segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
PT 40 anos: Crise e derrota
Por Tarso Genro, no site A terra é redonda:
Na transição da globalização econômica do pós-guerra para uma economia de sentido liberal-rentista, aceleraram-se os efeitos tendentes a uma maior desigualdade social nos países fora do núcleo orgânico do sistema-mundo.
A quebra do contrato socialdemocrata teve efeitos particularmente perversos nos países com experiências tardias de combate à miséria e a desigualdade, como no Brasil. Tanto nos governos do Presidente Lula como nos governos da Presidente Dilma, a esquerda socialista e socialdemocrata desenvolvimentista não estava preparada para conduzir novas alternativas de gestão política e “técnica”, que bloqueassem essas inibições de forma duradoura.
Na transição da globalização econômica do pós-guerra para uma economia de sentido liberal-rentista, aceleraram-se os efeitos tendentes a uma maior desigualdade social nos países fora do núcleo orgânico do sistema-mundo.
A quebra do contrato socialdemocrata teve efeitos particularmente perversos nos países com experiências tardias de combate à miséria e a desigualdade, como no Brasil. Tanto nos governos do Presidente Lula como nos governos da Presidente Dilma, a esquerda socialista e socialdemocrata desenvolvimentista não estava preparada para conduzir novas alternativas de gestão política e “técnica”, que bloqueassem essas inibições de forma duradoura.
Alvim, Bolsonaro e a lógica do capanguismo
Por Roberto Andrés, no site Outras Palavras:
O Bruno Torturra fez uma ótima análise do bolsonarismo a partir do capanguismo. O caso do Roberto Alvim expressa um aspecto particular disso: o comportamento de risco em bandos – de capangas, milicianos ou mafiosos.
Sim, estou falando do governo.
A lógica é a mesma em qualquer bando paramilitar. A hierarquia se dá pela lei do mais forte. Para os da base, subir na hierarquia demanda um tipo de comportamento que envolve risco. Se o cara não se arriscar, não sobe. Precisa ir pro front, atirar, matar, o que for.
O Bruno Torturra fez uma ótima análise do bolsonarismo a partir do capanguismo. O caso do Roberto Alvim expressa um aspecto particular disso: o comportamento de risco em bandos – de capangas, milicianos ou mafiosos.
Sim, estou falando do governo.
A lógica é a mesma em qualquer bando paramilitar. A hierarquia se dá pela lei do mais forte. Para os da base, subir na hierarquia demanda um tipo de comportamento que envolve risco. Se o cara não se arriscar, não sobe. Precisa ir pro front, atirar, matar, o que for.
Povos da floresta se unem contra Bolsonaro
Foto: Kamikia Kisedje/Cobertura Colaborativa |
O cacique Raoni promoveu durante a última semana um encontro com mais de quinhentas lideranças indígenas de 45 etnias diferentes para ampliar a união dos povos indígenas e reafirmar seus compromissos em comum. O encontro ocorreu na aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto-Jarina, em Mato Grosso, e contou também com a filha do ambientalista Chico Mendes e presidenta do comitê que leva o nome de seu pai, Angela Mendes, com a coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) Sônia Guajajara, e com o presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Júlio Barbosa, entre outros.
Alvim e a essência nazista do bolsonarismo
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No texto O que é o nazismo, o pensador e revolucionário russo Leon Trotsky escreveu:
“A controvérsia sobre a personalidade de Hitler agudizou-se quanto mais se procurou o segredo de seu triunfo nele mesmo. Ao mesmo tempo, seria difícil encontrar outra figura política que fosse, na mesma medida, ponto de convergência de forças históricas anônimas. Nem todo pequeno burguês exacerbado poderia ter se tornado Hitler, mas uma partícula de Hitler é hospedada em toda exacerbação pequeno-burguesa”.
Roberto Alvim é a aparência mais dantesca do nazi-fascismo que está na essência do bolsonarismo.
No texto O que é o nazismo, o pensador e revolucionário russo Leon Trotsky escreveu:
“A controvérsia sobre a personalidade de Hitler agudizou-se quanto mais se procurou o segredo de seu triunfo nele mesmo. Ao mesmo tempo, seria difícil encontrar outra figura política que fosse, na mesma medida, ponto de convergência de forças históricas anônimas. Nem todo pequeno burguês exacerbado poderia ter se tornado Hitler, mas uma partícula de Hitler é hospedada em toda exacerbação pequeno-burguesa”.
Roberto Alvim é a aparência mais dantesca do nazi-fascismo que está na essência do bolsonarismo.
Fascismo, o regime da estupidez
Por Celio Turino
Há que fazer uma distinção entre fascismo e ditaduras militares. Ambos regimes são autoritários e repressores, mas sob o fascismo há uma base social de massa, que sustenta e impulsiona o regime, exacerbando preconceitos, violência e ignorâncias. O fascismo é o regime da estupidez.
Diferente do que acontece com regimes impostos por golpes militares clássicos, o fascismo vai se consolidando pela normalização de horrores e absurdos, testando a capacidade de resistência e tolerância dos setores democráticos e populares. E a cada recuo ele vai avançado, transformando suas bestialidades em senso comum.
Há que fazer uma distinção entre fascismo e ditaduras militares. Ambos regimes são autoritários e repressores, mas sob o fascismo há uma base social de massa, que sustenta e impulsiona o regime, exacerbando preconceitos, violência e ignorâncias. O fascismo é o regime da estupidez.
Diferente do que acontece com regimes impostos por golpes militares clássicos, o fascismo vai se consolidando pela normalização de horrores e absurdos, testando a capacidade de resistência e tolerância dos setores democráticos e populares. E a cada recuo ele vai avançado, transformando suas bestialidades em senso comum.
Alvim, Bolsonaro e a perversidade alegre
Por Manuel Domingos Neto
Assisti na íntegra a "live" de Bolsonaro transmitida na véspera da demissão do nazista da cultura.
Além de Alvim, aparecem os ministros da Pesca e da Educação.
Certos lances me afetaram particularmente.
O entusiasmo do presidente com as propostas de Alvim foi gritante. Tive a certeza de que a substituição do nazista performático não significará a interrupção de sua obra.
Ao longo da sessão, Bolsonaro atacou diretamente o PT. A "live" ocorreu na biblioteca do Planalto, mas Bolsonaro parecia estar num palanque em véspera de eleição. Pareceu-me um evidente descumprimento de normas eleitorais. Fiquei pensando... Se os agredidos obtivessem direito de resposta poderiam exercê-lo gravando na mesma biblioteca, patrimônio público?
Assisti na íntegra a "live" de Bolsonaro transmitida na véspera da demissão do nazista da cultura.
Além de Alvim, aparecem os ministros da Pesca e da Educação.
Certos lances me afetaram particularmente.
O entusiasmo do presidente com as propostas de Alvim foi gritante. Tive a certeza de que a substituição do nazista performático não significará a interrupção de sua obra.
Ao longo da sessão, Bolsonaro atacou diretamente o PT. A "live" ocorreu na biblioteca do Planalto, mas Bolsonaro parecia estar num palanque em véspera de eleição. Pareceu-me um evidente descumprimento de normas eleitorais. Fiquei pensando... Se os agredidos obtivessem direito de resposta poderiam exercê-lo gravando na mesma biblioteca, patrimônio público?
Petardos: Dallagnol virou garoto-propaganda?
Perguntar não ofende-1: Após ganhar muita grana com suas palestras sobre a Lava-Jato, Deltan Dallagnol agora divulga a "escola de política" RenovaBR, que é financiada por celebridades midiáticas, entre elas o candidato global Luciano Huck, e expoentes da cloaca burguesa. Virou garoto-propaganda?
***
Na semana passada, o procurador Dallagnol postou em seu Twitter elogios à iniciativa empresarial. "O curso do RenovaBR hoje é referência na preparação de futuros candidatos", bajulou o jagunço do powerpoint. Em 2018, a Renova elegeu 17 deputados. Agora tem a ajudinha do chefão da Lava-Jato
Petardos: Frota e Joice detonam Bolsonaro
Por Altamiro Borges
O deputado Alexandre Frota, o ex-bolsonarista que virou tucano, admitiu no sábado (18) pelo twitter que as artistas "tinham muita razão quando lançaram #EleNão. Um movimento autêntico e visionário que tentou nos alertar que estávamos fazendo a escolha errada. Estamos pagando pelo erro"
***
No seu hilário arrependimento, Alexandre Frota ainda provocou os bolsonaristas hidrófobos e homofóbicos elogiando o gesto do ex-deputado Jean Wyllys em abril de 2016: "No fim estamos vendo que ele tinha razão quando cuspiu na cara do Bolsonaro"
O deputado Alexandre Frota, o ex-bolsonarista que virou tucano, admitiu no sábado (18) pelo twitter que as artistas "tinham muita razão quando lançaram #EleNão. Um movimento autêntico e visionário que tentou nos alertar que estávamos fazendo a escolha errada. Estamos pagando pelo erro"
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No seu hilário arrependimento, Alexandre Frota ainda provocou os bolsonaristas hidrófobos e homofóbicos elogiando o gesto do ex-deputado Jean Wyllys em abril de 2016: "No fim estamos vendo que ele tinha razão quando cuspiu na cara do Bolsonaro"
domingo, 19 de janeiro de 2020
O nazismo no ninho bolsonarista
Editorial do site Vermelho:
O rumoroso caso da demissão do secretário Especial da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, é apenas a ponta de um enorme iceberg. Ao fazer apologia do nazismo, citando palavras do marqueteiro do regime de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, ele levantou, com razão, uma onda de indignação que atravessou oceanos e transcendeu ideologias.
Um ponto que precisa ser ressaltado, antes de tudo, é a opção do presidente Jair Bolsonaro de nomeá-lo para um cargo com status de ministro. Foi um ato regido por afinidade ideológica. Não é concebível acreditar em desconhecimento das opções do nazista, conferível, senão por palavras, por suas práticas. Alvim não era um estranho no ninho.
O rumoroso caso da demissão do secretário Especial da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, é apenas a ponta de um enorme iceberg. Ao fazer apologia do nazismo, citando palavras do marqueteiro do regime de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, ele levantou, com razão, uma onda de indignação que atravessou oceanos e transcendeu ideologias.
Um ponto que precisa ser ressaltado, antes de tudo, é a opção do presidente Jair Bolsonaro de nomeá-lo para um cargo com status de ministro. Foi um ato regido por afinidade ideológica. Não é concebível acreditar em desconhecimento das opções do nazista, conferível, senão por palavras, por suas práticas. Alvim não era um estranho no ninho.
Moro perdeu batalha para o presidente da OAB
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
No ano passado, Moro telefonou para autoridades amigas para dizer que iria destruir as provas de conversas encontradas com os hackers que grampearam a Lava-Jato.
Que ficassem tranquilos, porque todos os citados nas conversas, e que não estavam sob investigação, seriam protegidos pela decisão do ex-juiz de eliminar as provas. Claro que o ex-juiz estava tentando fazer o que qualquer Weintraub sabe que ele não poderia, que aquilo era crime.
Não prosperou a intenção do Ministério Público Federal de Brasília de tomar as dores de Sergio Moro e tentar processar o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
No ano passado, Moro telefonou para autoridades amigas para dizer que iria destruir as provas de conversas encontradas com os hackers que grampearam a Lava-Jato.
Que ficassem tranquilos, porque todos os citados nas conversas, e que não estavam sob investigação, seriam protegidos pela decisão do ex-juiz de eliminar as provas. Claro que o ex-juiz estava tentando fazer o que qualquer Weintraub sabe que ele não poderia, que aquilo era crime.
Falta demitir quem nomeou o nazista Alvim
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
De onde surgiu esse Roberto Alvim, nomeado por Jair Bolsonaro para a secretaria especial de Cultura, que virou uma subpasta do Ministério do Turismo, aquele do laranjal?
Ele não saiu do nada, não foi colocado lá pelos “comunistas”, não houve um engano de pessoa.
Era a pessoa certa, no lugar certo, para implantar os sinistros planos do governo para destruir a cultura nacional e acabar com a liberdade de expressão.
Não adianta nada demitir sumariamente esse sujeito travestido de Joseph Goebbels, o teórico do nazismo, se os outros todos, a começar pelo presidente e seus generais, pensam como ele.
Alvim apenas cometeu o crime de anunciar publicamente, com todas as letras, o ideário do governo para a cultura, gestado no laboratório de Olavo de Carvalho, o guru no neonazismo brasileiro que chegou ao poder.
Ele não saiu do nada, não foi colocado lá pelos “comunistas”, não houve um engano de pessoa.
Era a pessoa certa, no lugar certo, para implantar os sinistros planos do governo para destruir a cultura nacional e acabar com a liberdade de expressão.
Não adianta nada demitir sumariamente esse sujeito travestido de Joseph Goebbels, o teórico do nazismo, se os outros todos, a começar pelo presidente e seus generais, pensam como ele.
Alvim apenas cometeu o crime de anunciar publicamente, com todas as letras, o ideário do governo para a cultura, gestado no laboratório de Olavo de Carvalho, o guru no neonazismo brasileiro que chegou ao poder.
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