quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

EUA iniciam a ocupação da Líbia

Do sítio Vermelho:

Os Estados Unidos enviaram 12 mil soldados para a Líbia na primeira fase de mobilizações para ocupação da nação do Norte da África. De acordo com o diário árabe Asharq Alawsat, as tropas chegarão a Brega, sob a suposta premissa de gerar "estabilidade" e "segurança".



No entanto, se espera que as tropas tomem o controle dos principais poços de petróleo e demais portos estratégicos, como resenhou a agência Press TV.

Brega, cidade portuária, está localizada no oriente da Líbia e conta com um dos cinco terminais de petróleo da região, além de ser uma importante refinaria.

A chegada da marinha estadunidense coincide com a explosão de uma bomba de "fabricação caseira" na sede do autoproclamado Conselho Nacional de Transição (CNT), localizado na cidade de Benghazi, ao Noroeste, depois que pelo menos 200 pessoas protestaram diante de seus escritórios denunciando a falta de transparência no sistema judiciário.

Responsáveis do CNT asseguraram que "reforçaram as medidas de segurança" e que investigam quem foram os responsáveis pelo ataque.

Posicionamento estadunidense

No dia 20 de outubro, o então presidente líbio, Muammar Kadafi, foi capturado pelas forças da Organização do Atlântico Norte (OTAN) e entregue a mercenários rebeldes que o executaram. Dois dias antes, a Secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, havia feito uma visita a Trípoli para reunir-se com o CNT.

A OTAN vinha realizando um forte bombardeio ao país norte-africano, logo após a aprovação da Resolução 1.973 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que só se referiam a criar uma zona de segurança aérea, o que ocasionou uma forte crítica ao redor do mundo, incluídas as potências Rússia e China, porque os mísseis ocasionaram a morte de mais de 50 mil pessoas, na maior parte deles, civis.

Além disso, organizações de direitos humanos denunciaram os crimes de guerra e violações contra civis líbios por parte das tropas da OTAN e seus mercenários. Dez dias depois da morte de Kadafi, o CNT designou Abdel-Rahim Al-Kib como primeiro-ministro líbio. Al-Kib lecionou em universidades estadunidenses. Algumas de suas pesquisas em engenharia elétrica foram financiadas pelo Departamento de Energia dos EUA, antes de unir-se ao CNT em meados de 2011.

* Fonte: Agência Venezuelana de Notícias

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