Do site Vermelho:
Em trabalho científico recentemente publicado na revista acadêmica internacional Trajethos, o professor da UERJ Nemézio Amaral Filho demonstra a parcialidade de três dos maiores veículos da grande imprensa nacional no processo de admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff.
De acordo com Amaral Filho, por meio de sua pesquisa feita nos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, foi possível aferir que os veículos em questão contribuíram para a instauração do processo de impedimento.
“Em uma análise quantitativa e qualitativa, nota-se que as matérias estudadas, em sua maioria, atacavam Rousseff usando a chamada crise econômica com forma de validar o impeachment. Entretanto, quase sempre esses argumentos eram distorcidos. Propositalmente, usavam-se jargões de economia que dificultavam o entendimento do leitor e mascaravam os ‘achismos’ apresentados no lugar da apuração rigorosa e na divulgação plural de opiniões que se espera da imprensa”, ressalta Amaral Filho.
Para chegar a essa conclusão, o professor analisou 143 matérias publicadas nas editorias de economia dos sites de O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, no período de 28 de abril a 26 de maio de 2016, ou seja, antes, durante e após a admissibilidade do impeachment, ocorrido em 12 de maio do ano passado.
Os textos, localizadas por meio das palavras-chave “Dilma”+”economia”, “Dilma”+”crise econômica”; “economia”+”impeachment”; “desemprego”+“economia”+“crise política”, foram estudados considerando se eram “neutras”, “contras” ou “a favor” à então presidente. O resultado mostrou completo desequilíbrio nos três veículos analisados, com notícias majoritariamente contra: O Globo com 77%; Folha de S. Paulo, 61%; e Estado de S. Paulo, 78%.
“Principalmente num contexto de instabilidade política e social, a grande imprensa deveria levar a termo seu compromisso de defender a democracia e trazer a pluralidade na cobertura. No processo de impeachment seria esperado veicular um número mais o menos próximo de matérias com argumentos contra e a favor a ex-presidente, além de algumas “neutras”, meramente informativas. Mas observamos que não foi isso que aconteceu”, destaca Amaral Filho.
A pesquisa completa em detalhes pode ser acessada aqui.
Sobre o autor da pesquisa
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará, Nemézio Amaral Filho possui mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA-UFPA, 2002) e doutorado em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ, 2006).
Atualmente é professor-adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), consultor ad hoc do Terceiro Setor e analista em Ciência e Tecnologia, na área de Comunicação, em exercício no Ministério da Saúde.
Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, negritude, comunidade e crítica da mídia.
Além de ser um dos autores de "Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa", escreveu também o livro "O Passo a Passo da Monografia em Jornalismo".
* Por Nathália Ronfini, Assessoria de Imprensa.
Em trabalho científico recentemente publicado na revista acadêmica internacional Trajethos, o professor da UERJ Nemézio Amaral Filho demonstra a parcialidade de três dos maiores veículos da grande imprensa nacional no processo de admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff.
De acordo com Amaral Filho, por meio de sua pesquisa feita nos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, foi possível aferir que os veículos em questão contribuíram para a instauração do processo de impedimento.
“Em uma análise quantitativa e qualitativa, nota-se que as matérias estudadas, em sua maioria, atacavam Rousseff usando a chamada crise econômica com forma de validar o impeachment. Entretanto, quase sempre esses argumentos eram distorcidos. Propositalmente, usavam-se jargões de economia que dificultavam o entendimento do leitor e mascaravam os ‘achismos’ apresentados no lugar da apuração rigorosa e na divulgação plural de opiniões que se espera da imprensa”, ressalta Amaral Filho.
Para chegar a essa conclusão, o professor analisou 143 matérias publicadas nas editorias de economia dos sites de O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, no período de 28 de abril a 26 de maio de 2016, ou seja, antes, durante e após a admissibilidade do impeachment, ocorrido em 12 de maio do ano passado.
Os textos, localizadas por meio das palavras-chave “Dilma”+”economia”, “Dilma”+”crise econômica”; “economia”+”impeachment”; “desemprego”+“economia”+“crise política”, foram estudados considerando se eram “neutras”, “contras” ou “a favor” à então presidente. O resultado mostrou completo desequilíbrio nos três veículos analisados, com notícias majoritariamente contra: O Globo com 77%; Folha de S. Paulo, 61%; e Estado de S. Paulo, 78%.
“Principalmente num contexto de instabilidade política e social, a grande imprensa deveria levar a termo seu compromisso de defender a democracia e trazer a pluralidade na cobertura. No processo de impeachment seria esperado veicular um número mais o menos próximo de matérias com argumentos contra e a favor a ex-presidente, além de algumas “neutras”, meramente informativas. Mas observamos que não foi isso que aconteceu”, destaca Amaral Filho.
A pesquisa completa em detalhes pode ser acessada aqui.
Sobre o autor da pesquisa
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará, Nemézio Amaral Filho possui mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA-UFPA, 2002) e doutorado em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ, 2006).
Atualmente é professor-adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), consultor ad hoc do Terceiro Setor e analista em Ciência e Tecnologia, na área de Comunicação, em exercício no Ministério da Saúde.
Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, negritude, comunidade e crítica da mídia.
Além de ser um dos autores de "Comunicação Organizacional Verde: Economia, Marketing Ambiental e Diálogo Social para a Sustentabilidade Corporativa", escreveu também o livro "O Passo a Passo da Monografia em Jornalismo".
* Por Nathália Ronfini, Assessoria de Imprensa.
1 comentários:
Agora, com participação da francesa TOTAL no pré-sal, venda da malha de dutos do sudeste para empresa canadense, reforma da previdência sem prestação de contas para o público em geral, exigência da privatização da SEDAE, começo a entender o significado do "COMBATE À CORRUPÇÃO". Agora sou mais um Cara de Bunda Pintada.
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