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sexta-feira, 24 de julho de 2020

As crianças invisíveis da Candelária

Por Gabriella Gualberto, no site da Fundação Perseu Abramo:

Este ano o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 30 anos. No dia 13 de julho de 1990 foi publicada a Lei 8.069, que institui o ECA e traz prioridade absoluta a proteção e a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Com o Estatuto, crianças e adolescentes passaram a ter, garantidos pelo Estado, pela família e pela sociedade, o direito à vida, à saúde, à educação, à convivência e à profissionalização.

Augusto Buonicore, lutador do socialismo

Augusto César Buonicore
Por José Carlos Ruy, no site da Fundação Maurício Grabois:

Hoje, 21 de julho, é um dia melancólico para os parentes, amigos e camaradas de Augusto César Buonicore. Nascido em 1960, no dia de hoje ele completaria 60 anos de idade. Não chegou a isso, vítima que foi das complicações de um câncer no intestino, este combativo jovem despediu-se da vida em 11 de março de 2020, aos 59 anos de idade.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Rosa Luxemburgo: um pássaro deixa de cantar

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

De repente, nessa atmosfera espectral, 
à beira da minha janela, ergueu-se o canto
do rouxinol. No meio desta chuva, destes
relâmpagos, do trovão, dir-se-ia o carrilhão
de um sino argentino. O rouxinol cantava com 
paixão, como se quisesse abafar o barulho do
trovão e iluminar o crepúsculo. Nunca ouvi 
nada mais belo. No céu, alternadamente plúmbeo
e púrpura, o seu canto fazia lembrar uma
cintilação de prata. Tudo era tão misterioso e de
uma beleza tão inacreditável que repeti 
involuntariamente o último verso do poema de Goethe: 
“Ah, e não estás tu ao pé de mim”... 
(Carta a Sônia Liebknecht, enviada à prisão, 
fins de maio de 1917. VARES, Luiz Pilla. 
Rosa, a Vermelha. São Paulo: Busca Vida, 1988, p. 250). 


Quarentena, se nada propiciar, evoca lembranças adormecidas, jogadas a um canto, à espera de algum empurrão. Consciente ou inconsciente. Rosa Luxemburgo, uma paixão. Livros lidos, uma ou outra citação, algum artigo – dela já me ocupara, não como de seu merecimento. A gata, recém-chegada ao nosso ninho, meu e de Carla, leva o seu nome – é irrequieta que só o diabo, honra o batismo. Não, não esperem um texto teórico, a servir de bússola. Há tantos estudos, livros sobre ela – não como de seu merecimento, mas há muitos. Contentem-se, se forem atraídos à leitura, com a lembrança de seus últimos momentos de vida, ela, Rosa, mártir da revolução. Descubram também uma Rosa atenta às pequenas felicidades da vida a dois e apaixonada pela natureza. Se puderem, olhem com carinho para essa Rosa.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

A carta-manifesto de Flávio Migliaccio

Flávio Migliaccio na peça "Confissões de Um Senhor de Idade"
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

“Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia”, diz Albert Camus nas célebres primeiras linhas de seu Mito de Sísifo, o livro onde resolve encarar o tabu de dar cabo à própria vida como um fenômeno individual, não social. Decidir seguir ou parar é um dilema, antes de tudo, pessoal, Camus defende. “Um gesto como este se prepara no silêncio do coração, da mesma forma que uma grande obra.”

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Os 45 anos do fim da "Guerra do Vietnã"

Foto: Ha Tien Anh/EFE
Por Pedro Oliveira

A chamada “Guerra do Vietnã” , que os vietnamitas chamam de Guerra de Libertação, teve início em meados da década de 60 do século passado, após os patriotas e revolucionários vietnamitas terem derrotado completamente o exército colonial mais experiente da época, o Exército Francês, na histórica batalha de Dien Bien Phu, em 1954. Os “conselheiros” americanos que atuavam já com os militares franceses resolveram substituir os franceses na tarefa de continuar a exploração do povo e das riquezas naturais do Vietnã.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Luiz Gama, o primeiro jornalista negro

Por Karina Berardo, no site da Fundação Maurício Grabois:

“A escravidão é uma espécie de lepra social: tem sido muitas vezes abolida pelos legisladores e restaurada pela educação sob aspectos diversos”. A frase é de Luiz Gama, primeiro jornalista negro do Brasil e foi escrita em 1876, mas permanece atual. O baiano Luiz Gama nasceu em 21 de junho de 1830. Aos 10 anos, filho de uma mulher brasileira negra e de um português branco, ele foi escravizado, condição que permaneceu até os 18 anos, quando conseguiu provar que nasceu livre.

domingo, 4 de agosto de 2019

Os 70 anos da Chacina de Tupã

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O ano era 1949 e vivia-se em meio à guerra fria, que no ano seguinte se tornaria quente na Coreia. O Brasil, sob o governo do marechal Eurico Gaspar Dutra, havia entrado firme – e prematuramente –nessa sombria era. Em maio de 1947, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou o registro do Partido Comunista do Brasil (PCB) e, em janeiro do ano seguinte, foi cassado o mandato de seus parlamentares num golpe parlamentar. Desde então, aumentou a escalada da repressão aos “vermelhos”. Os seus principais dirigentes, tendo suas prisões preventivas decretadas, entraram na clandestinidade. Vários jornais, mesmo não pertencendo oficialmente ao partido comunista, passaram a ser constantemente censurados e empastelados pela polícia.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

PHA chutava a canela do gigante adormecido

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Tempos atrás, assisti, no programa Domingo Espetacular, do jornalista Paulo Henrique Amorim, a uma reportagem muito curiosa sobre um corpo mantido a baixíssima temperatura, numa funerária de São Gonçalo, guardado num caixão de zinco. Tratava-se de um senhor morto, cujas filhas brigavam na justiça com a irmã caçula, que pretendia levá-lo para Michigan, nos Estados Unidos, onde repousaria numa empresa de criogenia, ao lado de milhares de outros cadáveres congelados anos a fio, aguardando para serem um dia ressuscitados. Paulo Henrique abria a reportagem, propondo: “Imagine morrer e voltar à vida graças ao avanço da ciência.”

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Barão de Itararé presta homenagem a PHA

Do site da Centro de Estudos Barão de Itararé:

Adeus, Paulo Henrique

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé se despede do jornalista e ansioso blogueiro Paulo Henrique Amorim. A notícia de sua morte, nesta quarta-feira, 10 de julho de 2019, nos deixou a todos consternados e tristes.

Jornalista com longa trajetória profissional, um dos mais importantes do país, dividiu com todos nós, do Barão, o desafio de construir uma organização que tem como centro a luta por uma comunicação mais democrática.

O sorriso afiado de Paulo Henrique Amorim

Por Renata Mielli, no site Vermelho:

E lá vamos nós de perdas em perdas, acumulando luto, tristeza e tendo que respirar fundo e seguir. Nem consigo imaginar como vamos continuar daqui para frente sem o seu comentário afiado, sem a sua sagacidade, suas sutilezas nem sempre tão sutis.

Paulo Henrique Amorim não foi apenas um dos maiores jornalistas do nosso país, ele foi um dos poucos jornalistas no exercício da sua profissão que não se acomodou na indústria dos mass media.

O Paulo sabia, talvez mais do que a maioria esmagadora de nós, como a notícia era fabricada dentro das emissoras de televisão. Como ela era conduzida para atingir objetivos.

"Paulo Henrique era um irmão", diz Mino

PHA: cai um pilar da resistência

Por Tereza Cruvinel

"Obrigado, querida, disso entendemos nós dois: sobreviver". Foi o que me disse Paulo Henrique Amorim no dia 24, em resposta à minha mensagem expressando solidariedade. Ele acabava de ser afastado do Domingo Espetacular pela TV Record, por pressão do governo intolerante, autocrático e autoritário de Bolsonaro. Eu havia dito, na mensagem, que ele era um pilar da resistência e vítima do disfarçado e não comentado expurgo de jornalistas que vem acontecendo no país, afastando da mídia os combativos, os que não se vergam. "Eles passarão, nós passarinhos, ainda vamos gorjear", eu disse ainda ele.

A morte de Paulo Henrique Amorim

PHA e o jornalismo que não se cala

Por Renato Rovai, em seu blog:

Foi-se o amigo, o companheiro de muitas batalhas, um dos mais irreverentes, o sarcástico e o gênio. Mas, mais do que isso, foi-se o jornalista que deixa como legado a coragem dos que não se calam. Paulo Henrique Amorim parte num momento péssimo. E provavelmente vítima dele e dos canalhas, canalhas, canalhas que o perseguiam.

Paulo foi sem sombra de dúvidas o jornalista mais processado deste período digital. Alguns processos, justificáveis. Como cada um de nós, ele também errava. A ampla maioria, de criminosos que não aceitavam que aquele baixinho carioca berrasse em alto e bom som o que lhes era merecido ouvir. E que o fizesse com um toque de humor que expunha as entranhas dos pulhas e popularizava o mal feito.

O jornalismo brasileiro ficou mais pobre

Por Umberto Martins, no site da CTB:

A morte de Paulo Henrique Amorim, aos 77 anos, na madrugada desta quarta-feira (10) deixa um vácuo no jornalismo brasileiro. Vítima de um infarto fulminante no Rio de Janeiro. Amorim trabalhou nos veículos mais influentes da mídia nacional, inclusive Rede Globo. Conheceu de perto os barões da comunicação, frequentou seus bastidores e tornou-se um crítico afiado e mordaz do chamado quarto poder, tema que lhe inspirou um livro e inúmeras crônicas.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Um ano sem Audálio Dantas

Por Antonio Barbosa Filho

Há exatamente um ano atrás, os jornalistas brasileiros perderam um de seus mais emblemáticos representantes - falecia, aos 88 anos de idade, o repórter, escritor, sindicalista e militante político Audálio Ferreira Dantas. Com ele foi-se um pedaço importante da história das lutas democráticas contra a ditadura anterior, aquela de 64-85, e da própria memória do Jornalismo nacional.

Dizem que ninguém é insubstituível, mas a ausência de Audálio pode demorar um pouco a ser preenchida. Temos brilhantes jornalistas, temos grandes militantes nas novas mídias, temos exemplos de ética profissional. Poucos, entretanto, somarão essas características de maneira tão marcante quanto podemos encontrar em Audálio. Infelizmente, o Jornalismo vive momentos de abastardamento que, num futuro em breve, envergonhará boa parte da categoria profissional.
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

100 anos da morte de Rosa Luxemburgo

Por Augusto C. Buonicore, no site Vermelho:

No dia 15 de janeiro se completam 100 anos do brutal assassinato da comunista polonesa Rosa Luxemburgo. Ela foi uma combatente de primeira hora contra o revisionismo teórico de Bernstein no interior da social-democracia. Condenou duramente o oportunismo de direita presente na direção do sindicalismo alemão, e defendeu a experiência da Revolução Russa de 1905, especialmente o uso da greve geral como instrumento importante na luta revolucionária. Quando se iniciou a Primeira Grande Guerra Mundial, ocorrendo a traição da maioria dos dirigentes da II Internacional, Rosa se colocou ao lado de Lênin em oposição à guerra imperialista e na defesa da revolução socialista europeia. Foi fundadora do grupo spartakista de onde surgiria o Partido Comunista da Alemanha. Após sua trágica morte, em 1919, no discurso de abertura do congresso de fundação da III Internacional, Lênin fez uma pungente homenagem à águia polonesa, heroína do proletariado mundial.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O pensamento radical de Clóvis Moura

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

“Ser radical é ir às raízes dos problemas e a raiz do homem é o próprio homem” (K. Marx).

Estávamos no ano de 1949 e um jovem estudioso, vivendo no interior da Bahia, resolveu enviar uma longa carta ao historiador Caio Prado Jr. Nela, falava dos seus planos de realizar uma pesquisa sobre a história das rebeliões negras no Brasil. Para isso, pedia ajuda ao eminente intelectual marxista. A resposta, contudo, não foi nada animadora. Ela sugeria que o rapaz abandonasse o plano original, pois morava numa região onde a escravatura não tinha tido um grande papel. E, mais grave, ali não teria condições de ter acesso às fontes históricas necessárias para desenvolver tão ousado projeto. Então, propunha que o missivista pegasse a “pena” e contasse “com toda simplicidade” o que “observava à sua volta”. Ou seja, descrevesse a situação do sertão baiano, onde vivia. Uma sugestão bastante prudente. Nove entre dez orientadores acadêmicos proporiam a mesma coisa.

domingo, 25 de novembro de 2018

O legado de um comandante invicto

Foto: Liborio Noval
Por Judite Santos, no site do MST:

Neste 25 de novembro completam-se dois anos da partida física do comandante Fidel Castro. Prestarmos nossa homenagem a este que foi sem dúvida, o maior dirigente revolucionário nessa quadra histórica em que vivemos.

Fidel Castro Ruz nasceu em 13 de agosto de 1926, no pequeno povoado de Birán, região oriental de Cuba. Seu pai havia sido recruta do exército espanhol na luta contra a independência de Cuba e depois retornou para instalar seu negócio e fazer sua vida na ilha, sua mãe era filha de camponeses pobres de Pinar del Río, região ocidental de Cuba. Don Angel Castro e Dona Lina Ruz se casaram em 1922 e tiveram 7 sete filhos, entre eles