sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

“Coxinhas” ficam sem o peru de Natal

Por Altamiro Borges

Manipulados pela imprensa falsamente moralista, muitos “midiotas” bateram panelas e foram as ruas para exigir o “Fora Dilma”. Os tapados acreditaram piamente na conversa fiada de que bastaria tirar a presidenta para a economia voltar a crescer e o Brasil virar um paraíso. Nos primeiros dias do “golpe dos corruptos”, a imprensa mercenária, alimentada com mais verbas de publicidade, até estimulou essa miragem. Ex-urubólogos se fantasiaram de otimistas para difundir a mentira da “volta da confiança” do deus-mercado. Agora, porém, nem eles mais divulgam esta baita falácia, temendo pela queda ainda mais abrupta da sua já pouca credibilidade.

Os apoiadores do golpe e os autoenganos

Por Celso Vicenzi, em seu blog:

Em meio ao caos que se tornou o país, com a guerra entre poderes, o ataque aos direitos previstos na Constituição, a seletividade da mídia e do Judiciário, o abuso de poder e tantas outras calamidades, irrompe um fenômeno no seio (direito!) da sociedade brasileira: Milhares de pessoas com caras de desentendidos, incapazes de compreender que o apoio que deram ao golpe foi fundamental para chegarmos a esse estágio, de duros e perigosos desdobramentos.

São pessoas que seguem fazendo críticas “a tudo isso que está aí”, mas esquecem que deram carta branca para o golpe e suas consequências, que eram mais do que previsíveis. Quando não foram ativos, foram omissos, passivos. Junto com milhares de outros brasileiros, estimulados pela mídia, pelo empresariado e outras forças que comandaram o golpe, foram fundamentais para o seu sucesso.

O repto ao Tratado de Versalhes das elites

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O grau de sacrifício que o golpe decidiu impor à população brasileira é muito superior ao poder de ordenamento que as elites detém para implementa-lo sem recorrer a um regime de força.

Só uma ampla frente de interesses e forças poderá impedir que a lógica em curso se acerque do epílogo nefasto.

É sombrio o futuro da democracia no Brasil: a vitória ou a derrota da resistência popular nesse embate condicionará o destino da sociedade que seremos no século XXI.

O "belíssimo presente de Natal” do Temer!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Abusando da inteligência dos brasileiros, Temer definiu hoje sua proposta de reforma trabalhista como “um belíssimo presente de Natal”. Para os empregadores, certamente. Para os trabalhadores, um presente de grego. Na medida em que “o negociado prevalecerá sobre o legislado”, as categorias mais fracas, com baixo nível de organização e capacidade de pressão, aceitarão dos patrões a imposição de condições de trabalho massacrantes, com jornadas de trabalho que poderão chegar a 12 horas diárias.

Presente às teles faz parte do golpe

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) está na ponta de lança da batalha para tentar barrar a consumação, no Senado, do Projeto de Lei da Câmara (PLC 79/2016), que perdoa multas e repassa às empresas de telefonia um patrimônio público no valor de R$ 105 bilhões. Do ponto de vista parlamentar, a senadora acusa “grave violação” ao Regimento Interno da Casa.

Ontem, Vanessa e outros senadores da oposição entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, contra o projeto de lei do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO). O mandado foi impetrado por Lindbergh Farias (PT-RJ) e é assinado por 12 senadores, entre os quais Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Roberto Requião (PMDB-PR) e Lídice da Mata (PSB-BA).

Brasil marcha rápido para a depressão

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Com as políticas aprovadas nos últimos meses pelo Congresso originárias do programa ‘Uma ponte para o futuro’, do PMDB, o País poderá caminhar para a depressão econômica; caracterizada por profunda contração interna. Estas políticas contracionistas não levarão o Brasil a porto seguro. Então vejamos.

A Emenda Constitucional (EC) 95, promulgada no dia 15 de dezembro, tem o objetivo, segundo o governo, de equilibrar as contas públicas por meio de rígido mecanismo de controle de gastos. Pelo texto, a partir de 2018, os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Temer afronta o Direito do Trabalho

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O governo Temer mente ao afirmar que seu projeto de mudança na legislação trabalhista concilia os interesses de patrões e empregados, foi amplamente debatido com representantes da sociedade e conta com o apoio de todas as centrais sindicais brasileiras. A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vem a público manifestar sua firme oposição às propostas em questão e expor os fundamentos de tal posição.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

CUT/Vox Populi: Lula é imbatível nas urnas

Por Marize Muniz, no site da CUT:

Quem é o melhor presidente do Brasil? - perguntou a CUT/Vox Populi ao povo. 43% cravaram o nome de Lula. Só 13% escolheram FHC. E quem você admira/gosta muito? Deu Lula de novo, com 33%.

Para Aécio Neves (PSDB-MG), sobraram meros 8%. Já a Geraldo Alckmin (PSDB-SP), seu desafeto, conseguiu um ponto a mais, 9%. Detalhe importante, 96% dos brasileiros responderam que ficaram sabendo que Lula foi indiciado pelos procuradores da Operação Lava Jato.

O medo dos playboys da Lava-Jato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem lutando em instâncias nacionais e internacionais para mostrar que os procuradores e policiais que o investigam e os juízes que o julgam não detêm o requisito pétreo e basilar da isenção para atuarem no seu caso.

O comportamento pregresso e/ou atual dos pretensos carrascos de Lula comprova que ele tem razão.

Juízes, policiais federais e procuradores da Lava Jato são inimigos figadais do ex-presidente. Metem-se em brigas com seus advogados, antecipam juízos de valor sobre o que ainda não julgaram, debocham do ex-presidente…

Nova fase do golpe: Nelson Jobim presidente

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Florestan Fernandes nos alertava sobre a capacidade antecipatória de nossa classe dominante. Esta é uma peculiaridade presente em tantos episódios históricos decisivos, como na proclamação da independência, na abolição da escravatura combinada com a "Lei de Terras", na constituição da República e mesmo no golpe de 1964, que veio antes do início das anunciadas reformas de base. Sem falar da estratégia da "abertura lenta gradual e segura" ao final da ditadura militar. Sem dúvida, essa habilidade antecipatória é uma característica que se afirma numa hábil capacidade conspiratória.

A cruzada moralista e sua ideologia

Por André Araújo, no Jornal GGN:

Os movimentos políticos através da História são lastreados ou na ideologia ou na realidade do poder. No Século XX exemplos clássicos de ações movidas por ideologia: a luta de Leon Trotsky para implantar o comunismo na Europa em contraposição à política realista de Stalin para consolidar a Revolução dentro da Rússia pelo princípio da economia de forças.

A política de Woodrow Wilson, ao fim da Primeira Guerra, com seus 14 pontos, foi uma ação ideológica, "para abolir os pecados da velha diplomacia", ao pensar nos ideais humanitários americanos contra a tradicional viciosidade da política europeia, plantou as sementes dos desarranjos que iriam, vinte anos depois, gerar a Segunda Guerra.

Governadores não querem morrer com Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A derrota vergonhosa do governo no projeto para renegociar dívidas dos Estados - o placar foi de 296 votos a 12 - implica num sinal político para o Planalto. Primeiros a pagar a conta de um projeto que só implicaria em novos sacrifícios à população que já suporta uma recessão sem perspectiva, os governadores de Estado mobilizaram as bancadas estaduais para dizer que não querem morrer com Michel Temer.

Este é o recado da votação de ontem, último dia de trabalhos da Câmara em 2016. O resultado permitiu enxergar uma nítida linha divisória entre o Planalto e o conjunto do país, com um agravante sério: implica numa derrota na área econômica, até aqui vista como uma espécie de manto sagrado capaz de proteger Temer e seu governo.

Caiu o último bastião do Judas Temer

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira (19), o jornalista Valdo Cruz, um dos entusiastas do “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma, escreveu na Folha que o Congresso Nacional seria “o último bastião de Michel Temer”. Bastou apenas um dia para queimar a língua – e talvez para perder suas esperanças no êxito do covil golpista. Na terça-feira, o usurpador sofreu a sua primeira – e grave – derrota na Câmara Federal. Os deputados – principalmente da sua fisiológica e oportunista base aliada – rejeitaram o draconiano acordo sobre a repactuação das dívidas dos Estados. A porrada foi tão violenta que desnorteou o Judas, que engoliu o seu próprio veneno da traição.

A prisão VIP do “filhote” tucano do Pará

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira passada (16), a Polícia Federal prendeu o advogado Alberto Lima da Silva Jatene, também conhecido como Beto Jatene, filho do governador tucano do Pará, Simão Jatene. Ele foi acusado de ter recebido mais de R$ 2 milhões no esquema criminoso da cobrança dos royalties de exploração mineral, no âmbito da chamada Operação Timóteo – que também resultou na condução coercitiva do “pastor” Silas Malafaia. A notícia não virou destaque na mídia nacional. Não foi chamada de capa dos jornalões e nem motivo de comentários hidrófobos nas telinhas da televisão. Imagine se a PF tivesse detido o filho do ex-presidente Lula ou de algum líder de esquerda? Seria o maior escarcéu!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Vox Populi confirma: Temer morreu!

Por Altamiro Borges

Pesquisa Vox Populi, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), confirma que o Judas Michel Temer está com os seus dias contados. A sondagem foi realizada entre os dias 10 e 14 de dezembro – a primeira após a divulgação das delações premiadas de executivos da Odebrecht que deram detalhes sobre o pagamento de propina ao usurpador e a vários membros do covil golpista. Ela indica a acentuada queda da sua popularidade, o que explica as ameaças de debandadas na base governista e as especulações sobre um possível golpe dentro do golpe, com a escolha de um presidente biônico no início do próximo ano. Confira alguns dados da pesquisa:

Democracia: o paradoxo McDonald’s

Por George Monbiot, no site Outras Palavras:

Uma onda de repulsa percorre o mundo. As taxas de aprovação dos governantes de plantão estão despencando em todo lugar. Símbolos, slogans e sensações alardeiam fatos e argumentos matizados. Um em cada seis norte-americanos acredita hoje que um governo militar seria uma boa ideia. De tudo isso, tiro uma conclusão peculiar: nenhum país com um McDonald’s pode manter-se uma democracia.

Há vinte anos, Thomas Friedman, colunista do New York Times, propôs sua “teoria dos arcos de ouro para a prevenção de conflitos”. Ela sustenta que “nunca dois países que têm McDonald’s guerrearam entre si desde que cada um deles instalou seu McDonald’s”.

Dos caminhos para o fascismo no Brasil

Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:

“O fascista fala o tempo todo em corrupção. Fez isso na Itália em 1922, na Alemanha em 1933 e no Brasil em 1964. Ele acusa, insulta e agride, como se fosse puro e honesto. Mas o fascista é apenas um criminoso comum, um sociopata que faz carreira na política. No poder, essa direita não hesita em torturar, estuprar e roubar sua carteira, sua liberdade e seus direitos. Mais do que a corrupção, o fascista pratica a maldade.” Norberto Bobbio.

Há dois temas massificados pela mídia hegemônica como os grandes males do Brasil, a corrupção e a suposta farra fiscal da era PT no governo. Os roubos e desvios supostamente apurados na Lava Jato são apregoados como o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. Por outro lado, os problemas na economia se sustentam, pela narrativa hegemônica, na ideia de que o orçamento público funcionaria como uma família ou firma, não podendo o governo gastar mais do que aquilo que arrecada.

Brasil protege Macri nos Panama Papers

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O deputado argentino Dario Martinez é um dos mais empenhados na investigação do presidente Mauricio Macri em decorrência do escândalo dos Panama Papers. Do ponto de vista formal, foi uma denúncia dele que levou à abertura de um processo judicial contra Macri, um adversário político.

Martinez reclama da falta de colaboração do Brasil na investigação. Para o promotor do caso, teria sido aqui que Macri teria lavado quase 10 milhões de dólares procedentes das Bahamas, onde o presidente e sua família abriram uma empresa offshore em 1998, a Fleg Trading, conforme os Panama Papers.

Bater-se-á panelas com Temer na TV?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A classe média, que anda no aperto para as festas de Natal, economizando na ceia, talvez possa usar suas panelas neste final de Ano.

É que, segundo a Folha, o sr. Michel Temer “decidir-se-á se pronunciar-se-á” em cadeia de rádio e televisão por estes dias.

Segundo o jornal, ele “ressaltaria a importância das medidas de ajuste fiscal para equilibrar as contas do país e retomar a geração de emprego em médio prazo”.

Doria indenizará as vítimas das marginais?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O prefeito eleito João Doria afirma que manterá sua promessa de campanha e a aumentará a velocidade nas marginais em São Paulo.

A pista expressa passará de 70km/h para 90km/h, a central de 60 km/h para 70 km/h e a local de 50km/h para 60 km/h – com exceção da faixa da direita, que não sofrerá mudança. Para evitar acidentes, promete investir em sinalização e campanhas de conscientização.

Como todo político, apesar de não se apresentar como tal, Doria prometeu muita coisa que não poderá cumprir para ganhar a eleição. Por exemplo, depois de eleito, percebeu o erro de aumentar a velocidade das marginais, via expressas de grande fluxo de automóveis na capital paulista. Mas acredita que perderá mais, junto ao eleitor, aparecendo como alguém que não cumpre a palavra do que com as consequências de sua decisão.


O confronto, às vezes, é inevitável

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Que os governos de Lula e Dilma, e também o PT, erraram feio ao não investir na politização e na formação do povo sabemos todos. Que ter deixado de lado o debate com a sociedade sobre a democratização da mídia acabou tendo efeito letal na disputa de narrativas sobre o afastamento de Dilma também é líquido e certo.

Contudo, para além das duas autocríticas mais presentes nos balanços petistas sobre os 13 anos de governo, é importante recolher dos episódios históricos o máximo possível de lições. Delas precisamos lembrar sempre para que erros semelhantes não se repitam no futuro.

Trabalho intermitente e golpismo constante

Por Jorge Luiz Souto Maior, no site Carta Maior:

Desde que tomaram de assalto o poder, o governo ilegítimo de Temer, uma parte do setor econômico, a grande mídia e os políticos que deram sustentação ao golpe de Estado vêm, de forma constante, declarando guerra aos direitos que historicamente foram conquistados pela classe trabalhadora.

Essa parcela da sociedade, que já foi extremamente beneficiada por décadas de um capitalismo regado a escravismo, que lhes conferiu, inclusive, uma acumulação de capital da qual resulta um dos piores índices de distribuição de riqueza do mundo, sentindo que não precisa mais sequer fingir que respeita os preceitos constitucionais, perdeu toda a noção de limite e, por isso, não tem por consequência o menor receio de defender publicamente a redução de toda a classe trabalhadora à condição análoga à de escravo.

Temer leva a primeira pauta-bomba

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O maior trunfo de Michel Temer, a maioria parlamentar que deu o golpe e prometeu apoio firme ao ajuste fiscal, acaba de presenteá-lo com uma pauta-bomba aos olhos do mercado: a renegociação das dívidas dos estados sem as exigidas contrapartidas, nela incluída uma moratória de três anos para Rio, Minas e Rio Grande do Sul, que enfrentam calamidade financeira. O “exame com lupa” do ministro Meirelles nada mudará no projeto, que também não poderá ser corrigido por vetos. Bolsa e câmbio devem reagir.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Jornada flexível e as sacanagens de Temer

Por Altamiro Borges

Em clima de euforia, o jornal O Globo deste final de semana deu manchete para a nova sacanagem do Judas Michel Temer: “Jornada de trabalho flexível será permitida”. Segundo a matéria, “o governo anuncia, na próxima semana, mais medidas de estímulo à economia [sic]. Desta vez, o foco é o mercado de trabalho, especialmente nos setores de comércio e serviços. A ideia é criar por Medida Provisória (MP) a modalidade de contratação por hora trabalhada, com jornada móvel (intermitente). Neste caso, o empregador pode acionar o funcionário a qualquer momento e dia da semana, sem ter de cumprir o chamado horário comercial (das 8h às 12h e das 14h às 18h)”. Haja maldade!


Temer será 'descartável' a partir de janeiro

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Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“A partir do dia 1° de janeiro, Michel Temer é uma carta descartável, que pode ser jogada fora do jogo, porque sua substituição já poderá ser por via indireta.” A previsão é do cientista político, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB Roberto Amaral.

Na opinião de Amaral, Temer “vai ser descartado” com base em uma de duas justificativas. “A primeira é o aumento das denúncias contra ele nas delações da Odebrecht, porque ele está sabidamente envolvido; a outra é a eventual decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar a chapa Dilma-Temer. Pesam sobre ele essas duas espadas de Dâmocles”, diz Amaral. “Apesar da maioria que o governo tem no Congresso, e está demonstrando isso nas votações, é um governo fraco. O que se pode esperar é uma crise mais profunda em 2017.”

Max Altman, um internacionalista incansável


Por Breno Altman

Morreu Max Altman, meu pai

Nessa segunda-feira, dia 19 de dezembro, às 21h15, faleceu um militante internacionalista de toda a vida. Um homem que dedicou sua existência à luta pelo socialismo, à revolução proletária e à solidariedade anti-imperialista.

Aos onze anos, filho de um revolucionário polonês de origem judaica, integrou-se ao Partido Comunista, com o qual romperia em 1984, para se juntar ao Partido dos Trabalhadores.

Advogado, editor e jornalista, forjou sua biografia com destemor. De rara cultura e hábitos simples, teve um só lado desde muito jovem: o do movimento de libertação dos trabalhadores.

Cunha, Gol e o sinistro acordo de leniência

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Por Altamiro Borges

Na semana passada, a companhia aérea Gol divulgou uma nota lacônica informando que assinou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal no qual se compromete a pagar reparações de R$ 12 milhões. Nada mais explicou e nem foi questionada pela mídia privada – que ganha fortunas com os anúncios publicitários da empresa. O acordo tem relação direta com as investigações da Operação Lava-Jato, que descobriram as sinistras relações entre a companhia e o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefe da “assembleia de bandidos” que detonou o processo de impeachment da presidenta Dilma e que atualmente reside em um presídio do Paraná.

As sete falsas promessas de Doria

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Por Altamiro Borges

A Justiça Eleitoral promoveu nesta segunda-feira (19) a cerimônia de diplomação do prefeito João Doria (PSDB) e dos 55 novos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo. Ela até poderia tumultuar a festança, acusando o novato tucano de estelionato eleitoral – fato que inclusive os velhos militantes do próprio partido sempre afirmaram. Na cerimônia formal, que só foi animada com um coro de “Fora, Temer”, o ricaço afirmou demagogicamente que “vou governar para os mais pobres e humildes da nossa cidade” e garantiu que cumprirá todas as promessas de campanha. A bravata não é levada a sério nem pela mídia tucana e deve decepcionar o eleitor que acreditou no empresário-picareta.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Reinaldo Azevedo, o “porra-louca” do Temer

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Reinaldo Azevedo bem que se esforça para defender o covil golpista de Michel Temer. É blogueiro da Veja, colunista da Folha e comentarista da rádio Jovem Pan – três veículos que ajudaram a patrocinar o “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma. Mas, pelo jeito, ele está encontrando dificuldades para convencer até os seus fanáticos seguidores. Na semana passada, o agressivo pitbull – com todo o respeito ao estigmatizado cachorrinho – disparou seus petardos contra “a histeria dos porras-loucas” da direita nativa. Para ele, os famosos “coxinhas” estariam sendo injustos com o governo ilegítimo. O artigo parece de um serviçal “porra-louca” do Judas Michel Temer.

Lula não precisa esconder seu patrimônio

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Deu-me engulhos a mais recente coluna dominical do jornalista Elio Gaspari na Folha de São Paulo deste domingão, apesar de ele ter divulgado uma teoria que faz todo sentido.

Gaspari é daquele tipo de jornalista que conta uma parte maior da verdade para desarmar o leitor para a distorção dos fatos que fará logo em seguida.

A coluna já inicia com uma afirmação repugnante, simplista, bem ao gosto de qualquer energúmeno fã da ditadura militar. Leia o primeiro parágrafo:

McDonald’s é multado em R$ 103 milhões

Do jornal Brasil de Fato:

O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que o McDonald's, que tem a empresa Arcos Dourados como operadora da franquia no Brasil, descumpriu o acordo judicial de regularização da jornada de trabalho de seus empregados. O MPT definiu uma multa de R$103 milhões para a empresa.

A Arcos Dourados tem até o dia 10 de fevereiro de 2017 para responder ao relatório do MPT. O Sindicato dos Empregados em Hospedagem e Gastronomia de São Paulo e Região (Sinthoresp) e a Confederação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), assistentes na ação judicial, também têm o mesmo para prazo se manifestarem sobre o relatório. Após essas respostas, o MPT dará sequência na execução da multa pelo descumprimento do acordo, que foi assinado em março de 2013 após ação civil pública iniciada em Pernambuco, em 2012.

O general e os golpistas "tresloucados"

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Como as matrioshkas, as famosas bonequinhas coloridas russas, o Brasil, país com uma boa parcela da elite de perene vocação udenista, sempre esconde um golpe dentro do outro, e entre os diferentes grupos de golpistas, encontram-se, naturalmente, além dos mentirosos, dos traidores, dos enganadores, dos "jurídicos", dos manipuladores e dos sem caráter, os loucos.

Execrado, por suas declarações, pelas vivandeiras de plantão, nos comentários dos portais e das redes sociais, o General Eduardo Villas Bôas, Comandante do Exército, deu mais uma vez um "chega pra lá" nos desequilibrados que pedem uma "intervenção militar", com uma entrevista exemplarmente legalista ao "Estado de São Paulo".

A sombra da ditadura no horizonte

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Neste final de 2016, o Brasil assiste a montagem de uma ditadura que se constrói através do fatiamento da democracia.

O ponto de partida foi a queda de Dilma Rousseff, produzida por "encenação" no Congresso, nas palavras insuspeitas de Joaquim Barbosa.

O ponto de chegada é a eleição indireta para escolher um eventual substituto de Michel Temer, um presidente impopular e frágil, corroído por delações comprometedoras da Lava Jato e pelas investigações do TSE, originalmente um plano B de Aécio Neves para tirar Dilma do cargo após a derrota em 2014.

Janot age como chefe da arbitrariedade

Por Jeferson Miola

Na nota oficial de solidariedade a Deltan Dallagnol, aquele pastor fanático do ministério público que se auto-atribui poderes bíblicos, Rodrigo Janot demonstrou que mais se assemelha a um chefete do arbítrio do que a um procurador-geral da República.

Na manifestação, Janot não defendeu uma instituição do Estado brasileiro, mas uma corporação que se organiza a partir não da proteção e da defesa dos direitos fundamentais e dos interesses difusos da sociedade e do conjunto da cidadania, mas de uma estratégia de construção do poder corporativo próprio.

O esforço desumano para criminalizar Lula

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Folha publicou no domingo, dia 18, uma matéria que funciona como um exemplo acabado de como tentar criminalizar qualquer atitude de Lula - eventualmente, dando um tiro no pé.

O título dá conta de que ele tinha avião à disposição para suas palestras em Angola em 2011 e 2014.

E daí?

Ele visitou obras de interesse da Odebrecht e discutiu o financiamento do BNDES para “projetos locais”.
E daí?

Golpe tirou R$ 1 trilhão de circulação

Do site Vermelho:

A crise econômica decorrente da crise política, colocada em marcha pela aliança PMDB-PSDB para derrubar a presidente Dilma Rousseff, custou caro ao Brasil. No último ano, cerca de R$ 1 trilhão deixou de circular na economia brasileira, segundo informa neste domingo (18) o jornal paulistano O Estado de S.Paulo.

O montante equivale aos créditos bancários que foram sendo pagos pelos devedores e não retornaram ao mercado na forma de novos empréstimos, bem como à expansão natural do mercado, que não ocorreu.

A mídia e o debate interditado

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Em um momento de retrocesso do social-desenvolvimentismo para o neoliberalismo, o debate das decisões cruciais – aquelas que mudarão o contexto brasileiro de maneira irreversível a não ser à custa de muitas perdas de rendas e riquezas –, na mídia (impressa e televisa) nacional, está interditado. O denominado PIG (Partido da Imprensa Golpista) só publica colunas e artigos daqueles que apoiaram (e ainda mantêm o apoio a) o golpe parlamentarista.

domingo, 18 de dezembro de 2016

"Mãos sujas" no Palácio do Planalto

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O impacto das revelações contidas na primeira delação premiada de um executivo da Odebrecht, provavelmente a primeira de muitas derivadas dessa empreiteira, tornou-se a razão mais forte para Michel Temer preferir morrer duro a perder a pose.

Sem o resguardo do foro privilegiado, Temer ficaria à mercê da Justiça comum, onde então passaria a se defender.

É ruim perder o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal, com uma espada ameaçadora sobre o pescoço. Por isso ele não vai renunciar, como supõem os esperançosos mais precipitados, compreensivelmente reanimados por pesquisas recentes mostrando números que apontam o caminho tanto para Temer quanto para o governo dele, ambos já quase liquefeitos, descendo a ladeira.

Um Natal em pé de guerra

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Entra a semana do Natal e, por enquanto, o único golpe previsto para ela é o arranjo para fazer uma gambiarra que permita a reeleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara, a opção temero-tucana que o “centrão” a quem tudo deve Temer ainda não engoliu.

Claro que, no clima em que andamos, com o MP usando e abusando das cartas que só ele conhece plenamente e joga sobre a mesa quando convém, tudo pode acontecer. Não é certo que concedam ao povo brasileiro, impiedosamente bombardeado pelo sistema jurídico-midiático, sequer estes dias. Afinal, é preciso não dar descanso no canhoneio da corrupção, como forma de distrai-lo do desmantelamento do Brasil, da degola de seus parcos direitos sociais e trabalhistas e da operação de saque que preparam, usando como “justificativa” a terra arrasada da economia.

A bravura indômita de Michel Temer

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Michel Temer é um governante que não teve a chancela das urnas e não se sente amarrado a este importante contrato democrático com a população. Com apoio maciço do Congresso e da grande imprensa, o não eleito parece bastante à vontade para tomar medidas impopulares e cruéis como a PEC do Apocalipse e a reforma da Previdência. O discurso de que essas medidas são um mal necessário para recuperar a economia escamoteia a opção política de botar a crise no lombo da maioria da população que depende do Estado – e esta não é uma questão de opinião, mas um fato. Uma ex-diretora de Educação do Banco Mundial, analistas alemães e até o aliado Geraldo Alckmin (PSDB) observam a gravidade que é o congelamento de gastos nos serviços públicos.

Direitos previdenciários estão ameaçados

Por José Pimentel, na revista Teoria e Debate:

A Previdência Social brasileira é a principal política pública de distribuição de renda, de redução da pobreza e de estímulo ao desenvolvimento local, nos 5.570 municípios brasileiros. Existem 60,8 milhões de brasileiros e brasileiras filiados ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS (BEPS, setembro/2016). Somente em outubro de 2016, 33,6 milhões de pessoas receberam benefícios previdenciários, representando o valor de R$ 37,7 bilhões. No total, a nossa Previdência Social pagou, em 2015, R$ 424,7 bilhões, sendo R$ 328,9 bilhões para segurados urbanos e R$ 95,7 bilhões para segurados rurais. Esses números demonstram sua importância social e a necessidade constante de aperfeiçoamento do sistema para garantir recursos suficientes para cumprir os compromissos com as atuais e futuras gerações.