segunda-feira, 5 de outubro de 2015

PHA, Mino e Laura debatem "Quarto poder"

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Para marcar o lançamento do livro O Quarto Poder - Uma outra história (Ed. Hedra), de Paulo Henrique Amorim, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove debate na quarta-feira (14), às 19h, em São Paulo. Além do autor da obra, a atividade contará com a presença dos jornalistas Mino Carta (Carta Capital) e Laura Capriglione (Jornalistas Livres), que discutirão a mídia e 'o quarto poder' no Brasil.

Nardes, do TCU, deve ser afastado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Impossível prever qual será o efeito prático do pedido de afastamento de Augusto Nardes da função de relator do julgamento das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff.

É possível que não aconteça nada.

Mas é possível que o pedido contribua para diminuir o grau de hipocrisia de um debate dominado pelo interesse político de enfraquecer Dilma e alimentar artificialmente a abertura de um processo de impeachment sem a menor base jurídica.

A morte das revistas semanais brasileiras

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

É a morte do jornalismo semanal. E uma morte infame, desonrosa, suja.

Tantas revelações em torno de Eduardo Cunha com suas contas na Suíça, e nenhuma revista semanal o deu na capa.

Que ele precisaria fazer para ir para a capa da Veja, da Época e da IstoÉ?

A mídia fala tanto em corrupção, e quando aparece um caso espetacular destes finge que não viu.

Sai a crise política, fica a econômica

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A mudança de ministros anunciada por Dilma Rousseff tem o objetivo imediato de afastar a ameaça de impeachment alimentada por manifestações de rua e adversários do governo. Ao abrir o Palácio do Planalto a seguidores do ex-presidente Lula e incorporar mais representantes do PMDB na equipe, ela se reforça no Congresso. Um fortalecimento obtido no mesmo instante em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, uma peça-chave no impeachment, agoniza em praça pública.

domingo, 4 de outubro de 2015

Volks, corrupção privada e mídia venal

Por Altamiro Borges

Em meados de setembro, um caso gravíssimo de corrupção chocou os adoradores do capitalismo. A poderosa multinacional alemã Volkswagen confessou que fraudou o sistema de controle de emissões de poluentes de milhões de veículos. O escândalo virou manchete na mídia internacional. No Brasil, o caso também não teve como ser abafado. Mas o escarcéu durou pouco tempo e o assunto já virou notinha nos noticiários. A mídia comercial, que adora estigmatizar os serviços públicos como locus da corrupção, evita ao máximo falar da corrupção que campeia na iniciativa privada. Até porque ela depende de seus bilionários anúncios. Ou seja: não há independência na imprensa venal, corrompida!

O prêmio de Alckmin e o paulista otário

Por Altamiro Borges

Os tucanos de alta plumagem, que mandam e desmandam em São Paulo há mais de 20 anos, devem achar que os paulistas são otários. Totalmente blindados - pela mídia chapa-branca, pelo Judiciário cooptado e pelo Legislativo amordaçado -, eles nem se esforçam para disfarçar as desgraças causadas pelo tal "choque de gestão" do PSDB. Na semana retrasada, o servil deputado João Paulo Papa teve o desplante de propor a premiação do governador Geraldo Alckmin pela "gestão dos recursos hídricos" no Estado. Na maior caradura, o "picolé de chuchu" agradeceu a gentiliza e comentou: "Modéstia à parte, [o prêmio] é merecido". A ridícula iniciativa é um verdadeiro tapa na cara dos alienados, que sofrem com a crise da falta de água que já dura mais de um ano, e ainda votam nos falsários tucanos.

Doação eleitoral: O dinheiro que corrompe

Por Maíra Streit, na revista Fórum:

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucionais as doações de empresas para campanhas políticas, a presidenta Dilma Rousseff vetou, na última terça-feira (29), o inciso da chamada “Lei da Reforma Eleitoral”, aprovada pelo Congresso, que permitia esse tipo de financiamento.

Em sua justificativa, ela argumentou que ouviu o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o assunto e que a contribuição de corporações no processo eleitoral “confrontaria a igualdade política”. Para analisar as mudanças trazidas por essas novas regras, Fórum conversou com José Antônio Moroni, cientista político e membro do colegiado de gestão do Instituto de Estudo Econômicos e Sociais (Inesc).

O paradoxo e a insensatez dos neoliberais

Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:

“Uma vez me perguntaram se o Estado brasileiro é muito grande. Respondi assim: “Eu vou lhe dar o telefone da minha empregada, porque você está perguntando isto para mim, um cara que fez pós-doutorado, trabalha num lugar com ar-condicionado, com vista para o Cristo Redentor. Eu não dependo em nada do Estado, com exceção de segurança. Nesse condomínio social, eu moro na cobertura. Você tem que perguntar a quem precisa do Estado.”

Luiz G. Schymura, Valor Economico, 07/08/2015


Duas coisas ficaram mais claras nas últimas semanas, com relação à tal da “crise brasileira”. De um lado, o despudor golpista, e de outro, a natureza ultraliberal do seu projeto para o Brasil. Do ponto de vista político, ficou claro que dá absolutamente no mesmo o motivo dos que propõem um impeachment, o fundamental é sua decisão prévia de derrubar uma presidente da República eleita por 54,5 milhões de brasileiros há menos de um ano, o que caracteriza um projeto claramente golpista e antidemocrático e, o que pior, conduzido por lideranças medíocres e de discutível estatura moral.

EUA e a militarização de América Latina

Por Eric Draitser, na revista Diálogos do Sul:

Durante mais de dois séculos, Estados Unidos tem olhado para América Latina como seu “pátio traseiro” (seu quintal), uma esfera de influência geopolítica em que atua como potência hegemônica indiscutível.

A história do hemisfério ocidental, em termos gerais, reflete esta realidade de como os EUA têm influído, dominado e controlado o desenvolvimento político e econômico da maioria dos países da América Central e do Sul e também do Caribe.

Próximos passos para a prisão de Cunha

Por Luiz Flávio Gomes, no site JusBrasil:

Acabam de chegar da Suíça todos os detalhes de, pelo menos, quatro contas bancárias clandestinas de Eduardo Cunha e família (PMDB-RJ). Movimentação de uns 5 milhões de dólares de propinas. Durante um bom tempo, com ar de “mocinho” salvador da pátria, Eduardo Cunha, batendo forte em Dilma e no PT (como mandava o figurino), gerou imensa alegria na população e até mesmo a esperança de que iria conseguir tirá-los do poder antes de 2018. As massas rebeladas, indignadas com as crises, aplaudiram suas travessuras, chamadas de “pautas-bombas”, mesmo quando destrutivas do País. Mas isso não é novidade. Como dizia Ortega y Gasset, as massas quando protestam contra a falta de pão costumam quebrar e destruir tudo, inclusive as padarias. Jogam a bacia cheia d’água com a criança dentro.

A obsessão contra Lula reforçará o mito

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A obsessão da Globo/Época em destruir Lula parece não ter fim.

O Brasil registrou um espetacular aumento de suas exportações para África. O crescimento econômico fantástico da era Lula, a diminuição da pobreza, e o aumento dos salários não vieram de graça. Vieram por causa de uma política deliberada de Lula para ampliar nosso comércio exterior, através do que na época todos elogiavam como uma diplomacia comercial.

A imundície "psicografada" da Veja

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A coluna “Radar”, da Veja, apócrifa desde que Lauro Jardim a deixou, em setembro, publica uma nota que é forte candidata ao “Troféu de Jornalismo Psicografado” e vencedora, por antecipação, ao “Prêmio Eduardo Cunha de Caráter sem Jaça”

Diz que Lula foi ao encontro do PT que aprovou, em maio, a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição com “um discurso no bolso” onde, em lugar dela, lançaria a si próprio como candidato.

O lobby dos agrotóxicos fala mais alto

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Faltam estudos que comprovem prejuízos à saúde provocados por produtos usados adequadamente.”

“Não há evidências científicas de que, quando usados apropriadamente, causem efeito à saúde.”

Eu adoro o discurso usado na defesa do indefensável! Mas tem que ter classe para saber usá-lo, criar o contexto correto, ter cara-de-pau, parecer acreditar naquilo.

A Volks, a Zelotes e o STF

Por Antônio Escosteguy Castro, no site Sul-21:

Há meses e meses que somos bombardeados, noite e dia, pelo noticiário da operação Lava-Jato. Em todos os jornais, todas as televisões comerciais, todas as revistas. E o teor deste bombardeio, variando um pouquinho aqui ou ali, é sempre o mesmo: os políticos ladrões e corruptos assaltaram o Brasil. E, claro, tudo isto só começou em 2003, quando o PT assumiu o governo.

Esta verdadeira campanha causa um sensível desgaste na imagem dos partidos, das instituições públicas e da política. E, também, no próprio conceito de Democracia. Não é à toa que há expressivos contingentes de cidadãos que clamam pela volta da Ditadura e das intervenções militares.

Ministro do TCU confessa casuísmo

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, tem confessado reiteradas vezes seu casuísmo no julgamento das contas de Dilma Rousseff. Seu esforço nessa linha parece ter sido redobrado desde que seu nome apareceu interceptado pela Operação Zelotes, que apura o tráfico de influência que acobertou a sonegação fiscal de grandes empresas - um escândalo muito maior que o da Lava Jato.

Reforma puxou o tapete dos golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os mais jovens não se lembram do termo “tecnocrata” e poucos conhecem a doutrina da tecnocracia, que se baseia na escolha de técnicos infensos a critérios políticos para tomada de decisões e adoção de políticas públicas.

A Tecnocracia se iniciou durante o Estado Novo, que permeou a industrialização do país e as conquistas de direitos trabalhistas. O então presidente Getúlio Vargas discursou em 1931:

“A época é das assembleias especializadas, dos conselhos técnicos integrados à administração. O Estado puramente político, no sentido antigo do termo, podemos considerá-lo, atualmente, entidade amorfa, que, aos poucos, vai perdendo o valor e a significação“

As exigências da Frente Brasil Popular

Foto: Jornalistas Livres
Da Rede Brasil Atual:

O Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e contra o Ajuste Fiscal movimentou mais de 20 estados e o Distrito Federal, neste sábado (3), informaram os organizadores.

Organizados pela Frente Brasil Popular, os atos contam com a adesão de centrais sindicais, movimentos sociais e populares, entre eles, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Conselho de Entidades Negras (Conem), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE) e Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conan).

Os primeiros atos da Frente Brasil Popular

Foto: Jornalistas Livres
Do jornal Brasil de Fato:

Na sua primeira manifestação de rua, a Frente Brasil Popular levou milhares de pessoas em diversas cidades pelo país, nesta sábado (3), no “Dia Nacional em defesa da democracia, da Petrobras e contra a política de ajuste fiscal”.

Pela manhã diversas capitais como Cuiabá (MT), Salvador (BA), São Paulo (SP), Maceió (AL), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e outras cidades do interior, como Campinas (SP) e Caxias do Sul (RS), realizaram mobilizações.

Um dia de doméstica de Ana Maria Braga

sábado, 3 de outubro de 2015

Faltou o boneco do Cunha "presidiário"

Por Altamiro Borges

Vermelho, Rede Brasil Atual e jornal Brasil de Fato - entre outros sites, blogs e veículos progressistas - fizeram a cobertura das manifestações deste sábado (3) em defesa da democracia e da Petrobras, que mobilizaram mais de 30 cidades de todo o país. A mídia hegemônica, como é do seu costume, tentou invisibilizar os protestos liderados pela Frente Brasil Popular, que unifica uma centena de entidades e movimentos sociais - como CUT, CTB, MST e UNE. Participei da marcha na capital paulista, que reuniu mais de 5 mil pessoas. Parabéns aos organizadores! Só o povo nas ruas derrota os golpistas e serve como instrumento de pressão contra os retrocessos no governo Dilma. Só lamentei a ausência de bonecos infláveis do lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, vestido de presidiário.