quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nahas e Daniel Dantas fazem a festa

Por Altamiro Borges

Daniel Dantas e Naji Nahas, os megaespeculadores envolvidos em dezenas de processos por crimes financeiros, lavagem de dinheiro e outras maracutaias, devem ter feito uma baita festança nesta semana. Num país em que só ladrão de galinha vai preso, os dois agiotas continuam livres, embolsando fortunas e contando com a cumplicidade de governantes, do Judiciário e da mídia rentista.

Lamentável. O jornal JÁ fechou!

Por Luiz Cláudio Cunha, no Observatório da Imprensa:

O ex-governador gaúcho Germano Rigotto e sua família, enfim, conseguiram: o JÁ, um bravo e pequeno mensário de 5 mil exemplares e 26 anos de vida em Porto Alegre (RS), fechou as portas. Sucumbiu aos dez anos de uma longa, pertinaz perseguição judicial movida pelos Rigotto, que asfixiaram financeiramente um jornal de resistência que chegou a ter 22 profissionais numa redação que hoje se resume a dois jornalistas.

Entidades acionam o MPF no caso BBB

Por Bia Barbosa, no Observatório do Direito à Comunicação:

As mobilizações da sociedade civil organizada se intensificaram esta semana no sentido de cobrar uma responsabilização da Rede Globo pela forma como tratou a suspeita de estupro ocorrida no programa Big Brother Brasil. Na última quinta-feira, a Rede Mulher e Mídia e dezenas de outras organizações signatárias protocolaram uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo novas investigações sobre o caso. O documento, direcionado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicita que o MPF também faça uma análise de outros aspectos ainda não considerado pela Procuradoria.

Regulação da mídia: 2012 promete

Por João Brant, no jornal Brasil de Fato:

Para quem acompanha o cenário das comunicações, 2012 promete. O principal assunto será a mudança no marco regulatório do setor. No ano passado, o movimento da área viveu um certo compasso de espera, aguardando a movimentação do Ministério das Comunicações. Este ano, a pressão vai aumentar, e o movimento vai para a rua.

"Campo de refugiados" do Pinheirinho

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O que diriam agora o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, o governador Geraldo Alckmin e o coronel Carlos Mello, comandante da PM na operação Pinheirinho, à mulher magra olhando para o vazio, deitada ao lado de crianças no chão da igreja do bairro Campo dos Alemães, que está na primeira página da Folha desta terça-feira?



A escalada de guerra dos EUA

Por Pedro Guerreiro, no sítio português O Diário:

A escalada de agressão (nas suas dimensões política, económica e militar) que os EUA (e os seus aliados) levam a cabo contra os povos do Médio Oriente atingiu um sério e perigoso patamar, perante as ameaças de intervenção militar na Síria e de confronto directo com o Irão.

Republicanos desejam a morte de Fidel

Por Thassio Borges, no sítio Opera Mundi:

Se os pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos divergem em muitos temas, o mesmo não se pode dizer em relação a Cuba. Ainda mais se o local do debate for o estado da Flórida, reduto da dissidência cubana. Em debate realizado na noite desta segunda-feira (23/01) em Tampa, dois dos quatro pré-candidatos que ainda seguem na disputa atacaram o governo de Raúl Castro e fizeram ameaças.

EUA iniciam a ocupação da Líbia

Do sítio Vermelho:

Os Estados Unidos enviaram 12 mil soldados para a Líbia na primeira fase de mobilizações para ocupação da nação do Norte da África. De acordo com o diário árabe Asharq Alawsat, as tropas chegarão a Brega, sob a suposta premissa de gerar "estabilidade" e "segurança".


The Economist e o capitalismo de Estado

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Pode parecer incrível, mas o número especial desta semana da revista inglesa The Economist - dedicado à ascensão do capitalismo de Estado - estampou a figura de Vladimir Illych Lênin em sua capa e assume em editorial que existe uma crise deliberada do “capitalismo de livre mercado”, lançando luzes e números sobre um fenômeno nada novo, mas que a crise se encarregou de revelar.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O horror e a opção contra os pobres

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

É o horror. Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.


Tragédia do Pinheirinho mancha Alckmin

Por Luis Nassif, em seu blog:

O episódio de Pinheirinho - em São José dos Campos - mostra o extremo despreparo do setor público brasileiro para tratar questões sociais.

Em geral, prefeitos que comandam ações de erradicação de favelas são bem avaliados por seus eleitores, pela suposta “limpeza” de área. Não passam de despreparados, montados em prefeituras sem planejamento que, antes do desfecho, permitiram o aparecimento de favelas ao não levaram adiante programas habitacionais.

O caso de Pinheirinho entrará para os clássicos da má gestão pública de municípios.

PM ataca abrigo no Pinheirinho

Psicólogos condenam ação no Pinheirinho

Do sítio do Conselho Federal de Psicologia:

A reintegração de posse da área ocupada pela comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos, São Paulo, vem repercutindo na imprensa e nas redes sociais pela violência e ilegalidade com que foi realizada. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vem a público solidarizar-se com as famílias da ocupação e questionar tanto os métodos usados na reintegração de posse como os seus objetivos.

Vídeo: O massacre no Pinheirinho

Fórum Social num mundo de incertezas

Por Altamiro Borges

Teve início hoje, em Porto Alegre (RS), o Fórum Social Temático-2012. O evento, que faz parte do Fórum Social Mundial inaugurado nesta mesma cidade em 2001, deve reunir cerca de 40 mil ativistas de várias partes do planeta. Eles participarão de cerca de 900 oficinas, debates, marchas e shows, num rico processo de reflexão sobre os desafios dos movimentos sociais na atualidade.

FHC descarta Serra e põe fogo no ninho

Por Altamiro Borges

Numa entrevista explosiva publicada hoje na revista britânica The Economist, o ex-presidente FHC confessa a cisão em seu partido e joga ainda mais fogo no ninho tucano. Sem papas na língua, ele afirma que Aécio Neves é o candidato “óbvio” da sigla, descarta como bagaço José Serra e confirma: “Provavelmente veremos uma briga interna muito forte no PSDB, entre Serra e Aécio”.

Alckmin e a mídia mentem sem parar

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É de revolver o estômago a torrente de mentiras e distorções com que o governador Geraldo Alckmin e a mídia que o protege esbofeteiam a sociedade. Mentem para o tucano se eximir de suas responsabilidades. Mentem descaradamente, compulsivamente.

FML pauta a comunicação independente

Por Luana Luizy, no Observatório do Direito à Comunicação:

A construção de políticas públicas para mídias livres, a busca de uma rede social livre e o debate sobre as revoluções árabes serão temas do III Fórum de Mídia Livre (FML). O evento acontece em Porto Alegre nos dias 27 e 28 de janeiro, durante o Fórum Social Temático, e traz também discussão sobre o software livre, apropriação tecnológica e a regulação da mídia.

Burrice e desumanidade no Pinheirinho

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

As cenas da expulsão, ao raiar do domingo, de seis mil pessoas da comunidade do Pinheirinnho, em São José dos Campos, são uma vergonha para este país.

Um vergonha, sobretudo, para o Judiciário que, como qualquer poder, está tão obrigado a cumprir a lei quanto a respeitar a diginidade de vidas humanas.

Os "remendos" nas concessões de RTV

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Os grupos privados que controlam a radiodifusão no país – diretamente ou por intermédio de seus representantes – conseguiram, ao longo do Congresso Constituinte de 1987-88, incluir no capítulo sobre a Comunicação Social da Constituição (Capítulo V do Título VIII) as regras básicas relativas às concessões desse serviço público: quem decide sobre elas (poderes Executivo e Legislativo); os prazos de vigência dos contratos (10 anos para rádio e 15 anos para televisão); a condição para não renovação (aprovação de dois quintos dos membros do Congresso Nacional, em votação nominal) e a condição para cancelamento (decisão judicial). Está tudo lá no artigo 223.