sexta-feira, 7 de outubro de 2022
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
A disputa é nas esferas da consciência
Foto: Ricardo Stuckert |
“Destruir toda diversidade, e até mesmo o conflito, em nome da uniformidade significa destruir a própria vida”, disse Isaiah Berlin, um dos mais poderosos filósofos conservadores do século passado. Diversidade, conflitos resolvidos dentro de regras legítimas e o oposto da uniformidade – a pluralidade política cultural – são condições da vida comum que, em determinados momentos da História, cansam os mais excluídos dos festejos que brilham no mercado. E cansam as pessoas que vivem nos limites, entre o desespero da fome e da solidão da pobreza, quando a parte da sociedade mais fragmentada pelas transformações na estrutura de classes e nas relações de poder das últimas décadas, se inclina a querer soluções rápidas e terminantes. Tudo para chegar a uma vida mais leve, mais suave e mais segura. Mas se não podes, todavia, desviar do monstro que rege tudo isso, te transforma nele. Esta transformação tem condutas para todos os gostos e tipos de moralidade, pois pode se expressar pelos novos partidos de aluguel no mercado da política, como pela subversão miliciana, autêntica ou falsificada, no fundamentalismo supostamente religioso.
Confiança, esperança e empenho
Charge: Pxeira |
Em meu último texto fui breve porque as expectativas eram enormes. Agora também o serei porque os desafios são maiores.
Recuperada a unidade de ação eleitoral das direções das principais centrais sindicais a tarefa agora é uma só: ganhar os votos dos trabalhadores e das trabalhadoras para a vitória de Lula.
O campo de ação das direções sindicais deve ser prioritariamente (e eu diria, exclusivamente) o mundo do trabalho. Elas devem propor um plano de batalhas nas portas de fábricas, nos locais de trabalho, em assembleias e nas redes sociais, garantido pelos dirigentes e pelos ativistas sindicais e associado à ação sindical permanente, melhor em caso de vitórias e conquistas recentes.
Mídia passará pano para 'Bolsonaro canibal'?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Primeiro, devo dizer que é tão espantoso o conteúdo do vídeo de uma entrevista de Jair Bolsonaro, em 2016, ao correspondente do The New York Times, Simon Romero que, apesar de estar veiculado no canal do próprio atual presidente, quis checar antes de publicar.
E, embora o trecho em que Jair Bolsonaro se diz capaz de experimentar o canibalismo não tenha sido reproduzido no site do jornal norte-americano, a sua fala imediatamente anterior – igualmente asquerosa, na qual dizia que não fez sexo com mulheres haitianas miseráveis por “falta de higiene” e porque “não precisava” está transcrita no site, ainda hoje, isso indica que não se trata de montagem ou manipulação.
Jesus está com a direita ou com a esquerda?
Charge: Duke |
No intuito de evitar sua derrota eleitoral, o bolsonarismo decidiu intensificar a guerra de caráter moral, religioso e cultural contra as forças populares que o estão encurralando.
Este fato colocou a quem atua no campo da esquerda um sério dilema: aceitar o desafio e travar o combate em cima da pauta religiosa e de costumes que nos é imposta, ou esquivar-nos da mesma para nos concentrar tão somente em questões relacionadas com a vida material real de nosso povo?
Para início de conversa, precisamos entender que a decisão sobre qual rumo tomar no que diz respeito a esta disjuntiva não depende exclusivamente de nós. Embora tenhamos franca preferência por nos ater às questões de cunho econômico, os bolsonaristas pensam de modo diferente. Portanto, ainda que nós não tragamos à tona os temas morais e religiosos, eles o trarão. E os embates serão inevitáveis.
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Simone Tebet anuncia apoio a Lula
Reprodução |
Terceira colocada na disputa presidencial de 2022, a senadora Simone Tebet (MDB) declarou apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição. O anúncio, feito na tarde desta quarta-feira (5), em São Paulo, foi comemorado pela campanha do ex-presidente.
“Depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente (Jair Bolsonaro)”, afirmou. No primeiro turno, realizado no último domingo (2), a emedebista teve 4,9 milhões de votos e, de modo surpreendente, terminou à frente do ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
Patrões apertam o assédio eleitoral
Charge: Mário/APESJF |
Na manhã de terça (4) chegava mensagem da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), pelo Twitter. Ela alertava: “A empresa Stara está avisando os fornecedores que demitirá parte de seus funcionários caso Lula ganhe no 2º turno. O dono é um dos principais doadores de Bolsonaro e já foi beneficiado com mais de R$ 2 bi pela sua gestão. Uma mão lava a outra e quem paga é o trabalhador! É crime!”
A parlamentar anexava carta da empresa, assinada por Fabio Augusto Bocasanta, diretor Administrativo e Financeiro - a Stara é S/A - “Indústria de Implementos Agrícolas”.
Lula e o Centro Includente
Charge: Benett |
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no site da Rede Estação Democracia (RED):
Empolada em seu inglês dos tempos vitorianos, a revista The Economist desfia sabedorias a respeito das eleições brasileiras. A citação é um tanto longa, mas necessária:
“Lula continua sendo o favorito, até porque o senhor Bolsonaro repele muitos eleitores. Ele é um populista trumpiano, que mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares. Ele não faz nenhum esforço para impedir a destruição da floresta amazônica. Sua manipulação de covid-19 foi vergonhosa. Seu círculo se sobrepõe ao crime organizado. Ele mina as instituições, desde a Suprema Corte até a própria democracia. Ele sugere que a única maneira de perder a eleição é se for fraudado, e que ele não aceitará nenhum resultado, exceto a vitória. Ele incita abertamente a violência. Em uma pesquisa recente, quase 70% dos brasileiros disseram temer danos físicos por causa de suas opiniões políticas.
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