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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O Equador e o fracasso da 'guerra às drogas'

Charge: Camdelafu/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O que acontece agora no Equador é mais uma demonstração do retumbante fracasso da “guerra às drogas”.

Lançada, em 1971, por Richard Nixon, a “guerra às drogas” já teria consumido mais de US$ 1 trilhão, somente do orçamento federal estadunidense, ao longo de 52 anos.

Resultados? Nulos ou praticamente nulos.

Não houve redução do consumo de drogas ilegais. Ao contrário, esse mercado continua bastante aquecido.

Também não houve redução das mortes por overdose. Na realidade, o uso de opioides sintéticos tem aumentado essas mortes, especialmente nos EUA.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Política externa de Milei é contrária ao Brasil

Charge: Miguel Paiva/247
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:

Durante a campanha eleitoral, Javier Milei prometeu uma política externa profundamente ideologizada, tal qual a política externa de Bolsonaro na gestão de Ernesto Araújo.

Milei, que segue confessadamente os ensinamentos de Conan, o mastim inglês, afirmou, entre outras coisas, que não manteria relações com países “comunistas”, como China, e que se afastaria do Brasil de Lula.

Também deixou claro que suas absolutas prioridades em política externa seriam os EUA e Israel.

Em nenhum momento, mencionou, como relevante, a integração regional, bem como o Mercosul, a Celac e a Unasul, principais instrumentos de cooperação e de articulação de interesses da América Latina.

Neoliberalismo na raiz da crise no Equador

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

O fascismo argentino e a tática do terror

Charge: David Pugliese
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O que Javier Milei chama de choque é na verdade a disseminação do terror, nos dois primeiros dias de governo. A Casa Rosada já alertou, pelo porta-voz Manuel Adorni e pelo ministro da Economia, Luis Caputo, que haverá hiperinflação.

E o primeiro pacote saiu nesta terça. O chamado dólar oficial foi corrigido de 366 para 800 pesos. O dólar paralelo já estava entre 950 e mil pesos.

Não haverá licitação de obras públicas por tempo indeterminado. São reduzidos (sem esclarecer em quanto) os subsídios do governo às tarifas do transporte público (metrô) e de energia. Os gastos com propaganda do governo nos meios de comunicação são suspensos por um ano.

O governo irá suspender, por tempo não fixado, as transferências de recursos federais às províncias.

Haverá aumento de imposto nas importações. Em compensação, será dobrada a ajuda do governo a famílias pobres (tipo Bolsa Família) e aumentado em 50% o valor de um cartão para compra de alimentos. Mas nenhuma medida teve detalhamento.

Milei restringe protestos na Argentina

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

O que rolou na posse de Milei na Argentina?

Milei legaliza nepotismo para contratar irmã

O discurso raso do fascista argentino

Charge: Ramón Díaz Yanes
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Um dos assessores do gabinete do ódio de Bolsonaro faria o discurso que Javier Milei fez na Casa Rosada. A opção de falar para o povo, e não para o Congresso, não explica a pobreza retórica do sujeito no dia da posse.

Se tivesse discursado no Congresso, o tom seria o mesmo, de falcatrua populista antissistema, na mesma linha do adotado por Bolsonaro e similares.

Mesmo que a fala tenha sido escrita por uma equipe de redatores de discursos, como é comum nesses casos, o que está ali é a precariedade do pensamento do homem que hipnotizou a Argentina.

São frases rasas, com uma sequência de clichês, que fazem parte do truque da extrema direita de se comunicar por resumos grosseiros da realidade.

Milei anunciou que está decretando o fim da noite do populismo. Mas nada é mais populista do que a retórica dessa gente.

domingo, 10 de dezembro de 2023

Referendo sobre Essequibo: erro diplomático

Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


É óbvio que Maduro realizou o referendo sobre Essequibo pensando, essencialmente, na política interna da Venezuela e de olho nas eleições de 2024.

É possível, embora incerto, que ele colha algum dividendo político com essa iniciativa.

Afinal, a questão de Essequibo é amplamente mobilizadora, independentemente de filiações político-ideológicas.

Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão das ilhas Malvinas é uma agenda do peronismo.

Na realidade, ambas são questões nacionais e suprapartidárias, que se arrastam há mais de 100 anos. São questões que perpassam quaisquer diferenças político-ideológicas internas.

A busca pela paz na América Latina