domingo, 29 de maio de 2016

Anatomia do golpe: as pegadas americanas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“O golpe em curso no Brasil é sofisticada operação político-financeira-jurídico-midiática , tipo guerra híbrida. E será muito difícil deslindá-la", diz o jornalista Pepe Escobar. E mais difícil fica na medida em que surgem contradições entre seus próprios artífices. A enxurrada de conversas que Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e um dos operadores do Petrolão, teve e gravou com cardeais do PMDB, induz à ilusória percepção de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi apenas um golpe tupuniquim, armado pela elite política carcomida para deter a Lava Jato e lograr a impunidade. O procedimento “legal” que garantiu a troca de Dilma por Temer, para que ela faça o que está fazendo, foi peça de operação maior e mais poderosa desencadeada ainda em 2013 para atender a interesses internos e internacionais. E nela ficaram pegadas da ação norte-americana.

O pacote do retrocesso e da desordem

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O pacote de horrores do governo golpista presidido por Temer contra a classe trabalhadora, anunciado terça-feira, 24, pelo ministro dos banqueiros, Henrique Meirelles, confirma a denúncia que a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) vem fazendo sobre o caráter de classe do golpe de Estado em curso no Brasil. Não foi à toa que os golpistas contaram com apoio praticamente unânime e farto financiamento do empresariado.

Não é por Dilma e nem pelo PT

Por Walter Takemoto, na revista Caros Amigos:

Os últimos vazamentos de gravações, que estavam em poder do Janot, escancaram, para quem tinha questionamentos honestos (pois para alguns nem que o deus dos parlamentares desça a terra e diga os convencerá), que o que estamos vivendo em nosso País é um golpe muito bem articulado pelos meios de comunicação, Judiciário, agentes do Estado, a elite econômica e grande parte dos parlamentares que um dia o Lula chamou de picaretas.

Jucá revela verdadeira intenção de Temer

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

Ficou evidente que a mobilização para retirar Dilma da Presidência era parte do plano de barrar as investigações da Lava Jato, para que não atingisse o PMDB e seus comparsas nessa ação criminosa.

Jucá, braço direito de Temer, foi derrubado, mas a imprensa tradicional se esforça para tentar fingir que nada aconteceu.

Temos dois cenários pela frente e uma pauta que pode unir a massa que foi manobrada achando que estava combatendo a corrupção. Muitos já envergonhados.

"Mendoncinha" escancara o governo golpista

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                  
Para um governo que abriga toda sorte de desqualificados e corruptos, receber conselhos de um pulha do calibre de Alexandre Frota é algo visto com naturalidade.

Pudera. Na República que os golpistas tomaram de assalto, o ministro da Educação é Mendonça Filho, um obscuro deputado do DEM, conhecido como "Mendoncinha", um sujeito que entende tanto de educação quanto eu de fissura nuclear.

Mas a "consultoria" de Frota não desperta nenhuma indignação na mídia, nem mesmo a mais reles crítica. Tamanho achincalhe à coisa pública passa batido. Tudo bem, eles se merecem.

Dilma deixou a UTI e pode voltar

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Apurada pelo Ibope e publicada na coluna de Maurício Dias, na Carta Capital, a recuperação política de Dilma Rousseff é o principal fato político dos dias atuais e representa uma virada essencial na crise política.

Mostra que Dilma está no jogo e que aliados do governo cometeriam um erro político lamentável caso descartassem a possibilidade de que seu retorno à Presidência.

Embora se possa, sempre, colocar em dúvida os acertos em pesquisas de opinião, cabe considerar um dado essencial.

O fundo do poço da equipe de Temer

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Antes do fechamento deste post, que segue completo adiante, é preciso comentar a verdadeira bomba trazida pelo jornal Folha de S.Paulo hoje (23) contra os articuladores do golpe e, principalmente, contra a parcela da população que foi às ruas pedir a queda de Dilma "pra acabar com a corrupção".

Gravações obtidas pela Procuradoria-Geral da República apontam que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu um pacto para deter a Operação Lava Jato. De acordo com o jornal, o diálogo do peemedebista foi mantido com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em março – semanas antes da votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Quando será divulgada a conversa do Temer?

Por Jeferson Miola

Nos últimos dias, a sociedade brasileira foi brindada com as conversas gravadas de Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney com Sérgio Machado – um ex-militante tucano que atuou 10 anos na corrupção pelo do PSDB e que continua servindo à corrupção dos golpistas, porém pelo PMDB.

Al Capone, o famoso mafioso italiano, se sentiria um amador idiota ouvindo essas conversas.

O encontro furtivo de Temer e Gilmar Mendes

A prova do crime: Gilmar a caminho de Temer
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado.

Você sabe quanto gosto desta grande frase de Machado. O Machado certo, o de Assis, e não o Machado errado, o delator.

É exatamente isso que aconteceu quando Gilmar Mendes se esgueirou até Temer no Jaburu, na noite de sábado, para tratar sabemos bem o quê.

Após o golpe, Dilma melhora seu ibope

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

A expectativa política no Brasil de hoje está ancorada na resposta para a seguinte pergunta: a presidenta Dilma voltará ao poder, ou não voltará, após sofrer um “golpe de Estado suave”, para usar a sublime avaliação sobre o tema feita recentemente pelo papa Francisco?

Não há milagre capaz de sustentar com segurança uma das duas respostas possíveis a essa indagação: não e sim. Nesta ordem. Em princípio, tudo parecia perdido para Dilma, assim como parecia certo para Temer, ganhar a oportunidade de completar o restante do mandato iniciado em 2015.

sábado, 28 de maio de 2016

Cresce a onda de greves na França

Por Altamiro Borges

Na sua revanche neoliberal, o Judas Michel Temer está decidido a emplacar uma baita regressão trabalhista no Brasil. Ele já afirmou que defende a prevalência do negociado sobre o legislado – o que significa, na prática, o risco da extinção de todos os direitos fixados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, 13º salário, adicionais, etc. Porém, como serviçal dos capitalistas – que bancaram o seu “golpe dos corruptos” –, o “presidente interino” deveria ficar atento ao que ocorre na França. A destrutiva “reforma trabalhista” do vendido François Hollande está gerando uma onda de revolta sem precedentes na história recente do país. Greves, bloqueios de rodovias e protestos se espalham pelo país.

Trajano detona Danilo Gentili, o boçal!

Por Altamiro Borges

Danilo Gentili, o "humorista reacionário" que virou ícone dos golpistas financiados por corruptos, já não está com esta bola toda. Nesta sexta-feira (27), ele levou canelada do comentarista esportivo José Trajano, um dos mais respeitados da mídia brasileira. Famoso por suas "piadinhas" preconceituosas - machistas, racistas e homofóbicas - e direitistas, o boçal foi detonado ao vivo durante a apresentação do programa "Bate-Bola" da ESPN. Vale conferir o registro postado por Mauricio Stycer, no UOL:

MBL: Os 'coxinhas' recheados de mortadela

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Só rindo mesmo. Se essa tsunami de gravações que, nos últimos dias, vem engolfando os golpistas tivesse chegado antes da votação na Câmara dos Deputados que autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o resultado daquela votação teria sido bem outro.

Felizmente, ainda dá tempo de o Senado criar juízo e não submeter o país a vexame dessa monta, já que essas gravações vêm estourando como bombas na imprensa internacional. À luz dos fatos que serão enumerados adiante, torna-se imperativo que a dita “Câmara Alta” rejeite o impeachment da presidente constitucional dos brasileiros.

Pré-sal: golpistas querem entrega rápida

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No Valor, o presidente do Instituto Brasileiro (por força de expressão) do Petróleo, Jorge Camargo (ex-presidente da norueguesa Statoil) saiu comemorando do encontro com o designado por Michel Temer para o Ministério de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, na quarta-feira.

Levava no bolso a promessa de que já no ano que vem vão ser leiloadas áreas do pré-sal sem a presença da Petrobras como operadora e, provavelmente, sequer como sócia das jazidas. Pelo projeto de José Serra, além de não ser operadora, a Petrobras pode ou não exercer a opção de ter o mínimo de 30%.

A cultura do estupro no Brasil

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tão chocante quanto o estupro denunciado por uma jovem de 16 anos, que teria envolvido mais de 30 homens, no Rio de Janeiro, e tão chocante quanto os vídeos que mostram seus ferimentos e foram postados na internet, foi a reação de uma parcela da sociedade, que se divertiu nas redes sociais com eles e com a história. E a inação de uma outra parte, que culpou a própria vítima pelo ocorrido ou simplesmente caiu no autoengano de que essa história não nos diz respeito.

Um pacote de maldades contra o povo

Editorial do site Vermelho:

O pacote de maldades de Michel Temer, anunciado nesta semana pelo banqueiro Henrique Meireles, que ocupa o ministério da Fazenda, força o Brasil a andar para trás e voltar aos tempos anteriores a 1985, quando vigiam as regras da economia ditadas pela ditadura militar de 1964.

O pacote anunciado significa um recuo de mais de três décadas em termos de política econômica. Só para recordar, Meirelles anunciou medidas que fazem a felicidade do capital rentista e especulador, e despejam o peso da crise econômica sobre o povo e os trabalhadores.

FHC: O embaixador do golpe no Brasil

Por João Feres Júnior, no site Carta Maior:

A Latin American Studies Association (LASA) convidou para a mesa principal de seu próximo encontro, que ocorrerá de 26 a 31 maio, em Nova York, Fernando Henrique Cardoso e Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, para falarem sobre os caminhos da democracia na América Latina. O evento foi organizado por Maurício Font, amigo pessoal de FHC e organizador do livro “Charting a New Course”, uma coleção de textos mais ou menos acadêmicos antigos e muitos discursos políticos do senador e presidente, proferidos durante seus mandatos. O apresentador da sessão é nada menos que o próprio presidente da LASA, Gilbert Joseph. Em suma, o evento foi desenhado para ser a joia do congresso da associação.

Renan confirma: Aécio é vulnerável

Por Renato Rovai, em seu blog:

Renan Calheiros tinha escapado na primeira leva de áudios que haviam sido vazados da delação de Sérgio Machado. Neste blogue, inclusive, se registrou que ele havia ganhado força para questionar a Lava Jato. Mas também é verdade que o blogueiro, macaco velho, colocou um PS ao fim do texto dizendo que a análise se referia àquele áudio. E que outros poderiam surgir.

Hoje surge o dito cujo, dessa vez divulgado pelo Jornal Hoje, da Rede Globo, onde o presidente do Senado, entre outras coisas, aparece realizando uma negociação para salvar o ex-senador Delcídio Amaral, antes de ele delatar, da cassação e em que chama Rodrigo Janot de mal caráter.

Semelhanças com a contrarrevolução de 1932

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

A concretização do movimento golpista em curso de interrupção do governo Dilma, democraticamente eleito em 2014, aproxima-se, guardada a devida proporção, da reconhecida contrarrevolução ocorrida em 1932 (ou revolução constitucionalista). Naquela oportunidade, a aristocracia agrária posicionou-se como força principal do atraso, defendendo a volta da política econômica e social reinante durante a vigência da República Velha (1889-1930) e reagindo radicalmente ao novo agrupamento de classes sociais estabelecido pela ascensão de Getúlio Vargas, por meio da Revolução de 1930.

A desidratação de Michel Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

As duas primeiras semanas do governo interino de Michel Temer foram devastadoras para sua sustentação e efetivação depois de uma agora não tão certa condenação da presidente afastada Dilma Rousseff. Tão precoce corrosão vem sendo determinada por um fator congênito, a ilegitimidade decorrente da natureza golpista do impeachment, e os erros cometidos com determinação pelo governo e pelo próprio presidente. 

Já deu para ver que Temer não será um Itamar Franco: um presidente de transição que entendeu seu papel e tratou de representá-lo com a combinação de grandeza e a humildade que o momento exigia. Efetivado, fez o melhor possível no curto tempo restante, inclusive o Plano Real, cuja paternidade é sempre atribuída exclusivamente a seu ministro da Fazenda, FHC.

O que fazer com o fascismo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Querendo ou não, o voto do Sr. Jair Bolsonaro no plenário da Câmara, homenageando, aos gritos, o golpismo, a tortura, e fazendo alusão ao sofrimento físico e ao terror sofridos por Dilma Rousseff quando de sua prisão – ilegal, por ilegal ser o regime – à época do regime militar, foi o ápice emblemático, o marco, o símbolo, a evidência, de uma situação histórica cristalina e incontornável.

Descarado, despudorado, estúpido, violento, irracional, com centenas de milhares de votos e milhões de simpatizantes, muitos deles organizados em uma miríade de grupos que vai de saudosistas e apologistas da tortura e dos assassinatos de opositores políticos a fundamentalistas religiosos corruptos, nascidos da exploração da fé, do voto e do bolso da parte mais pobre e menos informada da população – sem oposição, sem controle por parte do Judiciário, que a ele se alia por numerosos braços, e da polícia, que lhe fornece candidatos e simpatizantes – o fascismo veio para ficar e ocupa já um espaço próprio na sociedade brasileira, desafiando abertamente a Democracia e o que ela tem de mais importante, essencial, libertário, humanístico, civilizatório.

#5BlogProg foi um grande sucesso

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Marcela Temer: Serenatas e Le Monde

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira (23), cerca de 50 moradores do bairro do Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, fizeram um protesto em frente à mansão do Judas Michel Temer. O evento, convocado pelo Facebook, foi batizado de “Serenata dos vizinhos contra o golpe”. A ideia, segundo os organizadores, foi “mostrar que no bairro também tem gente contra Temer e contra o golpe”. Segundo o noticiário, a irreverente e bucólica manifestação deixou indignado o “presidente interino”, que estava em Brasília. O protesto também irritou a mãe da primeira-dama Marcela Temer, dona Norma Tedeschi. Da sacada da residência, a sogra do Judas criticou os manifestantes e exigiu silêncio. De acordo com a Folha, "ela disse que o neto, Michelzinho, 7 anos, está doente, com febre, e que, por causa do protesto, ela não poderia sair de casa para comprar remédio”.

Paulinho da Força, o pau-mandado de Temer

Por Altamiro Borges

Depois de integrar a tropa de choque do correntista suíço Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força, dono da sigla Solidariedade, virou um dos principais capachos de Michel Temer. O site da revista Piauí postou nesta quinta-feira (26) que o presidente golpista “mandou” o seu serviçal “negociar” com os movimentos sociais contrários ao “golpe dos corruptos”. O pedido foi feito logo após o acampamento organizado em frente à mansão do Judas na luxuosa região do Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes foram reprimidos pela PM de Geraldo Alckmin e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) criou uma “área de segurança” no bairro, com barreiras nas ruas de acesso à casa.

EUA retiram embaixadora. Missão cumprida?

Por Altamiro Borges

Num gesto inusitado, o presidente Barack Obama anunciou nesta quarta-feira (24) mudanças na embaixada ianque no Brasil. A sinistra Liliana Ayalde, que ocupava o cargo nevrálgico desde 2014, será substituída pelo diplomata Peter McKinley. Seu nome ainda será submetido ao Senado dos EUA, mas já recebeu, no mesmo dia, o agrément (anuência formal) do governo brasileiro – agora sob o comando do subserviente chanceler José Serra. O novo embaixador tem 62 anos e conhece bem a realidade da América Latina. Filho de estadunidenses, ele nasceu na Venezuela, fala português e espanhol com fluência e já atuou em vários países da região, sempre defendendo os interesses políticos e econômicos do império.

Mercenários do MBL usaram os 'midiotas'

Por Altamiro Borges

A marchas "contra a corrupção" e pelo "Fora Dilma", que atraíram multidões no ano passado, foram alardeadas pela Globo, Veja, Folha, Estadão e outros veículos como "espontâneas" e convocadas por "jovens apartidários e idealistas". Alguns dos grupelhos que comandaram as manifestações, como o Movimento Brasil Livre (MBL), até aproveitaram a aura de "santinhos" para garfar uma grana dos "midiotas", os otários manipulados pela mídia. Mas agora, concluído o trabalho sujo do impeachment da presidenta, a imprensa golpista começa a revelar os podres dos fascistas mirins, que não têm nada de "puros" ou "apartidários". Áudios vazados pelo UOL nesta sexta-feira (27) provam que as marchas foram financiadas por partidos da direita, que reúnem políticos mais sujos do que pau de galinheiro.

"Ela vai sair de qualquer maneira"

Por Jeferson Miola

Que o impeachment sempre foi apenas um pretexto formal para o golpe, isso é sabido desde o imediato pós-eleição de 2014. O PSDB se assumiu como a UDN do século 21, e Aécio Neves vestiu o figurino do “corvo” Carlos Lacerda.

No dia seguinte à eleição de cuja derrota não se conformam até hoje, os golpistas não deixaram dúvidas de que poriam em prática o “lacerdismo” radical: não deixariam Dilma governar, desestabilizariam e incendiariam o país e encontrariam uma maneira de golpeá-la.

O mito da “herança maldita” do PT

Por Felipe Amin Filomeno, no site Outras Palavras:

Dilma não morreu, mas sua herança já está sendo discutida. No dia 12 de Abril, a Folha de São Paulo publicou um editorial em que afirma que “erros da petista [presidente Dilma] em diversos setores deixarão uma herança de destruição incomparável”. Este editorial marcou o início daquela que será a grande narrativa da direita midiática e partidária no Brasil pós-Dilma (e de Temer, agora como presidente em exercício): a crise persistente é o resultado prolongado dos abusos e erros cometidos pelo PT em seus vários anos de governo federal.

Frota é a cara escarrada da gestão Temer

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você pode achar tudo, menos estranha a reunião de Alexandre Frota e do dono dos Revoltados Online, Marcello Reis, com o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Levaram “ideias para ajudar o país”, uma baboseira para combater a “doutrinação” política, religiosa e sexual. Querem agora uma reunião no ministério da Cultura e outra com o interino Michel Temer. Vão falar de suas propostas de ensino sem “imposição ideológica, seja marxista ou de gênero”.

"Aécio está com medo", revela Renan

Da revista CartaCapital:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado por cinco delatores diferentes da Operação Lava Jato, é mencionado em um novo áudio vazado que tem como personagens o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, os áudios mostram Renan e Machado conversando sobre a crise política e possíveis saídas para ela. Em determinado ponto da análise, Machado afirma que toda a classe política está com um "aperto nos ombros" e Renan responde dizendo estarem todos com medo.

Duas semanas do (des)governo Temer

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

Apenas duas semanas após o afastamento da presidente Dilma, que aconteceu no dia 12 de maio, Michel Temer já mostrou qual é seu projeto de governo. Sem surpresa para os movimentos sociais, que continuam apresentando resistência, o presidente interino e seus ministros retrocederam em conquistas históricas em poucos dias.

Em uma de suas primeiras ações de governo, o peemedebista extinguiu o Ministério das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial - que se tornaram três secretarias sob o comando do Ministério de Justiça e Cidadania; do Desenvolvimento Agrário, subordinado ao novo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário; da Comunicação, incorporado ao de Ciência e Tecnologia; e por fim o da Cultura, levado para o Ministério da Educação. A Controladoria Geral da União (CGU), que tinha autonomia para investigar o próprio Governo Federal, se torna o Ministério da Transparência, Controle e Fiscalização subordinada diretamente ao presidente da República. A Casa Militar também foi extinta.

O homem-bomba do Brasil

Por Emir Sader, no site da Adital:

Temer disse que, como não será candidato à reeleição (nem poderia, por ser ficha suja), pode tomar medidas impopulares. Suas mesas e as dos seus ministros estão cheias delas, em um ajuste fiscal sem precedentes, porque vem depois do maior processo de democratização social que o pais já viveu. SUS, Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, além do corte de recursos para educação e saúde, entre tantas outras medidas que punem claramente os que mais necessitam das politicas sociais do governo, para favorecer o 1% mais rico, que o governo interino representa.