sexta-feira, 3 de junho de 2022

As possibilidades econômicas de Lula

Charge: Quinho
Por Nathan Caixeta, no site Brasil Debate:


Quanto mais a eleição se aproxima, mais a corrida para a construção da base política e social se acentua entre os postulantes ao planalto. Lula é um mestre na arte de reunir forças contrárias em torno de um ideal comum. Bolsonaro é um desastre como presidente, mas tem se revelado resistente em suas ameaças à democracia, mantendo sólida sua base de apoiadores que enxergam a política como uma espécie de demonstração moral do poder: os imorais do lado de lá, os protetores dos valores tradicionais do lado de cá. A terceira via tenta conseguir espaço, cooptando os desiludidos com Bolsonaro à direita, ou os desertores do “velho PT” à esquerda.

Governo corta verbas das universidades

Charge: JBosco
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O governo federal tem a péssima mania de atacar a ciência, a educação e a saúde. Quando não com palavras, usando a caneta para cortar orçamento destinado a essas áreas. Um decreto publicado ontem (31/4) determinou o corte de R$ 8,2 bilhões das despesas previstas para esse ano.

A escolha de onde cortar mostra bem o caráter desse governo, sem nenhum compromisso com a população. Enquanto gasta fortunas no cartão corporativo, compra itens excêntricos para os generais do Exército e come picanha de R$ 1.799 o quilo, tira dinheiro do que é essencial para o povo, mas que para ele nada significa. Documento do MEC enviado às universidades informa que o Ministério sofreu um bloqueio de R$ 3,23 bilhões e que decidiu repassar esse percentual de forma linear a todas as unidades e órgãos vinculados ao ministério – ou seja, bloquear 14,5% de cada universidade, instituto ou entidade ligada ao MEC.

Com o que sonham os militares?

Charge: Schröder
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Em circunstâncias de normalidade política, que o país desconhece desde os idos de 2016, tratar-se-ia de documento sem maior relevância. O debate que reclama não decorre, portanto, do seu volumoso conteúdo, mas do fato de o “projeto” vir a público respaldado por instituições comprometidas até o gorgomilo com o atual governo, vinculadas que estão à sua gênese, à tomada do poder em 2018 e, agora, ao continuísmo golpista anunciado em prosa e verso pelo capitão, e acolitado pelos seus engalanados. Estamos, pois, diante de uma peça de operação política destinada a engrossar as águas do continuísmo militar. É disto que se trata. No mais, temos um texto muito ruim, confuso na forma, prolixo, repetitivo, ridículo nas proposições; suas análises partem de pressupostos grosseiramente falsos, e as propostas (o “programa de governo”) revelam a paranoia anti-esquerdista, de rendosa indústria, velha mazela que afeta a chamada comunidade militar. O texto ainda fala - pasmem - em “ameaça comunista”.

A força sindical dos metalúrgicos

Foto: SMC
Por João Guilherme Vargas Netto


No auge do prestígio sindical dos trabalhadores ingleses quando se decretava uma greve econômica os dirigentes pregavam na parede do sindicato uma tabela ou um gráfico em que se assinalava o que se vinha perdendo, o que se reivindicava, o que se perdia durante a greve e o resultado em caso de vitória. O quadro demonstrava, a cada momento, as possibilidades e as dificuldades e sintetizava o resultado monetário, ainda que não considerando os ganhos políticos e organizativos da greve.

Tragédia da chuva tem digital de Bolsonaro

Maior cabo eleitoral de Lula é Bolsonaro

Bolsonaro pinta na TV um Brasil com Deus

A manipulação nas redes na eleição de 2018

SUS: uma reforma revolucionária

'Terra arrasada' na Ciência e Tecnologia

Lula só vai nos debates se Bolsonaro for?

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Bolsonaro dá passaporte diplomático a RR Soares

Charge: Miguel Paiva
Por Altamiro Borges


O "capetão" Jair Bolsonaro segue afagando os “mercadores da fé” na busca do voto evangélico. O site UOL revela que “o pastor R.R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, e a sua esposa, Maria Magdalena Bezerra Ribeiro Soares, receberam novamente o benefício ao passaporte diplomático. A concessão foi assinada por Carlos Alberto Franco França, ministro das Relações Exteriores, e publicada na edição do DOU (Diário Oficial da União)” em 25 de maio.

Mídia tenta controlar campanha de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Mario Vitor Santos, no site Brasil-247:


Globo, Bandeirantes e UOL estão pressionando a campanha de Lula para que este compareça aos debates no primeiro turno e obviamente seja exposto às ofensas pessoais de Ciro Gomes e companhia.

Não se sabe o que Lula tenha a ganhar eleitoralmente ao comparecer, sem ou com Bolsonaro.

Não há que ter ilusão de que esses debates de primeiro turno, com o formato e os jornalistas designados pelos veículos da mídia conservadora, venham a servir para aprofundar ou esclarecer com isenção qualquer importante questão programática.

Pressionado, Lula vacilou e propôs três debates transmitidos por um pool de tvs, jornais e, percebam, portais.

Atilado, Lula pode ter incluído aí a mídia progressista, irrecusável.

Bolsonaro de seu lado anunciou, sem crítica efetiva ou surpresa, que só vai a debates no segundo turno.

A 'patrulha' isentona sobre Lula

Encontro com o setor de Cultura no Rio Grande do Sul (02/6/22)
Foto: Ricardo Stuckert

Por Fernando Brito, em seu blog:

Lula disse exatamente o mesmo que quase toda a crônica política diz todos os dias, que “o PSDB acabou”.

Lula disse o que todo mundo lê nos jornais, que os banqueiros (e o grande empresariado, em boa parte) “só perguntam ‘e o teto de gastos fiscal, vai manter ou não? E a responsabilidade fiscal? E a dívida pública?’ e “nunca perguntaram para mim: como está o povo na rua? A fome? O desemprego?”.

De fato, quem viu esta gente se indignando com os brasileiros terem de comer pé de frango?

Pronto, bastou para a imprensa e os “muy amigos” voltassem a “patrulhar” Lula e recomendar que ele se limite a ler textos preparados e “arredondados” por assessores, para ser o Lula que desejam: o que cante bem afinado com o coro dos contentes.

Lula pode vencer a eleição no primeiro turno

Raymond Williams: materialismo e consciência

Brasil, Estados Unidos e as Forças Armadas