sábado, 28 de setembro de 2019

Janot e a pistolagem política e jurídica

Por Jeferson Miola, em seu blog:           

Rodrigo Janot assumiu que em maio de 2017, quando chefiava a Procuradoria da República e orquestrava a organização criminosa da Lava Jato, “por muito pouco” não assassinou Gilmar Mendes com “um tiro na cara dele”.

Janot disse que depois de assassinar o ministro do STF, planejava se suicidar. Ele não esclareceu, contudo, se se suicidaria com um tiro na própria “cara” ou por qual método.

O ex-chefe da PGR disse, incrivelmente, que só não consumou o assassinato porque foi salvo pelos dedos das suas 2 mãos, que falaram mais alto que seu cérebro, porque ficaram paralisados e não conseguiram acionar o gatilho da pistola, já armado para o disparo.

Dilma rechaça depoimento mentiroso na 'Veja'

Do site da Dilma Rousseff:

A propósito da noticia publicada no Radar de Veja, sobre as acusações infundadas do senhor Renato Duque de que a ex-presidenta Dilma Rousseff teria pedido a ele que arrecadasse dinheiro para a campanha eleitoral de 2012, a Assessoria de Imprensa esclarece:

1. O senhor Renato Duque mente. Jamais manteve contato estreito ou próximo com Dilma Rousseff nem nunca tratou com ela ou qualquer assessor próximo dela de assuntos referentes à arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.

2. O senhor Renato Duque terá de apresentar provas do que fala, caso contrário deveria ter sua delação premiada invalidada.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

TV Globo cresce com o ódio bolsonarista

Partido Novo é tão extremista como Bolsonaro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Há dois anos, escrevi sobre o Novo. O partido se apresentava como um movimento espontâneo formado por engenheiros, médicos, administradores e outros profissionais liberais que tinham uma agenda ultraliberal e sonhavam com um novo jeito de fazer política no Brasil. Não era bem verdade. O Novo foi fundado por ricaços do alto escalão do mercado financeiro que concentraram fortunas graças às políticas econômicas mantidas por todos os governos. Á época, já estava claro que não se tratava de um novo partido liberal com práticas politicas inovadoras, mas mais um que entrou no jogo para manter os velhos privilégios das elites.

Jornalistas bolsonaristas saem do armário

Felipe Moura Brasil. Foto: Reprodução/YouTube
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:

Alguns colegas têm notado um fenômeno que exige acompanhamento: o crescimento do bolsonarismo no jornalismo.

Logo depois da eleição, os jornalistas de direita mais cuidadosos com a própria imagem se protegeram como isentões. Alguns até se afastaram de Bolsonaro como forma de sobrevivência.

Outros faziam jogo duplo, atacando Bolsonaro, mas ao mesmo tempo, em qualquer fala ou texto, sempre fazendo referências a Lula e Dilma. Bolsonaro isso, mas Lula aquilo.

Garzón critica "contaminação" da Lava-Jato

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

“Não pode haver contaminação”, diz o juiz espanhol Baltasar Garzón sobre processos judiciários, ao responder a uma pergunta sobre a atuação do agora ministro Sergio Moro na Operação Lava Jato. Na opinião do magistrado, que ponderou haver diferenças entre os sistemas dos dois países, no caso brasileiro essa contaminação existiu. Ele se referia à troca de informações entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

Segundo Garzón, além de ser imparcial, o procedimento deve parecer imparcial. “Vivemos na sociedade da comunicação. A aparência é fundamental. As consequências podem ser mais ou menos graves. Depende do nível de contaminação.”

Bolsonaro dialoga com fanáticos na ONU

Por Mamed Said Maia, no site Vermelho:

Em seu discurso na ONU, na terça-feira (24), Jair Bolsonaro adotou o mesmo espírito agressivo e beligerante com que trata seus adversários políticos no Brasil. Foi uma fala que refletiu sua anacrônica visão de mundo e que isola ainda mais o Brasil no contexto internacional.

Ao invés de se alinhar com as tendências mundiais em prol do multilateralismo e do fim das tensões globais, Bolsonaro falou para aqueles que, descolados da realidade, consideram-se em guerra com um imaginário inimigo comunista que ameaça a família e a soberania nacional.

Trabalho informal bate recorde no Brasil

Da revista CartaCapital:

O número de trabalhadores informais no Brasil bateu recorde no trimestre encerrado em agosto. Foram 38,8 milhões de pessoas nessas condições, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

O número equivale a 41,4% dos brasileiros que se declaram ocupados. A proporção é a maior desde 2016, quando a pesquisa começou a apurar empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ. O recorde anterior era de 41,3%, registrado no trimestre encerrado em maio.

No grupo dos trabalhadores informais, estão os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).

Luta contra vetos na Lei de Dados Pessoais

Brasil não cansa de passar vergonha

Trump corre o risco de um impeachment?

Supremo impõe pior derrota à Lava-Jato

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não foi uma vitória circunstancial a que o direito de defesa obteve hoje no plenário do Supremo Tribunal Federal.

Foi sólida e deve se consumar, salvo surpresas, pelo placar de 7 a 4, quando se colher o voto do ministro Marco Aurélio Mello, na próxima sessão.

Grande parte das sentenças proferidas em julgamentos – e não só da Lava Jato – sem que a defesa dos condenados tivesse o direito de se manifestar depois daqueles que se beneficiaram da delação premiada será anulada.

O livro de Janot pode desnudar a Lava-Jato

Os descaminhos da necropolítica no Brasil

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior: 

Enquanto o mundo discute desenvolvimento sustentável com proteção ambiental e justiça social, o presidente do Brasil ataca seus fantasmas pessoais e as alucinações que lhe povoam a mente: Cuba, Venezuela, os índios, o socialismo etc.

O discurso de Bozonaro na ONU foi ideológico e dirigido a seu público interno. Confirma que ele continua na guerra fria, negando a realidade. O inimigo está em toda parte: na Universidade, nas escolas, na imprensa, nas ONGs, nos cientistas, todos eles a serviço do comunismo. Mas ele, Bozonaro, salvou o país do socialismo!

Protesto é uma coisa, resistência é outra

Por Bepe Damasco, em seu blog:

“Para que a gente seja capaz de impedir que esse governo destrua o país, a gente tem que ser capaz de passar do protesto à resistência de fato." O alerta é do cientista político Luis Felipe Miguel, em recente entrevista ao site Carta Maior.

O professor da UNB arremata: “Ela não é uma pensadora muito recomendada, porque foi líder de um grupo terrorista, mas a Ulrike Meinhof tem um textinho chamado ‘Protestar ou resistir’. Ela fala que tem um momento em que você tem que passar do protesto, que é simplesmente a verbalização de uma inconformidade, e chegar à resistência, que é a busca do impedimento de que aquilo aconteça. Estamos protestando contra as intervenções nas universidades, mas não estamos resistindo contra as intervenções nas universidades.”

STF toma decisão prevista em lei desde 1941

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Se alguém está em dúvida sobre os fundamentos da decisão tomada ontem por 7 a 3 ministros do STF, que definiu a ordem das alegações finais, sugiro a leitura do artigo 403 do Código de Processo Penal, em vigor desde 1941 - ou seja, há 78 anos. Diz o texto, publicado quando nenhum dos atuais ministros sequer havia nascido:

Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Sobre iPhone11, tecnologia e 'fim do trabalho'

Por Vijay Prashad, no site Outras Palavras:

Um relatório recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra: há agora 3,5 bilhões de trabalhadores no mundo. Nunca o número foi tão vasto. A conversa sobre “o fim dos trabalhadores” é prematura, quando confrontada com o peso desses dados.

A OIT reporta que a maior parte desses 3,5 bilhões de trabalhadores “enfrentam ausência de bem-estar material, segurança econômica, igualdade de oportunidades ou possibilidade de desenvolvimento humano. Estar empregado nem sempre garante uma vida decente. Muitos trabalhadores precisam aceitar trabalhos pouco atraentes, normalmente informais (é o chamado trabalho flexível) e caracterizados por baixa remuneração, além da acesso escasso ou inexistente a proteção social e direitos trabalhistas”. Embora metade da força de trabalho mundial seja composta por empregados assalariados, dois milhões de trabalhadores (61% do total) estão no setor informal.

O discurso delirante de Bolsonaro na ONU

CTPS digital é o fim da "carteira assinada"

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Lembro vagamente que a repartição onde se solicitava a carteira era na avenida Sete, no centro de Salvador. No retrato 3 X 4 em preto e branco tirado no lambe-lambe, o cabelinho curto e a cara de menina recém-saída da infância. Eu tinha acabado de fazer 18 anos, estava na faculdade de jornalismo da UFBA e saí de lá com a carteirinha azul na mão, orgulhosa e confiante de, quem sabe, descolar algum trabalho fixo. Tirar a Carteira de Trabalho e Previdência Social era como conquistar um sonho de futuro, era sinônimo de independência financeira, de poder morar sozinha, de liberdade…

Bolsonaro faz papel de gandula de Trump

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em tempo (às 18h30): “Câmara dos EUA anuncia processo de impeachment contra Trump” (agora, no UOL). Mais uma do pé-frio… Por isso, o chefe dele estava tão de farol baixo hoje na ONU, com o topete caindo na testa…

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Jair Bolsonaro entrou e saiu da ONU do mesmo tamanho que entrou: um nanico folclórico que assusta o mundo pelas besteiras que fala e faz.

Durante meia hora, com dificuldades para ler o teleprompter, fez o Brasil passar a maior vergonha depois do vexame dos 7 a 1 para a Alemanha.