Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
No Valor, o presidente do Instituto Brasileiro (por força de expressão) do Petróleo, Jorge Camargo (ex-presidente da norueguesa Statoil) saiu comemorando do encontro com o designado por Michel Temer para o Ministério de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, na quarta-feira.
Levava no bolso a promessa de que já no ano que vem vão ser leiloadas áreas do pré-sal sem a presença da Petrobras como operadora e, provavelmente, sequer como sócia das jazidas. Pelo projeto de José Serra, além de não ser operadora, a Petrobras pode ou não exercer a opção de ter o mínimo de 30%.
Não vai querer, claro, porque agora temos a única companhia de petróleo no mundo que não quer petróleo.
Além do mais, não há nenhuma segurança de que os preços do petróleo vão alcançar um nível que justifique pagamento de bônus de exploração compensador.
Sequer o país precisa ampliar rápido a produção e, se o tivesse de fazer, deveria ser com os campos já delimitados e testados, como os da área de cessão onerosa de Búzios, com um potencial de 10 bilhões de barris, cujo cronograma de exploração - atrasado - previa o primeiro óleo comercial em 2018.
O negócio, porém, vai além de “arranjar uns trocados”. É entregar rápido as jazidas do pré-sal, fazendo disso “negócio jurídico perfeito”, que não possa ser revertido se e quando um governo nacionalista volte ao poder.
No Valor, o presidente do Instituto Brasileiro (por força de expressão) do Petróleo, Jorge Camargo (ex-presidente da norueguesa Statoil) saiu comemorando do encontro com o designado por Michel Temer para o Ministério de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, na quarta-feira.
Levava no bolso a promessa de que já no ano que vem vão ser leiloadas áreas do pré-sal sem a presença da Petrobras como operadora e, provavelmente, sequer como sócia das jazidas. Pelo projeto de José Serra, além de não ser operadora, a Petrobras pode ou não exercer a opção de ter o mínimo de 30%.
Não vai querer, claro, porque agora temos a única companhia de petróleo no mundo que não quer petróleo.
Além do mais, não há nenhuma segurança de que os preços do petróleo vão alcançar um nível que justifique pagamento de bônus de exploração compensador.
Sequer o país precisa ampliar rápido a produção e, se o tivesse de fazer, deveria ser com os campos já delimitados e testados, como os da área de cessão onerosa de Búzios, com um potencial de 10 bilhões de barris, cujo cronograma de exploração - atrasado - previa o primeiro óleo comercial em 2018.
O negócio, porém, vai além de “arranjar uns trocados”. É entregar rápido as jazidas do pré-sal, fazendo disso “negócio jurídico perfeito”, que não possa ser revertido se e quando um governo nacionalista volte ao poder.
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