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domingo, 5 de setembro de 2021

Sérgio Mamberti, amor em pessoa

Por Ricardo Alemão Abreu

Animado, Sérgio Mamberti me encantou um dia contando como iniciou-se nas artes e na política na casa de Pagu, em Santos. Ele, seu irmão Cláudio e Plínio Marcos conheceram muita arte e política com a mestra revolucionária Patrícia Galvão. A casa de Pagu, ele dizia, era uma verdadeiro centro cultural para a juventude comunista e avançada.

A primeira vez que o vi e o abracei foi na inauguração da sede da Azevedo, Cesnik e Salinas, na Vila Madalena. O sobrado foi o primeiro coworking que conheci. Ana Azevedo, minha grande amiga do núcleo da UJS da Zona Oeste de São Paulo/Osasco, e depois camarada do PCdoB-USP, que nos deixou ainda jovem, e ainda nos deixa muita saudade, convidou dois estudantes de Direito para formar a empresa: Fábio Cesnik e Rodrigo Salinas. Ana me dizia que seu orientador e animador era ele, o animado Sérgio, seu parente, que previa um futuro brilhante para a advocacia na área da cultura e do entretenimento. A semente que Ana, Cesnik e Salinas plantaram com a benção de Sérgio hoje é a grande árvore da CQS/FV, que juntou ainda o Quintino, o Fittipaldi e muita gente boa, e continua a crescer e florescer.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Brasil segue acossado pelos militares

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a igualdade

Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a liberdade

Protesta contra o tirano
Se recusa a traição
Que um povo só é bem grande
Se for livre como a Nação

Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a liberdade

Hino da Legalidade, letra de Lara de Lemos e Demósthenes Gonzalez e música de Paulo César Pereio.

domingo, 15 de agosto de 2021

Fidel Castro, um inesquecível amigo

Por Frei Betto, em seu site:


Em 13 de agosto Fidel completaria 95 anos. Não saberia dizer quantas conversas privadas tive com Fidel, desde que o conheci, em 1980. Após o nosso primeiro encontro, em Manágua, fiz inúmeras viagens a Cuba, e acredito que, a partir de 1985, em quase todas elas surgiu a oportunidade de encontrá-lo.

Mas nunca tive acesso direto a ele. Enganavam-se aqueles que me ligavam e pediam que eu fosse portador de uma carta ou de um apelo a Fidel. Não era alguém que eu pudesse chamar por telefone, embora ele tenha me ligado algumas vezes. Uma delas foi em 2010, pouco antes da eleição presidencial que daria vitória a Dilma Rousseff. Eu me encontrava em São Paulo, no Esch Café, em companhia – por coincidência – do embaixador de Cuba no Brasil e do cônsul em São Paulo. Fidel queria saber das chances de Dilma, do PT e sucessora de Lula, ser eleita presidente da República. Os dois diplomatas, surpresos, devem ter imaginado que tais chamadas a mim fossem frequentes...

sexta-feira, 28 de maio de 2021

O legado da Comuna de Paris - 150 anos

Por Nilton Viana

Hoje, há exatos 150 anos, chegava ao fim a Comuna de Paris – experiência histórica da classe operária, na qual, pela primeira vez, trabalhadores e trabalhadoras tomaram o poder do Estado e demonstraram, na prática, ser possível inaugurar uma nova forma de organização social e política – 18 de março a 28 de maio de 1871.

Sim, durou apenas 72 dias. E mesmo sendo derrotada, duramente reprimida pelas classes dominantes francesas, a Comuna de Paris “foi – e segue sendo – fonte de inspiração e aprendizado para as experiências revolucionárias levadas a cabo pela classe trabalhadora em todo o mundo”, conforme destaca a Nota Editorial do livro “Comuna de Paris 150”, editado pela Editora Expressão Popular em conjunto com 25 editoras de 15 países e publicado em 18 idiomas. Aliás, nesse esforço de construção de laços de solidariedade internacionalista, o leitor pode baixar gratuitamente o PDF do livro, disponível nas páginas de todas as editoras envolvidas na publicação. Aqui no Brasil, a Expressão Popular fez uma edição impressa exclusiva para os assinantes de seu Clube do Livro.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Alfredo Bosi, um amigo

Por Frei Betto, em seu site:

A proximidade de Ecléa e Alfredo Bosi com os frades dominicanos levou o casal a descobrir o Cristianismo à luz da Teologia da Libertação e, ainda na década de 1960, a se inserir em Comunidades Eclesiais de Base na periferia de São Paulo. Com muita frequência nos encontrávamos em eventos e jantares anfitriados, na Granja Vianna, pelo casal Yolanda e Yoshio Kimura, seus vizinhos.

Alfredo teve a paciência de ler e criticar os originais de alguns de meus romances. Pouco antes da pandemia fui visitá-lo, em companhia de frei Márcio Couto, a convite de sua filha Viviana, quando ele já se encontrava abatido pela perda inconsolável de sua companheira inseparável, Ecléa, em 2017. Deu-me a impressão de que havia se demitido da vida.

sexta-feira, 19 de março de 2021

150 anos da Comuna de Paris

Enviado por Carlos Pompe


A Comuna de Paris de 1871 foi o primeiro grande levante vitorioso dos proletários em todo o mundo. Os communards, como eram chamados os revolucionários, pagaram com suas vidas a ousadia de registrar para os explorados e oprimidos que é possível, necessário e urgente destruir a ordem capitalista. A Comuna resistiu por 72 dias, quando os últimos communards foram fuzilados no Cemitério Pere Lachaise.

O professor Silvio Costa, autor do livro "Comuna de Paris. O proletariado toma o céu de assalto", aborda, no texto a seguir, que inaugura uma série comemorativa desse marco na história da luta dos assalariados, o que foi e o que representou a Comuna de Paris, na época de sua eclosão.

domingo, 29 de novembro de 2020

Meus sete minutos com Maradona, em 2006

Por Antonio Barbosa Filho

Dos muitos acasos felizes que marcaram minha vida, um dos mais inesquecíveis foi o dia em que, sem ser repórter esportivo, sem estar credenciado por nenhum veículo brasileiro, participei de uma entrevista coletiva de Diego Maradona, em Buenos Aires, nos idos de 2006.

Eu havia percorrido os maravilhosos sebos da Av. Corrientes, carregava duas bolsas plásticas cheias de livros, e parei num café para "una copa de vino". Lia os jornais locais quando deparei-me com breve nota: às 17:00 hs, haveria uma entrevista coletiva de jogadores da Argentina e do Brasil, sobre a partida de Showbol que aconteceria no dia seguinte no célebre ginásio Luna Park.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Getúlio, Brizola, Allende e a história

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Passos nas escadas. Sons abafados vindos do passado. Como se do Catete, do Piratini, do La Moneda quisessem ainda Getúlio, Brizola, Allende nos dizer de coragem, dignidade, fidelidade às convicções, capacidade de oferecer a vida em nome delas, se preciso. Há um encontro nesses três palácios. Encontro de três homens. Tal encontro nos ajuda a compreender a história. Exemplo de homens dispostos a sustentar um limite a partir do qual não há transigência possível.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O encontro de Marighella e Antonio Candido

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Às vezes, nos perguntam se não queremos esquecer tudo aquilo. E em nome do que o faríamos? E quem disse ser possível?

O terror daqueles 21 anos de ditadura não pode ser esquecido.

Há até quem deseje o esquecimento.

E luta e luta e o terror o revisita, de um jeito ou de outro.

Em nossos corpos, em nossos espíritos, estão marcas cravadas para sempre. As feridas não cicatrizam, e volta e meia sangram.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Homenagens ao cardeal da esperança

Por Ricardo Carvalho, no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI):

Em 1º de novembro, um domingo, será celebrada uma data histórica da resistência democrática no Brasil: os 50 anos da posse de dom Paulo Evaristo Arns como arcebispo de São Paulo.

A ABI, a Comissão Arns, a Comissão Justiça e Paz e o Instituto Vladimir Herzog, quatro entidades com vínculos históricos com dom Paulo, se unem a outras entidades para as homenagens que serão prestadas ao cardeal dos Direitos Humanos, como ele era também carinhosamente chamado e reconhecido.

Pedro Casaldáliga: Contra todas as cercas!

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Florestan Fernandes, um intelectual do povo

Arte: Centro Acadêmico Florestan Fernandes - CAFF
Por José Carlos Ruy, no site da Fundação Maurício Grabois:

Florestan Fernandes, cujo centenário se comemora em 22 de julho (ele nasceu em (22/07/1920), foi um intelectual raro - de origem muito humilde, chegou aos mais altos postos na universidade, e foi reconhecido como cientista social renovador no Brasil e no exterior.

Certa vez ele escreveu que "nunca teria sido o sociólogo em que me converti sem o meu passado", sem "as duras lições da vida". Ele tem razão, sobretudo quando disse que seu aprendizado "sociológico" começou aos seis anos de idade, "quando precisei ganhar a vida como se fosse um adulto". Ele tinha razão - filho de uma empregada doméstica, mãe solteira, logo cedo foi forçado a tomar contato com as dificuldades da vida. Uma experiência que o marcou para sempre e, certamente, foi decisiva nas escolhas intelectuais que fez quando adulto - sempre tentando compreender as complexidades da vida do povo. Foi professor que, armado com sua ciência, nunca abandonou o esforço de entender o Brasil, suas complexidades e as condições da existência da democracia em nosso país.