Por Mauro Santayana, na Rede Brasil Atual:

O Ministério Público Federal acaba de propor que se multe as empresas envolvidas com a Operação Lava Jato em mais de R$ 4 bilhões, quando o dinheiro efetivamente desviado comprovadamente ainda não chegou a R$ 400 milhões. Querem criar a figura de danos morais coletivos, além de multas, para chegar a mais ou menos R$ 10 pagos pelas empresas para cada real desviado. 

O bem comum foi enviado ao limbo

Por Leonardo Boff, em seu blog:

As atuais discussões políticas no Brasil em meio a uma ameaçadora crise hídrica e energética se perdem nos interesses particulares de cada partido. Há uma tentativa articulada pelos grupos dominantes, por detrás dos quais se escondem grandes corporações nacionais e multinacionais, a midia corporativa e, seguramente, a atuação do serviços de segurança do império norte-americano, de desestabilizar o novo governo de Dilma Rousseff.

O alvo de Moro é Lula. E, talvez, mais

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na coluna de Monica Bergamo, na Folha, a declaração de quem sabe – porque está recebendo as perguntas e as propostas de acordo da Polícia Federal, do Ministério Público, com a cobertura do Juiz Sérgio Moro, que estende indefinidamente a duração da prisão dos acusados – o objetivo do método “vai ficar preso até que diga o que queremos que você diga”.

Solidariedade plena à Venezuela

http://aporrea.org/
Editorial do site Vermelho:

A Venezuela está mais uma vez às voltas com uma ameaça de golpe de Estado, fruto da ação das oligarquias locais, representadas por forças que optaram pela violência e a ilegalidade, com o apoio aberto dos Estados Unidos, em mais uma tentativa de ingerência e desestabilização. A ação golpista se desenvolve em meio à guerra econômica e ao terrorismo midiático

Os pecados de Dilma Rousseff

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Adhemar de Barros levou para casa as urnas marajoaras do museu. Ernesto Geisel, os vasos chineses presenteados por autoridades estrangeiras em visita oficial. Exemplos daquele patrimonialismo que o ministro Levy parece desconhecer. Mas há formas piores.

O presidente da Petrobras aos tempos da ditadura do acima citado Geisel, Shigeaki Ueki, foi o primeiro grão-mestre da corrupção na empresa criada por Getúlio Vargas. Certo Barusco de quem muito se fala é destacado executivo da Petrobras desde meados dos anos 90, aquele período abençoado pela mídia deliciada, em que reinou Fernando Henrique, quando ainda não havia comprado os votos para conseguir no Congresso o seu segundo mandato, debaixo dos aplausos midiáticos.

A indústria de mentiras contra Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todos sabem qual foi a primeira grande mentira pública sobre Lula. No segundo turno da campanha eleitoral à Presidência de 1989, Miriam Cordeiro, ex-namorada do então candidato do PT à Presidência, Lula, apareceu no programa eleitoral de seu adversário, Fernando Collor, para acusar o pai de sua filha Lurian de supostos defeitos morais.

Acabou o Carnaval: agora é guerra!

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Não vai ter refresco nem para curar a ressaca do Carnaval. Em plena Sexta-feira de Cinzas, Dilma e Aécio reapareceram em público, ao mesmo tempo, em Brasília, para dar uma amostra do clima de guerra que nos aguarda neste ano de 2015.

Dilma, mais magra e falante, atacou primeiro:

As delações contra o demo Agripino Maia

Por Daniel Dantas Lemos, no blog De olho no discurso:

Abril de 2012. O empresário paulista Alcides Barbosa está preso, em São José do Rio Preto, desde a deflagração da Operação Sinal Fechado em novembro de 2011.
 
Assistido por advogados pagos pelos demais envolvidos, Alcides percebe que a sua defesa, na verdade, não o defende e seu objetivo é mantê-lo encarcerado para garantir o seu silêncio.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Agiotas tentam estrangular a Grécia

Por Altamiro Borges

Não é só no Brasil que a direita não aceita a derrota nas urnas e tenta impor o seu programa rejeitado pelos eleitores. Na Grécia rebelde, que deu uma guinada à esquerda no pleito de janeiro passado, as forças do capital também se articulam para emparedar o governo do Syriza. Depois de uma longa negociação, concluída nesta sexta-feira (20), os chefões da zona do euro conseguiram impor o seu calendário de pagamento da draconiana dívida externa do país. Pelo acordado, os gregos terão quatro meses para garantir o resgate financeiro. O novo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, reivindicava um prazo maior, mas teve que ceder sob a chantagem da exclusão da Grécia da zona do euro e da implosão econômica no país.

Lava-Jato e o terror econômico

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Determinados acontecimentos históricos tem uma reconhecida capacidade de iludir seus contemporâneos.

O mais recente envolve a multa de R$ 4,47 bilhões que o Ministério Público pretende aplicar contra seis empresas envolvidas na Operação Lava Jato. O MP também pretende impedir que participem de licitações, que recebam benefícios fiscais e juros subsidiados em seus investimentos.

A solidariedade a Miguel do Rosário

Por Fernando Brito, no blog O Cafezinho:

Miguel do Rosário, por um post em O Cafezinho, foi condenado, já em segunda instância, a indenizar por Ali Kamel, que, como se sabe, tem conseguido diversas condenações a blogueiros.

Não entro no mérito – porque, ao que parece, não se pode mais discutir o que dizem juízes – e tento não abrir o flanco a processos judiciais deste senhor, é evidente. Razão pela qual este posts não será aberto a comentários, pois não disponho de uma equipe para triá-los todos e no que sair nas intervenções dos leitores, pode-se explorar uma eventual co-responsabilidade do autor, ainda que seja nenhuma, nestes tempos de redes sociais.

Por que os jornalistas não reagem?

Por Fabio Lau, no jornal Correio do Brasil:

A atitude do jornalista inglês do The Daily Telegraph, Peter Oborne, que pediu demissão por não concordar com a linha editorial do jornal na cobertura do escândalo Swissleaks/HSBC, não repercutiu na mídia tradicional brasileira. Nas suas páginas, telas ou ondas de rádio, naturalmente. Mas no meio profissional, nas rodas de conversa, o caso foi debatido – aos sussurros – durante todo o dia.

A graça da não-notícia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A leitura crítica dos jornais brasileiros pode produzir momentos interessantes, não propriamente pelo que dizem, mas principalmente pelo que tentam esconder. O hábito de analisar criticamente o conteúdo da mídia tradicional produz calos no cérebro, e eventualmente o observador passa a enxergar não mais a notícia, mas a não-notícia, ou seja, aquilo que o noticiário dissimula ou omite.

Mexeu com o Cafezinho, mexeu comigo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Miguel do Rosário, autor do blogue O Cafezinho, foi condenado em segunda instância, sem possibilidade de recurso, a pagar R$ 20 mil de indenização ao diretor-geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel. Com os custos judiciais, o blogueiro terá que desembolsar algo em torno de R$ 30 mil.

O episódio é simbólico por vários motivos. Rosário fez uma crítica política ao jornalista global por conta da sua função, e os adjetivos mais pesados utilizados por ele foram “sacripanta” e “reacionário”. Nada perto do que se escreve a respeito de Lula e Dilma, por exemplo, na mídia tradicional. É bom lembrar, aliás, que a Globo de Kamel emprega em um de seus canais um jornalista cuja principal obra literária se chama “Lula é minha anta”.

A primeira grande batalha da Grécia

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Precisamente no instante em que este texto for ao ar – às 12h de sexta-feira, 20/2 – começará em Bruxelas a primeira grande batalha entre o novo governo grego e os 19 ministros das Finanças da zona do euro, aflitos por enquadrá-lo. Será um encontro de algumas horas e enormes implicações globais. Desde 2009, a União Europeia é o território em que a aristocracia financeira – o 1% ou 0,1% de super-ricos do planeta – foi capaz de impor melhor sua resposta à crise econômica aberta um ano antes.

Globo cavou sua própria sepultura

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Se o caos precede a ordem e o vácuo a nova era, a situação brasileira está como os sociólogos gostam.

Tem-se um governo Dilma decididamente sem rumo e uma oposição medíocre, alimentando-se apenas de golpismo; um Congresso entregue nas mãos do pior negocismo; um sistema partidário fragmentado.

E, finalmente, grupos de mídia enfrentando de forma inglória um fim de ciclo, um período em que reinaram absolutos no universo da opinião pública, e que está prestes a se encerrar.

Caso HSBC e a "independência" da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quanto há de independência real na imprensa que os suspeitos de sempre gostam de chamar, peitos estufados, de “independente”?

O episódio da estrepitosa demissão de um colunista do jornal britânico Daily Telegraph joga luzes sobre este assunto.

Peter Oborne disse que saía porque a cobertura do jornal do caso HSBC é uma “fraude contra os leitores”.

Viração diz 'não' ao dinheiro da Globo

Da revista Fórum:

Depois de um amplo debate com os seus colaboradores, a ONG Viração Educomunicação, que desenvolve projetos para jovens de todo o Brasil voltados para a área da comunicação, resolveu recusar a oferta de doação da Rede Globo no valor de R$130 mil.

Desde 2003 a ONG fomenta e divulga processos e práticas de educomunicação para jovens, adolescentes e comunicadores, tendo encabeçado inúmeros projetos e publicado cartilhas e revistas ao longo desse tempo. Neste sentido, a organização se posiciona favoravelmente à regulação e democratização da mídia, o que serviu de mote para a recusa da doação.

A mão da democracia na rua

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A Islândia é uma nação diminuta perto do Brasil, uma espécie de Santa Catarina de gelo, com população menor que a de Jundiaí. Apenas 320 mil habitantes.

Se é possível dizer que essas características lhe dão flexibilidade para soluções impensáveis aos ‘baleias’ - viver de turismo e pesca, por exemplo - também é verdade que o seu poder de barganha é infinitamente menor.

Guiar-se pelo imperativo dos mercados seria o previsível no seu caso, deixando-se levar de forma mais ou menos passiva pela maré dos interesses graúdos que dominam a cena global.

Quando juízes viram censores

Por Audálio Dantas 

A Constituição Federal de 1988, uma conquista do povo brasileiro, garante plena liberdade de expressão no país. No entanto, a censura que garantiu a permanência da ditadura civil-militar por mais de vinte anos, durante os quais foram praticadas as mais graves violações dos Direito Humanos, ainda não foi totalmente eliminada.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Boatos sobre a poupança. Cadê a PF?

Por Altamiro Borges

Na semana passada circularam fortes boatos nas redes sociais, principalmente via Whatsapp, de que o governo Dilma estaria prestes a realizar um confisco na poupança e em outras aplicações financeiras. De imediato, o Ministério da Fazenda publicou nota oficial desmentido os rumores. Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que acionaria a Polícia Federal para investigar as origens das mensagens criminosas. Até agora, porém, os delegados da PF – alguns deles conhecidos pelo exibicionismo midiático – não encontraram nenhum boateiro e ninguém foi processado ou preso pelo crime de lesa-economia. Será que a Polícia Federal só serve para investigar o próprio governo federal, deixando impunes os seus opositores e outros criminosos? E cadê a gritaria da mídia privada contra estes internautas aloprados?

A canção "Impitiman é meuzovo"

Greve e protestos sacodem Beto Richa

Por Esmael Morais, em seu blog:

Enquanto o governador Beto Richa (PSDB) se esconde, diversas categorias de servidores estão em greve e realizam manifestações por todo o Paraná. É a pior crise de governabilidade na História do Estado. A batalha contra a venda da Copel, travada no final do governo Lerner, virou café pequeno perto da imobilidade do tucano.

O Globo mente para sacralizar Moro

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Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

A manchete da página três de O Globo desta quinta-feira (19), "Moro denuncia ‘interferência’ ", é mentirosa. Para desmascará-la não é preciso muito esforço: basta ler a própria matéria. Os demais jornalões e veículos da mídia hegemônica, com poucas nuances, repetem a mesma mentira.

A manchete de O Globo diz que Moro “denuncia interferência”. A interferência em questão seria a reunião de advogados de presos na operação Lava a Jato com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. Mas a própria matéria informa que o juiz Moro declarou que a reunião foi, em sua opinião, “uma indevida, embora malsucedida, tentativa dos acusados e das empreiteiras de obter uma interferência política em seu favor”.

As eleições imperiais dos EUA

Por Antonio Luiz M.C. Costa, na revista CartaCapital:

O congresso saiu do recesso do fim de ano sob nova direção, republicana. De agora em diante, seus debates serão cada vez menos sobre políticas necessárias ao país e ao mundo e mais sobre as eleições de 2016, mesmo se pretenderem parecer outra coisa. O mesmo pode se dizer das propostas legislativas de Barack Obama. Ao apresentar um projeto orçamentário de 3,99 trilhões e anunciar o fim da austeridade, a salvação da classe média e o aumento dos impostos dos ricos e das empresas para financiar projetos sociais e de infraestrutura, sabe perfeitamente serem zero as chances de aprovação na Câmara ou no Senado.

HSBC e as privatizações de FHC

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O escândalo Swiss Leaks vinha sendo repercutido muito mais na blogosfera. Demorou a chegar aos jornalões e continua sendo ignorado pela Globo. Essa abulia da grande mídia em relação a um escândalo que, em recursos de brasileiros, chega a 7 bilhões de dólares, começou a se tornar inteligível após a divulgação de que um dos depositantes suspeitos é ligado ao PSDB.

Os 50 anos de manipulação da Globo

Editorial do jornal Brasil de Fato:

No final de semana, 7 de feve­reiro, a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou um e-mail a todos os chefes de núcleo dando a seguinte ordem:

“Assunto: Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato”

Atenção para a orientação

“Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar ne­nhum com citação ao Fernando Hen­rique”.


Je Suis 'Cafezinho' contra a censura

Por Leandro Fortes

Como ainda não acharam a fórmula de impedir e controlar a liberdade de expressão na internet, os donos do poder, no Brasil, recorrem, com sucesso, a um velho aliado: o Poder Judiciário.

O caso Ali Kamel versus Miguel Do Rosario é absolutamente emblemático sobre essa relação. Como o foi, também, a condenação de Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, por racismo. E caminha para ser o caso de muitos outros blogueiros que ousaram enfrentar o menino de ouro das Organizações Globo.

HSBC: Mídia sonega informações

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Cara srta. Guevara [vice-diretora do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos],

Depois de ler sua troca de mensagens com o jornalista Amaury Ribeiro Jr., estou confuso.

O ICIJ escolheu apenas um investigador no Brasil, o muito respeitado jornalista Fernando Rodrigues, e apenas uma empresa de mídia, o UOL-Grupo Folha [para apurar e divulgar as contas do HSBC no casoSwissleaks].

Kamel agride a liberdade de expressão

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Dirijo-me ao nobre e valoroso povo brasileiro, na qualidade de um cidadão atingido por uma absurda violência política, e que não afeta somente a mim, mas o coletivo e a própria liberdade de expressão de uma nação continental.

Trata-se de um processo movido contra mim por Ali Kamel, empregado da família mais rica do país.

Se Youssef é doleiro, o que é o HSBC?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Todo este caso da “Lava Jato” começou, todos sabem, com a investigação de operações de lavagem de dinheiro que envolviam o doleiro Alberto Youssef, já antes condenado (e perdoado por delação premiada) em episódios da mesma natureza.

Foi daí que se descobriram que parte das remessas era de dinheiro obtido através de empreiteiras que prestavam serviços a Petrobras.

O escândalo do HSBC partiu das revelações de um ex-funcionário do banco, Hervé Falciani, que não é ladrão e muito menos um criminoso condenado (e perdoado) como Youssef.

Levy vai na contramão do mundo

Do blog de Zé Dirceu:

Nosso ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse textualmente na cidade de Nova York que estava encerrada no Brasil a fase de política anticíclica. Falou exatamente no mesmo momento que o FED - Federal Reserve System (o banco central dos Estados Unidos) - deixa claro que não subirá os juros para não prejudicar a recuperação da economia norte-americana.

A mídia e o triunfo da banalidade

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa brasileira retoma na sexta-feira (20/2) seus temas prediletos, na prática consagrada de atuar como força política acima dos partidos e das instituições. Mas não pode abandonar completamente a agenda da folia, porque o carnaval só acaba na madrugada de domingo, após o desfile das campeãs. Paralelamente, em algumas cidades os foliões empurraram o calendário católico e invadiram parte da Quaresma com seus blocos anárquicos.

Haddad é favorito para a sua reeleição

Por Renato Rovai, em seu blog:

O governo do prefeito Fernando Haddad patina em baixas avaliações desde junho de 2013, quando ele foi surpreendido pelas manifestações de rua e de alguma forma também foi responsável pelo seu crescimento a partir de São Paulo. Haddad lidou muito mal com aquele movimento e terminou ao lado de Alckmin vendo-o anunciar a redução do preço das passagens, algo que ele já poderia ter feito alguns dias antes.

Privatizações: A distopia do capital

Ato em defesa da Petrobras


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Barbosa, Moro e os ataques à democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Bem medidas as coisas, o ataque de Joaquim Barbosa e Sergio Moro ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é um ato que tenta afrontar a autoridade da presidente Dilma Rousseff.

Não cabe a um juiz, muito menos de primeira instância, nem a um magistrado aposentado, dizer a presidente da República o que ela deve fazer. O ministro da Justiça pode, deve e já foi criticado por várias razões. Só não pode ser judicializado. Nem Joaquim Barbosa nem Sergio Moro podem dar a impressão aos brasileiros de que tem a atribuição de lhe dar tarefas, definir funções e estabelecer limites.