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sexta-feira, 8 de abril de 2022

EUA dificultam a paz na Ucrânia



Por Jair de Souza

Pelo visto, o conflito armado deflagrado com a incursão de forças russas em território da Ucrânia deve se estender ao longo do tempo.

Mas, como explicar isto sabendo que as consequências desta guerra estão sendo catastróficas para o povo ucraniano, para o povo russo e para todos os povos europeus?

Se não se chega a um acordo no sentido de possibilitar o cessar das hostilidades bélicas, é preciso indagar o que está por trás das mesmas, visto que nenhum dos povos da região onde se desenrola o confronto parece estar sendo beneficiado por ele. Muito pelo contrário.

domingo, 27 de março de 2022

Sanções imperialistas e a maldição do dólar

Por Jair de Souza


Desde o final da II Guerra Mundial, o mundo está submetido ao dólar estadunidense como moeda da transação internacional.

A partir de 1971, com o fim do lastreamento do dólar com o ouro, o mundo passou a operar com base numa moeda inteiramente vinculada aos caprichos das autoridades monetárias dos Estados Unidos. Foi este mecanismo que possibilitou que a economia estadunidense entrasse numa fase de parasitismo como nunca antes havia sido visto na história da humanidade.

Sendo o dólar a moeda fiduciária internacional e sem necessidade de estar amparada em reservas em ouro para sua validade, os Estados Unidos passaram a se despreocupar com a questão de seu déficit orçamentário. Afinal, qualquer desequilíbrio que viesse a surgir seria compartilhado (na verdade, transferido) ao restante do mundo. Bastava emitir mais dólares e as contas seriam acertadas. E isso os Estados Unidos poderiam fazer sem dificuldades.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Cuba e o cinismo de Biden sobre a Ucrânia


Por Jeferson Miola, em seu blog:


Em pronunciamento nesta 3ª feira [15], o presidente dos EUA Joe Biden disse que “não vamos sacrificar os princípios básicos de que as nações têm direito à soberania e à integridade territorial. Os países têm a liberdade de estabelecer seu próprio caminho e é correto que saibam com quem se associar”. Assino embaixo.

Biden se referia à Ucrânia. E por isso ele defendia, no entanto, apenas retoricamente e cinicamente, os princípios do direito internacional que os EUA negam a Cuba há 61 anos – os direitos à autodeterminação dos povos, à soberania, à independência e à autonomia imanente a toda nação soberana.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Estados Unidos, democracia em desmantelo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:


Podem os Estados Unidos, cujo poder geopolítico e econômico declina com rapidez, apresentar-se como campeões de um valor mais alto – a soberania popular? Um texto corajoso publicado há um mês por Lawrence Lessig – escritor, advogado e cofundador do movimento Creative Commons – sugere, com amargura, que não. Intitula-se “Por que os EUA são um Estado democrático fracassado”. Descreve em detalhes como a representação política norte-americana, historicamente falha (o voto popular não é decisivo, por exemplo, para eleger o presidente), tem sido esfacelada de modo ativo e consciente pelo Partido Republicano e pelo grande poder econômico. Este declínio prosseguiu na última quinta-feira. Mesmo formando maioria nas duas casas do Legislativo, e alentados por um discurso de Joe Biden, os democratas foram incapazes de se unir em torno de duas leis que poderiam refrear a degringolada. As razões estão diretamente relacionadas ao que Lessig relata.

domingo, 16 de janeiro de 2022

O perigoso cinismo do Império

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:

“Nenhuma polegada para o Leste”.

Foi o que prometeu o então Secretário de Estado dos EUA, James Baker, a Mikhail Gorbachev, na reunião de 9 de fevereiro de 1990 para tratar da reunificação da Alemanha.

Com efeito, em troca da aceitação da unificação da Alemanha por parte da então União Soviética, os EUA prometeram a Gorbachev que a OTAN não se expandiria nem uma polegada para o Leste e permaneceria nos limites da Europa Ocidental.

Posteriormente, os EUA tentaram desmentir essa promessa, mas documentos oficiais do Departamento de Estado, desclassificados em 2017, comprovam que ela foi feita.

Na realidade, os documentos oficiais revelam que a promessa foi feita não uma, mas três vezes, na reunião com Gorbachev, de 9 de fevereiro de 1990.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Assange, voz da liberdade

Charge: Latuff
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Julian Paul Assange parece um enigma para esses tempos. Desde a revelação dos documentos sigilosos do governo dos EUA, em 2010, aparece assim para o mundo. A formulação liberal sobre as liberdades, de modo especial a chamada liberdade de expressão, não se aplica no caso dele. Vai sendo pouco a pouco crucificado. Vão apertando a coroa de espinhos em torno de sua cabeça, sem compaixão.

Poucas, muito poucas, as vozes dispostas a defendê-lo. A mídia tradicional, parte dela com imensa dívida com ele, repercute timidamente a crucificação. Não pode deixar de noticiar, mas o faz, torcendo o nariz, e sem o destaque merecido. Qual o crime de Assange? Quais os crimes?

domingo, 9 de janeiro de 2022

Disputa pelo Cazaquistão; disputa pelo Brasil

Reprodução do site Actualidad.RT
Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

O Cazaquistão, país de 2,7 milhões de quilômetros quadrados, situado na Ásia Central, é peça-chave na disputa pelo domínio da Eurásia, a qual envolve EUA e aliados, de um lado, e Rússia e China, de outro.

Em primeiro lugar, é preciso considerar que o Cazaquistão possui reservas de recursos minerais e de combustíveis fósseis que estão entre as maiores do planeta.

Os dados disponíveis indicam que o Cazaquistão tem a maior reserva mundial de zinco, tungstênio e barita; a segunda maior de urânio, crômio, chumbo e prata; a terceira maior de manganês e cobre; a sexta maior de ouro; a oitava maior de carvão; e a décima segunda maior de petróleo.

As extensas reservas de petróleo e de gás natural, em especial, têm atraído grande número de investimentos estrangeiros e se constituem na base da economia cazaque.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

A Ômicron é moderada, mas Biden não

Charge: Omar Turcios
Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

Hoje, há um obstáculo maior à saída da crise que a pandemia. Trata-se da política externa dos EUA.

Os dados provenientes da Europa e dos EUA demostram que a variante ômicron, responsável pela quarta onda de Covid-19, é significativamente menos agressiva que as variantes anteriores.

Embora muito contagiosa, ela provoca um número proporcionalmente baixo de hospitalizações e mortes, concentrado entre os não vacinados.

Porém, enquanto o vírus se modera, criando brechas para a volta da normalidade, a política externa de Biden se radicaliza, apontando para a continuidade da crise.

Com efeito, a escalada de provocações na Ucrânia e em Taiwan demonstra que Biden está investindo em acirramentos dos conflitos com a Rússia e a China, num momento em que a saída da crise mundial exige alto grau de cooperação e negociação.