sábado, 28 de janeiro de 2017

Sob Temer, mais pobres desistem do celular

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A recessão da era Temer-Meirelles já ampliou o desemprego, tirou o Bolsa-Família de 1,5 milhão de famílias, reduziu o acesso aos planos de saúde, ao ensino privado e aos aviões, cortou milhares de aposentadorias por invalidez e auxílios-saúde.

Agora, mais uma revelação sobre o retrocesso social: os brasileiros estão falando menos ao celular, depois do exuberante crescimento do número de linhas e aparelhos no país nos últimos anos. Em 2016 houve uma redução de 5,33% na base de clientes das telefônicas, com perda de 13,747 milhões de linhas. Segundo a Anatel, esta involução na conectividade dos brasileiros foi mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste.

A agenda sindical e trabalhista de 2017

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Encaminhadas pelo governo Temer, as proposições de interesse do mercado em tramitação no Congresso Nacional têm o objetivo de retirar direitos dos trabalhadores e tornar o movimento sindical brasileiro irrelevante.

Não fosse a organização sindical dos trabalhadores brasileiros, por meio das centrais, confederações, federações, sindicatos e associações de trabalhadores, os direitos consignados na legislação trabalhista já teriam sido implodidos, tal como nos Estados Unidos. Lá diferente de aqui, os trabalhadores, segundo pesquisa de 2007, conduzida pelas universidades Harvard (EUA) e McGill (Canadá) aponta os EUA, dentre 173 nações membros da ONU, como um dos piores países do mundo em relação a direitos trabalhistas e políticas para a família, como licença-maternidade, auxílio-doença, férias e descanso semanal remunerados.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Dieese confirma: desemprego arrasa o Brasil

Por Altamiro Borges

O Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) divulgou uma pesquisa nesta sexta-feira (27) que confirma que o desemprego subiu em todas as regiões do país em 2016, tornando-se a maior chaga dos brasileiros após a concretização do “golpe dos corruptos” que afastou Dilma Rousseff. De nada adianta a blindagem da mídia mercenária, que ainda tenta vender a miragem de que a economia está melhorando. O Judas Michel Temer já passa a ser visto pela sociedade como o exterminador de empregos – a exemplo do que ocorreu, no passado, com o detestado tucano FHC.

Crédito, dívidas e a desgraça Temer

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer está no poder desde maio passado, quando o Senado aprovou a admissibilidade do impeachment de Dilma. A mídia privada e os empresários que financiaram o “golpe dos corruptos” – como o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, e o picareta Paulo Skaf, coronel da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) – garantiram que bastaria afastar a presidenta eleita para o Brasil voltar a crescer – “instantaneamente”. Mas já são dez meses do covil golpista e a economia segue afundando. Nesta semana, mais três indicadores confirmaram a desgraça patrocinada pelo usurpador Michel Temer.

Covardia e preconceito contra Marisa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As gatas pingadas de São Paulo que estrelaram um deprimente ato de preconceito contra a presença de Marisa Lula da Silva na UTI do Hospital Sírio Libanês, onde a primeira dama do Brasil entre 2003 e 2011 luta para recuperar-se de um AVC, ajudam a ilustrar uma cena que expressa os piores traços da camada dominante da sociedade brasileira mas não chega a ser novidade.

É uma forma de covardia. Para atingir Lula, ataca-se sua mulher – em coma induzido, neste momento. É um comportamento típico do Brasil atual. Com instituições em curto circuito, o debate político desaparece, o espaço democrático perde força e pode ficar sem sentido. Vale a pancadaria, a agressão, algo que Hanna Arendt chamou de banalidade do mal.

Temer recua do recuo até em foto oficial

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ele, modesto, recatado e do palácio, não ia fazer retrato oficial para as repartições.

Depois, recuou e fez.

Mas alguém, ávido por puxar o saco do chefe e de algum colunista, distribuiu a foto com recortes e marcas escandalosas de Photoshop no céu de anil que lhe providenciaram, o único que conseguiu até agora.

E Michel Temer, o piada de mau gosto pronta, saiu num “acidente pavoroso” que virou chacota na internet.

Lava-Jato e o "timing" da prisão de Lula

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se parece demais pedir um pouco de sobriedade e discrição aos homens da Lava Jato num momento em que a mulher de Lula está em coma induzido por causa de um AVC, eles podiam ao menos fingir que são organizados e eficientes como aparecem nos quadrinhos de super herois.

A fanfarronice já era conhecida. A bateção de cabeça e a guerra de vaidades vai se transformando num case internacional. Nem o Corinthians chega a esse nível.

Em 14 de janeiro, o delegado Maurício Moscardi Grillo disse à Veja que o timing para a denteção de Lula havia passado.

Pesquisa aponta parcialidade da mídia

Do site Vermelho:

Em trabalho científico recentemente publicado na revista acadêmica internacional Trajethos, o professor da UERJ Nemézio Amaral Filho demonstra a parcialidade de três dos maiores veículos da grande imprensa nacional no processo de admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff.

De acordo com Amaral Filho, por meio de sua pesquisa feita nos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, foi possível aferir que os veículos em questão contribuíram para a instauração do processo de impedimento.

Consenso neoliberal fica de pernas para o ar

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

O projeto de um mercado global sem fronteiras, no qual as transnacionais industriais e financeiras do Ocidente ditariam as regras do comércio em benefício próprio e das grandes potências, enfrentou manifestações de ativistas a partir de 1999 e a resistência dos países em desenvolvimento e dos BRICS a partir da Conferência de Cancún de 2003 e um abalo com a crise financeira de 2008. Mas nem os mais entusiasmados críticos do neoliberalismo teriam imaginado, mesmo então, o cenário de Davos em 2017.

Lava-Jato e Globo desviam atenção pública

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Acho que nunca foi tão difícil viver no Brasil. Já passamos por outras crises, mas nunca por um surto fascista coletivo dessa natureza. Ser um blogueiro político, ou acompanhar um blog político, e ficar na linha de frente dessa guerra, é um desafio quase sobrehumano.

Tenho fé que venceremos mais essa luta. Mesmo que não tivesse fé, esse é meu trabalho, não sei fazer outra coisa, então só me resta segurar as pontas por aqui e lutar com as armas que temos.

A quantidade de arbítrios diários supera a minha capacidade de combatê-los. Com paciência, todavia, vamos respondendo um a um.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Netflix e crise afundam TVs por assinatura

Por Altamiro Borges

Na semana passada, uma notícia deve ter apavorado as emissoras de tevê por assinatura, em especial o Grupo Globo – que domina o grosso deste mercado. A Netflix, que exibe séries e filmes pela internet, anunciou um crescimento recorde no último trimestre de 2016. A empresa ianque adicionou 7,05 milhões de novos assinantes, a maior parte (5,1 milhões) fora dos EUA. Agora, do total de 93,8 milhões de membros, 47% estão espalhados pelo mundo. Um dos locais de maior expansão do serviço foi exatamente o Brasil – que virou um laboratório da estratégia bem sucedida de crescimento da Netflix no mundo.

Ódio à Marisa Letícia: caso antropofágico

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, sofreu um acidente vascular cerebral e está internada, em estado grave e em coma induzido, em São Paulo.

Bastou isso para que as áreas de comentários dessa notícia em veículos de comunicação fossem invadidas por enxames de semoventes destilando ódio e desejando dor a ela e, principalmente, a ele através do sofrimento dela.

De igual virulência, porém em menor quantidade, o mesmo show de horrores aconteceu quando Thomaz, filho do governador Geraldo Alckmin, morreu em um acidente de helicóptero em abril de 2015. Naquela época, muitos foram os idiotas que chamaram isso de ''justiça divina''.

O xadrez da substituição de Teori

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o neo-garantismo do Supremo

Durante toda a AP 470 e a Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal abdicou de sua função de última trincheira contra o arbítrio e de defensor da Constituição – até o limite do endosso a um golpe parlamentar.

Quando os abusos da Lava Jato excederam, ensaiou-se um grupo garantista dentro do Supremo, preparado para atuar quando o caso chegasse lá. Era composto de Ricardo Lewandowski, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Teori Zavascki.

Morte de Teori: Faça parecer um acidente!

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

Uma simples pesquisa no Google revela quantas vezes a frase “faça parecer um acidente” foi usada na literatura ou por cineastas para se referir aos criminosos nas mais diversas situações em que se tentou encobrir um “crime perfeito”. É absolutamente natural que o país esteja acompanhando com perplexidade os desdobramentos das investigações sobre a morte de Teori Zavaski, ministro do STF e relator da Lava Jato. Afinal de contas, enquanto as probabilidades matemáticas quase impossíveis tornam difícil acreditar que tenha ocorrido um acidente, a conspiração para eliminar uma figura tão importante no cenário político do país torna-se quase unanimidade.

Dilma denuncia ao mundo o golpe no Brasil

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A presidenta deposta, Dilma Rousseff (PT), iniciou neste mês uma série de viagens ao exterior para denunciar o golpe que levou Michel Temer e sua turma ao poder. A viagem, que vai até o dia 5 de fevereiro, começou pela Espanha, na terça-feira (24), quando Dilma esteve em Sevilha, no seminário organizado pelas universidades da Espanha e Portugal. De acordo com a programação, Dilma abriu o evento com a palestra inaugural "O ataque à democracia no Brasil e na América Latina".

A quem serve o desemprego da Era Temer?

Por Henrique Domingues, no site da UJS:

A grave recessão econômica somada à inversão do projeto político causada pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff coloca o povo brasileiro diante de velhos fantasmas do passado. Parece que, do dia para a noite, voltamos duas décadas no tempo e manchetes dos anos 90 começaram a dar a tonalidade das notícias da grande mídia: privatizações, inflação, aumento da violência, da desigualdade, da intolerância, desprestígio internacional, desemprego.

Trump, Temer e o Itamaraty

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

Um dos principais instrumentos programáticos utilizados para legitimar a operação do golpeachment foi o documento “Ponte para o Futuro”, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, vinculada ao PMDB. O material foi divulgado em outubro de 2015, em operação coordenada pelo presidente da entidade e amigo pessoal de Temer, Wellington Moreira Franco.

Consumada a deposição inconstitucional e ilegítima de Dilma, o responsável pelo texto foi convidado para ocupar uma Secretaria toda especial no interior da Presidência da República. Ficou encarregado pelo programa de parcerias para investimentos com o setor privado, com o objetivo de levar adiante os processos de privatização e concessão de toda a parte da infraestrutura do País. Nunca é demais lembrar que pesa contra ele um conjunto de denúncias e processos de corrupção contra o político carioca, inclusive no âmbito da Operação Lava Jato.

O que aprender com a crise sindical nos EUA

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Há muitas estórias sobre o sindicalismo norte-americano. Algumas foram até popularizadas em filmes que mostram traços de gangsterismo, penetração da máfia etc. Mesmo os que conhecem apenas superficialmente aquele mundo (nisso me incluo), sabem da tradição “apolítica” dos sindicatos, do controle estrito que os “staffs” de dirigentes “técnicos” mantêm, subordinando a participação e a mobilização dos trabalhadores ao ritual das negociações fechadas com o patronato.

De fato, por outro lado, nem tão apolítico é esse sindicalismo. Desde os anos 1930, quando a classe trabalhadora branca foi beneficiada pela legislação de Roosevelt, os sindicatos têm sido um elemento fundamental nas coligações do Partido Democrata. E desde os anos 1950, sobretudo, a central sindical (AFL-CIO) tem se alinhado fortemente com a política externa norte-americana, nos seus traços mais imperialistas.

Eros, Tanatos e o ódio à família Lula

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O advento das redes sociais e o aumento do acesso a elas pela inclusão digital certamente carregam virtudes e benefícios. No Brasil, entretanto, as redes têm servido também para revelar um traço horrível de parcela dos brasileiros: o ódio e sua violência latente, a intolerância, a incapacidade de aceitar a divergência e conviver com o outro, a ausência absoluta de compaixão por aquele que “não é do meu lado”, não pensa como eu, não se parece comigo. 

Em um povo que em outros tempos se dizia regido por Eros – deus do amor e do prazer na mitologia grega, que se manifestaria através da alegria, do carnaval e da leveza da alma brasileira – de repente surgem grupos dominados por Tanatos, o instinto de morte e destruição, permeado pela completa ausência da compaixão, sentimento distintivo da humanidade. Nos últimos dois dias, a pulsão de Tanatos manifestou com toda a sua força bruta, na violência das agressões, pelas redes, a dona Marisa Letícia Lula da Silva, que enfrenta em coma induzido as consequências de um acidente vascular cerebral.

Acidentes nas marginais. Cadê o Doria?

Da revista Fórum:

As consequências de um aumento de velocidade nas duas maiores vias de São Paulo, as marginais Pinheiros e Tietê, começam a aparecer menos de dois dias após sua implantação. Ao reduzir os limites de velocidade, o ex-prefeito Fernando Haddad se baseou em estudos que garantiam menos acidentes e um aumento da velocidade média dos veículos. O atual prefeito João Doria (PSDB), no entanto, resolveu ignorar os fatos e cumprir sua promessa populista de campanha de aumentar as velocidades e o resultado é um acidente a cada 4 horas e uma lentidão maior do tráfego.

Luta de classes na 'reforma' da Previdência

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Na década passada, a primeira leva de trabalhadores nascidos após a Segunda Guerra Mundial (conhecidos como a geração do baby boom) chegou à idade de se aposentar, um fato que trouxe considerável pressão sobre os orçamentos da seguridade social. Com o fraco crescimento das finanças públicas, decorrente de uma pequena expansão do Produto Interno Bruto (PIB) na maioria dos países, desde então a ofensiva neoliberal contra a previdência pública começou a fazer com que em muitos países estourassem grandes manifestações de trabalhadores. O dilema decorre de uma pergunta que a humanidade precisa responder: envelhecer é uma coisa boa ou ruim? Em sua essência, trata-se evidentemente de uma coisa boa. Afinal, a maioria das pessoas prefere viver mais a viver menos.

Ives Gandra Filho, o aliado dos patrões

Por Natália Rangel, no site da CTB:

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, vem sendo defendido por setores conservadores para assumir a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os entusiastas da ideia estão o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o ministro do STF Gilmar Mendes e o deputado e pastor Marco Feliciano, liderança da bancada religiosa do Congresso.

Ligado à Opus Dei, Gandra já expressou em artigos sua oposição à realização de pesquisas com células tronco, afirmou que o casamento entre homossexuais é tão impróprio quanto a união de "um homem com um cavalo" e que mulheres devem submissão aos homens, assim como os filhos devem obedecer aos pais.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Michel Temer, o espião dos EUA?

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Em recente entrevista ao jornalista Fernando Moraes, o "cyber ativista" australiano Julian Assange, criador do WikiLeaks e exilado desde 2012 na embaixada do Equador, em Londres, ao responder pergunta sobre relações do então vice-presidente Temer com os serviços de inteligência estrangeiros, esclarece informações dos contatos que o golpista manteve com serviços diplomáticos estadunidenses: 

"Nós publicamos várias mensagens sobre isso. Uma em particular é de janeiro de 2006, em que ele vai à embaixada americana. A mensagem é somente a respeito das informações fornecidas por Michel Temer, suas visões políticas e as estratégias do seu partido. Isso mostra um grau um pouco preocupante de conforto dele com a embaixada americana. O que ele terá como retorno? Ele está claramente dando informações internas à embaixada dos EUA por alguma razão. Provavelmente para pedir algum favor aos Estados Unidos, talvez para receber informações deles em retorno."

Querem nos tornar um povo de marionetes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No grotesco teatro de marionetes sem voto popular em que se transformou a política brasileira, a disputa em torno da herança de Teori Zavaski tornou-se acima de tudo uma guerra aberta pelo poder.

Uma semana depois que Elio Gáspari escreveu o artigo "Carmen Lucia, Presidente", traduzindo com palavras sóbrias um conjunto de adjetivos deslumbrados que já escapavam pela boca de apresentadores da TV Globo, a presidente do STF encontra-se a caminho de assumir o controle real dos poderes da República e tomar decisões cruciais para o presente e o futuro dos brasileiros.

Dona Marisa e as sociopatas do hospital

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Desculpem-me os crédulos.

Eu não acredito em tudo.

Não acho que 60 ou 70 alucinados tenham, por acaso, se encontrado na Câmara dos Deputados e, “de repente”, resolvido invadir o plenário, subir na mesa e pedir “um general, um general” para impor uma ditadura militar.

Assim como não acredito que as quatro patéticas figuras que se dispõem a agredir verbalmente a mulher de Lula, Marisa, em coma numa UTI, como a Veja fez-lhes questão de dar palco, possam ser apenas loucas macabras “espontâneas”.

STJ trava maracutaia da Petrobras

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A Justiça mais uma vez freia a tentativa de dilapidar o patrimônio público que continua a pleno vapor na Petrobras após o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff do cargo. O presidente em exercício do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Humberto Martins, negou pedido da empresa para que suspendesse uma decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), em Sergipe, e liberasse a cessão de dois campos de petróleo, na Bacia de Campos e na Bacia de Santos, sem licitação. Ambos seriam entregues de mão beijada para uma multinacional estrangeira, a Karoon Gas Australia.

Temer se fantasia com a faixa presidencial

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se estamos vivendo numa farsa completa, num carnaval institucional violento sem hora para terminar, nada mais natural que Temer se sinta à vontade para envergar a faixa presidencial.

Ao longo dos últimos meses, ele vinha titubeando em fazer o retrato com um papo furado de que era contra o “culto à personalidade”.

Alguém da turma - Gilmar, por exemplo - deve ter falado num desses jantares no Jaburu: “Pô, Michel, para com isso, mano”.

João Doria e a voz do grafite

Imagem: Pedro Carpigiani, adaptado de BanksyJornalistas Livres
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

A fúria do prefeito de São Paulo contra a arte de rua tem um efeito imediato, que é mudar a cara de uma cidade que os paulistanos se acostumaram a ver, com aprovação quase unânime. A cor cinza, da ignorância e do autoritarismo, sufoca a manifestação colorida do livre-pensar.

Mas tem outro significado, de longo prazo e ainda pior. É a tentativa de calar a voz do artista popular, da mesma forma que o governo golpista tenta, no plano federal, silenciar toda a juventude. As ações neste sentido começam pela “escola sem partido”, pela demolição da universidade pública e dos programas que facilitam o acesso ao ensino superior.

A sonegação fiscal destrói o Brasil

Por Marcos de Aguiar Villas-Bôas, na revista CartaCapital:

A sonegação de tributos tem a proeza de, ao mesmo tempo, destruir a situação fiscal de um país e aumentar muito a desigualdade, levando a problemas econômicos variados.

O número da sonegação normalmente apresentado pela Procuradoria da Fazenda Nacional está entre 400 e 500 bilhões de reais. Recentemente vem se falando em 900 bilhões de reais.

Estudos divulgados no exterior em relação a países em desenvolvimento mencionam outro problema, mas correlacionado: um fluxo anual de 900 bilhões de dólares de capital ilícito para o exterior decorrente de corrupção, propinas, tráfico de drogas etc.

Lava-Jato mente sobre os próprios arbítrios

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A força-tarefa da Lava Jato não apenas não sabe fazer powerpoints. Ela também não sabe falar a verdade.

Hoje, ela divulgou um estudo em que distorce completamente os números, porque não inclui todos aqueles que ela manteve preso preventivamente por até dois anos, sem condenação, sem prova. Usa apenas o que ainda estão detidos. Ou seja, ignora os arbítrios já cometidos, as torturas, as manipulações sem limite, os vazamentos seletivos e criminosos, a agenda minunciosamente sincronizada com os objetivos do golpe.

As cosméticas urbanas de João Doria

Por Fran Alavina, no site Outras Palavras:

As primeiras ações do plutocrata prefeito de São Paulo são profícuas para se pensar as várias dimensões da intercessão entre o urbano e o político. Suas ações publicitárias fazem do governo municipal um primoroso gestor de imagens, mais do que de ações governamentais. Não se trata tanto do que é feito, mas de mostrar o que se “faz”, remetendo à diferença secular entre a coisa e a sua imagem. É difícil separar o que é publicidade e o que é governo. Remetidos ao campo da imagem, estaremos sempre lidando com simulacros, pois o próprio prefeito é um simulacro: simulacro de trabalhador. A imaginação coletiva é astutamente atraída e cooptada para não poder divisar com clareza a diferença entre ilusão e realidade, entre o feito e o visto. Por isso, as críticas à nova gestão terão que ser dirigidas tanto às imagens, quanto às ações, pois do contrário serão inócuas.

Mea culpa do financismo?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O ano começou com muita mesmice e algumas novidades. As trapalhadas, as denúncias de corrupção e os equívocos desastrosos do governo Temer seguem na mesma toada. Os massacres ocorridos nos presídios em vários Estados, ao longo de poucos de dias de 2017, chamam a atenção para o despreparo do governo federal em lidar com o tema e acendem a luz vermelha pelo futuro próximo. Mas eis que em sua primeira reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por reduzir a Selic em 0,75%.

Marisa foi alvo dos esbirros de Curitiba

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No meio da tarde da última terça-feira, 24 de janeiro, explodiu como uma bomba na internet e nos meios de comunicação tradicionais a informação de que a esposa do ex-presidente Lula, Dona Marisa Letícia, sofreu um Acidente Vascular Cerebral de caráter hemorrágico, do tipo mais grave.

A partir dali, de norte a sul do país levantou-se uma onda de solidariedade, comoção e indignação diante das causas óbvias do mal que acometeu dona Marisa, que, como todos podem imaginar, pela idade e pela perseguição política que, junto a marido e filhos recebe da Lava Jato e de hordas fascistas, está tendo a saúde afetada.

Donald Trump na era da pós-verdade

Ilustração: FadiToOn/Cartoon Movement
Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Corre uma discussão em diferentes mídias mundiais de que estaríamos vivendo, no jornalismo, nas redes sociais e de um modo geral, a "era da pós-verdade". Normalmente, as pessoas usam o prefixo "pós" quando não sabem muito bem o que querem definir, mas sabem de onde partem para esta indefinição. O termo "pós-moderno" é o exemplo mais bem acabado disso.

Também deve-se considerar, previamente, que antes o termo "era" valia para um período muito extenso, coisa de milhões, milhares ou pelo menos uns dois séculos de duração. Hoje este prazo se abreviou consideravelmente, e fala-se descontraidamente em "era FHC", "era Lula", "era Dunga", para ficar em alguns exemplos caseiros. Já há até quem fale em "era Temer", enquanto outros anunciam, esperançosos, ou porque querem sucedê-lo, ou porque querem simplesmente vê-lo pelas costas, que "Temer já era".

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O herdeiro criminoso da afiliada da Globo

Por Altamiro Borges

Na madrugada de sexta-feira para sábado, o estudante Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, filho do dono da afiliada da TV Globo na Paraíba e do maior grupo da indústria alimentícia no Estado, atropelou um agente do Detran ao fugir de uma blitz da Lei Seca em João Pessoa. Dirigindo seu luxuoso Porsche, ele não prestou socorro à vítima, o trabalhador Diogo Nascimento, de 34 anos, que faleceu na noite deste domingo (22). A juíza de plantão mandou o playboy para a cadeia, mas o desembargador público revogou a prisão ainda na madrugada – o que gerou uma onda de revolta na Paraíba. O assunto, porém, não foi destaque na TV Globo.

Ives Gandra Filho: O Opus Dei no STF?

Por Altamiro Borges

Setores da mídia já definiram o substituto “ideal” para o posto do falecido ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se do arquiconservador Ives Gandra Filho, atual presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e feroz inimigo dos direitos trabalhistas. O jornal O Globo está em plena campanha. Já a Folha até tenta embelezar a biografia do filho do introdutor da seita fascista Opus Dei no Brasil. Na coluna Painel desta terça-feira (24), o jornal destaca apenas: “Cotado para assumir a cadeira de Teori Zavascki no Supremo, Ives Gandra Martins Filho, presidente do TST, é chamado de ‘monge’ pelos amigos” e orgulha-se de ser “um homem de Deus”. É quase um santo!

O retrato envelhecido de Doria Gray

Por Renato Rovai, em seu blog:

A história do jovem Dorian Gray, da obra de Oscar Wilde, de alguma forma, tem elementos bastante próximos ao roteiro que vem sendo desenhado pelo marketing vaidoso e ególatra do prefeito João Doria Jr.

No romance, Dorian Gray é pintado por Basil Hallward no auge da sua juventude. E para se manter sempre belo e jovial faz um acordo com o demônio. Mas enquanto seu corpo mantém-se imutável o retrato de Dorian vai envalhecendo e o faz lembrar o que ele realmente é.

Temer e uma toga em leilão no STF

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Para não recuar muito, nem Fernando Henrique, nem Lula, nem Dilma permitiram que a indicação de um ministro do Supremo Tribunal Federal fosse ao leilão político e se transformasse em presa dos apetites fisiológicos de partidos políticos e outros grupos de interesse. Já com Temer, num momento de grave crise entre as instituições, para não falar em crise institucional, a escolha do ministro que ocupará a vaga de Teori Zavascki já se transformou em disputa e pode até render uma escaramuça.

Uma métrica para legitimar o arbítrio

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Jeferson Miola

A edição d´O Globo desta terça-feira 24/01 dedica reportagem de página inteira para construir o argumento da legalidade da Lava Jato. A matéria “Aval supremo” é ilustrada com uma foto [que ocupa um terço da página 3 do jornal] de um Sergio Moro pisando firme no tapete azul do Senado.

O Globo reproduz dados da força-tarefa da Lava Jato – aparentemente sem confrontá-los com qualquer parâmetro técnico-jurídico – e afirma que “os réus perderam em 81,4% das vezes [nos recursos e habeas corpus impetrados no STF], ou seja, em quatro de cada cinco casos”.

O caso Ludmilla e a mídia reacionária

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Há uma ideia corrente nas redes sociais de direita que defende a existência de uma hegemonia do pensamento de esquerda na mídia internacional. Este delírio antes se restringia às sombras da extrema direita, mas, ultimamente, vem se tornando popular e ganhando força nas redes sociais.

Não é exatamente surpreendente que seja identificada como de esquerda qualquer abordagem mais progressista.Os telejornais, os telejornais policiais e programas que misturam entretenimento com jornalismo ainda são grandes fontes de informação para grande parte dos brasileiros. 

Doria em SP: por uma cidade cinza

Por Thedy Corrêa, no site Jornalistas Livres:

Como dói, Dória
Ver essa parede cinza
Onde antes havia alegria
Como dói, Dória
Lembrar da beleza
Do que antes havia
Como dói, Dória
Pensar que se fosse o Guernica
Você também o apagaria
Pois a sua noção de beleza
Jamais o entenderia

A aliança de Temer com os ruralistas

Do jornal Brasil de Fato:

O avanço do neoliberalismo no mundo, o papel da luta popular, a unidade da esquerda e os retrocessos do governo não eleito de Michel Temer (PMDB) foram alguns dos temas debatidos no painel de abertura do encontro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocorre entre esta segunda-feira (23) até a sexta (27),em Fortaleza, no Ceará.

A atividade tem como objetivo refletir sobre os desafios para a organização sem-terra e a agenda de lutas do movimento para este ano.

Repetições da história: tragédias e farsas

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

“A história aparece como tragédia e se repete como farsa”, escreveu Karl Marx no livro “Dezoito Brumário de Louis Bonaparte”, em 1852. Estudamos História para iluminar o entendimento do presente ou para nos servir como guia a seguir no futuro desconhecido?

A heurística – a arte de inventar ou fazer descobertas – mostra que as pessoas fazem seus julgamentos baseadas na similaridade entre situações atuais e outras situações vividas ou protótipos daquelas situações. Essa ligação heurística conduz-nos a acreditar que novo evento “parece igual” a alguma experiência prévia e confundir “aparência” e “realidade”. Porém, “semelhança com a verdade não é o mesmo que a verdade”…

Haddad ganha de Villa na Justiça

Da revista Fórum:

A Justiça de São Paulo rejeitou nesta segunda-feira (23) ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) por ter publicado agenda oficial com informações incompletas, para enganar um comentarista de rádio. Para a juíza Carolina Duprat Cardoso, da 11ª Vara de Fazenda Pública, o ato de improbidade não acontece mesmo se comprovadas ilegalidades formais, mas apenas quando há “violação substancial” dos bens da administração pública.

Brasil: o paraíso tributário dos super-ricos

Do blog Socialista Morena:

Os brasileiros super-ricos pagam menos imposto, na proporção da sua renda, do que um cidadão típico de classe média alta, sobretudo assalariado, o que viola o princípio da progressividade tributária, segundo o qual o nível de tributação deve crescer com a renda.

Essa é uma das conclusões de artigo publicado em dezembro pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Doria deixa SP mais cinza e mais burra

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

João Doria passará para a história como o prefeito que conseguiu a proeza de deixar São Paulo mais feia e mais estúpida.

Não há dia em que Doria não faça alguma idiotice midiática em sua hiperatividade estéril. Esgotou o guarda roupa com seu fetiche por uniformes de operários.

Já se fantasiou de gari, pedreiro, jardineiro, operador de motor de compressão. A última jogada populista foi sair de cadeirante, uma ofensa a quem não tem como se locomover com as pernas.

Sigilo? País exige saber tudo sobre Teori

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Leio no R7: "Justiça decreta sigilo em investigação de acidente que matou ministro Teori Zawascki".

Pergunto: sigilo por quê, se o que o País inteiro mais quer saber neste momento, desde o acidente em Paraty na semana passada, são as causas e todas as circunstâncias da queda do avião que matou o ministro relator da Lava Jato.

Não se fala de outro assunto e, enquanto não há informações oficiais sobre o acidente, multiplicam-se nas conversas e nas redes sociais as mais insanas teorias conspiratórias em busca de culpados.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Roberto Freire e a cultura aos reacionários

Por Jotabê Medeiros, na revista CartaCapital:

A reação toma o poder na área cultural. Para além das distinções tradicionais entre direita e esquerda minimamente esclarecidas, o cenário nacional aponta para uma vigorosa inflexão da área cultural ao viés fortemente reacionário.

A práxis conservadora no setor dá algumas pistas de métodos e contornos que pouco dizem respeito aos temas culturais propriamente ditos: abandono de projetos tidos como “menores”, em detrimento de vitrines de gestão, empreguismo galopante e, em oposição ao assembleísmo petista, certa gabinetização, um ensimesmamento dos dirigentes. As exceções são raras.

Temer quer financiar as multinacionais

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

O presidente Michel Temer diz que não há dinheiro para gastos sociais, mas quer financiar, com verbas públicas, a atuação de empresas estrangeiras no Brasil. Decreto assinado por ele, na semana passada, possibilita que o Tesouro e bancos públicos concedam crédito ao capital internacional para atuar agora em quase todos os setores econômicos. A benesse sinaliza o caráter antinacional e subalterno da gestão.

Trump puxa tapete de Temer e dos coxinhas

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Que diabo é a Parceria Transpacífico (TPP) e por que você deveria se preocupar com o fato de que o recém-empossado presidente Donald Trump caiu fora dela?

TPP é o maior acordo comercial regional já negociado. Não passaria pelo Congresso dos Estados Unidos, por isso a decisão de Trump é acima de tudo simbólica.

A idéia por trás do acordo era “ancorar” a economia asiática aos Estados Unidos, reduzindo a influência regional da China.